Questõesde INSPER sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 123 questões
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto tem como objetivo

      “Dá um Google”. “Manda um Whats”. “Joga no Waze”. Que atire a primeira pedra quem não usou pelo menos uma dessas expressões no dia a dia. O mundo da tecnologia é um prato cheio para a criação de frases que pareceriam loucura se as disséssemos no passado. E olha que não são poucos os exemplos.

      O fenômeno, para linguistas, é a prova concreta de que a língua não é permanente e está em constante mudança. A tecnologia, como a cultura pop, é um dos exemplos mais claros de como o que falamos está em mudança ininterrupta.

      “São exemplos que mostram como as línguas são produtivas. Não se pode achar que uma língua não vai mudar nunca, vai mudar sempre. Seja para extinguir coisas velhas ou criar novas coisas. É um mecanismo para vermos que não podemos regular a língua. Isso é uma questão de produtividade da língua”, afirma Maria Helena de Moura Neves, professora de linguística da Unesp de Araraquara.

      Como a tecnologia está em constante evolução, o que nós dizemos também muda constantemente. Por isso, alguns termos podem ficar ultrapassados e serem substituídos por outros – o termo GPS, por exemplo, é muitas vezes usado como Waze. Essas expressões ainda podem circular em diferentes níveis da sociedade. Ah, e não, não é errado usar tais expressões.

      “Não tem nada a ver com errado. É uma coisa que é criada. Às vezes é um grupo só que utiliza isso, às vezes esse grupo se amplia e vira coisa de toda a sociedade. Até que chegue um tempo que não é mais tecnologia nova e vai caducando”, explica Maria Helena.

                                                         (https://tecnologia.uol.com.br. Adaptado)

A
mostrar para um público interessado em tecnologia como a linguagem pode mudar devido à evolução tecnológica.
B
criticar a forma como o público interessado em tecnologia usa mal a linguagem e cria termos desnecessários.
C
explicar para um público interessado em linguagem que a tecnologia rapidamente deixa de ser nova e cai em desuso.
D
descrever para os linguistas o processo de renovação da linguagem, que se dá por meio dos avanços tecnológicos.
E
discutir com o público interessado em cultura pop como a linguagem a transforma com rapidez e intensidade.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com a linguista Maria Helena de Moura Neves, o papel da tecnologia em nossa sociedade implica reconhecer

      “Dá um Google”. “Manda um Whats”. “Joga no Waze”. Que atire a primeira pedra quem não usou pelo menos uma dessas expressões no dia a dia. O mundo da tecnologia é um prato cheio para a criação de frases que pareceriam loucura se as disséssemos no passado. E olha que não são poucos os exemplos.

      O fenômeno, para linguistas, é a prova concreta de que a língua não é permanente e está em constante mudança. A tecnologia, como a cultura pop, é um dos exemplos mais claros de como o que falamos está em mudança ininterrupta.

      “São exemplos que mostram como as línguas são produtivas. Não se pode achar que uma língua não vai mudar nunca, vai mudar sempre. Seja para extinguir coisas velhas ou criar novas coisas. É um mecanismo para vermos que não podemos regular a língua. Isso é uma questão de produtividade da língua”, afirma Maria Helena de Moura Neves, professora de linguística da Unesp de Araraquara.

      Como a tecnologia está em constante evolução, o que nós dizemos também muda constantemente. Por isso, alguns termos podem ficar ultrapassados e serem substituídos por outros – o termo GPS, por exemplo, é muitas vezes usado como Waze. Essas expressões ainda podem circular em diferentes níveis da sociedade. Ah, e não, não é errado usar tais expressões.

      “Não tem nada a ver com errado. É uma coisa que é criada. Às vezes é um grupo só que utiliza isso, às vezes esse grupo se amplia e vira coisa de toda a sociedade. Até que chegue um tempo que não é mais tecnologia nova e vai caducando”, explica Maria Helena.

