Questõesde UEMG sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 102 questões
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UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os fragmentos assinalam um procedimento linguístico relevante na narrativa de Cachorro Velho. Trata-se da

A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.


Texto I


Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.

Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.


Texto II


O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.

Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.


Texto III


Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.


CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.

A
combinação de estímulos sensoriais.
B
representação de memórias afetivas.
C
fragmentação de espaços narrativos.
D
aproximação de termos antagônicos.
2ce7ed1d-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na trama, a caracterização dos personagens de Aroni e Ulundi são indicativas de uma visão

A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.


Texto I


Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.

Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.


Texto II


O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.

Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.


Texto III


Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.


CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.

A
combativa em relação ao jugo imposto sobre os negros, representando o primeiro como uma guerreira abolicionista e o segundo como um dos líderes da rebelião.
B
enaltecedora dos povos africanos, atribuindo ao primeiro a habilidade narrativa na transmissão de contos da tradição da África e ao segundo bravura e heroicidade.
C
desesperançada acerca da humanidade, conferindo ao primeiro a marca da dor por haver tido seu filho assassinado e ao segundo a revolta contra os que lhe oprimiam.
D
irônica sobre a escravidão, propondo o primeiro como uma mulher incapaz de gerar filhos e o segundo como um homem conformado com sua condição de escravo.
2ceb7000-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quando a névoa encobriu o corpo de Beira, Cachorro Velho voltou a desabar no solo.

Bufando contra a poeira, lembrou-se da mãe. O rosto lhe chegou de imediato, sem avisar.

Soube que era ela pelos olhos. Pela forma de sua face escura. Pelos seios abundantes, ainda cheios daquele odor que, quando criança, ele buscava em outras mulheres só para reencontrá-la.

Sim, era ela. Havia passado a vida inteira tentando recordá-la, e só naquela hora aziaga seu rosto emergia do Nada.

— Qual é o meu nome? — perguntou à aparição que enchia sua mente. E viu-lhe os lábios grossos se moverem, mas não escutou nenhum som. Os latidos dos cães cobriram a trilha.

Lentamente, a alma do porteiro se levantou no ar e, vislumbrando El Colibrí, entrou na floresta.

CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 141.

Lido no contexto da narrativa, esse fragmento extraído do final do romance sugere

A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.


Texto I


Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.

Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.


Texto II


O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.

Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.


Texto III


Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.


CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.

A
o desnudamento de dramas existenciais, relacionados à ausência materna.
B
a necessidade de se continuar militando contra os rastros de um passado escravista.
C
a importância de se preservar a crença em um tempo futuro de libertação.
D
o ensinamento de legados africanos ainda hoje ameaçados pelo preconceito racial.
2ceef8c7-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De todos os percentuais divulgados, meu favoritíssimo aborda extraterrestres: 78,25% das civilizações alienígenas que nos visitam vêm de fora da Via Láctea. Depois dessa precisão alienígena, eu, que vivia fora de órbita, ando agora 78,25% mais à Terra. Com tanta gente estranha por aqui, acredito que a confusão estatística é coisa de ET. Ou do diabo. Tenho 66,6% de certeza.

GIFFONI, L. Confusão estatística. In: O acaso abre portas. Belo Horizonte: Abacate, 2014. p. 21.

Os recursos de estilo empregados nesse fragmento indicam a intenção do autor de

A
demonstrar indiferença a critérios percentuais.
B
criticar a vagueza de informações numéricas.
C
questionar as probabilidades científicas.
D
ironizar a precisão de dados estatísticos.
2cf2621f-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos

Esquecidos de que não se encontravam em casa, passaram a noite em busca de si mesmos numa centena de canais. Desculpe, cento e doze.

GIFFONI, L. Os canibais da notícia. In: O acaso abre portas. Belo Horizonte: Abacate, 2014. p. 49.

