Questõesde FATEC sobre Interpretação de Textos

1
1
1
Foram encontradas 89 questões
88ec5da3-b2
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Assinale a alternativa que, de acordo com o contexto, apresenta a figura de linguagem metáfora.

Leia o texto para responder à questão.

13 de maio Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpatico para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos.

    ...Nas prisões os negros eram os bodes espiatorios. [....]

    Continua chovendo. E eu tenho só feijão e sal. A chuva está forte. Mesmo assim, mandei os meninos para a escola. Estou escrevendo até passar a chuva, para eu ir lá no senhor Manuel vender os ferros. Com o dinheiro dos ferros vou comprar arroz e linguiça. A chuva passou um pouco. Vou sair.

    ..Eu tenho tanto dó dos meus filhos. Quando eles vê as coisas de comer eles brada:

    – Viva a mamãe!

    A manifestação agrada-me. Mas eu já perdi o habito de sorrir. Dez minutos depois eles querem mais comida. Eu mandei o João pedir um pouquinho de gordura a Dona Ida. Ela não tinha. Mandei-lhe um bilhete assim:

    – “Dona Ida peço-te se pode me arranjar um pouco de gordura, para eu fazer uma sopa para os meninos. Hoje choveu e eu não pude ir catar papel. Agradeço. Carolina.”

    ...Choveu, esfriou. É o inverno que chega. E no inverno a gente come mais. A Vera começou pedir comida. E eu não tinha. Era a reprise do espetaculo. Eu estava com dois cruzeiros. Pretendia comprar um pouco de farinha para fazer um virado. Fui pedir um pouco de banha a Dona Alice. Ela deu-me a banha e arroz. Era 9 horas da noite quando comemos.

    E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!

    29 de maio [....]

    ...Há de existir alguem que lendo o que eu escrevo dirá...isto é mentira! Mas, as miserias são reais.

MARIA DE JESUS, Carolina. Quarto de Despejo: Diário de uma favelada. São Paulo: Editora Ática, 2017. Adaptado.

A
Dona Ida peço-te se pode arranjar um pouco de gordura, para eu fazer uma sopa para os meninos.
B
E assim no dia 13 de maio de 1958 eu lutava contra a escravatura atual – a fome!
C
Mesmo assim, mandei os meninos para a escola.
D
Dez minutos depois eles querem mais comida.
E
Hoje choveu e eu não pude ir catar papel.
b8ea26d5-b1
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Memorial de Aires é o último romance escrito por Machado de Assis, tendo sido publicado em 1908, ano da morte do autor. Obra de caráter autobiográfico, apresenta-se como diversas entradas em uma espécie de diário, em que a relação com a velhice, as dificuldades dos relacionamentos amorosos e a futilidade da elite brasileira no final do século XIX são retratadas por meio de um série de episódios que se intercalam.

O trecho a seguir foi retirado do prefácio Advertência, que introduz a obra.

Quem me leu Esaú e Jacó talvez reconheça estas palavras do prefácio: “Nos lazeres do ofício escrevia o Memorial, que, apesar das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez dê) para matar o tempo da barca de Petrópolis”. Referia-me ao Conselheiro Aires. Tratando-se agora de imprimir o Memorial, achou-se que a parte relativa a uns dois anos (1888-1889), se for decotada de algumas circunstâncias, anedotas, descrições e reflexões, — pode dar uma narração seguida, que talvez interesse, apesar da forma de diário que tem. Não houve pachorra de a redigir à maneira daquela outra, — nem pachorra, nem habilidade. Vai como estava, mas desbastada e estreita, conservando só o que liga o mesmo assunto. O resto aparecerá um dia, se aparecer algum dia.
ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. In:______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 1096

Com base na leitura dos textos e nas obras de Machado de Assis, é correto afirmar que

A
Memorial de Aires e O Alienista são obras de crítica social, mas não trazem a visão irônica da sociedade que é comum à produção machadiana. 
B
Quincas Borba e Memorial de Aires narram a trajetória de protagonistas que, apesar das imposições sociais, conseguem atingir seus objetivos. 
C
Memórias Póstumas de Brás Cubas e Memorial de Aires apresentam um narrador em terceira pessoa que relata os fatos tendo limitado conhecimento da história e dos detalhes da trama.
D
Iaiá Garcia e Memorial de Aires apresentam características claramente identificadas com o movimento Realista, compondo, com Memórias Póstumas de Brás Cubas, a chamada Trilogia Realista.
E
Dom Casmurro e Memorial de Aires seguem a tradição do romance psicológico, debruçando-se nos motivos íntimos por trás das escolhas e das ações e reações das personagens.
b8e4388c-b1
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O autor menciona Memorial de Aires, de Machado de Assis, com o intuito de

Leia o texto para responder a questão. 

Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.

    João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente, da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares (artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando, para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas  palavras a determinados sentidos, criando assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
A
destacar a preferência de Machado de Assis por um estilo calcado na linguagem informal, popular.
B
revelar, pela frase do narrador, que o Conselheiro Aires mantinha-se indiferente às circunstâncias que o cercavam.
C
demonstrar, por meio da análise de um trecho da obra machadiana, que a ausência de coesão entre forma e fundo não compromete o estilo.
D
evidenciar como Machado de Assis articula recursos morfossintáticos de modo a construir, não somente a narrativa, mas também o próprio estilo.
E
elucidar a oposição entre a concepção gramatical tradicionalista e a linguagem machadiana, caracterizada pelo desprendimento formal do autor.
b8e73de9-b1
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O texto faz referência à sinestesia, um recurso semântico capaz de tornar o texto mais expressivo.
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo da figura de linguagem conhecida como sinestesia

Leia o texto para responder a questão. 

Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.

    João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente, da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares (artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando, para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas  palavras a determinados sentidos, criando assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
A
O toque de suas mãos era frio como a neve
B
Suas palavras eram amargas e frias.
C
Caía lá fora a neve fria.
D
O inverno sem você é glacial.
E
O frio contava as histórias de tempos passados.
b8dfff89-b1
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmação correta a respeito das ideias presentes no texto.

Leia o texto para responder a questão. 

Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.

    João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente, da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares (artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando, para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas  palavras a determinados sentidos, criando assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
A
O autor que busque um estilo narrativo marcante deve preterir a conjunção precisa entre forma e fundo.
B
A compreensão e a análise do estilo de um autor devem se restringir ao estudo da palavra como unidade isolada no texto.
C
As características que definem o que é estilo, para João Ribeiro, são a exposição de ideias de forma prolixa e a ausência de incorreções gramaticais.
D
O estilo transcende as conceituações morfossintáticas, pois as palavras não são consideradas apenas individualmente, mas em seu papel no conjunto do texto.
E
O emprego das normas gramaticais para a construção de um bom texto é uma questão de estilo, por isso a informalidade da linguagem é inadmissível.
b8468479-b1
FATEC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto.

O ser humano é único em sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o motivam e o medo das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes uns dos outros e com uma visão de mundo totalmente diversificada. Alguns pesquisadores se interessaram em estudar o ser humano para entender um pouco melhor essa diversidade. Um desses estudiosos foi Abraham Maslow, que desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Ele explica em suas pesquisas que os aspectos motivacionais das pessoas estão diretamente ligados ao entendimento das necessidades humanas. Portanto, motivação é o resultado dos estímulos que agem sobre as pessoas levando-as à ação. Ou seja, para que haja ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Por isso, o ser humano tem a necessidade de ser aceito socialmente (no trabalho, na escola/faculdade, nos grupos de amigos etc.), de ser amado, reconhecido, de pertencer e fazer parte de algo, de ser notado positivamente, de ser útil, de atender a suas necessidades fisiológicas, de segurança, de autoestima e de autorrealização.
<https://tinyurl.com/y968aj3g> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.

O texto cita a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, de Abraham Maslow, com a finalidade de

A
desmentir a ideia de que a necessidade de aceitação dificulta as ações reativas dos indivíduos.
B
expor a tese de que o ser humano tem necessidade de estímulos que o motivem à ação.
C
reafirmar a universalidade humana, revelada no caráter comum de suas necessidades.
D
contestar a ideia de que o trabalho deve ser desempenhado com motivação.
E
defender a premissa de que todo ser humano prescinde de autoafirmação.
73f63421-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho “O jornal Valor Econômico teve acesso com exclusividade ao equipamento, que começará a chegar ao mercado no segundo trimestre de 2010”, a palavra grifada refere-se à seguinte informação:

Empresa transforma seu laptop escolar em ‘e-book’

