Questõessobre Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

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IF-TM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

Leia o texto abaixo para responder a questão.


Disponível em: <http://olhardeaguia.blogspot.com/2010/03/hino-nacional-da-propaganda.html> Acesso em abril de 2011.


A
O autor do texto faz uso da função fática, pois a ênfase centra-se no canal, isto é, no contato entre emissor e receptor.
B
A supervalorização das marcas de multinacionais no Hino Nacional da Propaganda tem a ênfase no código, portanto, função metalinguística.
C
A intertextualidade do texto está na referência a elementos já existentes, em que o autor dialoga com o Hino Nacional Brasileiro impregnando-o de uma nova visão de mundo.
D
A leitura do hino remete o leitor ao preconceito linguístico, devido ao autor utilizar-se da paródia para elaboração textual.
E
O autor do texto expressou-se através da função expressiva, uma vez que ele exprime seus sentimentos e emoções.
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IFN-MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o TEXTO 04, só NÃO podemos afirmar que:

Leia o TEXTO 04 e responda à questão.


A
em ''Odeia a mídia? Seja a mídia!'' apresenta-se uma mensagem contraditória, uma vez que o natural é evitar ser aquilo que você não gosta.
B
predominam as funções referencial e conativa, uma vez que, além de informar sobre o lançamento do novo site, convoca o leitor para ―ser a mídia‖.
C
o Centro de Mídia Independente é formado por um coletivo de pessoas autônomas, isto é, por não estarem vinculadas a grupos políticos e econômicos, oferecem informações críticas e de qualidade.
D
o site se apresenta como uma mídia alternativa, que se diferencia da mídia comercial, uma vez que esta distorce os fatos, favorecendo interesses financeiros e políticos.
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UFAM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Funções morfossintáticas da palavra SE, Sintaxe, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do sentido do texto e de fenômenos morfológicos, sintáticos ou semânticos que nele se observam:

Leia o texto a seguir, para responder a questão que a ele se refere:

    De todos os conceitos fundamentais na ciência da vida, a evolução é o mais importante e também o mais mal compreendido. Primeiramente, a evolução, assim como qualquer área da ciência, não é capaz de sondar a questão das origens fundamentais ou significados éticos. A ciência, como um empreendimento, busca explicar fenômenos e regularidades do universo empírico, sob o pressuposto de que leis naturais são uniformes no espaço e no tempo. Assim, a evolução não é o estudo da origem primordial da vida no universo ou do significado intrínseco da vida entre os objetos da natureza; essas questões são filosóficas (ou teológicas) e não fazem parte do domínio da ciência. Esse aspecto é relevante, pois fundamentalistas fervorosos, disfarçados de “criacionistas científicos”, afirmam que a criação deve ser equiparada à evolução e receber tempo proporcional nas escolas, uma vez que ambas são igualmente “religiosas”, ao lidar com mistérios primordiais.
    Em segundo lugar, a evolução foi acrescentado um conjunto de conceitos e significados que representam muito mais antigos preconceitos sociais e crenças psicológicas da cultura ocidental do que uma descrição da realidade natural. Tal “bagagem” pode ser inevitável em qualquer campo que se relacione de modo tão íntimo com preocupações humanas profundas, mas esse forte viés social impediu-nos de levar a termo a revolução de Darwin. O mais pernicioso e limitante desses preconceitos é a ideia de progresso, a noção de que a evolução possui uma motivação ou manifesta uma poderosa tendência de caminhar em direção à maior complexidade, ao projeto biomecânico mais eficiente, a cérebros maiores ou alguma outra definição paroquial de progresso. Esse preconceito baseia-se num antigo desejo que os seres humanos têm de se colocar no ápice do mundo natural – e, dessa forma, afirmar um direito natural de dominar e explorar nosso planeta. Evolução, na formulação de Darwin, é adaptação a ambientes que mudam, não “progresso” universal. (BROCKMAN, J. & MATSON, K. As coisas são assim, p. 95-96. Adaptado.)
A
No último período do primeiro parágrafo, o conectivo “uma vez que” tem valor semântico-sintático de causa.
B
Por transmitir informações objetivas e dados concretos, a função do texto é a referencial ou denotativa.
C
A ciência não especula sobre o porquê do surgimento das coisas, sendo, por isso, diferente da filosofia.
D
A teoria de Darwin, embora cientificamente correta, tem sido prejudicada devido às más interpretações.
E
O “se”, em “os seres humanos têm de se colocar” (segundo parágrafo), é uma palavra expletiva ou de realce.
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UFAM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o poema a seguir, intitulado “As águas do Recife”, de João Cabral de Melo Neto:


