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ESPM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
(...) O mal du siècle, a indefinível doença que alanceia os românticos, que lhes
enlanguesce a vontade, entedia a vida e faz
desejar a morte, só poderá ser correctamente entendido no contexto da odisseia do
eu romântico, pois que exprime o cansaço e
a frustração resultantes da impossibilidade
de realizar o absoluto. (...)
(Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura,
8.ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1988)
A partir das considerações sobre o “mal-do-século”, assinale o item cujo texto não
apresente as características apontadas.
(...) O mal du siècle, a indefinível doença que alanceia os românticos, que lhes
enlanguesce a vontade, entedia a vida e faz
desejar a morte, só poderá ser correctamente entendido no contexto da odisseia do
eu romântico, pois que exprime o cansaço e
a frustração resultantes da impossibilidade
de realizar o absoluto. (...)
(Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura,
8.ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1988)
A partir das considerações sobre o “mal-do-século”, assinale o item cujo texto não
apresente as características apontadas.
A
Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
(Álvares de Azevedo)
B
Ah!, findou para mim tão leda sorte;
Agora é só feliz minha existência
No mudo estado, que arremeda a morte.
(Bocage)
C
A filha de Araquém sentiu afinal que
suas veias se estancavam; e contudo o lábio
amargo de tristeza recusava o alimento que
devia restaurar-lhe as forças. O gemido e o
suspiro tinham crestado com o sorriso o sabor em sua boca formosa.
(José de Alencar, Iracema)
D
E que farias tu da vida sem a tua companheira de martírio? Onde irás tu aviventar o coração que a desgraça te esmagou, sem o esquecimento da imagem desta dócil mulher, que seguiu cegamente a estrela da tua malfadada sorte?!
(Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição)
E
Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia...
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
(Álvares de Azevedo)