Questõesde PUC - PR 2016

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Foram encontradas 76 questões
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PUC - PR 2016 - Biologia - Sistema Reprodutor Humano, Identidade dos seres vivos

Das afirmativas anteriores, estão CORRETAS

Leia o texto a seguir.

A próstata, principal foco de câncer masculino 

Segundo uma pesquisa da Prostate Cancer UK, instituição de caridade dedicada à pesquisa do câncer de próstata, um em cada cinco britânicos não sabem nem que têm esta glândula. É algo alarmante, levando em conta que o câncer de próstata é a causa mais comum de morte por câncer em homens. O ex-jogador de futebol da Inglaterra e do Newcastle United, Les Ferdinand, que viu seu avô sofrer da doença no final da vida, disse: "Não me surpreende que muitos homens não saibam o que sua próstata faz --é uma glândula fácil de ignorar. Até o câncer de próstata afetar minha família, meu conhecimento era bem pequeno." A sociedade Americana Contra o Câncer estima que, nos Estados Unidos, em 2016, foram diagnosticados cerca de 181 mil casos novos de câncer de próstata e foram registrados mais de 26 mil mortos por essa causa. No Brasil, os dados mais recentes do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam que são registrados mais de 61 mil novos casos da doença por ano, com mais 13,7 mil mortes. 

Fonte:<http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2016/05/01/o-que-e-e-para-que-serve-a-prostata-principalfoco-decancer-masculino.htm>  Acesso: em 04/05/2016.  

Sobre o texto e analisando a imagem, está CORRETO afirmar que 

                  

I. a glândula descrita no texto está representada pelo número 3.

II. o sêmen é formado também pelo que é produzido nas estruturas 4 e 2.

III. a hiperplasia da estrutura 1 é descrita no texto.

IV. a maior causa de morte entre homens é o câncer na estrutura 1.

V. o avô de Les Ferdinand teve câncer na estrutura 4. 

A
apenas II e III.
B
apenas I e IV.
C
apenas III e IV.
D
apenas II e V.
E
apenas I e II.
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PUC - PR 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

I. Os dois textos abordam temáticas centrais da obra “Muitas Vozes”, que são a finitude da vida e as constantes reflexões existenciais sobre o viver e o estar no mundo.

II. O texto 1 claramente trata da temática da morte, enquanto o texto 2 se opõe ao primeiro, introduzindo a figura religiosa da eternidade, a felicidade e o sentido da experiência humana.

III. O texto 1 reflete o interesse do eu lírico nas questões do pós-morte, evidenciando que o mistério da morte é maior que o entendimento humano e só podemos percebê-la a partir da fé religiosa.

IV. No texto 2, o eu lírico, com base na ironia, reflete sobre a ideia de eternidade, a qual nos apresenta na primeira estrofe como sendo a “duração finita da minha precariedade”.

V. No texto 1, temos a ideia de que a morte só interessa aos vivos, só amedronta os vivos, pois os mortos já estão livres dela.


Leia atentamente os poemas retirados da obra Muitas Vozes, de Ferreira Gullar, e em seguida assinale a alternativa CORRETA. 


 Texto 1

REDUNDÂNCIAS

Ter medo da morte

é coisa dos vivos

o morto está livre

de tudo o que é vida


Ter apego ao mundo

é coisa dos vivos

para o morto não há

(não houve)

raios rios risos


E ninguém vive a morte

quer morto quer vivo

mera noção que existe

só enquanto existo  


Texto 2

LIÇÃO DE UM GATO SIAMÊS

Só agora sei

que existe a eternidade: é a duração

finita

da minha precariedade


O tempo fora

de mim

é relativo

mas não o tempo vivo:

esse é eterno

porque afetivo

— dura eternamente

enquanto vivo


E como não vivo

além do que vivo

não é

tempo relativo:

dura em si mesmo

eterno (e transitivo) 

A
Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas.
B
Todas as afirmativas estão corretas.
C
Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas
D
Somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.
E
Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.
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PUC - PR 2016 - Biologia - Esponjas e Cnidários, Identidade dos seres vivos