Sobre o texto fazem-se as seguintes afirmativas:


I. Embora predomine a função poética da linguagem, há momentos em que se observa a função metalinguística.

II. No enunciado dos versos 1 e 2, observa-se a presença da figura de linguagem chamada metáfora.

III. Nos versos 6 e 11, ocorre a existência de outra figura de linguagem, que é a prosopopeia.

IV. No texto, a linguagem utilizada foge das formas cotidianas de expressão, abandonando, portanto, a lógica comunicativa.

V. Na última estrofe (versos 13 a 16), a figura de linguagem observada é a metonímia, mediante o emprego da causa pelo efeito.


Assinale a alternativa correta:

A
Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas
B
Somente as afirmativas I, II e V estão corretas
C
Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas
D
Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas
E
Somente as afirmativas III e V estão corretas
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IFF 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Todo texto produzido apresenta uma intencionalidade. Há um objetivo em cada manifestação comunicativa e conhecê-lo aprimora a comunicação, bem como o entendimento da finalidade de um texto. Com base nessa afirmação, marque a alternativa que NÃO aponta corretamente os recursos linguísticos apresentados nos textos I, II, III e IV.


A
Na charge do texto III, na fala da personagem feminina, a função referencial da linguagem se destaca por apresentar conteúdo de valor informativo ao menino que recebe um livro.
B
A utilização de expressões como "Não, não vou" e "Não quero" permite-nos afirmar que, no texto I, a função fática é recurso predominante.
C
Nos trechos “Gostaria de esclarecer ao leitor que, quando aqui publiquei a crônica” e “A referida crônica aqui publicada foi mais um desabafo” do texto I, há referência explícita ao recurso metalinguístico.
D
Do texto IV, infere-se a função apelativa, já que a fala do personagem com o megafone deixa clara a intenção de convencer o destinatário de sua mensagem a mudar de atitude.
E
A escolha do vocabulário a ser utilizado e a marcação rítmica para manter a sonoridade do cordel evidenciam a função poética do texto II.
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INSPER 2016 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Na organização do poema, além da função poética, sobressai também a

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.

Evocação do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
– Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava no meio da rua
(...)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa, 1993. Adaptado)
A
apelativa, pois o eu lírico invoca a cidade de Recife, personificando-a, com a intenção de imputar a ela as causas das suas desgraças e das suas tristezas.
B
fática, pois o eu lírico faz um movimento temático redundante, mais preocupado em manter-se em contato com o leitor do que em expressar seus sentimentos.
C
referencial, pois o eu lírico afasta-se do campo da subjetividade e dá vez à descrição da realidade de sua infância, com seus sonhos, ansiedades e frustrações.
D
emotiva, pois o eu lírico se põe a buscar Recife nas reminiscências de sua infância, externando com nostalgia sua relação com a cidade.
E
metalinguística, pois o eu lírico pontua o movimento de criação artística, deixando claro ao leitor que se trata de um relato pessoal e afetivo da sua infância.
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UEMG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o fragmento apresentado, considere as seguintes afirmativas:


I. Colocando-se em 1ª pessoa, o narrador revela a intimidade de seus sentimentos, em relação ao amor.

II. A referência ao Cavaleiro e a Dulcineia, no texto, constituem uma paráfrase da obra de Cervantes – Don Quixote de la mancha.

III. O confessionalismo do narrador neste trecho faz sobressair traços do gênero lírico.

IV. Um dos recursos da linguagem, utilizados pelo narrador no seu confessionalismo é a metalinguagem.

V. O texto apresenta fortes traços narrativos, ao focalizar objetivamente ações externas de personagens.

VI. Na comparação do narrador com o Cavaleiro da Triste Figura, observa-se o recurso da intertextualidade.


Está CORRETO o que se afirmou

Leia atentamente o trecho seguinte:


“Esta solidão da Rua Erê, a tristeza de viver de carícias compradas, a distância, sobretudo a distância da moça em flor, é que geraram a lenda. E o Cavaleiro da Triste Figura se põe em marcha, pela sua Dulcinéia. Haverá despeito e mau-humor nestas linhas? Creio que não: investigo, com serenidade, o fenômeno.