Os fabricantes de produtos eletrônicos deram mais um passo na evolução do mercado dos laptops escolares. Uma empresa americana apresentou um protótipo da nova versão de seu Classmate, um computador portátil criado especialmente para uso em sala de aula. O jornal Valor Econômico teve acesso com exclusividade ao equipamento, que começará a chegar ao mercado no segundo trimestre de 2010.
A bateria do equipamento, que na versão atual dura no máximo seis horas, foi estendida para até oito horas e meia. A principal novidade, no entanto, é a capacidade de converter o equipamento em um suporte diferenciado de livros digitais. O aluno pode girar a tela e, com a ponta do dedo, “folhear” as páginas do livro; pode também fazer anotações usando uma caneta acoplada ao computador. Um software de colaboração permite que os estudantes compartilhem, instantaneamente, os arquivos e o conteúdo mostrados na tela.
Enquanto olha para licitações públicas, a empresa também corre para fechar acordo com fabricantes e redes varejistas, que deverão colocar os novos laptops da empresa nas prateleiras nos próximos meses.
BORGES, André. Valor Econômico, 07.03.2010. Adaptado. Questão 50 Questão 51 PORTUGUÊS L
A
mercado
B
equipamento
C
segundo trimestre
D
jornal Valor Econômico
E
acesso com exclusividade
73fd3a24-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que o trecho do último parágrafo do texto esteja corretamente interpretado.

Empresa transforma seu laptop escolar em ‘e-book’

Os fabricantes de produtos eletrônicos deram mais um passo na evolução do mercado dos laptops escolares. Uma empresa americana apresentou um protótipo da nova versão de seu Classmate, um computador portátil criado especialmente para uso em sala de aula. O jornal Valor Econômico teve acesso com exclusividade ao equipamento, que começará a chegar ao mercado no segundo trimestre de 2010.
A bateria do equipamento, que na versão atual dura no máximo seis horas, foi estendida para até oito horas e meia. A principal novidade, no entanto, é a capacidade de converter o equipamento em um suporte diferenciado de livros digitais. O aluno pode girar a tela e, com a ponta do dedo, “folhear” as páginas do livro; pode também fazer anotações usando uma caneta acoplada ao computador. Um software de colaboração permite que os estudantes compartilhem, instantaneamente, os arquivos e o conteúdo mostrados na tela.
Enquanto olha para licitações públicas, a empresa também corre para fechar acordo com fabricantes e redes varejistas, que deverão colocar os novos laptops da empresa nas prateleiras nos próximos meses.
BORGES, André. Valor Econômico, 07.03.2010. Adaptado. Questão 50 Questão 51 PORTUGUÊS L
A
“Enquanto olha para licitações públicas...” equivale a: ao mesmo tempo em que a empresa americana faz suas compras no setor público.
B
“Enquanto olha para licitações públicas, a empresa também corre para fechar acordo com fabricantes...” equivale a: a empresa americana tem vendido o Classmate ao governo e “por isso” quer buscar novas fábricas para aumentar a produção.
C
“...a empresa também corre para fechar acordo...” equivale a: a empresa americana planeja encerrar alguns contratos, por não mais possuir produtos disponíveis para venda.
D
“...que deverão colocar os novos laptops da empresa...” equivale a: o governo deverá adquirir os computadores portáteis da empresa.
E
“...colocar os novos laptops da empresa nas prateleiras...” equivale a: colocar à venda os computadores portáteis fabricados pela referida empresa.
73f2ae84-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que

Empresa transforma seu laptop escolar em ‘e-book’

Os fabricantes de produtos eletrônicos deram mais um passo na evolução do mercado dos laptops escolares. Uma empresa americana apresentou um protótipo da nova versão de seu Classmate, um computador portátil criado especialmente para uso em sala de aula. O jornal Valor Econômico teve acesso com exclusividade ao equipamento, que começará a chegar ao mercado no segundo trimestre de 2010.
A bateria do equipamento, que na versão atual dura no máximo seis horas, foi estendida para até oito horas e meia. A principal novidade, no entanto, é a capacidade de converter o equipamento em um suporte diferenciado de livros digitais. O aluno pode girar a tela e, com a ponta do dedo, “folhear” as páginas do livro; pode também fazer anotações usando uma caneta acoplada ao computador. Um software de colaboração permite que os estudantes compartilhem, instantaneamente, os arquivos e o conteúdo mostrados na tela.
Enquanto olha para licitações públicas, a empresa também corre para fechar acordo com fabricantes e redes varejistas, que deverão colocar os novos laptops da empresa nas prateleiras nos próximos meses.
BORGES, André. Valor Econômico, 07.03.2010. Adaptado. Questão 50 Questão 51 PORTUGUÊS L
A
a empresa criadora do Classmate é pioneira na comercialização de apostilas escolares.
B
o Classmate é um computador exclusivo do jornal Valor Econômico.
C
o novo laptop foi projetado para ser também um bloco de anotações.
D
a principal diferença entre as duas versões do laptop é a duração da bateria
E
o diferencial do Classmate é que o aluno poderá converter livros impressos em digitais.
73ef5333-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto



Ao analisar o cartum, conclui-se corretamente que

A
as falas da personagem são incoerentes com a contextualização temporal exposta no título, pois o uso das tecnologias apontadas se desenvolveu posteriormente.
B
a ironia presente no texto decorre da oposição entre a afirmação “a tecnologia aproximava as pessoas” e a oração “...estou há sete meses sem visitá-la”.
C
a personagem se dirige ao seu próprio eu no futuro, sugerindo-lhe que usasse mais as redes sociais para se aproximar de sua família.
D
o humor é construído a partir da constatação de proximidade real e exagerada entre mãe e filha, iniciada pelo uso das redes sociais.
E
a crítica social existente no texto aborda a busca da felicidade por meio do consumo de bens pouco valorizados socialmente.
7347e9cd-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem


<https://tinyurl.com/yynj49zv> Acesso em: 20.06.2019. Original colorido.


O humor dos quadrinhos apresentados constrói-se por meio de

A
antítese, constituída pela oposição entre “corpo” e “mente”.
B
catacrese, presente na caracterização do cérebro como “mente saudável”.
C
aliteração, decorrente da incoerência entre o conceito de “movimento” e “observação”.
D
prosopopeia, decorrente da representação da mente como um ser animado.
E
silepse, composta pela repetição do termo “vai” na mesma posição.
734d5f43-b1
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Mais de três mil gerentes de operações de companhias de diversos países, inclusive do Brasil, indicaram funções na área de administração e negócios, que ganham destaque no mercado de trabalho e demanda devido aos avanços tecnológicos. Entre essas funções, destacam-se as de Especialista em e-commerce, Gerente de compras on-line, Gerente de e-learning, Consultor de transformação digital e Assistente virtual.
Além do impacto de inovações e ferramentas, em comum entre as funções mais citadas, há a dificuldade de recrutamento, sobretudo no Brasil. “Por serem novas funções, a oferta de pessoas qualificadas e bem preparadas é baixa”, diz uma diretora de recrutamento.
Multinacionais e empresas de tecnologia ditam a tendência por aqui, mas a demanda deve se espalhar, nos próximos anos, para companhias das mais diversas áreas.
No Brasil, funções ligadas ao e-commerce e à área de e-learning se destacam pelo volume de vagas.
<https://tinyurl.com/y5co327k> Acesso em: 17.06.2019. Adaptado.

De acordo com o texto, é correto afirmar que no Brasil

A
os empregos vinculados às atividades que utilizam a internet estão em queda face ao excesso de mão de obra disponível.
B
os avanços tecnológicos contribuem para o aumento do desemprego, por não promoverem a criação de novas oportunidades de trabalho.
C
o desemprego se concentra entre os trabalhadores qualificados, uma vez que os salários destes tendem a ser maiores do que os de trabalhadores de menor qualificação.
D
as vagas de trabalho, em áreas de administração e negócios em ambientes digitais, são difíceis de serem preenchidas, pois existem poucos profissionais preparados para assumi-las.
E
a área tecnológica, apesar de utilizar muita mão de obra sem qualificação, está entre os ramos empresariais que menos remuneram seus profissionais, daí a falta de mão de obra para esse setor.
2cceb97c-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

O leitor pode identificar as personagens porque, entre outros recursos, empregou-se o discurso

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
direto, já que o narrador, embora interfira no enredo, permite que as personagens expressem-se com liberdade.
B
direto, pois as personagens interagem exteriorizando suas reações e pontos de vista diante dos acontecimentos.
C
indireto, pois o relato, feito pelo narrador, remete a eventos iniciados e concluídos, no passado, pelas personagens.
D
indireto, já que a presença do narrador é essencial à organização da sequência de ações que envolve as personagens.
E
indireto livre, visto que o chefe e o funcionário, embora hesitantes no início, terminam convictos de que a tecnologia é incontestável.
2cc6cde3-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o trecho a seguir adaptado de um importante romance da literatura brasileira.