                                                         (https://tecnologia.uol.com.br. Adaptado)

A
o consenso de que há impropriedade no emprego de certas criações linguísticas.
B
o processo de formação do vocabulário como atividade sujeita a sanção da sociedade.
C
o dinamismo que marca a produtividade na língua, em permanente renovação.
D
a solidez do patrimônio linguístico, pouco afetado pelos agentes externos.
E
o uso das inovações linguísticas em âmbito restrito às atividades profissionais.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A frase final do texto – É a tecnologia da cópia a serviço do folclore? – permite concluir que, para a indústria cultural,

      Na década de 20, uma prosódia veloz, que soava como se fosse uma conversa árabe sob batida de pandeiro, deixava o modernista Mário de Andrade, em viagem etnográfica, com cara de turista abestalhado.

      Era o choque diante da embolada, ou coco de embolada, poesia cantada de improviso que acaba de ganhar, juntamente com o repente de viola, o mais amplo registro fonográfico de todos os tempos: um pacote de 50 CDs.

      A primeira dúzia de discos foi lançada este mês em São Paulo, por iniciativa do repentista Téo Azevedo, 59, caboclo do sertão mineiro que se firma, depois de 3000 produções musicais do gênero, como um dos maiores apanhadores dos ritmos populares do país.

      Os repentistas de viola (cantadores) e de pandeiro (emboladores) escaparam da praga apocalíptica de muitos folcloristas.

      Agora o gênero alcança até o mercado pirata, mesmo sem nunca ter sido xodó da indústria cultural. É a tecnologia da cópia a serviço do folclore?

(Xico Sá, Gravadora lança 50 discos de repentistas e emboladores. Folha de S.Paulo, 22.11.2001. Adaptado)

A
a tecnologia pôs em evidência manifestações valorizadas por aquela.
B
as ações do mercado pirata divulgam um produto que tem pouca aceitação popular.
C
inexistiu tratamento desigual para diferentes gêneros artísticos em evidência.
D
as manifestações de arte popular constituem boa parte dos produtos dessa indústria.
E
o folclore sempre figurou como produto à margem de seus interesses.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia a tira.



Na tira, a presença do termo “Vossa Mercê” na fala do Vovô revela

A
variedade de língua arcaica, para deixar claro à interlocutora a importância da diferença de idade.
B
respeito excessivo dele ao dirigir-se à interlocutora, para contestar a ideia de que é antiquado.
C
diferença de usos linguísticos entre as gerações, corroborando a avaliação da interlocutora sobre ele.
D
intolerância da interlocutora com ele, cuja linguagem se mostra tão informal quanto a dela.
E
opção por uma linguagem mais à vontade para agradar a interlocutora, que mostra ter princípios.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise a imagem e o texto que a acompanha.



À vista do texto de Xico Sá e dos versos de João Santana, é correto concluir que o repente

      Na década de 20, uma prosódia veloz, que soava como se fosse uma conversa árabe sob batida de pandeiro, deixava o modernista Mário de Andrade, em viagem etnográfica, com cara de turista abestalhado.

      Era o choque diante da embolada, ou coco de embolada, poesia cantada de improviso que acaba de ganhar, juntamente com o repente de viola, o mais amplo registro fonográfico de todos os tempos: um pacote de 50 CDs.

      A primeira dúzia de discos foi lançada este mês em São Paulo, por iniciativa do repentista Téo Azevedo, 59, caboclo do sertão mineiro que se firma, depois de 3000 produções musicais do gênero, como um dos maiores apanhadores dos ritmos populares do país.

      Os repentistas de viola (cantadores) e de pandeiro (emboladores) escaparam da praga apocalíptica de muitos folcloristas.

      Agora o gênero alcança até o mercado pirata, mesmo sem nunca ter sido xodó da indústria cultural. É a tecnologia da cópia a serviço do folclore?

(Xico Sá, Gravadora lança 50 discos de repentistas e emboladores. Folha de S.Paulo, 22.11.2001. Adaptado)

A
traduz e preserva a cultura popular, e também encanta o público, assim como aconteceu com a embolada, na situação de Mário de Andrade, citada por Xico Sá.
B
idealiza a cultura popular, tornando-a inacessível, já que o repentista se coloca como um deus distante, obscurecendo essa cultura, como diz Xico Sá acerca dos folcloristas.
C
corresponde a uma forma genuína de poesia, porém nem sempre de valor reconhecido, como a embolada que causou espanto em Mário de Andrade quando a conheceu.
D
constitui, juntamente com a embolada, os ritmos naturais do folclore nacional, ainda que a produção artística desses ritmos na amostra de Téo Azevedo seja inexpressiva.
E
expressa a verdadeira cultura, pois tem uma motivação divina, enquanto a embolada se caracteriza pela desorganização e pelo improviso.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na tessitura textual, a última estrofe do poema constitui

                                       Essas coisas


                         “Você não está mais na idade

                         de sofrer por essas coisas.”