(In: O amanuense Belmiro – Cyro dos Anjos)

A
apenas nos itens II, IV, V, VI.
B
apenas nos itens I, III, IV, VI.
C
apenas nos itens I, II, III, VI.
D
apenas nos itens II, III, IV e V.
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UEMG 2010 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

O gato Garfield é estrela de uma das tirinhas mais famosas da história, sendo publicado em 2570 jornais de todo o mundo. Os outros personagens principais são Odie, um cão estúpido, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis.

A tira a seguir é a primeira de toda a série. Leia-a, com atenção.


Disponível em: blogdokayser.blogspot.com/liberdade-de-imprensa.html


Na sequência apresentada na tira, o autor utiliza a função metalinguística da linguagem para

A
menosprezar Garfield e privilegiar o entretenimento dos leitores.
B
influenciar no modo de recepção do leitor para que sua tira seja sempre lida.
C
apresentar ao leitor os personagens e o objetivo do texto, publicado em jornal.
D
ironizar o Gato Garfield, focalizando-o como um personagem vaidoso e faminto.
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UEL 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Acerca das figuras de linguagem usadas no trecho, assinale a alternativa correta.

(Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25).

A
Há metáfora em “a vida a continuar-se, grávida de promessas”, revelando o desejo e o ânimo para a sobrevivência.
B
Há personificação em “a lua começou a acender as árvores”, pois as árvores já estavam iluminadas pelo sol.
C
Ocorre antítese no trecho “riu-se dos contrários” pela indicação de ideias opostas em evidência.
D
Ocorre ironia em “Naquela roda feliz”, pois os presentes já estavam consternados pela morte do familiar.
E
Há eufemismo em “cujo nascimento faltara nas datas”, indicando a morte iminente da personagem.
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UDESC 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa incorreta em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, e ao Texto1.

Texto 1

POÉTICA

BANDEIRA, Manuel, Melhores poemas, 17° ed. – São Paulo: Global, 2015, p.64

A
No poema, o poeta faz uso do verso livre e de uma pontuação não tão usual na língua culta, estas características associam o poema a correntes de vanguarda.
B
Nos versos “Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais” (8) e “Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção” (9) o poeta faz uso da função metalinguística, embora haja no poema a predominância da função poética.
C
No poema, o autor ressalta como temas a precariedade de sentimentos, a transitoriedade de afetos, revelando um eu–lírico desiludido, destituído de sentimentos.
D
A leitura dos versos da quinta estrofe, reforçados pelo uso de adjetivos, leva o leitor a inferir que o poeta Manuel Bandeira, ironicamente, faz crítica aos aspectos abordados pelos poetas românticos.
E
No poema, Manuel Bandeira faz uso do verso livre, não utiliza as regras convencionais tanto na escrita quanto na métrica – versificação – caracterizando o versilibrismo, deixando à mostra a ruptura com a poética e com a língua tradicionais, caracterizando um poema pertencente à estética Moderna.
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UFT 2013 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

A linguagem tem objetivos a alcançar: informar, exprimir emoções, interagir, convencer, entre outros. Assinale a alternativa CORRETA quanto à função da linguagem, utilizada pelos autores dos textos.

Leia os excertos as seguir e responda as questão.

Escrita criativa: os segredos de escritores e professores de redação criativa para a realização de um bom texto.

Texto 1
Eliane Brum

  "Começo a escrever dentro de mim. Vou ao computador com o texto já em mim. Resolvo os meus conflitos pela escrita"
   Tanto na reportagem como na ficção começo a escrever dentro de mim. Sou intuitiva na minha escrita. Dificilmente tenho bloqueios, porque quando vou para o computador a história já está dentro de mim.
   O processo é como uma gestação. A reportagem começa em um movimento interno de esvaziamento - da visão de mundo, dos preconceitos, dos julgamentos. Sei que nunca vou me esvaziar por completo - não podemos esquecer que somos seres históricos. Volto preenchida pela voz que é do outro, pela história do outro. [...]
   Na ficção é outro processo: o de ser possuído pela própria voz, pelas vozes do seu subterrâneo que você nem sabia que tinha. Também é uma apuração - dos seus interiores. Ela também começa dentro de mim. É um processo totalmente solitário. É preciso aguentar a angústia.
[…]

