De acordo com a linguista Maria Helena de Moura Neves, o
papel da tecnologia em nossa sociedade implica reconhecer
“Dá um Google”. “Manda um Whats”. “Joga no Waze”.
Que atire a primeira pedra quem não usou pelo menos uma
dessas expressões no dia a dia. O mundo da tecnologia é um
prato cheio para a criação de frases que pareceriam loucura
se as disséssemos no passado. E olha que não são poucos
os exemplos.
O fenômeno, para linguistas, é a prova concreta de que
a língua não é permanente e está em constante mudança.
A tecnologia, como a cultura pop, é um dos exemplos mais
claros de como o que falamos está em mudança ininterrupta.
“São exemplos que mostram como as línguas são produtivas.
Não se pode achar que uma língua não vai mudar
nunca, vai mudar sempre. Seja para extinguir coisas velhas
ou criar novas coisas. É um mecanismo para vermos que não
podemos regular a língua. Isso é uma questão de produtividade
da língua”, afirma Maria Helena de Moura Neves, professora
de linguística da Unesp de Araraquara.
Como a tecnologia está em constante evolução, o que
nós dizemos também muda constantemente. Por isso, alguns
termos podem ficar ultrapassados e serem substituídos por
outros – o termo GPS, por exemplo, é muitas vezes usado
como Waze. Essas expressões ainda podem circular em diferentes
níveis da sociedade. Ah, e não, não é errado usar
tais expressões.
“Não tem nada a ver com errado. É uma coisa que é criada.
Às vezes é um grupo só que utiliza isso, às vezes esse
grupo se amplia e vira coisa de toda a sociedade. Até que
chegue um tempo que não é mais tecnologia nova e vai caducando”,
explica Maria Helena.
(https://tecnologia.uol.com.br. Adaptado)
“Dá um Google”. “Manda um Whats”. “Joga no Waze”. Que atire a primeira pedra quem não usou pelo menos uma dessas expressões no dia a dia. O mundo da tecnologia é um prato cheio para a criação de frases que pareceriam loucura se as disséssemos no passado. E olha que não são poucos os exemplos.
O fenômeno, para linguistas, é a prova concreta de que a língua não é permanente e está em constante mudança. A tecnologia, como a cultura pop, é um dos exemplos mais claros de como o que falamos está em mudança ininterrupta.
“São exemplos que mostram como as línguas são produtivas. Não se pode achar que uma língua não vai mudar nunca, vai mudar sempre. Seja para extinguir coisas velhas ou criar novas coisas. É um mecanismo para vermos que não podemos regular a língua. Isso é uma questão de produtividade da língua”, afirma Maria Helena de Moura Neves, professora de linguística da Unesp de Araraquara.
Como a tecnologia está em constante evolução, o que nós dizemos também muda constantemente. Por isso, alguns termos podem ficar ultrapassados e serem substituídos por outros – o termo GPS, por exemplo, é muitas vezes usado como Waze. Essas expressões ainda podem circular em diferentes níveis da sociedade. Ah, e não, não é errado usar tais expressões.
“Não tem nada a ver com errado. É uma coisa que é criada. Às vezes é um grupo só que utiliza isso, às vezes esse grupo se amplia e vira coisa de toda a sociedade. Até que chegue um tempo que não é mais tecnologia nova e vai caducando”, explica Maria Helena.
(https://tecnologia.uol.com.br. Adaptado)
Gabarito comentado
TEMÁTICA CENTRAL: Trata-se de uma questão de interpretação de texto voltada para a compreensão dos fenômenos da produtividade e do dinamismo linguístico a partir das mudanças provocadas pela tecnologia na língua portuguesa.
EXPLICAÇÃO DA ALTERNATIVA CORRETA (C):
A alternativa C (“o dinamismo que marca a produtividade na língua, em permanente renovação”) está perfeitamente alinhada ao que Maria Helena de Moura Neves defende no texto. Segundo a autora, a língua está sempre em evolução, criando novas expressões e incorporando termos influenciados por avanços tecnológicos. Na norma-padrão e segundo gramáticas de referência (como Neves, 2000), produtividade significa a capacidade do idioma de formar palavras e frases novas, enquanto dinamismo refere-se à natureza viva e adaptável da língua.
Frase-chave do texto: “A língua não é permanente e está em constante mudança” e “Isso é uma questão de produtividade da língua”. Essas expressões confirmam que mudança e criatividade são naturais em qualquer idioma, especialmente diante de inovações tecnológicas.
ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:
A: Afirma “consenso de impropriedade”, sugerindo erro ou inadequação. O texto, porém, rejeita o conceito de “erro” nesses usos (veja: “Não tem nada a ver com errado”).
B: Fala em “sanção da sociedade”. O texto defende que a língua não pode ser rigidamente regulada ou sancionada, mas sim evolui espontaneamente.
D: Diz que o patrimônio linguístico é pouco afetado por agentes externos, contrariando a explicação de que a tecnologia e a cultura influenciam diretamente o vocabulário cotidiano.
E: Limita as inovações ao âmbito profissional, enquanto o texto mostra exemplos rotineiros (“dá um Google”, “manda um Whats”), mostrando a permeabilidade dessas expressões em toda a sociedade.
DICA E ESTRATÉGIA: Em questões de interpretação, atente-se às palavras-chave e ao contexto geral: muitos erros acontecem ao focar só em termos isolados. Atenção também para negativas e generalizações indevidas.
Lembre-se: Segundo Neves (2000), “a língua está em contínuo processo de adaptação às necessidades comunicativas da sociedade”. Com essa leitura atenta, você evita pegadinhas e se posiciona mais seguro frente a questões sobre variação e mudança linguística.
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