Considerando-se as relações entre o título e o enredo da crônica “Os canibais da notícia”, os protagonistas são

A
estatísticos que se importam com os números precisos das notícias.
B
jornalistas que agem como abutres em relação aos fatos.
C
aposentados que se alimentam das notícias diárias.
D
vítimas das notícias que os ultrajam.
2cdd4d47-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Uma pessoa verdadeiramente forte

A gente costuma ouvir que uma pessoa é forte, que tem gênio forte, quando ela reage com grande violência em situações que a desagradam. Ou seja, a pessoa de temperamento forte só está bem e calma quando tudo acontece exatamente de acordo com a vontade dela. Nos outros casos, sua reação é explosiva e o estouro costuma provocar o medo nas pessoas que a cercam.
As pessoas que não toleram frustrações, dores e contrariedades são as fracas e não as fortes. Fazem muito barulho, gritam, fazem escândalos e ameaçam bater. São barulhentas e não fortes. O forte é aquele que ousa e se aventura em situações novas, porque tem a convicção íntima de que, se fracassar, terá forças interiores para se recuperar.
Ninguém pode ter certeza de que seu empreendimento – sentimental, profissional, social – será bem-sucedido. Temos medo da novidade justamente por causa disso. O fraco não ousará, pois a simples ideia do fracasso já lhe provoca uma dor insuportável.
O forte ousará porque tem a sensação íntima de que é capaz de aguentar o revés. O forte é aquele que monta no cavalo porque sabe que, se cair, terá forças para se levantar. O fraco encontrará uma desculpa – em geral, acusando uma outra pessoa – para não montar no cavalo. Fará gestos e pose de corajoso, mas, na verdade, é exatamente o contrário. Buscará tantas certezas prévias de que não irá cair do cavalo que, caso chegue a tê-las, o cavalo já terá ido embora há muito tempo. O forte é o que parece ser o fraco: é quieto, discreto, não grita e é o ousado. Faz o que ninguém esperava que ele fizesse.

GIKOVATE, F. Disponível em: <http://flaviogikovate.com.br/uma-pessoa-verdadeiramenteforte/#more-540>. Acesso em: 01 out. 2016.

A relação entre a tese do texto e os argumentos apresentados pelo autor para sustentar seu ponto de vista é caracterizada pela

A
contraposição entre os significados de força e fraqueza.
B
valorização do fracasso e das frustrações da vida.
C
distinção entre a ousadia e o medo da novidade.
D
depreciação de indivíduos considerados fortes.
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UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos



Disponível em :<http://www.comunicaquemuda.com.br/culpa-nao-e-delas/>. Acesso em: 25 set. 2016.

A leitura do infográfico indica que

A
o Nordeste é a região com maior índice de violência contra a mulher.
B
o medo da violência contra a mulher é maior nos municípios com até 50 mil habitantes.
C
quanto maior o nível de escolaridade, menor a tendência de culpar a mulher pelo estupro.
D
entre brasileiros do sexo masculino, a percepção da violência contra a mulher é mais acentuada.
2ccfce68-a6
UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Com a finalidade de explorar determinados efeitos de sentido, o título da crônica faz referência ao gênero textual ‘diário’. Constitui uma característica desse gênero presente no texto

A questão refere-se ao texto a seguir.