Texto 2 
Stella Florence

   "Escrever é cortar o ego do escritor. A técnica deve misturar-se à criação sem que percebamos".
    Há uma frase atribuída ao Rubem Fonseca que considero perfeita: "Escrever é um labirinto cuja dificuldade não é encontrar a saída, mas a entrada".
   Quando se encontra a entrada do texto, tem-se tudo - e não há como forçar esse encontro.
   Eu costumava organizar notas, blocos, cadernos, até perceber que eu jamais esquecia o que realmente iria virar texto. Agora eu deixo que a memória funcione como um filtro. [...]
  Não tenho manias ou necessidades externas. Preciso apenas de concentração (isso pode acontecer em casa, num aeroporto, num bar, desde que não falem comigo).
[...]

Texto 3
Xico Sá
    Nessa correria de hoje está todo mundo com déficit de atenção. Uma boa abertura é fundamental para abrir a porta ao leitor. Sem um bom começo há mais dificuldade na leitura. Penso numa frase de maior impacto para prender o leitor.
   A linguagem com termos pouco usuais funciona, chama a atenção. No texto de internet, que é para o povo mais apressado ainda, jogo adiante dois ou três significados do termo, até brincando com ele. Para livros não tenho essa preocupação, pois imagino um leitor com mais reflexão, que possa ter o entendimento por ele mesmo. São expressões às vezes regionais, que eram usuais no português em desuso. [...]
  Inspiro-me tanto em Graciliano Ramos, pela secura do texto, como em Nelson Rodrigues, pelo contrário: por adjetivar, não ter medo do derramamento. [...]
   Há também a preocupação de fechar com boas frases. Não deixo o leitor sem uma satisfação final.
[...]

Disponível em: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=10533. Acesso em agosto de 2013. (Adaptado).  
A
O primeiro autor apresenta uma linguagem centrada no emissor e tem como objetivo explicar e persuadir o leitor de suas impressões pessoais a respeito do ato de escrever um bom texto.
B
O segundo autor apresenta uma linguagem centrada na primeira pessoa. É apelativa e intenciona influenciar o leitor nos hábitos de escrita com o objetivo de comovê-lo para uma mudança.
C
O terceiro texto evidencia a subjetividade na forma de interagir com o leitor, ao recorrer a conceitos gerais sobre a composição de estratégias para atrair o leitor.
D
O primeiro e o segundo texto estão centrados na primeira pessoa. Têm como característica o uso de recursos expressivos para dar mais força e intensidade ao que se diz.
E
O segundo e terceiro texto estabelecem uma relação de contato com o leitor, procurando persuadi-lo de que hábitos e estratégias de leitura são necessários para um bom escritor.
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UNEMAT 2011 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre a palavra Corta usada no texto, é incorreto afirmar.  

Texto 1

(A)“As filmagens de Tropa de Elite 2 mostram a força da verossimilhança na roteirização de uma troca de tiros”.

(B)“Cena de tiroteio”

(C)”Helicópteros sobrevoam o morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio. Policiais militares, com fuzis calibre 762, trocam tiros com traficantes na rua de acesso à favela. Os moradores se escondem, assustados. Corta.

A cena que marcou o início das filmagens de Tropa de Elite 2, em fevereiro, pôs os habitantes da região em pânico, crédulos de que se tratava de operação policial genuína. De quebra, mostrou a força da verossimilhança exigida na criação das sequências de tiroteio no cinema”.

(Texto de Marcelo Lyra, retirado da revista Língua Portuguesa, nº 54, abril.2010, p. 36). 

A
É um verbo flexionado no modo imperativo.
B
É o núcleo de uma frase nominal que marca a função apelativa da linguagem.
C
É um sinônimo da palavra para. 
D
É, gramaticalmente, diferente de pare
E
É um jargão próprio da linguagem do cinema e da televisão.
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ENEM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou para visualização on-line, compartilhamento ou download (sob licença Creative Commons), 44 mil imagens de obras de arte em altíssima resolução, além de livros, estudos e pesquisas sobre a história da arte.