Veio para a biblioteca, sentou-se a uma cadeira de balanço, descansando.
Estava num vasto aposento. Quem examinasse vagarosamente aquela grande coleção de livros havia de espantar-se ao perceber o espírito que presidia a sua reunião.
Na ficção, havia unicamente autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da Prosopopeia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama, o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo, o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros. Podia-se afiançar que nem um dos autores nacionais ou nacionalizados faltava nas estantes do major.
A razão tinha de ser encontrada numa disposição particular de seu espírito, no forte sentimento que guiava sua vida: era um patriota.

O trecho refere-se à personagem

A
Leonardo Pataca, ambicioso sargento que vai usar de meios inescrupulosos para chegar à sonhada patente de major. (Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida)
B
João Romão, português culto e refinado, que se casa com a brasileira Bertoleza, e ambos enriquecem como proprietários de um cortiço no Rio de Janeiro. (O cortiço – Aluísio Azevedo)
C
Bentinho, advogado pedante, que tem o hábito de receber, em sua rica residência, pessoas da Corte que poderão ajudá-lo a ascender politicamente. (Dom Casmurro – Machado de Assis)
D
Policarpo, um cidadão honesto e dedicado a exaltar o Brasil, que, no entanto, se vê frequentemente menosprezado pela sociedade. (Triste fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto)
E
Paulo Honório, homem do campo e proprietário de terras, que tenta esconder sua origem rústica fingindo ser uma pessoa letrada. (São Bernardo – Graciliano Ramos)
2ccac312-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que a afirmação sobre o texto está corretamente associada ao trecho selecionado

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
O Senhor Pacheco ascendeu na empresa trabalhando no mesmo departamento:
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui.
B
O computador organizou os dados alfabéticos de forma rápida e acurada:
Este computador é de última geração. Nunca erra.
C
O chefe não é pessoa criteriosa, pois considera o computador infalível:
Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia.
D
O Senhor Pacheco sempre omitiu o desejo de mudar para outra seção:
O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia.
E
O patrão não sabe aferir a dedicação do funcionário à empresa:
Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito.
2cd250a5-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Colocação Pronominal, Problemas da língua culta, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o trecho selecionado do texto.

Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
A
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. (1º parágrafo): usa-se o imperativo, pois esse modo verbal é característico da linguagem literária.
B
– Mas o meu nome começa com P. (4º parágrafo): a conjunção mas expressa ideia de conclusão.
C
Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. (7º parágrafo): de acordo com a gramática normativa, a forma verbal pode ser substituída por fazem.
D
Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função... (9º parágrafo): a colocação do pronome oblíquo me na oração é considerada marca de linguagem falada.
E
– Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? (último parágrafo): de acordo com a gramática normativa, a expressão jogá-la pode ser substituída no texto por jogar-lhe.
2bee2035-b0
FATEC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia um trecho do texto Espaço para duas pernas, do jornalista Ruy Castro.

Parece mentira: Detroit, a cidade-símbolo da cultura do automóvel, quebrou. Deve US$ 20 bilhões, que não tem como pagar, e, de lá, saem agora apenas 5% dos carros montados nos EUA. Sua população passou de 1,8 milhão para 700 mil, dos quais 40% vivem abaixo da linha da pobreza. Além disso, é hoje a cidade mais violenta do país.
As justificativas apontadas são as crises econômicas e a concorrência da Ásia. Mas há também um fator que me toca mais: o declínio da dita cultura – a do automóvel. Segundo pesquisas, 20% dos jovens americanos hoje, entre 20 e 24 anos, não têm carteira de habilitação. Se essa idade cair para 18 anos, o número sobe para 40%. Isso num país em que, até há pouco, o carro era mais importante para um adolescente do que jogar beisebol ou beijar a coleguinha de classe. Era como se a identidade do indivíduo estivesse atrelada a uma máquina e, sem esta, ele não existisse.
Claro que, nos países novos-ricos e grotões mais atrasados, a obsessão pelo carro continua.
(Folha de S. Paulo, 29.07.2013. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a relação entre causa e consequência corresponde, corretamente, às ideias expostas pelo autor.