Diário alienígena


    Continuo sem entender muito bem. Hoje passou por mim um ser de sexo indefinido, que me deixou ainda mais confuso. Seu aspecto era muito estranho. Tinha um rosto delicado, um nariz pequeno, os lábios bem delineados, mas não muito grossos, formando, no conjunto, o que aqui se chama de mulher bonita. Os cabelos, muito escuros e lisos, eram também femininos, compridos, bem tratados e lustrosos. Mas, assim que se fechava em ponta a linha do queixo, dava-se a transformação: o pescoço, largo e musculoso, era estriado de veias, parecendo inflado a ponto de rebentar. O tronco, imenso e forte, abria-se para os lados em braços espetaculares, rígidos, com gigantescos nós de músculos sobrepondo-se uns aos outros e formando uma curva um pouco semelhante à que encontramos em certos primatas. As pernas eram igualmente brutais, levemente arqueadas devido ao volume dos músculos, dando ao andar uma cadência que em tudo se parecia com o dos seres do outro sexo.
    Já havia visto algumas criaturas um tanto indefinidas por aqui, mas esta me pareceu um exemplo extremo. Não pude classificá-la. Aliás, tenho tido grande dificuldade para fazer as classificações. Tudo me parece de difícil compreensão. Esse pequeno território que nos serve de amostragem traz incoerências que me deixam atônito. Para dizer a verdade, as contradições são muitas, infinitas, não tendo havido ainda um registro lógico capaz de explicar tantas coisas de que já lhe falei, como as discrepâncias na ocupação do espaço, para dar apenas um exemplo.
    Mas a verdade é que, de todos os absurdos a que tenho assistido nesse primeiro contato, nenhum me deixou mais espantado do que o seguinte: como civilização razoavelmente evoluída em termos tecnológicos, eles parecem ter centrado boa parte de sua pesquisa científica na busca do conforto. Inventaram pequenos aparelhos, bastante engenhosos, que lhes facilitam a vida, tornando-os cada vez mais ociosos e aos quais dão nomes variados, como automóveis, computadores, celulares, controle remoto etc. Tudo parece ter sido inventado com um único objetivo: o de leválos a fazer menos esforço físico. Pois muito bem: você acredita que, nas chamadas horas de lazer, eles correm pelas ruas feito loucos, de um lado para o outro, suando em bicas, sem parecer querer chegar a lugar algum? E mais: concentram-se também em locais que chamam de academias e lá se dedicam, sozinhos ou em grupos, às tarefas mais extenuantes e inúteis, muitas vezes atados a aparelhos de tortura, os quais parecem buscar por livre vontade, e não forçados, como já vimos acontecer com outros povos bárbaros. Chegam a caminhar sobre esteiras, sem sair do lugar! Não lhe parece o maior dos absurdos?
    Bem, continuarei observando e tentando entender. Espero estar de volta em breve, na paz de nossa querida Andrômeda – e longe deste planeta louco.

SEIXAS, H. In: Novos contos mínimos. Disponível em: <http://heloisaseixas.com.br/diario-deum-marciano>. Acesso em: 02 out. 2016.
A
a descrição de fatos e personagens, de forma minuciosa e verossímil, como em “Os cabelos, muito escuros e lisos, eram também femininos, compridos, bem tratados e lustrosos”.
B
a estrutura narrativa, com sequências temporais e predomínio de verbos no passado, como em “Hoje passou por mim um ser de sexo indefinido, que me deixou ainda mais confuso”.
C
a identificação dos interlocutores, por meio de vocativos e perguntas retóricas, como em “Chegam a caminhar sobre esteiras, sem sair do lugar! Não lhe parece o maior dos absurdos?”.
D
o relato de memórias e de ações do dia a dia do autor, de caráter subjetivo e informal, como em “Esse pequeno território que nos serve de amostragem traz incoerências que me deixam atônito”.
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UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos

No texto, a utilização do ponto de vista de um alienígena é uma estratégia com o propósito de

A questão refere-se ao texto a seguir.


