Questõesde PUC - Campinas sobre Português

1
1
Foram encontradas 128 questões
89645a9d-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A devoração ritual dos valores europeus se estendia a determinados cânones artísticos europeus herdados do Renascimento. Nesse período da história europeia (séculos XV e XVI), houve

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
a reinterpretação dos valores vigentes na cultura grecolatina, bem como a valorização de um certo ideal de beleza e de razão, numa perspectiva humanista.
B
a retomada da tradição naturalista e da concepção de que o homem, como criação divina, estava integrado perfeitamente ao Cosmos, sendo dever dos artistas retratar essa harmonia mística.
C
a celebração coletiva do hedonismo, numa busca incessante pelo sublime mediante a crença na utopia da realização plena: afetiva, material e religiosa.
D
o questionamento das interpretações dogmáticas baseadas no antropocentrismo uma vez que, desde a Idade Média, se afirmava que o Sol não era o centro do universo.
E
a reprodução, em larga escala e de forma monumental, do conjunto de obras do Classicismo, com o objetivo de provar que a técnica era mais importante que o talento ou a perfeição.
896a9899-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O significado original da antropofagia para as sociedades indígenas no Brasil pode ser relacionado

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
à ideia de sacrifício humano presente, com idêntico sentido, nas culturas Inca e Asteca, por meio do qual o sangue humano deveria ser derramado para apaziguar a fúria dos deuses e evitar tragédias coletivas.
B
ao sincretismo religioso proveniente do contato intenso com o catolicismo do colonizador português, que gradativamente transformou essa prática na repartição simbólica da carne e do sangue de Cristo.
C
ao ritual que sucedia o aprisionamento de um guerreiro inimigo, a quem, por suas qualidades, era concedida a honra de servir de alimento aos vencedores, que assim incorporariam sua bravura e seus melhores atributos.
D
ao rito de passagem a que eram submetidos os jovens guerreiros após sua primeira batalha bem sucedida: estes deveriam celebrar sua bravura aprisionando inimigos e oferecendo, à tribo, um banquete cerimonial.
E
à prática do canibalismo, revestida de significado mítico e disseminada em momentos de penúria, quando as tribos indígenas organizavam rituais coletivos para satisfazer suas necessidades e dissipar sortilégios.
895093bf-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Depreende-se desse fragmento crítico que a poesia de Gregório de Matos, ao contrário

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
do que ocorre com Antonio Vieira, mostra a nostalgia de antigas situações do processo colonial.
B
do que ocorria na oratória do padre sermonista, não se preocupava com o que havia de mecânico no estilo barroco.
C
dos sermões de Antonio Vieira, expressava o desejo do poeta de ver extinto o processo colonial.
D
dos sermões do missionário barroco, empenha-se mais na crítica da política colonial do que na missão catequética.
E
do que ocorre com Antonio Vieira, procura divulgar o ideário colonial imposto pelo governo de D. João IV.
894046ab-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A ausência de relativismo religioso marca a chamada Guerra Justa, empreendida no período colonial. Sobre a Guerra Justa, é correto afirmar que esta foi

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
defendida pelo frei Bartolomeu de las Casas, que apregoava que os índios possuíam o direito legítimo de reagirem aos colonizadores, diante dos massacres, aprisionamentos, saques e violações, que justificavam, assim, uma “guerra justa” contra a opressão dos brancos.
B
baseada na filosofia de São Tomás de Aquino, o tomismo, que defendia que os fins justificavam os meios, sendo justa uma ação violenta coletiva, da parte dos índios ou dos conquistadores, cujo objetivo fosse nobre.
C
proposta pelo espanhol Sepúlveda, que alegava o direito dos conquistadores a guerrear contra os indígenas, uma vez que estes eram bárbaros e que a conquista e a evangelização representariam benfeitorias, civilizariam esses povos.
D
disseminada pelo padre José de Anchieta após ter sido prisioneiro de índios belicosos que reagiram negativamente à evangelização: a guerra, segundo ele, seria justa nessas situações em que os aborígenes estivessem atrapalhando a colonização.
E
combatida pelos frades franciscanos desde a Idade Média, quando essa ideia ganhou força por meio das cruzadas, sendo posteriomente transplantada para a América, onde serviu de justificativa para a escravização dos índios e o combate aos judeus.
8944c96b-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto, o crítico faz ver que o indianismo de José de Alencar

