Questõesde UNIFESP sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Preposições, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso Metal de voz que enleva de doçura, a preposição de ocorre duas vezes, formando expressões que indicam, respectivamente, relação de

INSTRUÇÃO: As questões baseiam- se no poema de Filinto Elísio.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,

Um garbo senhoril, nevada alvura,

Metal de voz que enleva de doçura,

Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,

Alvo peito, que cega de candura,

Mil prendas; e (o que é mais que formosura)

Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subido

Encerra a linda Márcia, a quem of’reço

Um culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,

Que enojá- la não quero de atrevido

Co’as penas que por ela em vão padeço.

A
posse e de conseqüência.
B
causa e de posse.
C
qualificação e de causa.
D
modo e de qualificação.
E
posse e de modo.
f569b25e-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmaões:

I. No poema de Garrett, o amor é apresentado como um sentimento que acontece na vida de alguém independentemente de sua vontade.

II. No poema de Filinto, vê- se que o amor não se realiza fisicamente; no de Garrett, explora- se o amor pelo seu aspecto físico e sensual.

III. Tanto no poema de Filinto quanto no de Garrett, há uma linha tênue entre o utópico e o real, resultando numa visão de amor sôfrega e intensa, prestes a tomar formas plenas na realidade vivida pelos amantes.

Está correto somente o que se afirma em

INSTRUÇÃO: As questões baseiam- se no poema de Filinto Elísio.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,

Um garbo senhoril, nevada alvura,

Metal de voz que enleva de doçura,

Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,

Alvo peito, que cega de candura,

Mil prendas; e (o que é mais que formosura)

Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subido

Encerra a linda Márcia, a quem of’reço

Um culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,

Que enojá- la não quero de atrevido

Co’as penas que por ela em vão padeço.

A
I.
B
II..
C
III.
D
I e II.
E
I e III..
f6eae202-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

INSTRUÇÃO: As questões baseiam- se no poema de Filinto Elísio.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,

Um garbo senhoril, nevada alvura,

Metal de voz que enleva de doçura,

Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,

Alvo peito, que cega de candura,

Mil prendas; e (o que é mais que formosura)

Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subido

Encerra a linda Márcia, a quem of’reço

Um culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,

Que enojá- la não quero de atrevido

Co’as penas que por ela em vão padeço.

A
O poema de Filinto é uma narrativa na qual o poeta conta sua desilusão amorosa.
B
Na descrição de Márcia, o poeta vale- se de metáforas (rubi, nevada alvura) e de hipérboles (mil prendas, mil agrados).
C
Nos versos de Garrett, o amor se mostra como um sentimento confuso, o que transparece no uso de eufemismos.
D
Em Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?, não é possível identificar o referente textual do pronome “o” [em mo].
E
Nos versos de Garrett, as orações interrogativas revelam a predisposição do poeta para viver intensamente o sentimento descrito.
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UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O fato de o poeta reconhecer em si a existência do menino indica que

INSTRUÇÃO: Leia o poema de Manuel Bandeira para responder às questões

Versos de Natal


Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados.
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!

Mas se fosses mágico, Penetrarias até ao fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer,
Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
A
há toda uma fragilidade envolvendo-o, já que se sente um homem triste, ao qual não cabe mais nada senão es- perar a morte.
B
tem consciência de uma força para viver, pois o menino se define como sua base e lhe permite romper com a realidade que o circunda.
C
se ajusta placidamente à velhice presente, a qual o amigo espelho insiste em mostrar- lhe de forma degradante e revestida de tristeza.
D
vive como uma criança, sempre alegre e sonhador, totalmente alheio ao mundo real de que faz parte.
E
contesta o mundo em que vive, idealizado e opressor, que reflete os seus cabelos brancos e a tristeza que sente.
e7f5f997-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações sobre o que diz o narrador do texto de Sabino:

I. O mistério a que ele se refere decorre de uma narrativa ambígua, na qual há uma constante oscilação entre a possibilidade – ou não – de Capitu ter cometido o adultério.

II. No romance a que ele se refere, o triângulo amoroso é formado por Capitu, Escobar e Quincas Borba.

III. A sua frase final denuncia- o convicto de que Capitu não traiu o marido.

Está correto o que se afirma apenas em

Ultimamente ando de novo intrigado com o enigma de Capitu. Teria ela traído mesmo o marido, ou tudo não passou de imaginação dele, como narrador? Reli mais uma vez o romance e não cheguei a nenhuma conclusão. Um mistério que o autor deixou para a posteridade.