Diário alienígena


    Continuo sem entender muito bem. Hoje passou por mim um ser de sexo indefinido, que me deixou ainda mais confuso. Seu aspecto era muito estranho. Tinha um rosto delicado, um nariz pequeno, os lábios bem delineados, mas não muito grossos, formando, no conjunto, o que aqui se chama de mulher bonita. Os cabelos, muito escuros e lisos, eram também femininos, compridos, bem tratados e lustrosos. Mas, assim que se fechava em ponta a linha do queixo, dava-se a transformação: o pescoço, largo e musculoso, era estriado de veias, parecendo inflado a ponto de rebentar. O tronco, imenso e forte, abria-se para os lados em braços espetaculares, rígidos, com gigantescos nós de músculos sobrepondo-se uns aos outros e formando uma curva um pouco semelhante à que encontramos em certos primatas. As pernas eram igualmente brutais, levemente arqueadas devido ao volume dos músculos, dando ao andar uma cadência que em tudo se parecia com o dos seres do outro sexo.
    Já havia visto algumas criaturas um tanto indefinidas por aqui, mas esta me pareceu um exemplo extremo. Não pude classificá-la. Aliás, tenho tido grande dificuldade para fazer as classificações. Tudo me parece de difícil compreensão. Esse pequeno território que nos serve de amostragem traz incoerências que me deixam atônito. Para dizer a verdade, as contradições são muitas, infinitas, não tendo havido ainda um registro lógico capaz de explicar tantas coisas de que já lhe falei, como as discrepâncias na ocupação do espaço, para dar apenas um exemplo.
    Mas a verdade é que, de todos os absurdos a que tenho assistido nesse primeiro contato, nenhum me deixou mais espantado do que o seguinte: como civilização razoavelmente evoluída em termos tecnológicos, eles parecem ter centrado boa parte de sua pesquisa científica na busca do conforto. Inventaram pequenos aparelhos, bastante engenhosos, que lhes facilitam a vida, tornando-os cada vez mais ociosos e aos quais dão nomes variados, como automóveis, computadores, celulares, controle remoto etc. Tudo parece ter sido inventado com um único objetivo: o de leválos a fazer menos esforço físico. Pois muito bem: você acredita que, nas chamadas horas de lazer, eles correm pelas ruas feito loucos, de um lado para o outro, suando em bicas, sem parecer querer chegar a lugar algum? E mais: concentram-se também em locais que chamam de academias e lá se dedicam, sozinhos ou em grupos, às tarefas mais extenuantes e inúteis, muitas vezes atados a aparelhos de tortura, os quais parecem buscar por livre vontade, e não forçados, como já vimos acontecer com outros povos bárbaros. Chegam a caminhar sobre esteiras, sem sair do lugar! Não lhe parece o maior dos absurdos?
    Bem, continuarei observando e tentando entender. Espero estar de volta em breve, na paz de nossa querida Andrômeda – e longe deste planeta louco.

SEIXAS, H. In: Novos contos mínimos. Disponível em: <http://heloisaseixas.com.br/diario-deum-marciano>. Acesso em: 02 out. 2016.
A
ironizar a percepção de contradições sociais.
B
criticar a busca por conforto no mundo contemporâneo.
C
expressar estranhamento em relação a hábitos humanos.
D
relacionar as novas tecnologias à diminuição do esforço físico.
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UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos

Imagine alguém contando essa historinha: “Depois de receber uma premagem, o ludâmbulo desligou o lucivelo, colocou o focale, chamou o cinesíforo e foi ao local da runimol de que teve notícia por um amigo alvissareiro”. Assim seria contada essa historinha se se tivesse adotado a proposta de Antônio Castro Lopes, filólogo que viveu de 1827 a 1901. Os neologismos que ele propôs, como ludâmbulo, focalo e cinesíforo não pegaram. Então podemos contar hoje a mesma historinha assim: “Depois de receber uma massagem, o turista desligou o abajur, colocou o cachecol, chamou o motorista e foi ao local da avalanche de que teve notícia por um amigo repórter”. Acho muito estranho nessas palavras a proposta de usar “alvissareiro” em vez de repórter. Alvíssaras é uma palavra sempre relacionada a boas notícias, o que não é bem o caso da maioria do que ouvimos ou lemos dos repórteres.

BENEDITO, M. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2016/03/11/chato-cricri-ezung-zung/>. Acesso em: 03 out. 2016. (Adaptado).