Para o historiador da arte, Bendor Grosvenor, o sucesso das coleções on-line de acesso aberto, além de democratizar a arte, vem ajudando a formar um novo público museológico. Grosvenor acredita que quanto mais pessoas forem expostas à arte on-line, mais visitas pessoais acontecerão aos museus.

A coleção está disponível em seis categorias: paisagens urbanas, impressionismo, essenciais, arte africana, moda e animais. Também é possível pesquisar pelo nome da obra, estilo, autor ou período. Para navegar pela imagem em alta definição, basta clicar sobre ela e utilizar a ferramenta de zoom. Para fazer o download, disponível para obras de domínio público, é preciso utilizar a seta localizada do lado inferior direito da imagem.

Disponível em: www.revistabula.com. Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).


A função da linguagem que predomina nesse texto se caracteriza por

A
evidenciar a subjetividade da reportagem com base na fala do historiador de arte.
B
convencer o leitor a fazer o acesso on-line, levando-o a conhecer as obras de arte.
C
informar sobre o acesso às imagens por meio da descrição do modo como acessá-las.
D
estabelecer interlocução com o leitor, orientando-o a fazer o download das obras de arte.
E

enaltecer a arte, buscando popularizá-la por meio da possibilidade de visualização on-line.

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UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Sobre as funções da linguagem do texto 1, é correto afirmar que predomina


A
a função referencial, porque são dadas as informações sobre os personagens do texto, mesmo que esses sejam ficcionais.
B
a função poética, pois há ênfase na elaboração estética do texto, havendo um jogo entre as palavras e as possibilidades de significação.
C
a função conativa, porque o texto é um chamado à participação de todos para verem a banda.
D
a função fática, porque a fugacidade do momento induz os envolvidos a apenas estabelecerem contato entre si.
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IFN-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.


No TEXTO ACIMA, predomina a função:

A
Fática
B
Metalinguística
C
Conativa ou apelativa
D
Emotiva ou expressiva da linguagem
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ENEM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Escrever não é uma questão apenas de satisfação pessoal”, disse o filósofo e educador pernambucano Paulo Freire, na abertura de suas Cartas a Cristina, revelando a importância do hábito ritualizado da escrita para o desenvolvimento de suas ideias, para a concretização de sua missão e disseminação de seus pontos de vista. Freire destaca especial importância à escrita pelo desejo de “convencer outras pessoas”, de transmitir seus pensamentos e de engajar aqueles que o leem na realização de seus sonhos.

KNAPP, L. Linha fina. Comunicação Empresarial, n. 88, out. 2013.


Segundo o fragmento, para Paulo Freire, os textos devem exercer, em alguma medida, a função conativa, porque a atividade de escrita, notadamente, possibilita

A
levar o leitor a realizar ações.
B
expressar sentimentos do autor.
C
despertar a atenção do leitor.
D
falar da própria linguagem.
E
repassar informações.
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ENEM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

A imagem da negra e do negro em produtos de

beleza e a estética do racismo


Resumo: Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nessas imagens dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a essa discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para uma “descolonização estética” que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade.

Palavras-chave: Estética, racismo, mídia, educação, diversidade.

SANT’ANA, J. A imagem da negra e do negro em produtos de beleza e a estética do racismo. Dossiê: trabalho e educação básica. Margens Interdisciplinar. Versão digital. Abaetetuba, n.16,jun. 2017 (adaptado).


O cumprimento da função referencial da linguagem é uma marca característica do gênero resumo de artigo acadêmico. Na estrutura desse texto, essa função é estabelecida pela

A
impessoalidade, na organização da objetividade das informações, como em “Este artigo tem por finalidade” e “Evidencia-se”.
B
seleção lexical, no desenvolvimento sequencial do texto, como em “imaginário racista” e “estética do negro”.
C
metaforização, relativa à construção dos sentidos figurados, como nas expressões “descolonização estética” e “discurso midiático-publicitário”.
D
nominalização, produzida por meio de processos derivacionais na formação de palavras, como “inferiorização” e “desvalorização”.
E
adjetivação, organizada para criar uma terminologia antirracista, como em “ética da diversidade” e “descolonização estética”.
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IFF 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No processo de comunicação, é preciso expressar uma finalidade, um objetivo, que se materializa por meio de uma função da linguagem específica. Leia as assertivas a seguir e marque a INCORRETA em relação aos textos I, III, IV, V e VI:

Texto I 

Feliz por nada 

Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo? Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho? 