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
é de tal modo idealizado que chega a fazer frente às culturas mais sofisticadas do ocidente.
B
padece de alguma falsidade, quando simula equiparar os valores pagãos à moralidade cristã.
C
contempla as especificidades de diferentes culturas, analisando-as com isenção e objetividade.
D
não admite qualquer traço de submissão dos dogmas cristãos às crenças praticadas pelos silvícolas.
E
dá voz ao lamento de um escritor que vê como injusta a supremacia da fé do colonizador sobre a do colonizado.
894a717c-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na passagem citada Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá,

I. deve-se entender que há uma correspondência entre palavra do Deus e bronze sagrado, ambas as expressões referindo-se à propagação da fé cristã.
II. os verbos ressoar e rugir estão empregados de modo a sublinhar a distinção entre a religião cristã e as crenças indígenas.
III. expressa-se, em linguagem figurada, a reação do colonizador diante das aspirações dos colonos nacionalistas.


Está correto o que se afirma em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
I, II e III.
B
I e II, somente.
C
II e III, somente.
D
I e III, somente.
E
II, somente.
893c0fcd-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para as seguintes passagens ficcionais:

I. Mas, dois guerreiros, como é, como iam poder se gostar, mesmo em singela conversação por detrás de tantos brios e armas? Mais em antes se matar, em luta, um o outro. E tudo impossível.
II. Quando o Dia de Finados chegou, Bibiana foi pela manhã ao cemitério com os dois filhos. Estava toda de preto e agora, passado o desespero dos primeiros tempos, sentia uma grande tranquilidade.
III. As palavras saíam-lhe da boca, sem que as sentisse, e pareciam independentes de sua vontade, tão desatinada agora com o choque sofrido, ao compreender estar morta a Sinhazinha-pequena, pelo silêncio caído sobre a fazenda.

Identifica-se como exemplo da linguagem típica de Guimarães Rosa o que está em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
I, II e III.
B
I e II, somente.
C
I e III, somente.
D
II e III, somente.
E
I, somente.
89370af7-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O modo pelo qual a mentalidade sertaneja (...) foi captada magnificamente por Guimarães Rosa consistiu, em síntese, na seguinte operação:

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
fidelidade extrema e documental às falas que pesquisou nos mais remotos povoados mineiros.
B
inventário dos costumes sertanejos, traduzidos na prosa experimental dos modernistas de 22.
C
absorção dos valores e falares regionais, integrados num discurso ficcional de alta inventidade.
D
descrição dos seres e paisagens dos sertões, com o fito de resgatar uma cultura em processo de extinção.
E
narrações imaginosas, de cunho fantástico, baseadas em material folclórico colhido no sertão mineiro.
891fd40c-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Coesão e coerência

A frase que está redigida de maneira clara e correta é:

A
Ele disse que esses últimos pareceres, que ninguém sabe a origem, certamente determinará que o projeto tome outro rumo.
B
Dispuseram-se a ler cuidadosamente e auxiliar no processo, porque, nele, existe certos aspectos jurídicos que desconhecemos.
C
Não sei por que ele não participou da reunião em que se decidiu sobre a contenção de despesas, mas tenho certeza de que o avisei a tempo.
D
O motivo das discussões é pelo fato que eles retiraram produtos sem autorização dos responsáveis, que evidentemente não lhes liberariam.
E
Os gastos com a merenda equiparou-se a da reforma do salão de festas, o que comprova que a alimentação não é o excesso a ser controlado.
89255a34-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Problemas da língua culta

A frase em que o emprego do elemento destacado respeita o padrão culto escrito é:

A
Se a barreira reter o fluxo das águas por mais tempo, poderá haver novo desmoronamento.
B
Eles transporam os obstáculos com grande dificuldade, mas sentiram-se fortalecidos.
C
Espero que ele constrói o reservatório exatamente como foi combinado.
D
A réu do processo julgado ontem vai recorrer da sentença.
E
Encontrou os rascunhos da maquete tão danificados, que decidiu destruí-los.
89297a94-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto faz referência à servidão, forma de exploração do trabalho marcante na sociedade feudal. É correto afirmar que os servos, na Idade Média

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
tinham reduzida mobilidade social, podendo ascender socialmente à medida que conseguissem adquirir pequenos lotes e se convertessem em vilões.
B
eram “emprestados” pelos senhores feudais para defender as terras da Igreja, durante conflitos militares, adquirindo o direito de serem sagrados cavaleiros, em situação de vitória.
C
trabalhavam em propriedades alheias e arcavam com excessivos tributos, como o census, o dízimo e a taxa para assegurar o bem de “mão-morta”.
D
eram vinculados à terra, e caso o domínio senhorial ao qual pertencessem mudasse de senhor, passavam a dever obrigações ao novo.
E
podiam se converter em suseranos mediante carreira clerical ou se fossem agraciados com uma herança ou doação, ainda que sem direito a usufruir de títulos de nobreza.
8931fda6-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O termo jagunço, ainda muito presente na cultura popular nordestina, era recorrente no vocabulário dos chamados cangaceiros. Sobre o fenômeno do Cangaço, é correto afirmar que