O reino animal é composto por indivíduos multicelulares, heterótrofos, eucariotos e com desenvolvimento embrionário pelo menos até a fase de blástula. Como a diversidade desse reino é imensa, é possível dividi-lo em filos ou ramos. Suponha que um pesquisador queira encontrar um determinado animal ou grupo de animais utilizando palavras ou termos chaves. Para facilitar a busca, ele poderia utilizar

A
as palavras parazoários e coanócitos – certamente encontraria as esponjas.
B
a palavra segmentação – encontraria unicamente invertebrados.
C
as palavras esquizocelomados e protostômios – encontraria somente nematódeos.
D
palavras deuterostômios e enterocelomados – encontraria indivíduos com exoesqueleto quitinoso.
E
as palavras pseudocelomados e diblásticos – encontraria cnidários ou poríferos.
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PUC - PR 2016 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

A ameaça da erosão genética 

Pesca excessiva do tucunaré na Amazônia está diminuindo a variabilidade de genes dessa espécie 

Um estudo com o peixe tucunaré, muito consumido por populações do Norte do Brasil, mostra que a ação humana pode estar provocando o empobrecimento genético de suas populações.

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2009/259/a-ameaca-da-erosao-genetica/?searchterm=genetica Acesso: 02 de maio de 2016.  


Dentre os riscos gerados pelo empobrecimento genético das populações, destaca-se  

A
aumento da competição entre indivíduos da mesma espécie gerando um canibalismo.
B
redução da capacidade de reprodução decorrente da seleção de características autossômicas dominantes.
C
redução da variabilidade, importante garantia da sobrevivência da espécie, uma vez que permite a adaptação às mudanças no ambiente.
D
deriva gênica, típica de populações com grande número de indivíduos que apresentam pouca variabilidade.
E
seleção estabilizadora que escolhe indivíduos com características muito discrepantes entre si.
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PUC - PR 2016 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

Quando a prevenção falha, pode entrar em cena a biorremidiação, que tem limitações, como

Leia o texto a seguir. 

A biorremediação pode ser eficaz no rio Doce? 

Segundo a EPA, a Agência de Proteção Ambiental norte-americana, a biorremediação designa tratamentos que usam organismos naturalmente existentes no ambiente para degradar substâncias tóxicas em substâncias não tóxicas ou menos tóxicas. Parece muito virtuoso e esperto; mas, se uma indústria libera toneladas de rejeitos tóxicos no ambiente, poderá não fazer absolutamente nada e argumentar que está fazendo um tratamento de biorremediação, isto é, permitindo que as bactérias naturalmente presentes no ambiente degradem o rejeito em questão. O processo poderá levar séculos e não degradar mais que uma fração do rejeito, ou, inclusive, transformar o rejeito em algo mais tóxico do que era originalmente, dependendo do tipo e da forma química dos poluentes presentes no rejeito. 

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2016/333/a-biorremediacao-pode-ser-eficaz-no-riodoce/?searchterm=A%20biorremedia%C3%A7%C3%A3o%20pode%20ser%20eficaz%20no%20rio%20Doce? Acesso: 02 de maio de 2016. 

A
ser lenta e incerta, embora possa ser empregada em ambientes inóspitos e sem microrganismos.
B
necessitar de aminoácidos dissolvidos no meio a ser biorremediado por bactérias eucariontes.
C
necessitar tratamento do meio para suportar a ação das bactérias e fungos autótrofos.
D
somente poder ser empregada se o material que se deseja biorremediar apresenta condições mínimas de abrigar alguma forma de vida.
E
a não especificidade dos contaminantes aos microrganismos dificultando a biorremediação.
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PUC - PR 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Leia atentamente o trecho do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, em que o seu narrador Paulo Honório reflete sobre o casamento, e assinale a alternativa CORRETA.

“Amanheci um dia pensando em casar. Foi uma ideia que me veio sem que nenhum rabo-de-saia a provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de governar.

A que eu conhecia era a Rosa do Marciano, muito ordinária. Havia conhecido também a Germana e outras dessa laia. Por elas eu julgava todas. Não me sentia, pois, inclinado para nenhuma: o que sentia era desejo de preparar um herdeiro para as terras de S. Bernardo.”