                          Há então a idade de sofrer

                          e a de não sofrer mais

                          por essas, essas coisas?


                          As coisas só deviam acontecer

                          para fazer sofrer

                          na idade própria de sofrer?


                           Ou não se devia sofrer

                           pelas coisas que causam sofrimento,

                           pois vieram fora de hora, e a hora é calma?


                           E, se não estou mais na idade de sofrer,

                           é porque estou morto, e morto

                           é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

                     (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

A
uma comprovação apresentada pelo eu lírico para mostrar que viver é sofrer, por meio da qual ele revela ser impossível fugir de certas coisas.
B
uma retomada das considerações anteriores, por meio da qual o eu lírico nega com veemência que sofre por algumas coisas.
C
um exemplo do eu lírico para ilustrar a efemeridade de todas as coisas da vida, por meio do qual ele se mostra incapaz de sofrer novamente.
D
uma conclusão, por meio da qual o eu lírico contesta a ideia de que não tem idade para sofrer por determinadas coisas.
E
uma contraposição de ideias às informações anteriores, por meio da qual o eu lírico reconhece que é praticamente um morto.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No texto, a função da linguagem predominante é a

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
apelativa, considerando-se a intenção de persuadir o público leitor, fazendo-o acreditar que muitas pessoas vivam sem renda.
B
referencial, considerando-se a intenção de analisar e expor ao público leitor a condição de vida dos menos favorecidos.
C
emotiva, considerando-se a ênfase nas condições de vida conturbadas das pessoas com o fim de comover o público leitor.
D
emotiva, considerando-se a descrição de um contexto de vida particular para expor a questão das drogas na sociedade.
E
referencial, considerando-se que expõe de forma pouco idealizada a rotina de jovens que preferem o futebol ao trabalho formal.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema, o eu lírico evidencia

                                       Essas coisas


                         “Você não está mais na idade

                         de sofrer por essas coisas.”


                          Há então a idade de sofrer

                          e a de não sofrer mais

                          por essas, essas coisas?


                          As coisas só deviam acontecer

                          para fazer sofrer

                          na idade própria de sofrer?


                           Ou não se devia sofrer

                           pelas coisas que causam sofrimento,

                           pois vieram fora de hora, e a hora é calma?


                           E, se não estou mais na idade de sofrer,

                           é porque estou morto, e morto

                           é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

                     (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

A
a perplexidade ante as contingências decorrentes da maturidade.
B
a idealização de um momento de vida marcado pelo sofrimento.
C
a incompletude de sua vida, já que não tem mais idade para sofrer
D
a aceitação de sua condição, não estando mais disposto a sofrer.
E
a vontade de sucumbir aos sofrimentos e, por fim, morrer.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao comentar a estreia de Dony de Nuccio como apresentador do “Jornal Hoje”, o texto põe em evidência que

      Nos últimos tempos, surgiu um novo critério para avaliar jornalistas da TV – a relação do profissional com os seus admiradores nas redes sociais. O tamanho dos fãs-clubes e a forma de interação com eles se tornou, igualmente, uma maneira de “medir” o talento de apresentadores.

      A estreia de Dony de Nuccio na bancada do “Jornal Hoje”, ao lado de Sandra Annenberg, nesta segunda-feira [07.08.2017], deixou claro o peso destes aspectos mais subjetivos. O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal. Foi mais um gesto, entre outros, no esforço de mostrar aos fãs que a saída de Evaristo Costa, parceiro de Sandra por mais de 13 anos, não vai afetar em nada o bom andamento do telejornal.

      Não à toa, Dony festejou no ar o seu antecessor: “É um grande desafio substituir o Evaristo Costa, tão querido por todos, tão competente na condução do telejornal por tantos anos.”