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
se originou dos problemas sociais e das questões fundiárias do Nordeste brasileiro, perdurando de meados do século XIX ao início do século XX, sempre marcado por ações violentas nas quais os cangaceiros roubavam dos ricos para ofertar aos pobres.
B
se caracterizou fundamentalmente pela atuação de grupos armados que assaltavam fazendas, promoviam saques e sequestros, seguindo a conveniência de uma política de alianças e negociações com os grandes “coronéis”, que não raramente, contratavam os serviços dos cangaceiros.
C
foi um movimento social, marcado pela liderança carismática e messiânica de líderes como Lampião, Corisco, Conselheiro e Maria Bonita, que combatiam o poder abusivo dos “coronéis” e tinham como objetivo libertar os sertanejos de sua condição de semiescravos.
D
pode ser comparado ao atual narcotráfico, tão presente nos morros cariocas, uma vez que substituía o Estado, assumindo o papel dos administradores e garantia à população nordestina qualidade mínima de vida, em termos de alimentação, segurança e educação.
E
foi uma manifestação de banditismo social, uma vez que os cangaceiros agiam de forma desgovernada, não possuíam nenhuma regra de conduta e enriqueceram às custas do apoio popular, que garantiu sua proteção e longevidade, no Nordeste, apesar da incessante perseguição policial sofrida.
891b78e6-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

A substituição que preserva o padrão culto escrito é a de

Para responder à questão, considere o texto abaixo. Constitui o início do conto “AA”, de Rubem Fonseca.


A
Chamei o meu capataz Zé do Carmo e disse a ele por Chamei o meu capataz, Zé do Carmo e, disse a ele.
B

disse a ele que ia a Corumbá por “informei-lhe de que ia a Corumbá”.

C
sobre a maneira por “de qual era a maneira”.
D
menos mencionar por “exceto mencionar”.
E
à risca por “ à qualquer custo”.
890b4edb-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para responder a esta questão, considere os sentidos encontrados no verbete de dicionário abaixo transcrito e a última frase do texto − Tudo ainda é registrado por mãos como as dos oleiros da Cerâmica Tatá, que aqui apresentam loucinhas de barro que tantas infâncias embalaram.


louça


substantivo feminino

1 produto de cerâmica de pasta porosa e esmaltada, us. para fins diversos e esp. na fabricação de objetos domésticos

Ex.: caneca de l.

2 conjunto de recipientes (pratos, xícaras etc.) de porcelana ou similar, us. para servir refeições; aparelho, serviço


A análise do verbete e da frase, considerada em seu contexto, autoriza o seguinte comentário:

Para responder à questão considere o texto abaixo.

    Arrancado das entranhas da terra, o barro é visto por aqueles que nele tentam imputar formas como uma verdadeira entidade viva, dona de vontade própria. É como se houvesse uma espécie de pacto entre o barro e o barrista, e quem dá as cartas nessa parceria não é o homem. Porções generosas de imprevisibilidade, escondidas em sua composição, se desnudam instantaneamente ao menor toque das mãos. Alguns artesãos de Santa Catarina veem isso acontecer desde crianças, tomaram gosto pelo desafio e continuam mostrando o talento semeado em casa. Essa imprevisibilidade também apaixonou uma nova geração, que, como os artesãos de berço, continua narrando a influência da colonização açoriana no litoral. As crendices, a preferência pelas coisas simples da vida, o gosto pelas festas, a forte religiosidade. Tudo ainda é registrado por mãos como as dos oleiros da Cerâmica Tatá, que aqui apresentam loucinhas de barro que tantas infâncias embalaram.
(Feito a mãos: O artesanato em Santa Catarina. Publicação do Governo do Estado de Santa Catarina: Tempo Editorial, 2008. p. 19) 
A
a expressão loucinhas de barro foi empregada em sentido depreciativo.
B
no texto, ocorreu uma inadequação, pois é incompatível o uso da palavra oleiros associada a loucinhas de barro.
C
é legítima a hipótese de que os oleiros da Cerâmica Tatá fabricam jarros, vasilhas e representações, por exemplo, de santos e figuras associadas a superstições.
D
os oleiros da Cerâmica Tatá, que apresentam suas peças na obra Feito a mãos, produzem exclusivamente miniaturas de utensílios para refeições.
E
Para ilustrar Feito a mãos, foram escolhidos artesãos açorianos que desenharam brinquedos portugueses nas sopeiras e travessas que fabricam.
890f8648-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No fragmento acima,

Para responder à questão, considere o texto abaixo. Constitui o início do conto “AA”, de Rubem Fonseca.