A
O romance, marco da terceira geração modernista, apresenta seu narrador como um homem ganancioso e utilitarista, entretanto este traço de egoísmo desaparece quando o personagem encontra o amor na figura de Madalena.
B
Paulo Honório expressa seu olhar utilitarista acerca do mundo, das pessoas e das relações sociais. Um dos grandes traços deste personagem é sua incapacidade de se relacionar com outras pessoas de forma sensível e amorosa, buscando sempre vantagens financeiras em suas ações.
C
O personagem de Paulo Honório, no trecho apontado, evidencia seu desconforto em relação às figuras femininas, pois estas representam a força do feminismo, tema que toma conta do chamado Romance de 30.
D
Pelo texto apresentado, podemos observar que o rebuscamento da linguagem e o uso excessivo de metáforas evidenciam as principais características do Modernismo da segunda geração, que buscou antes de tudo tratar de assuntos ligados aos sentimentos humanos, porém desligados de um viés social.
E
Ao pensar em um herdeiro para o seu mundo, nota-se que Paulo Honório, que inicia o romance como um personagem egoísta, ao envelhecer, torna-se uma pessoa mais sensata e aberta ao próximo. O fato de desejar um filho demonstra a sua crença em um mundo menos dolorido.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Uma das habilidades que a compreensão adequada de um texto exige é a identificação da anterioridade e posterioridade das informações relatadas. A leitura do texto permite identificar como CORRETA a seguinte relação: 

Leia o texto a seguir. 

Uma mulher negra na nova nota de 20 dólares

A última e única vez que uma mulher estampou uma cédula de dólar ocorreu pelos idos de 1800 quando Martha Washington, a esposa do 1º presidente americano George Washington – e, por conseguinte, a 1ª primeira-dama da nação –, figurou na nota de um dólar pelo motivo de ser... a esposa de George Washington.

Desta vez, a escolha recaiu sobre Harriet Tubman, nascida escrava no distrito de Dorchester, Maryland, de onde fugiu para a Filadélfia em 1849 e logo em seguida retornou para resgatar sua família. Primeiramente resgatou seus familiares e posteriormente dezenas de outros escravos. Orgulhava-se de nunca ter perdido um só “passageiro”. Quando eclodiu a guerra civil americana, Tubman, se alistou no exército da União sendo cozinheira, enfermeira e espiã. Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, comandando o ataque no rio Combahee, onde libertou mais de setecentos escravos. Após o final da guerra, tornou-se uma forte ativista pelos direitos das mulheres, em especial pelo direito de voto. 

Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/uma-mulher-negra-na-nova-nota-de-20-dolares>. Acesso em: 7/5/2016. (excerto). 

A
Harriet Tubman participou da guerra civil americana e então fugiu para a Filadélfia, ainda no século XIX.
B
Martha Washington e Harriet Tubman foram ativistas pelos direitos das mulheres no mesmo período.
C
Marta Whashington e Harriet Tubman são as únicas mulheres em aproximadamente 200 anos a figurarem na cédula de 20 dólares.
D
Harriet Tubman fugiu para a Filadélfia, alistou-se na guerra, libertou mais de setecentos escravos e voltou para libertar sua família.
E
Harriet Tubman é a segunda mulher a estampar uma cédula de dólar em aproximadamente 200 anos.
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PUC - PR 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Leia atentamente o trecho do conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, e assinale a alternativa CORRETA.

“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e puder em mim. Eu era uma rainha delicada. ”

A
O conto critica a falta de leitura dos adolescentes nas escolas brasileiras, tendo como principal razão a preguiça, o que evidencia nosso atraso cultural.
B
Uma das marcas da escritora é sua capacidade de descrição de paisagens externas, que retratam da seca no Nordeste aos problemas sociais das grandes metrópoles.
C
Pelo trecho em destaque, nota-se que a narradora em terceira pessoa investiga os reais motivos que a levaram a ser uma pessoa feliz, sendo os livros parte da construção deste sentimento.
D
Prosadora da chamada primeira geração modernista, observa-se pelo texto da autora que esta opta por radicalizar no uso da oralidade, rompendo com a tradição realista, utilizando-se do chamado fluxo de consciência.
E
O trecho analisado nos mostra características marcantes da escrita da autora, que com base em reflexões existenciais e da subjetividade, nos revela a intimidade dos seus personagens.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com a organização das ideias e as estruturas linguísticas do texto, assinale a alternativa CORRETA.