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo. 

 Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto? 

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa. 

Ser feliz por nada talvez seja isso. 

MEDEIROS, Martha. Felicidade crônica. 15.ed. Porto Alegre: L&PM, 2016. p. 86-87. 


Texto III

O conceito felicidade para os filósofos 

A felicidade é particular para cada ser humano, é uma questão muito individual. Mesmo que a ideia compartilhada entre a maior parte das pessoas seja que esse conceito é construído com saúde, amor, dinheiro, entre outros itens. 

A filosofia que investiga e se dedica para definir e esclarecer as ideias do ser humano é excelente para refletir sobre a felicidade. E as primeiras reflexões de filosofia sobre ética continham o assunto felicidade, na Grécia antiga. 

A mais antiga referência de filosofia sobre esse tema é o fragmento do texto de Tales de Mileto, este que viveu entre 7 a.C. e 6 a.C. Para Tales, ser feliz é ter corpo forte e são, boa sorte e alma formada. 

Para Sócrates, essa ideia teve rumo novo, ele postulou que não havia relação da felicidade com somente satisfação dos desejos e necessidades do corpo, mas que o homem não é apenas corpo, e sim em principal, alma. Felicidade seria o bem da alma, através da conduta justa e virtuosa. 

E já para Kant, a felicidade está no âmbito do prazer e desejo, e não há relação com Ética, logo não seria tema para investigar de maneira filosófica. 

Mas ao que cerca a língua inglesa, na época de Kant, a felicidade teve destaque no pensamento político e sua busca passou a ser “direito do homem”, e isso é consignado na Constituição dos Estados Unidos da América, de 1787, redigida de acordo com o Iluminismo. 

No século 20, surge uma nova reflexão sobre o tema do inglês Bertrand Russel com a obra A Conquista da Felicidade, com método da investigação lógica; para Bertrand, por síntese, ser feliz é eliminar o egocentrismo. 

[...] 

  • Disponível em: www.afilosofia.com.br/post/o-conceito-felicidade-para-os-filosofos/542.
  • Acesso em: 06 abr. 2018 (adaptado). 

  • Texto IV 

  • Felicidade clandestina 

      • Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós, menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". 

      • Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. 

    Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. 

    Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. 

    Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. 

    No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

    E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. 

    Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! 

    E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. 

    Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. 

    Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. 

    Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. 

    Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. 

    LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. In: Felicidade Clandestina: contos. 

    Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1998 (adaptado).


    Texto V 

    A busca pela felicidade está nos tornando infelizes e as redes sociais não estão ajudando 


    A opinião é do pianista James Rhodes, "Não somos destinados a ser felizes o tempo inteiro", diz ele no quadro opinativo Viewsnight, do programa da BBC Newsnight, afirmando que a busca pela felicidade a todo custo está nos tornando infelizes. 

    Na visão do pianista, "a busca pela felicidade parece nobre, mas é fundamentalmente falha". 

    Ele considera que "a felicidade não é algo a se perseguir mais do que a tristeza, a raiva, a esperança ou o amor". 

    A felicidade "é, simplesmente, um estado de ser, que é fluido, passageiro e às vezes inatingível". 

    Negar a existência de outros sentimentos, nem sempre considerados positivos, afirma, não é o melhor caminho. [...] 

    Rhodes observa que estamos em uma era de ritmo sem precedentes no dia a dia e que "nossa mentalidade 'sempre ligada' criou um ambiente impraticável e insustentável". 

    "Estamos em apuros", diz ele. "E as selfies cuidadosamente escolhidas e postadas no Instagram; a perfeição física espalhada por todas as mídias – inalcançável e extremamente 'photoshopada' – e o anonimato das redes sociais, onde descarregamos nossa ira, não estão ajudando". 

    "Sentimentos desafiadores" 

    Rhodes chama a atenção para os diferentes tipos de sentimento que permeiam a vida e nem todos têm a ver com satisfação ou alegrias. Há também o outro lado. 

    "Todos nos sentimos alternadamente ansiosos, para baixo, tranquilos, aflitos, contentes. Ocasionalmente, alguns de nós podemos nos perder no continuum em direção a depressão, ao transtorno de estresse pós-traumático e a pensamentos suicidas", diz. 