A
tem-se um narrador com total visão dos fatos, como se nota na passagem em que cita o que as personagens estavam pensando sobre ele quando prometeram cumprir suas ordens à risca: não havia melhor patrão do que eu em todo o Pantanal.
B
a organização do primeiro parágrafo − em que, aglutinadamente, se narram fatos, se explicita intenção, se levanta hipótese, se autorizam atitudes, se fazem advertências e ameaça − sugere a preocupação de seu Guilherme com a vinda da doutora.
C
tem-se acesso à fala de muitas personagens, mas unicamente por meio do discurso indireto, que está exemplificado em Acho que não, ela deve gostar mais de cavalo do que de tatu.
D
compõem campo lexical estritamente relativo a atividades rurais as seguintes palavras e expressões: capataz, animais, fazenda, peões, abrisse o bico, estava ferrado.
E
a caracterização da doutora no primeiro parágrafo justifica plenamente a resposta dada a Zé do Carmo na última frase.
8916b79f-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A alternativa que apresenta afirmação correta é:

Para responder à questão, considere o texto abaixo. Constitui o início do conto “AA”, de Rubem Fonseca.


A
O emprego do pronome tal (linha 2), sem antecedente explícito no texto, manifesta que a doutora já fora motivo de conversas anteriores entre as personagens.
B
 Em que ela talvez fizesse muitas perguntas (linhas 3 e 4), o termo destacado é pronome relativo. 
C
A forma verbal tratávamos (linhas 4 e 5) exprime ação ocorrida num momento único do passado distante, considerado o momento em que o capataz foi chamado. 
D
Outra formulação para o segmento podiam falar o que quisessem (linhas 5 e 6) está correta assim: “podiam falar qualquer coisas que desejassem”. 
E
O segmento não havia melhor patrão do que eu em todo o Pantanal (linhas 9 e 10) expressa uma consequência da ação referida anteriormente (cumpriam mesmo). 
88f468f7-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atenção à sinalização vertical

O Cartão Azul permite a permanência de 1 hora na vaga. O período máximo de permanência na mesma vaga é de 2 horas, sendo obrigatória a retirada do veículo ao término deste período, exceto nos locais onde a sinalização vertical estabelecer períodos de permanência diferenciados. Nas placas de regulamentação da Zona Azul estão indicados horários, dias de funcionamento, condições para o estacionamento e período de permanência na vaga.

Obs. Sinalização vertical − este tipo de sinalização viária utiliza placas onde o meio de comunicação (sinal) está na posição vertical, fixado ao lado da pista ou suspenso sobre ela, transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolos e/ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas. A leitura do texto permite afirmar com correção:

A leitura do texto permite afirmar com correção:

A
as normas da Zona Azul estão todas expressas no Cartão, o que dispensa o usuário de observar qualquer outro sinal de comunicação.
B
a orientação quanto ao período de permanência numa vaga de Zona Azul é ambígua, pois fala-se em 1 e 2 horas, sem esclarecimentos precisos.
C
os períodos de permanência diferenciados isentam o usuário do cumprimento das normas fixadas para o estacionamento em Zona Azul, dispensando-o de se ater às placas de regulamentação desse tipo de estacionamento.
D
o item 1 das instruções deixa entrever que a Zona Azul constitui um sistema de estacionamento rotativo, com normas que apresentam certa flexibilidade para, supostamente, atender a distintas realidades dos locais regulamentados.
E
o usuário que precisar estacionar por mais de 2 horas num bairro regulamentado pela Zona Azul não solucionará seu problema sem que infrinja as normas.
88fc5d8f-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto comprova a seguinte afirmação:

Para responder à questão considere o texto abaixo.