Leia o texto a seguir e observe com atenção as opções apresentadas.

Crianças Trabalham em Condições de Escravidão  

Diz a Organização Internacional do Trabalho: as “piores formas de trabalho infantil” são as que podem prejudicar a saúde e a segurança dos menores de 18 anos, as que envolvem trabalho escravo, ou as que são consequência do tráfico humano. A colheita do cacau na Costa do Marfim e em Gana, os maiores produtores mundiais da matéria-prima do chocolate, tem disso tudo. Crianças escravas, enganadas por traficantes de pessoas, ou adolescentes que abandonaram a escola para ajudar a família na lavoura pesada, em contato intenso com agrotóxicos. Os fabricantes de chocolate têm sido cobrados por políticos e consumidores.

E ganharam um prazo para diminuir o trabalho infantil no começo da feitura de seus doces. Mas a questão é mais complexa que apenas apelar às boas intenções das multinacionais – porque envolve um ciclo de miséria enraizado profundamente no solo africano. 

A série de reportagens investigativas que denunciou o trabalho escravo de adolescentes e 12 crianças em plantações de Gana e da Costa do Marfim já está fazendo15 anos, e muita coisa mudou de lá para cá – graças à mobilização de entidades de combate ao tráfico infantil e iniciativas das próprias companhias de chocolate. Mas um estudo divulgado pela Tulane University, de New Orleans, mostrou que o cenário ainda é aterrador, mesmo para os padrões africanos. Segundo esse levantamento, 2,2 milhões de crian- ças estavam trabalhando em 2014 nas plantações de cacau da Costa do Marfim e de Gana – e piorou nos últimos cinco anos: 440 mil a mais que na última edição da pesquisa, em 2009. Desse total, 90% estão envolvidas em atividades perigosas: manipulam facões para abrir os frutos (37% das crianças têm ferimentos provocados pelo facão); carregam nos ombros ou sobre a cabeça sacos de mais de 10 kg cheios de sementes de cacau, caminhando pelo solo irregular das plantações; têm contato direto e intenso com pesticidas. Isso tudo sob um sol africano.

Dossiê Superinteressante, São Paulo: Abril, mai, 2016, p.39-41. Com adaptações.

I. As multinacionais fabricantes de chocolate ganharam um prazo para diminuir o trabalho infantil utilizado na colheita do cacau.

II. A erradicação do trabalho infantil independe da boa vontade dos fabricantes de chocolate, porque esbarra na miséria radicada nas terras africanas.

III. A Tulane University divulgou, há 15 anos, um estudo sobre o trabalho escravo envolvendo crianças e adolescentes em plantações de Gana e da Costa do Marfim.

IV. A expressão “última edição da pesquisa” (17ª e 18ª linhas) refere-se a um levantamento feito cinco anos antes de 2014 pela Tulane University.

V. A expressão “desse total” (18ª linha) refere-se aos 2,2 milhões de crianças. 

A
As alternativas I e V estão corretas.
B
Apenas a alternativa I está correta.
C
As alternativas I e IV estão corretas.
D
Apenas a alternativa III está correta.
E
As alternativas IV e V estão corretas.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

E aquele 1% é puro talento

Os figurões do mercado parecem não acreditar na ideia de que o sucesso vem com 1% de inspiração e 99% de transpiração. Em pesquisa conduzida pela professora Chia-Jung Tsay, do University College London, perfis de empreendedores foram apresentados a especialistas do mercado financeiro: apesar do discurso de valorizar pessoas empenhadas, os participantes do estudo se mostraram inclinados a investir nos talentos natos. “É possível que o talento natural seja atribuído a características internas e percebido como um meio permanente, mais autêntico e seguro para o sucesso”, diz a pesquisadora.

Galileu, ed. 297, abril/2016, p. 11.

As línguas dispõem de vários recursos para apresentar a relação dos falantes com o conteúdo explicitado. Assinale a alternativa em que a análise do recurso está CORRETA.