No fragmento, o autor questiona o emprego do termo “alvissareiro” por considerá-lo

A
distante da realidade linguística do português brasileiro.
B
impróprio para designar o dia a dia do trabalho de repórter.
C
estranho para ser utilizado como sinônimo de “más notícias”.
D
inadequado diante do teor negativo atribuído a notícias jornalísticas.
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UEMG 2016 - Português - Interpretação de Textos

No início de 2015, um questionário com 36 perguntas e quatro minutos ininterruptos de contato visual ficou conhecido por causa de um artigo da escritora Mandy Len Catron, publicado no jornal norte-americano The New York Times. No texto, ela conta a história de como se apaixonou pelo marido com a ajuda de um método usado para criar intimidade romântica em laboratório, experimento criado há mais de 20 anos pelo professor de psicologia social Arthur Aron, da Universidade de Stony Brooks, nos Estados Unidos.
Em nove dias, o texto foi lido por mais de 5 milhões de pessoas e compartilhado 270 mil vezes no Facebook (inclusive por Mark Zuckerberg). “Criamos esse questionário a fim de ter um método para ser usado em laboratório e estudar os efeitos da intimidade na vida social de uma pessoa. Esse método já foi utilizado em centenas de estudos”, disse Aron à reportagem.
Quando foi criado, o estudo tinha regras bem rígidas: um homem e uma mulher heterossexuais entram em um laboratório por portas separadas. Eles se sentam frente a frente e respondem às perguntas, que têm um teor cada vez mais pessoal. Essa fase leva cerca de 45 minutos e, em seguida, é preciso encarar o outro nos olhos durante quatro minutos, sem desviar o foco. Na experiência conduzida pelo professor Aron, dois participantes do teste se casaram depois de seis meses e chamaram os funcionários do laboratório para a cerimônia.

LOUREIRO, G. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/03/querencontrar-o-amor-ciencia-e-tecnologia-podem-te-ajudar.html >. Acesso em: 10 out. 2016.

Assinale a alternativa em que o trecho em destaque tem a função de dar ênfase à informação apresentada no excerto:

A
“Eles se sentam frente a frente e respondem às perguntas, que têm um teor cada vez mais pessoal.”
B
“Em nove dias, o texto foi lido por mais de 5 milhões de pessoas e compartilhado 270 mil vezes no Facebook (inclusive por Mark Zuckerberg)”.
C
“[...] um método usado para criar intimidade romântica em laboratório, experimento criado há mais de 20 anos pelo professor de psicologia social Arthur Aron”.
D
“No início de 2015, um questionário com 36 perguntas e quatro minutos ininterruptos de contato visual ficou conhecido por causa de um artigo da escritora Mandy Len Catron”.
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UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Considere o seguinte trecho da peça Lisbela e o Prisioneiro:




Ainda em relação ao trecho da peça, transcrito na questão anterior, também ocorre metalinguagem, pois

A
a peça refere-se ao modo de se representar algumas outras peças nas próprias falas de alguns dos seus personagens.
B
a peça refere-se a outras peças e alguns personagens revelam-se, eles próprios, atores que representam outros personagens.
C
a peça apresenta personagens que dão indicações explícitas de como eles próprios devem ser representados.
D
a peça trata de assuntos inerentes ao gênero dramático, inserindo, na própria trama, problemas que costumam ocorrer em cena.
41e73377-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Lisbela e o Prisioneiro é uma obra que, por ser escrita para o teatro e retratar personagens populares típicos da Região Nordeste, apresenta um aproveitamento literário recorrente dos modos de falar, muitas vezes diferindo do que prescreve a norma culta.

Entre os trechos transcritos a seguir, isso só NÃO se observa em:

A
“Tenho passado a minha vida toda (...), tratando todo mundo bem, sem fazer mal a uma mosca, nem carne eu como ...”
B
“ Liás, cabra safado não serve pra morrer, só serve pra apanhar. E apanhar entre os bicos do peito e o caroço do imbigo que é pra não deixar marcas da surra.”
C
“Pois voincê agora me tirou um peso de cima. Ô homem dum juízo escanzinado. Por que é que voincê não assume essa delegacia?”
D
“Não adianta, rapaz. Tenente Guedes Lima não está aqui, de modo que de maneiras tais, você está perdendo o seu latim.”
3ab16a74-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Lisbela e o Prisioneiro foi encenada em 1961 e publicada, em livro, em 1964. Nos trechos da peça, transcritos abaixo, apenas dois trazem referências comprovando, de fato, que a ação se passa antes dos anos 60 do século passado, conforme as respectivas justifcativas.