    Mas pondera: "Só porque não estamos felizes não significa que estamos infelizes". Para o pianista, assim é a complexidade da vida: "repleta de sentimentos e situações tumultuados, desafiadores e difíceis". 

    "Negá-los, resistir a eles, se desculpar por eles ou fingir que não existem é contraintuitivo e contraproducente". 

    Foi justamente o caminho contrário, o do reconhecimento de que "coisas ruins também acontecem" e de que é preciso falar sobre elas que ele decidiu trilhar há alguns anos – quando resolveu contar em livro problemas que enfrentou ao longo da vida. 

    Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/salasocial-42680542. Acesso em: 06 abr. 2018 (adaptado). 


    Texto VI

    Ode ao dia feliz

    Desta vez deixa-me

    ser feliz,

    nada passou a ninguém,

    não estou em parte alguma,

    acontece somente

    que sou feliz

    pelos quatro lados

    do coração, andando 

    dormindo ou escrevendo.

    O que vou fazer-te, sou

    feliz

    [...] 


    Pablo Neruda

    Disponível em: http://www.portaldaliteratura.com/poemas.php?id=1400. Acesso em: 16 abr. 2018.  

    A
    No texto IV, Felicidade Clandestina, nota-se o emprego de 1ª pessoa, o destaque de qualidades subjetivas e o uso de sinais gráficos, que indicam ênfase por parte do emissor. Tais características evidenciam a função emotiva.
    B
    O texto III traz marcas da função referencial por apresentar linguagem denotativa, distanciando a opinião do emissor no texto.
    C
    O texto V apresenta, em sua maior parte, o discurso direto, eximindo o emissor de apresentar sua opinião sobre o tema “felicidade”. Esse elemento traz marcas de objetividade, confirmando a função expressiva do texto.
    D
    No texto I, embora predomine a função poética, o fragmento “Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades. [...] Chega de se autoconhecer.” pretende levar o leitor a adotar um posicionamento, uma mudança de comportamento, caracterizando, assim, a função conativa.
    E
    O fragmento de poema apresentado no texto VI exibe a função poética por meio do trabalho criativo da linguagem, presente no uso da metáfora “acontece somente / que sou feliz / pelos quatro lados / do coração”.
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    INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

    No texto, a função da linguagem predominante é a

          Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

          Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

          Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

          “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

          Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

    (http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

    A
    apelativa, considerando-se a intenção de persuadir o público leitor, fazendo-o acreditar que muitas pessoas vivam sem renda.
    B
    referencial, considerando-se a intenção de analisar e expor ao público leitor a condição de vida dos menos favorecidos.
    C
    emotiva, considerando-se a ênfase nas condições de vida conturbadas das pessoas com o fim de comover o público leitor.
    D
    emotiva, considerando-se a descrição de um contexto de vida particular para expor a questão das drogas na sociedade.
    E
    referencial, considerando-se que expõe de forma pouco idealizada a rotina de jovens que preferem o futebol ao trabalho formal.
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    INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

    Identifica-se a função apelativa da linguagem em

    Leia o poema para responder a questão.

    Meninos carvoeiros

    Os meninos carvoeiros
    Passam a caminho da cidade.
    – Eh, carvoero!
    E vão tocando os animais com um relho enorme.

    Os burros são magrinhos e velhos.
    Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
    A aniagem é toda remendada.
    Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
    [dobrando-se com um gemido.)

    – Eh, carvoero!

    Só mesmo estas crianças raquíticas
    Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
    A madrugada ingênua parece feita para eles...
    Pequenina, ingênua miséria!
    Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

    Eh, carvoero!

    Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
    Encarapitados nas alimárias
    Apostando corrida,
    Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

    (Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

    Vocabulário:
    Relho: chicote
    Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
    Encarapitados: postos no alto
    Alimárias: bestas de carga
    A
    “Os burros são magrinhos e velhos.”, com o termo destacado expressando sentido de fragilidade física.
    B
    “vem uma velhinha que os recolhe”, com o termo destacado expressando sentido de acolhimento.
    C
    “Vão bem com estes burrinhos descadeirados.”, com o termo destacado expressando sentido de ironia.
    D
    “Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”, com o termo destacado expressando sentido de empatia.
    E
    Pequenina, ingênua miséria!”, com o termo destacado expressando sentido de limitação quantitativa.