    Arrancado das entranhas da terra, o barro é visto por aqueles que nele tentam imputar formas como uma verdadeira entidade viva, dona de vontade própria. É como se houvesse uma espécie de pacto entre o barro e o barrista, e quem dá as cartas nessa parceria não é o homem. Porções generosas de imprevisibilidade, escondidas em sua composição, se desnudam instantaneamente ao menor toque das mãos. Alguns artesãos de Santa Catarina veem isso acontecer desde crianças, tomaram gosto pelo desafio e continuam mostrando o talento semeado em casa. Essa imprevisibilidade também apaixonou uma nova geração, que, como os artesãos de berço, continua narrando a influência da colonização açoriana no litoral. As crendices, a preferência pelas coisas simples da vida, o gosto pelas festas, a forte religiosidade. Tudo ainda é registrado por mãos como as dos oleiros da Cerâmica Tatá, que aqui apresentam loucinhas de barro que tantas infâncias embalaram.
(Feito a mãos: O artesanato em Santa Catarina. Publicação do Governo do Estado de Santa Catarina: Tempo Editorial, 2008. p. 19) 
A
A frase inicial Arrancado das entranhas da terra expressa ideia de tempo.
B
A ideia uma verdadeira entidade viva, especificada como dona de vontade própria, caracteriza uma visão singular do barro.
C
A expressão É como se introduz uma comparação entre o barro e o barrista.
D
A citada imprevisibilidade é atribuída direta e exclusivamente à genialidade da arte dos artesãos.
E
A frase que trata de Alguns artesãos de Santa Catarina contém sequência que vai do fator considerado menos importante para o mais importante.
8901f505-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação

A alternativa que apresenta afirmação correta é:

Para responder à questão considere o texto abaixo.

    Arrancado das entranhas da terra, o barro é visto por aqueles que nele tentam imputar formas como uma verdadeira entidade viva, dona de vontade própria. É como se houvesse uma espécie de pacto entre o barro e o barrista, e quem dá as cartas nessa parceria não é o homem. Porções generosas de imprevisibilidade, escondidas em sua composição, se desnudam instantaneamente ao menor toque das mãos. Alguns artesãos de Santa Catarina veem isso acontecer desde crianças, tomaram gosto pelo desafio e continuam mostrando o talento semeado em casa. Essa imprevisibilidade também apaixonou uma nova geração, que, como os artesãos de berço, continua narrando a influência da colonização açoriana no litoral. As crendices, a preferência pelas coisas simples da vida, o gosto pelas festas, a forte religiosidade. Tudo ainda é registrado por mãos como as dos oleiros da Cerâmica Tatá, que aqui apresentam loucinhas de barro que tantas infâncias embalaram.
(Feito a mãos: O artesanato em Santa Catarina. Publicação do Governo do Estado de Santa Catarina: Tempo Editorial, 2008. p. 19) 
A
Em o barro é visto por aqueles que nele tentam imputar formas ..., transpondo-se a frase em voz passiva para a voz ativa, a forma verbal corretamente encontrada é “viram”. 
B
O segmento escondidas em sua composição exprime uma condição.  
C
No caso de continuam mostrando receber outra formulação, é correta a redação “continuam a mostrarem”. 
D
Em também apaixonou uma nova geração, está subentendida a ideia de que, apesar dos aspectos negativos citados, a imprevisibilidade apresentou esse fator positivo.  
E
Se o ponto final depois de litoral for substituído por doispontos, com o consequente emprego da letra minúscula inicial em As, a correção e o sentido originais serão preservados.
8905eb50-af
PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Em várias frases do texto encontram-se expressões empregadas com sentido conotativo. Considerado o contexto, o segmento de frase em que NÃO há esse emprego é:

Para responder à questão considere o texto abaixo.

    Arrancado das entranhas da terra, o barro é visto por aqueles que nele tentam imputar formas como uma verdadeira entidade viva, dona de vontade própria. É como se houvesse uma espécie de pacto entre o barro e o barrista, e quem dá as cartas nessa parceria não é o homem. Porções generosas de imprevisibilidade, escondidas em sua composição, se desnudam instantaneamente ao menor toque das mãos. Alguns artesãos de Santa Catarina veem isso acontecer desde crianças, tomaram gosto pelo desafio e continuam mostrando o talento semeado em casa. Essa imprevisibilidade também apaixonou uma nova geração, que, como os artesãos de berço, continua narrando a influência da colonização açoriana no litoral. As crendices, a preferência pelas coisas simples da vida, o gosto pelas festas, a forte religiosidade. Tudo ainda é registrado por mãos como as dos oleiros da Cerâmica Tatá, que aqui apresentam loucinhas de barro que tantas infâncias embalaram.
(Feito a mãos: O artesanato em Santa Catarina. Publicação do Governo do Estado de Santa Catarina: Tempo Editorial, 2008. p. 19) 
A
Arrancado das entranhas da terra.
B
quem dá as cartas nessa parceria não é o homem.
C
se desnudam instantaneamente ao menor toque das mãos.
D
aqui apresentam loucinhas de barro.
E
continuam mostrando o talento semeado em casa.