LEIA
com atenção cada trecho e assinale, a seguir, a alternativa que indica CORRETAMENTE essas duas referências.

I “Ô cabra leso danado! Só pensa em fta de série. Esse daí, se o cinematógrafo deixasse de existir, ele morria.”: um dos personagens, o praça Jaborandi, costuma ir ao cinema para assistir flmes seriados, gênero que a partir dos anos 60 deixou de ser exibido no cinema, migrando, depois, para a TV.

II “Eu digo cela com cê-cedilha.”: o personagem afrma como se grafava a palavra cela conforme ortografa vigente na primeira metade do século XX.

III “Um dia, a gente ouviu dizer que o Zepelim ia passar por lá. Foi um alvoroço! (...) Eu tinha uns oito anos. Quando vi, foi aquela beleza atravessando o céu. Me esqueci de tudo e saí andando atrás daquela claridade. (...) E assim tem sido a minha vida, sempre me perdendo atrás do que é bonito.”: Leléu, o personagem central, tem no máximo 30 anos e se lembra de quando, ainda criança, viu o Zepelim, transporte que se extinguiu antes de 1940.

IV “Não aceito esse pensar. Compaixão de bicho, por quê? Pra que é que são os bichos? Pra gente derrubar com tiros, pegar com armadilhas, sangrar, montar neles, botar carga, sela...O homem é o dono das coisas, Doutor... Ter compaixão de bicho é vício.” : essa fala de Leléu, o protagonista, mostra que os maus tratos dispensados aos animais, atitude hoje considerada politicamente incorreta, era prática normal e aceitável até a metade do século passado.

V “Pois pode acreditar. Sou vegetariano e tenho muito orgulho disto.”: como afrma o advogado, Dr. Noêmio, um dos antagonistas, até 1960, entre as pessoas instruídas, era moda não comer carne.

A
I e III
B
II e IV
C
III e V
D
IV e V
393f9bf0-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

LEIA com atenção os textos seguintes:

Imagem 005.jpg

Considere os comentários feitos sobre esses textos:

I Todos os textos apresentam o mesmo tema: lavar roupa. Apesar disso, pertencem a gêneros diferentes.

II O texto I apresenta características da injunção, uma vez que dá conselhos aos pais sobre como proceder em determinadas situações.

III A expressão “roupa suja se lava em casa”, do texto III, aparece entre aspas, pois, além de ser uma citação, é, também, um ditado popular.

IV O conectivo entretanto, sublinhado no texto I, equivale, semanticamente, a portanto.

V O propósito do texto II é o de provocar efeitos de humor. São pertinentes os comentários apresentados em

A
I, II e III, apenas.
B
I, III e V, apenas.
C
II, III e IV, apenas.
D
II, III e V, apenas.
3eeea568-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Considere o seguinte trecho da peça Lisbela e o Prisioneiro:

Imagem 006.jpg

o trecho transcrito acima, a intertextualidade se dá na forma de

A
paráfrase, por causa das recriações de textos de outros autores e epígrafe, porque há trechos de outros autores no início do texto lido.
B
paráfrase, pois o texto apresenta reprodução explícita de outros textos, reforçando ideias e alusão, por causa da menção a outros textos.
C
citação, por causa de transcrições de trechos de outros autores e alusão, porque há menção a outros textos, de outros autores.
D
paródia, pois há ironia na construção do texto, referindo-se a outros autores e pastiche, porque o autor imita o estilo de outros autores.
3c223a6e-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“O regionalismo de Lisbela e o Prisioneiro, fundado no aproveitamento de incidentes testemunhados por amigos, por familiares e por Osman Lins bem como apoiado na transposição de ditados, expressões populares e dísticos encontrados em para-choques de caminhões, é transfgurado sob a pena de seu autor.” (Sandra Nitrini, S.Paulo, junho de 2003.)