A
Detroit deve 20 bilhões de dólares e parte da população vive em extrema pobreza, o que tem levado países novos-ricos e grotões mais atrasados a persistirem na obsessão pelo automóvel.
B
A população de Detroit passou de 1,8 milhão para 700 mil habitantes, o que levou a cidade a se tornar a mais violenta dos Estados Unidos.
C
O mercado automobilístico dos EUA tem sofrido as interferências da economia instável e da concorrência asiática, o que levou Detroit, cidade-símbolo do automóvel, a ser hoje uma cidade falida.
D
Pesquisas entre americanos de 18 anos mostram que 40% desses jovens não se interessam por carro, o que levou o número de jovens entre 20 e 24 anos, interessados por automóveis, a uma diminuição de 20%.
E
Muitas pessoas ainda associam a própria identidade à posse de um veículo, o que tem levado ao declínio da cultura do automóvel nos EUA.
c8e23b8d-b2
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Os termos destacados no texto são exemplos de paronomásia, figura sonora definida, segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, como “figura de linguagem que extrai expressividade da combinação de palavras que apresentam semelhança fônica, mas possuem sentidos diferentes”.

Assinale a alternativa em que o autor também utilizou a paronomásia na construção de seus versos.

Leia o texto para responder a questão.  


O leitor encontra, neste belo número da Revista Katálysis, um panorama rico, denso e qualificado do que vem ocorrendo no mundo do trabalho hoje, com seus traços de “continuidade” e “descontinuidade”, num período em que o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo, onde o “novo” e o “velho” se (re)configuram a partir da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que se reestruturou nas últimas décadas.

[...]

Se a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, legou-nos um enorme processo de “desantropomorfização do trabalho” (Lukács); se o século XX pode ser caracterizado pelo que Braverman definiu como sendo a “era da degradação do trabalho”, as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de “outras formas e modalidades de precarização”, [...] aquela responsável pela geração do cybertariado (Ursula Huws), uma nova força de trabalho global que mescla intensamente “informatização” com “informalização”.[...]

As consequências são fortes: nesta fase de desmanche, estamos presenciando o derretimento dos poucos laços de sociabilidade, [...] sem presenciarmos uma ampliação da vida dotada de sentido, nem “dentro” e nem “fora” do trabalho. A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho e, por outro lado, estranhada e fetichizada* também “fora” do trabalho, exaurindo-se no mundo sublimado do consumo (virtual ou real), ou na labuta incansável pelas qualificações de todo tipo, que são incentivadas como antídoto [...] para não perder o emprego daqueles que o têm.

É por isso que estamos presenciando uma desconstrução sem precedentes do trabalho em toda a era moderna, ampliando os diversos modos de ser da precarização e do desemprego estrutural. Resta para a “classe-que-vive-do-trabalho” oscilar, ao modo dos pêndulos, entre a busca de qualquer “labor” e a vivência do desemprego.

Este número especial da Revista Katálysis, dedicado às novas configurações do trabalho na sociedade capitalista, é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes, ajudando a descortinar tantos elementos que configuram a “nova morfologia do trabalho”, seus dilemas e desafios.

Ricardo Antunes, Editorial da Revista Katálysis, n.2, 2009. 

<https://tinyurl.com/y6nchqmr> Acesso em: 19.10.2019. Adaptado.


*fetichizar: ação de admirar exageradamente, irrestritamente, incondicionalmente uma pessoa ou coisa. 





A

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse

(Manuel Bandeira)

B

No azul do céu de metileno

A lua irônica

Diurética

É uma gravura de sala de jantar.

(Carlos Drummond de Andrade)

C

Não amei bastante meu semelhante,

Não catei o verme nem curei a sarna.

Só proferi algumas palavras,

Melodiosas, tarde, ao voltar da festa.

(Carlos Drummond de Andrade)

D
Antes de tudo, a música preza
Portanto, o ímpar. Só cabe usar
O que é mais vago e solúvel no ar
Sem nada em si que pousa ou pesa.                                           
                                                         (Paul Verlaine)
E
E o amor sempre nessa toada:
Briga perdoa perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
A gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
Para perdoar,
Amor cachorro bandido trem.
                                              (Carlos Drummond de Andrade)
c8d8501f-b2
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Redação - Reescritura de texto

Dentre as propostas de reescrita dos diferentes trechos retirados do texto, assinale a única que mantém o sentido original e que respeita as normas da variedade culta da língua portuguesa.