A
O tema tratado no texto é muito elitista e o fato de ser explorado por uma pesquisa acaba por distanciá-lo do leitor despretensioso.
B
A linguagem empregada no texto lança mão de escolhas lexicais que buscam aproximação com seus leitores, como “aquele 1%” e “figurões”.
C
A apresentação da fala da pesquisadora citada no texto comprova que o esforço é mais visível e valorizado do que o talento.
D
O título do texto revela a prevalência do esforço em detrimento do talento, já que este representaria apenas 1% do componente.
E
O texto explicita a unicidade entre discurso e prática do mercado financeiro em relação a talento e esforço do perfil de empreendedores.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto a seguir faz parte de uma correspondência enviada por Mário de Andrade a Manuel Bandeira, em 26 de janeiro de 1935. 

(...) Não vá pra Cumbuquira “concertar” o fígado que você se estraga completamente! Isso acho que é demais. Apesar de suas razões que já conheço hoje, concertar com “c”, pra qualquer sentido da palavra está consagrado definitivamente. Vamos: me retruque que o “hontem”, o “geito” e o “pêcego” também estavam concertados definitivamente entre escritores e que então eu não devia concertá-los. Você está certo, mas a minha resposta é o “brinque-se”! Por enquanto. Porque se vier uma nova reforma ortográfica mandando distinguir definitivamente consertar e concertar, assim farei em nome da minha desindividualização teórica.

Mundo Jovem, ed. 466, maio/2016, p. 21.

A variação linguística interfere na produção de sentidos dos textos. No trecho da correspondência de Mário de Andrade, ele argumenta a favor  

A
da permissão do uso indiscriminado da grafia das palavras, já que a variação das línguas com o passar do tempo pode gerar prejuízos de significado.
B
da antecipação de uma grafia unificadora para palavras com mesmo significado, antecipando-se a uma possível reforma ortográfica.
C
da combinação entre grafia e pronúncia, incentivando os falantes a estabelecerem uma relação de representação mais uniforme dos sons.
D
da prevalência do uso que os indivíduos fazem da língua em relação ao poder coercitivo das regras ortográficas, até que seja possível.
E
do abandono de marcas etimológicas na grafia das palavras, a fim de atualizar o registro escrito da língua antes de uma reforma ortográfica.
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PUC - PR 2016 - Português - Crase

A crise e a crase

Ônibus de turismo já costumavam parar em frente à mansão de Chiquinho Scarpa, em São Paulo, para que os passageiros tirassem fotos. Há um mês, o movimento aumentou. É que o playboy de 64 anos estendeu uma faixa no jardim, com seu rosto estampado. Diz ele que os motoristas que passam por ali aprovam a mensagem, gritando: “É isso aí, Chiquinho”. O slogan: “Juntos pelo Brasil! Não a (sic) luta de classes!”.

Veja, 20/04/2016, p. 89.

O emprego ou a omissão do acento grave indicativo de crase pode mudar o sentido de uma afirmação. A análise adequada do slogan referido no texto, considerando-se o emprego ou não do acento grave, encontra-se em:

A
Sem o acento grave, a afirmação fica sem sentido e por isso vem acompanhada do vocábulo sic, para mostrar que não foi feita uma alteração gramatical necessária.
B
O vocábulo sic, empregado na reprodução do slogan, indica que houve a manutenção do estilo de elaboração do texto, o que não fere a norma-padrão.
C
A opção pela omissão do acento grave revela que o autor do slogan se refere a uma luta geral, sem que haja recorte de envolvidos.
D
Caso optasse pelo emprego do acento grave, o autor do slogan geraria ambiguidade no enunciado, pois não seria possível identificar que luta estaria em questão.
E
As pessoas que passam pelo local em que se encontra o slogan compreendem a mensagem de duas maneiras, por isso fazem elogios ao autor.
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PUC - PR 2016 - Português - Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia

O conhecimento de certas unidades menores das palavras pode nos favorecer quando encontramos um vocábulo que não fazia parte do nosso inventário lexical até o momento. Normalmente oriundos de línguas como o latim ou o grego, esses elementos são muito comuns na formação de palavras que usamos modernamente. No texto, em

No final do ano passado, a campanha #MeuAmigoSecreto tomou conta das redes sociais com milhares de histórias relatadas por mulheres sobre casos de machismo e violência de gênero envolvendo pessoas próximas, como amigos, companheiros, chefes, parentes etc.