                                                  (https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br)

A
o público tem influência sobre as ações e atitudes dos jornalistas, levando-os a comportamentos inadequados para a TV.
B
as relações dos jornalistas com o público pelas redes sociais têm balizado a apreciação do desempenho desses profissionais.
C
o conceito de jornalismo na TV precisa mudar, incorporando a improvisação em nome da atualidade dos fatos.
D
a atuação desses profissionais vem sofrendo mudanças, graças à ação de grupos de pressão na internet.
E
a qualidade do profissional é posta em xeque pelo público nas redes sociais, quando ele assume o lugar de outro.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na frase “O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal.” (2° parágrafo), o emprego do termo em destaque permite concluir que

      Nos últimos tempos, surgiu um novo critério para avaliar jornalistas da TV – a relação do profissional com os seus admiradores nas redes sociais. O tamanho dos fãs-clubes e a forma de interação com eles se tornou, igualmente, uma maneira de “medir” o talento de apresentadores.

      A estreia de Dony de Nuccio na bancada do “Jornal Hoje”, ao lado de Sandra Annenberg, nesta segunda-feira [07.08.2017], deixou claro o peso destes aspectos mais subjetivos. O novo apresentador até deu um beijo em sua colega na abertura do telejornal. Foi mais um gesto, entre outros, no esforço de mostrar aos fãs que a saída de Evaristo Costa, parceiro de Sandra por mais de 13 anos, não vai afetar em nada o bom andamento do telejornal.

      Não à toa, Dony festejou no ar o seu antecessor: “É um grande desafio substituir o Evaristo Costa, tão querido por todos, tão competente na condução do telejornal por tantos anos.”

                                                  (https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br)

A
o novo apresentador provavelmente não queria dar um beijo na colega.
B
a atitude do novo apresentador já era esperada pelo público.
C
o beijo teve um efeito nulo na estreia do novo apresentador.
D
o beijo entre apresentadores do telejornal é um ato excêntrico.
E
a abertura dos telejornais é ocasião para manifestações efusivas entre os apresentadores.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Com base nas informações dos especialistas ouvidos pelo jornal, entende-se que os “memes políticos”

      Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias.

      Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli.

      Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.”

      O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor.

                                                                        (http://politica.estadao.com.br)

A
submetem as pessoas a situações constrangedoras, uma vez que a maior parte delas deixa de se divertir por serem vítimas de memes ofensivos nas redes sociais.
B
têm encontrado grande espaço para sua difusão nas mídias digitais, propiciando diversão e, além disso, permitindo o debate político com bom humor.
C
divertem os internautas por se configurarem em diversas versões, o que cada vez mais tem despertado o interesse dessas pessoas pela tecnologia e pela política.
D
acabam por se constituir em discursos não raro ofensivos, uma vez que a ideia de diversão nas redes sociais tem sido suplantada pelo contínuo debate político.
E
restringem-se à diversão dos internautas, relacionando-se mais às facilidades propiciadas pela tecnologia do que ao interesse das pessoas pela política.
360dadaf-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto

De acordo com a norma-padrão da língua e com o sentido do texto, as informações do trecho “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer...” estão corretamente reescritas em:

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
Essa vida errada do tráfico tem dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, mas quero ver meu filho crescer.
B
Essa vida errada do tráfico é dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, além de querer ver meu filho crescer.
C
Para essa vida errada do tráfico, existe dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum deles, quero ver meu filho crescer.
D
Para essa vida errada do tráfico, vê-se dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum desses dois, por isso quero ver meu filho crescer.
E
Para essa vida errada do tráfico, há dois caminhos: cadeia ou morte. Não quero nenhum deles, pois quero ver meu filho crescer.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Analisando a fala de Xambito, identificam-se marcas da linguagem informal, como

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
“vida errada”, contrapondo-se ao registro formal em “Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos”.
B
“Só com ajuda de Deus para ser chamado”, contrapondo-se ao registro formal em “cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois”.
C
“botar ele pra jogar bola”, contrapondo-se ao registro formal em “Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão”.
D
“quero ver meu filho crescer”, contrapondo-se ao registro formal em “só tem dois caminhos: cadeia ou morte”.
E
“é muita gente desempregada”, contrapondo-se ao registro formal em “Ele está correndo atrás de um ‘serviço fichado’”.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Analise o infográfico para responder à questão.