Leia o texto para responder a questão.  


O leitor encontra, neste belo número da Revista Katálysis, um panorama rico, denso e qualificado do que vem ocorrendo no mundo do trabalho hoje, com seus traços de “continuidade” e “descontinuidade”, num período em que o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo, onde o “novo” e o “velho” se (re)configuram a partir da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que se reestruturou nas últimas décadas.

[...]

Se a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, legou-nos um enorme processo de “desantropomorfização do trabalho” (Lukács); se o século XX pode ser caracterizado pelo que Braverman definiu como sendo a “era da degradação do trabalho”, as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de “outras formas e modalidades de precarização”, [...] aquela responsável pela geração do cybertariado (Ursula Huws), uma nova força de trabalho global que mescla intensamente “informatização” com “informalização”.[...]

As consequências são fortes: nesta fase de desmanche, estamos presenciando o derretimento dos poucos laços de sociabilidade, [...] sem presenciarmos uma ampliação da vida dotada de sentido, nem “dentro” e nem “fora” do trabalho. A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho e, por outro lado, estranhada e fetichizada* também “fora” do trabalho, exaurindo-se no mundo sublimado do consumo (virtual ou real), ou na labuta incansável pelas qualificações de todo tipo, que são incentivadas como antídoto [...] para não perder o emprego daqueles que o têm.

É por isso que estamos presenciando uma desconstrução sem precedentes do trabalho em toda a era moderna, ampliando os diversos modos de ser da precarização e do desemprego estrutural. Resta para a “classe-que-vive-do-trabalho” oscilar, ao modo dos pêndulos, entre a busca de qualquer “labor” e a vivência do desemprego.

Este número especial da Revista Katálysis, dedicado às novas configurações do trabalho na sociedade capitalista, é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes, ajudando a descortinar tantos elementos que configuram a “nova morfologia do trabalho”, seus dilemas e desafios.

Ricardo Antunes, Editorial da Revista Katálysis, n.2, 2009. 

<https://tinyurl.com/y6nchqmr> Acesso em: 19.10.2019. Adaptado.


*fetichizar: ação de admirar exageradamente, irrestritamente, incondicionalmente uma pessoa ou coisa. 





A

Texto original “É por isso que estamos presenciando uma desconstrução do trabalho sem precedentes...”

Texto reescrito É por isso que uma desconstrução inédita do trabalho está sendo presenciada por nós...

B

Texto original “A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho...”

Texto reescrito Consolidam a vida, ininterruptamente, tirando do trabalho o sentido...

C

Texto original  “...o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo...” 

Texto reescrito    As penalizações impostas ao universo laborativo aprofundaram ainda mais o capitalismo...

D
Texto original “...as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de ‘outras formas e modalidades de precarização’ ...”

Texto reescrito ... entre meados do século XIX e início do século XXI, a difusão de “outras formas e modalidades de precarização” foi presenciada...
E

Texto original  “Este número especial da Revista Katálysis... é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes...”


Texto reescrito   Uma contribuição efetiva pela linguagem crítica moderna e clássica foi feita pelo número especial da Revista Katálysis, devido aos temas abordados e à qualidade dos colaboradores...



c8cfad1b-b2
FATEC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia a charge.


<https://tinyurl.com/y4xtwcwo> Acesso em: 19.10.2019.


De acordo com as informações verbais e não verbais apresentadas na charge, pode-se depreender, corretamente, que

A
a alta qualificação profissional da maioria da população acarreta um aumento no número de vagas não preenchidas no mercado de trabalho.
B
as vagas de emprego cresceram devido à alta concorrência entre os trabalhadores, incluindo-se até mesmo crianças e mulheres na disputa por uma vaga no mercado de trabalho.
C
a falta de oportunidade de trabalho, aliada a novos meios de transporte de massa, impedem o desenvolvimento de atividades paralelas no mercado de trabalho.
D
as vagas ofertadas no mercado de trabalho, apesar de inúmeras e constantes, não garantem estabilidade e remuneram menos do que as atividades “empreendedoras”.
E
a resiliência, aliada à persistência, levam as pessoas a se realocarem dentro do mercado de trabalho e, consequentemente, adaptarem-se a novas oportunidades de trabalho.