(Fernando Sabino, O bom ladrão.)
A
I.
B
II.
C
I e II.
D
I e III.
E
II e III.
e36be77e-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Pronome de tratamento, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A expressão vide verso significa ver no verso. Se optasse pela forma verbal conjugada e mantivesse a forma de tratamento que dá ao doutor José Aparecido, o poeta escreveria

INSTRUÇÃO: Leia a letra da música de Adoniran Barbosa, para responder às questões

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A
Vê no verso meu endereço, aparece quando quiser.
B
Vejas no verso meu endereço, aparece quando quiser.
C
Vês no verso meu endereço, apareça quando quiser.
D
Vejai no verso meu endereço, aparecei quando quiser
E
Veja no verso meu endereço, apareça quando quiser.
e1f08130-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em “Casei, comprei uma casinha lá no Ermelindo”, o diminutivo no substantivo expressa, além de tamanho e carinho, o sentido de

INSTRUÇÃO: Leia a letra da música de Adoniran Barbosa, para responder às questões

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A
penúria.
B
humilhação.
C
simplicidade.
D
pobreza.
E
ironia.
e07ccab1-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações:

I. O poeta afirma que o samba é uma forma de agradeci- mento ao doutor José Aparecido, pelo que este lhe fez. Por não haver referências a uma eventual cobrança do dinheiro, vê-se que se trata de um autêntico gesto de solidariedade.

II. A insistência do poeta em falar sobre sua vida, descrevendo- a muito positivamente, é uma tentativa de sobre- por- se ao doutor José Aparecido, que lhe é socialmente superior.

III. É flagrante a diferença que o poeta dá ao tratamento a Gervásio e José Aparecido: o primeiro é displicentemente chamado de seu Gervásio; o segundo, respeitosamente, de doutor José Aparecido.

Está correto apenas o que se afirma em

INSTRUÇÃO: Leia a letra da música de Adoniran Barbosa, para responder às questões

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A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II.
E
I e III.
ef684cf3-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as informações:

I. O poeta mantém certo distanciamento amoroso, pois a mulher é vista como um ser superior e inalcançável.

II. O jogo amoroso descrito no soneto distancia-se do convencionalismo, sendo exposto o amor de forma intensa.

III. A forma do poema — um soneto — e a sua metrificação permitem considerá- lo uma produção literária do período clássico.

IV. Estão explícitos no soneto a sensualidade e o carpe diem.

Está correto o que se afirma apenas em

INSTRUÇÃO: As questões baseiam- se no poema de Filinto Elísio.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,

Um garbo senhoril, nevada alvura,

Metal de voz que enleva de doçura,

Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,

Alvo peito, que cega de candura,

Mil prendas; e (o que é mais que formosura)

Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subido

Encerra a linda Márcia, a quem of’reço

Um culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,

Que enojá- la não quero de atrevido

Co’as penas que por ela em vão padeço.

A
I e II.
B
I e III.
C
II e III.
D
II e IV
E
III e IV.
f0e532ac-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pelas informações do poema, é correto afirmar que o poeta

INSTRUÇÃO: As questões baseiam- se no poema de Filinto Elísio.

Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,

Um garbo senhoril, nevada alvura,

Metal de voz que enleva de doçura,

Dentes de aljôfar, em rubi cravados.

Fios de ouro, que enredam meus cuidados,

Alvo peito, que cega de candura,

Mil prendas; e (o que é mais que formosura)

Uma graça, que rouba mil agrados.

Mil extremos de preço mais subido

Encerra a linda Márcia, a quem of’reço

Um culto, que nem dela inda é sabido.

Tão pouco de mim julgo que a mereço,

Que enojá- la não quero de atrevido

Co’as penas que por ela em vão padeço.

A
sofre calado, porque não quer que a amada padeça como ele.
B
não se julga merecedor do amor da amada, que o vê como um atrevido.
C
pretende revelar seus sentimentos à amada para deixar de padecer
D
acredita que a amada o considerará merecedor de seu amor.
E
não se julga digno de receber o amor da amada e, por isso, sofre.
ec721a86-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para o narrador, os olhos de Capitu eram olhos de ressaca, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Entende- se, então, que ele

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A
começava a nutrir sentimento de repulsa em relação a ela, como está sugerido em [seus olhos] entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...
B
se sentia fortemente atraído por ela, como comprova o trecho: Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro...
C
passou a desconfiar da sinceridade dela, como está exposto em: mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim.
D
começava a vê- la como uma mulher comum, sem atrativos especiais, como demonstra o trecho: eu nada achei extraordinário...
E
deixava de vê-la como uma mulher enigmática, como está sugerido em: Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova.
eaf7fe56-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao afirmar que Capitu tinha olhos de cigana oblíqua, José Dias a vê como uma mulher

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A
irresistível.
B
inconveniente
C
compreensiva.
D
evasiva.
E
irônica.
e97d22c0-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto de Sabino, o narrador questiona a traição de Capitu. Lendo o texto de Machado, pode-se entender que esse questionamento decorre de

Ultimamente ando de novo intrigado com o enigma de Capitu. Teria ela traído mesmo o marido, ou tudo não passou de imaginação dele, como narrador? Reli mais uma vez o romance e não cheguei a nenhuma conclusão. Um mistério que o autor deixou para a posteridade.