Ao relacionar as informações do texto às do infográfico, entende-se que a situação dos moradores de Vila Esperança

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
contraria a tendência nacional, já que os moradores de lá procuram uma colocação profissional formal, como Xambito, que “está correndo atrás de um ‘serviço fichado’”.
B
comprova os dados apresentados, como se pode ver com a frase “Ninguém tem emprego” e com a fala de Xambito: “é muita gente desempregada”.
C
marca-se pelo desejo de mudarem de vida pelo esporte, já que o campinho do lugar fica “lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz”.
D
exemplifica uma situação atípica no que diz respeito ao desemprego, considerando-se a fala de Xambito: “mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas”.
E
mostra-se mais alentadora que a média do Brasil, criando boas expectativas de vida aos moradores como Xambito, ao dizer: “quero ver meu filho crescer, (...) pra estudar”.
3603a45d-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

De acordo com o infográfico, conclui-se corretamente que, na Vila Esperança, assim como no Brasil,

                   

A
uma pequena parcela da população vive com até 2 salários-mínimos.
B
a maior parcela da população tem renda entre 2 e 5 salários-mínimos.
C
a parcela da população que recebe mais de 20 salários-mínimos é expressiva.
D
a parcela da população que vive sem renda ultrapassa os 10%.
E
a população sem renda equivale à que vive com até meio salário-mínimo.
36009264-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

No segundo parágrafo, emprega-se a expressão “no entanto”, em relação às informações do parágrafo anterior, com a finalidade de indicar uma

      Os memes – termo usado para se referir a um conceito ou imagem que se espalha rapidamente no mundo virtual – costumam surgir de um fato inusitado ou de uma situação engraçada que se espalha pela internet e começa a ganhar variadas versões. Em época de eleições, os candidatos viram alvos perfeitos dessas paródias.

      Especialistas ouvidos pelo Estado dizem, no entanto, que o surgimento desses “memes políticos” não significa que as pessoas estejam mais interessadas em discutir política. “Isso aconteceria se elas estivessem debatendo propostas dos candidatos. O meme surge só para divertir”, diz o consultor em marketing político Carlos Manhanelli.

      Rafael Sbarai, pesquisador de mídias digitais, concorda. Para ele, o fenômeno se explica pela tecnologia, não pela política. “Temos hoje mais pessoas conectadas, mais pessoas passando mais tempo nas redes sociais, especialmente no Facebook.”

      O especialista em marketing político digital Gabriel Rossi recomenda: quando algum candidato for alvo de um meme, desde que ele não seja ofensivo, as campanhas têm de encarar o fato com bom humor.

                                                                        (http://politica.estadao.com.br)

A
comparação de ideias, com as quais se pode inferir que a análise de temas políticos já faz parte do cotidiano da maioria dos internautas.
B
conclusão de ideias, com as quais se pode concluir que as pessoas têm se mostrado mais preocupadas atualmente em debater política.
C
consequência de ideias, com as quais se pode comprovar a tendência do brasileiro em analisar a situação política do país com humor.
D
contrajunção de ideias, com as quais se pode concluir que a discussão política perde espaço para o humor e para o entretenimento no mundo virtual.
E
explicação de ideias, com as quais se pode entender que, no campo da política nacional, o humor tem espaço bastante restrito.
35fa0b51-6e
INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Considere as seguintes informações presentes na bula de paracetamol.


INDICAÇÕES:

Este medicamento é indicado, em adultos, para a redução da febre e o alívio temporário de dores leves a moderadas, tais como: dores associadas a resfriados comuns, dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente, dor nas costas, dores musculares, dores leves associadas a artrites e dismenorreia.


POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Uso oral. Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com líquido. O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições. Adultos e crianças acima de 12 anos: 1 comprimido, 3 a 5 vezes ao dia. A dose diária total recomendada de paracetamol é de 4000 mg (5 comprimidos de paracetamol 750 mg) administrados em doses fracionadas, não excedendo 1000 mg/dose (1 comprimido de paracetamol 750 mg), em intervalos de 4 a 6 horas, em um período de 24 horas.

Duração do tratamento: depende da remissão dos sintomas.