Assinale, abaixo, a alternativa cujo trecho citado NÃO confrma a análise de Sandra Nitrini:

A
“Ia pra bem dez ou oito anos que eu não topava um boi, delegado.”
B
“No mês passado, sim. Vendi um desse que diz padre-flho-espírito-santo. Mas isso é muito vasqueiro. Agora curió, eu tenho bom.
C
“Quando é ontem, eu fui lá buscar a roupa e ele, com licença da palavra, me jogou um capitão cheio. Saí de lá ensopado e com o cheiro mais horroroso do mundo.”
D
“Hoje mesmo eu vou em Glória do Goitá receber dinheiro de um freguês. (...) Depois, eu tenho de ir na Boa Vista, que fca meio longe, é quase na fronteira com a Bahia.”
3d862db7-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto à organização do texto teatral ou dramático, ao seu desenvolvimento e ao tipo de público a que se dirige, verifca-se que a obra Lisbela e o Prisioneiro

A
divide-se em capítulos, a história é desenvolvida pela narrativa e destina-se a um público alfabetizado.
B
divide-se em atos, a história desenrola-se pelos diálogos das personagens e destina-se ao público em geral.
C
divide-se em parágrafos, desenrola-se em narração e diálogos, e dirige-se a um leitor especializado.
D
divide-se em tópicos, a narrativa desenrola-se em diálogos indiretos e dirige-se a um leitor acadêmico.
328a3c01-0e
UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

Sobre o texto foram feitas algumas afrmações:

I A expressão em Belo Horizonte, sublinhada no primeiro parágrafo, NÃO pode ser eliminada do trecho, sob pena de o sentido do trecho ser drasticamente alterado.

II A expressão como dizia, sublinhada no segundo parágrafo, serve como elemento coesivo, pois retoma o assunto do parágrafo anterior: o engarrafamento.

III A oração que já tinha visto milhares de vezes, sublinhada no segundo parágrafo, tem função adjetiva, e se refere ao termo “placa da esquina”.

IV As expressões é possível, no primeiro parágrafo e deveria, no segundo parágrafo, expressam possibilidade.

Estão CORRETAS as afrmações

LEIA o texto para responder as questões 1 e 2.

Imagem 001.jpg

A
I, II e III, apenas.
B
II e III, apenas.
C
II, III e IV, apenas.
D
I, II, III e IV.
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UEMG 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Em maio de 2007, o IBOPE fez uma pesquisa sobre o comportamento sexual do brasileiro. A tabela a seguir revela a opinião dos brasileiros sobre o acesso do jovem ao preservativo. Foi feito o seguinte questionamento:

VOCÊ CONCORDA OU DISCORDA QUE OS JOVENS COM MENOS DE 18 ANOS TENHAM ACESSO AO PRESERVATIVO?

Imagem 003.jpg

Sobre a tabela acima, foram feitas algumas afrmações. Julgue-as como (V) verdadeiras ou (F) falsas.

1 ( ) Quanto maior o nível de escolaridade, maior é a aprovação para o acesso do jovem ao preservativo.

2 ( ) As mulheres são mais resistentes ao tema que os homens. A maioria desaprova o acesso do jovem ao preservativo.

3 ( ) Não houve diferença considerável de opinião na variável “idade”, cujos índices permanecem praticamente os mesmos.

4 ( ) O maior índice de discordância está no grupo que mais precisa de preservativo: pessoas que estudaram até a 4ª série.

5 ( ) Mais de 80% da população entrevistada concorda que o preservativo seja de livre acesso aos menores de idade.

A sequência correta de classifcação é:

A
1. ( F ); 2. ( F ); 3. ( V ); 4. ( F ); 5. ( V ).
B
1. ( F ); 2. ( V ); 3. ( F ); 4. ( V ); 5. ( F ).
C
1. ( V ); 2. ( F ); 3. ( V ); 4. ( F ); 5. ( V ).
D
1. ( V ); 2. ( V ); 3. ( F ); 4. ( V ); 5. ( F ).