A formação do Brasil e a identidade do brasileiro foram bastante discutidas no início do século XX pelos sociólogos brasileiros Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. A respeito das análises de Freyre, em seu livro “Casa Grande e Senzala”, é correto afirmar:

No livro Casa-Grande e Senzala, Gilberto Freyre analisou a formação social brasileira, dando ênfase ao processo de miscigenação entre negros, brancos e índios. Até então, esse processo era visto de forma negativa por autores que elaboraram uma interpretação do Brasil baseada na questão racial; Freyre, por outro lado, valorizou a mestiçagem e a interação, principalmente, entre negros e brancos na casa-grande, colocando em destaque a especificidade da cultura nacional a partir das relações que se estabeleceram nesse espaço. Tendo em vista o que foi exposto, a opção “a” está incorreta, considerando que as tipologias mencionadas para compreender a formação social brasileira foram apresentadas por Sérgio Buarque do Holanda, no livro Raízes do Brasil. A opção “c” também está incorreta, visto que a noção de cordialidade como uma característica do brasileiro também foi exposta por Sérgio Buarque no mesmo livro citado anteriormente. A opção “d” está incorreta, porque o autor que fez uma interpretação da sociedade brasileira baseada no materialismo dialético foi Caio Prado Júnior. A opção “e” também está incorreta, pois Gilberto Freyre trata a decadência do patriarcado no livro Sobrados e Mucambos, e não em Casa-Grande e Senzala.

A opção correta, portanto, é a “b”, pois enfatiza o aspecto da miscigenação como um aspecto fundamental da obra de Freyre.