(http://www.anvisa.gov.br)


Uma mãe, quando foi amamentar seu filho, percebeu que ele estava febril. Decidiu, então, dar-lhe o paracetamol. Se ela leu adequadamente a bula, conclui-se que

A
administrou o medicamento ao filho, sem exceder 1000 mg/dose durante o tratamento.
B
deixou de administrar o medicamento ao filho, pois é restrito aos adultos.
C
administrou o medicamento até a febre do filho ceder completamente.
D
deixou de administrar o medicamento ao filho, pois o comprimido excede a dose diária.
E
deixou de administrar o medicamento ao filho, à vista da condição etária deste.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Leia a charge.


A charge mistura diversas linguagens na construção de um discurso capaz de

A
influenciar a perspectiva de abordagem crítica do leitor, fazendo-o destacar o componente irônico da situação.
B
centrar a atenção do leitor na relação das personagens com o cenário, independentemente do diálogo que mantêm.
C
desviar a atenção do leitor de questões sociais, reduzindo sua leitura à percepção do recurso tecnológico projetado.
D
levar o leitor a compor analogias, reconhecendo no texto a intenção de denunciar as desigualdades sociais.
E
reformular pontos de vista negativos do leitor acerca do mundo digital projetado no mapa da fome.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Leia o poema.


É PROIBIDO PISAR NA GRAMA

O jeito é deitar e rolar

(Chacal, Belvedere, 2007)


A leitura do poema de Chacal permite afirmar que

A
o humor é um instrumento da construção poética, ficando evidente o espírito de contestação e subversão do eu lírico.
B
a brevidade da construção poética sinaliza para o respeito do eu lírico à ordem que direciona e organiza a sociedade.
C
a indiferença do eu lírico, presente na construção poética, revela seu incômodo em relação à ordem social vigente.
D
o negativismo evidente na construção poética limita a ação do eu lírico, que aceita as regras sociais sem questioná-las.
E
a ênfase dada pelo eu lírico às regras sociais na construção poética sugere que ele as acata, ainda que delas discorde.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

Observe as expressões em destaque:


– O jornal britânico [...] publicou nesta quarta-feira [...] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil. (Texto 1);

– ... aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio... (Texto 1);

– Estas são algumas das vítimas de um problema... (Texto 1);

– ... mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. (Texto 2).


Na constituição dos discursos, os termos em destaque sinalizam que

                                                  Texto 1


      O jornal britânico The Guardian publicou nesta quarta-feira [19.07.2017] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil.

      O texto começa contando a história de Miriam Gomes, que às 5 da manhã se dirigia a um projeto social que ela coordena em Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde a fila para receber uma cesta básica semanal já tem mais de cem metros de comprimento. Alguns haviam dormido na rua – aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio, ou que viviam muito longe para chegar lá às 6:30 da manhã, quando poderiam começar a pegar uma bolsa de vegetais, frutas, arroz, feijão, macarrão, leite e biscoitos, e um pouco de chocolate.

      Estas são algumas das vítimas de um problema que só piora em um país, uma vez louvado pela redução da pobreza, mas onde o número de pobres está subindo novamente, destaca o Guardian. O Brasil caiu em sua pior recessão por décadas, com 14 milhões de pessoas desempregadas, acrescenta.

                                                (http://www.jb.com.br. 19.07.2017. Adaptado)


                                               Texto 2


      No mês passado, 20 instituições da sociedade civil apresentaram o relatório Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O documento analisa o desempenho do Brasil para o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. Esse levantamento – feito pela instituição da ONU que lida com a agricultura e a alimentação, a FAO – indica em quais nações mais de 5% da população ingerem diariamente menos calorias que o recomendado.

      Só em 2014, o Brasil desapareceu do Mapa da Fome. Pela primeira vez, 3% dos brasileiros tinham que lidar com a falta de condições para satisfazer a necessidade vital por comida, e, assim, o mapa do país deixou de ganhar, no levantamento da FAO, a cor avermelhada.

                       (http://www.correiobraziliense.com.br. 09.08.2017. Adaptado)

A
a fome é um problema menor no país, frente à economia.
B
a ONU avalia mal a condição de vida dos brasileiros.
C
o contexto econômico-social do Brasil merece atenção.
D
o fim da fome no Brasil ocorreu com a economia em crise.
E
a mídia internacional desconhece a realidade brasileira.