(Fernando Sabino, O bom ladrão.)
A
os fatos serem narrados pela visão de uma personagem, no caso, o narrador em primeira pessoa, que fornece ao leitor o perfil psicológico de Capitu.
B
a personagem ser vista por José Dias como oblíqua e dissimulada, o que gerou mal- estar no apaixonado de Capitu, deixando de vê- la como uma mulher de encantos.
C
a apresentação da personagem Capitu ser feita no romance de maneira muito objetiva, sem expressão dos sentimentos que a vinculavam ao homem que a amava.
D
os aspectos psicológicos de Capitu serem apresentados apenas pelos comentários de José Dias, o que lhe torna a caracterização muito subjetiva.
E
o amado de Capitu não conseguir enxergar nela características mais precisas e menos misteriosas, o que o faz descrevê- la de forma bastante idealizada.
e672d732-29
UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os versos denunciam

INSTRUÇÃO: Leia os versos de Olavo Bilac e responda às questões

Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
A
vocabulário simples e pouca preocupação com as qualidades técnicas do poema, já que as sugestões sonoras não estão neles presentes.
B
emoção expressa racionalmente, embora seja bastante evidente o caráter subjetivo na construção das imagens.
C
a busca da perfeição na expressão, visando ao universalismo, como exemplificam os termos Beleza e Verdade, grafados com maiúsculas.
D
o afastamento da realidade social, decorrente de uma visão idealizada do mundo, descrito por metáforas pouco objetivas
E
a forma de expressão pouco idealizada, resultante de uma concepção de mundo marcada pela complexidade que, nos versos, se manifesta em vocabulário seleto.
6070de82-4d
UNIFESP 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos versos, fica evidente o perfil do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, pois ele

INSTRUÇÃO: O poema de Alberto Caeiro é base para responder
às questões de números 24 e 25.

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A
entende que o homem está atrelado a uma visão subjetiva da existência.
B
volta-se para o mundo sensível que o rodeia como forma de conceber a existência.
C
concebe a existência como apreensão dos elementos místicos e indefinidos.
D
não acredita que a existência possa ser definida em termos de objetividade.
E
busca na metafísica a base de uma concepção da existência subjetiva.
61cb9761-4d
UNIFESP 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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No poema de Caeiro, o ponto de vista de Silesius, com o qual concorda Boff, é

INSTRUÇÃO: O poema de Alberto Caeiro é base para responder
às questões de números 24 e 25.

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A
confirmado, pois o eu lírico entende que a existência está ligada a um deus.
B
negado, pois o eu lírico entende que se deve evitar o questionamento da metafísica.
C
negado, pois o eu lírico entende que a existência é uma grande falta de razão.
D
confirmado, pois o eu lírico entende que o existir por si só já basta.
E
negado, pois o eu lírico entende que não se apreende a realidade senão por intermédio de um deus.
6325aa5f-4d
UNIFESP 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, entende-se que o chão da infância da narradora é marcado

INSTRUÇÃO: Para responder às questões de números 26 a 30,
leia o texto de Lygia Fagundes Telles.

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A
pela incômoda viuvez da tia.
B
pela ausência do pai.
C
pelo convívio com família e pajens.
D
pelo medo da escravidão.
E
pela indiferença das pajens.
6477a5ed-4d
UNIFESP 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entende-se que a relação da narradora com a pajem baseia-se

INSTRUÇÃO: Para responder às questões de números 26 a 30,
leia o texto de Lygia Fagundes Telles.

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A
na tolerância entre elas, embora a narradora quase não consiga conter sua raiva com os descasos da pajem.
B
na tensão entre elas, embora a pajem deva respeito à narradora, pois tem uma relação profissional com a família.
C
na indiferença entre elas, pois tanto a narradora deixa de responder como a pajem deixa de atender-lhe o pedido.
D
na rivalidade entre elas, fato que se comprova pela agressividade da pajem que sonhava estar no lugar da narradora.
E
na proximidade entre elas, pois a pajem, por exemplo, externa seus sentimentos de desagrado, quando se vê incomodada por algo.