Para dar continuidade aos debates do mundo virtual, o coletivo feminista Não Me Kahlo vai lançar em abril o livro #MeuAmigoSecreto: Feminismo além das redes (Edições de Janeiro). A obra reúne artigos das cinco integrantes do coletivo sobre assuntos ligados a um objetivo em comum: a desconstrução do machismo.  

"Não é um livro com relatos; é um livro que fala dos problemas que levam a misoginia a ser naturalizada na sociedade. Debruçamo-nos em pesquisas para criar um material consistente que sirva de apoio para aqueles que quiserem compreender melhor as raízes do machismo e quais são as pautas feministas", afirmam as autoras e participantes do Não Me Kahlo ao Catraca Livre. 

Disponível em:<https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/coletivo-feminista-lanca-livro-sobre-temas-discutidos-nacampanha-meuamigosecreto/> . Acesso em: 04/05/2016. 

A
machismo, o sufixo indica movimento religioso.
B
integrantes, o sufixo indica agente.
C
desconstrução, o prefixo indica intensidade.
D
misoginia, o elemento miso– significa mulher.
E
Debruçamo-nos, o radical origina-se de braço.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Da leitura desse trecho, é possível afirmar que o segundo parágrafo, em relação ao primeiro,

Quando estava na escola, uma professora pedia relatórios gigantescos e os avaliava mais pela quantidade de páginas escritas que pela qualidade delas. Como a turma era bastante numerosa, sabíamos que ela não conseguiria ler toda nossa produção, então escrevíamos com capricho o início e o final do trabalho e o resto preenchíamos com geradores de texto falso. Ninguém nunca foi reprovado por isso, mas, mesmo que tenha lido, a professora não deve ter entendido as reflexões criadas por computador. 

Essa trapaça (da qual não me orgulho) aconteceu no início dos anos 2000, nos primórdios dos geradores de texto. Hoje, com o avanço da tecnologia, não seria tanta enganação assim. Contos já foram escritos por inteligência artificial e é possível programar matérias jornalísticas com algoritmos - algumas agências de notícias fazem isso com publicações que têm estruturas previsíveis, como esporte e mercado financeiro. [...]  

Disponível em:<http://super.abril.com.br/tecnologia/leitores-confiam-mais-em-textos-gerados-por-maquina> . Acesso em: 05/05/2016.

A
exime o autor da culpa por ter enganado a professora.
B
sugere que atualmente o mesmo ato seria tolerado.
C
antevê uma prática que já seria natural há alguns anos.
D
faz uma relativização temporal do ato descrito.
E
mostra uma causa do que já era feito em 2000.
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PUC - PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe a charge.

A linguagem não verbal usada pelo chargista nessa ilustração deixa clara certa atitude dos personagens que se soma às palavras da vassoura. Assim, cria-se o efeito de humor, centrado no fato de

A
o livro estar desolado com sua possível extinção em um futuro próximo.
B
o livro depender dos conselhos de outro objeto para sentir-se melhor.
C
a vassoura tentar consolar o livro com base na experiência passada dela.
D
a vassoura ter sobrevivido à sua suposta extinção no passado.
E
os personagens terem em comum uma experiência prévia.
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PUC - PR 2016 - Português - Colocação Pronominal, Morfologia - Pronomes

Observe a tirinha.

A fala da garota na tirinha explica-se porque o

A
menino não usou a colocação pronominal prescrita pela norma culta em “Nunca deixe-me”.
B
pronome “me” não poderia estar depois das formas verbais “Abrace” e “Beije”, de acordo com as normas da gramática tradicional.
C
uso de “me” em “Beije-me” fere a prescrição gramatical, que recomenda o uso de “eu” nesse caso.
D
menino ora usa o pronome “me” depois do verbo, ora antes dele, o que não mantém a uniformidade pronominal.
E
emprego do pronome de primeira pessoa “me” não pode ocorrer junto de uma forma verbal no imperativo.