Questõessobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Na reportagem sobre os 50 anos de Brasília, de Débora Chaves, com a reprodução
fotográfica de cadeiras e poltronas de Sérgio Rodrigues, verifica-se que os elementos da
estética brasiliense
RODRIGUES, S. Acervo pessoal.
surgem na simplificação das informações visuais de cada composição.
A representação do discurso intimidador engendrada no fragmento é responsável por
Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da canção Sinal fechado é uma
estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor porque
No texto, os argumentos apresentados permitem inferir que o objetivo do autor é
convencer os leitores a
As letras de samba normalmente se caracterizam por apresentarem marcas informais do
uso da língua. Nessa letra de Nelson Sargento, são exemplos dessas marcas
Na construção do soneto, as cores representam um recurso poético que configura uma
imagem com a qual o eu lírico
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
No texto, os recursos verbais e não verbais empregados têm por objetivo
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
No texto, os recursos verbais e não verbais empregados têm por objetivo
O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à
No texto, constata-se que os usos de pronomes variaram ao longo do tempo e que
atualmente têm empregos diversos pelas regiões do Brasil. Esse processo revela que
o emprego de “você” em documentos escritos demonstra que a língua tende a se
manter inalterada.
Assinale a alternativa correta que aponta correspondência pertinente entre o recurso
expressivo usado pelo poeta e o efeito produzido.
Leia o poema a seguir para responder à questão:
Índia Velha
Índia Velha índia velha
se lembra do cheiro verde
na fonte limpa
onde se matava a sede
água boa de beber
índia velha
se lembra
do teu tempo de criança
tinha festa e tinha dança
pra chover.
índia velha
se lembra
do primeiro
do segundo
do terceiro branco
que chegou
se lembra?
se lembra
Quando tu andavas nua
olha a cor de teu vestido
encardido
quando andas pela rua.
se lembra!
se lembra de teus colares
teus amores a lua cheia
lençóis de flores na aldeia
se lembra?
índia velha
se lembra
dos pés pisando no mato
olha a cor de teu sapato
pisando asfalto e areia.
índia velha
se lembra
tantos brancos que
chegaram
tantos
que até perdestes as contas
e as contas de teus colares
hoje andas tonta nos bares
e é tão grande a dor que
sentes e que o amor de tua gente
foi junto ao rio
foi junto ao rio
por onde os brancos chegaram
se lembra?
se lembra?
(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).
Considerando as relações entre o texto e o processo histórico-social sobre o qual se
pronuncia, assinale a alternativa correta.
Leia o poema a seguir para responder à questão:
Índia Velha
Índia Velha índia velha
se lembra do cheiro verde
na fonte limpa
onde se matava a sede
água boa de beber
índia velha
se lembra
do teu tempo de criança
tinha festa e tinha dança
pra chover.
índia velha
se lembra
do primeiro
do segundo
do terceiro branco
que chegou
se lembra?
se lembra
Quando tu andavas nua
olha a cor de teu vestido
encardido
quando andas pela rua.
se lembra!
se lembra de teus colares
teus amores a lua cheia
lençóis de flores na aldeia
se lembra?
índia velha
se lembra
dos pés pisando no mato
olha a cor de teu sapato
pisando asfalto e areia.
índia velha
se lembra
tantos brancos que
chegaram
tantos
que até perdestes as contas
e as contas de teus colares
hoje andas tonta nos bares
e é tão grande a dor que
sentes e que o amor de tua gente
foi junto ao rio
foi junto ao rio
por onde os brancos chegaram
se lembra?
se lembra?
(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
A alternativa correta com relação à estrutura sintática e de significação dos enunciados é:
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
A alternativa correta com relação à estrutura sintática e de significação dos enunciados é:
“Quincas Borba”, considerada uma das grandes obras da fase áurea do escritor Machado
de Assis, põe em cena a história de Rubião, um modesto professor de Barbacena, cidade no
interior de Minas Gerais, que, ao receber uma herança inesperada do amigo Quincas Borba,
resolve mudar para o Rio de Janeiro – na época, centro da vida política e econômica brasileira.
Ali, encontra dificuldades para adaptar-se ao modo de ser dos que convivem com o poder,
tornando-se uma vítima de aproveitadores que se fazem passar por amigos, caso, sobretudo, do
casal Cristiano e Sofia Palha. O capítulo transcrito a seguir é o último do livro. Nele se encontra uma espécie de síntese da
narrativa, ao se elencarem personagens centrais da trama a partir da notícia da morte do cão
Quincas Borba, cujo nome é o mesmo de seu primeiro dono, que foi herdado por Rubião. “Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu
desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte
do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto
homônimo é que dá título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões,
que nos levariam longe... Eia! chora os dois recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, rite. É a mesma coisa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está
assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens.” (MACHADO DE ASSIS. Quincas Borba. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012. p.
344).
Apesar de Machado de Assis construir parte significativa de sua obra ainda em fins do século XIX,
é possível já verificar, em seus textos, o emprego de recursos próprios da literatura moderna. A
esse propósito, sobre o trecho em questão, pode-se afirmar que:
A poesia de Manuel Bandeira, marcada pela simplicidade no modo de dizer, alcança grau
considerável de lirismo e de subjetividade ao tratar de cenas do cotidiano, como pode ser notado
no exemplo que segue:
Poema de Finados
Amanhã que é dia dos mortos Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20 ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993. p. 144-5).
Ao observar a relação entre o conteúdo do Poema de Finados e seus aspectos formais, pode-se
afirmar que:
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20 ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993. p. 144-5).
Leia atentamente o texto informativo a seguir.
Nosso símbolo
O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios
guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.
Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de
aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta.
Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina
e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra
utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.
“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não
qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um
símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”,
reforça o professor e antropólogo. [...]
(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).
A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores
a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:
Leia atentamente o texto informativo a seguir.
Nosso símbolo
O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.
Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta. Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.
“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”, reforça o professor e antropólogo. [...]
(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).
A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores
a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:
Em A hora da estrela, de Clarice Lispector, acompanhamos a história de Macabeá, jovem
nordestina que vive, no Rio de Janeiro, uma existência solitária e anônima, marcada por
privações de todo o tipo. Nessa obra, a escrita clariceana alterna momentos em que se expressa
de um modo direto, próprio para remeter à dureza da vida de sua personagem central, como
outros em que emprega diversos recursos afeitos à linguagem poética, como no relato do
encontro de Macabéa com Olímpico de Jesus. “Maio, mês das borboletas noivas flutuando em brancos véus. Sua exclamação talvez tivesse sido
um prenúncio do que ia acontecer no final da tarde desse mesmo dia: no meio da chuva
abundante encontrou (explosão) a primeira espécie de namorado de sua vida, o coração batendo
como se ela tivesse englutido um passarinho esvoaçante e preso. O rapaz e ela se olharam por
entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se
farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para
torná-lo imediatamente sua goiaba-com-queijo.” (LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 23 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 59).
A respeito do trecho acima, é correto afirmar que:
Analise os elementos empregados na construção da letra da canção e assinale a
alternativa correta.
A Via Láctea
Quando tudo está perdido
Sempre existe um
caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando
chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E
rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas
com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim
(LEGIÃO URBANA. A tempestade ou O livro dos dias (álbum). Rio de Janeiro: EMI Music Ltda, 1996).
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem
em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao
seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o
ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos
afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia.
Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.