Questõesde EINSTEIN sobre Português

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Foram encontradas 27 questões
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

• Com o emprego de elementos coesivos, destacados no próprio texto, dá-se a interconexão entre ideias. Indique qual alternativa contempla a relação de sentido que eles estabelecem, de acordo com a ordem em que aparecem. 


A
Inclusão, decorrência, prioridade e consequência.
B
Concomitância, consequência, primazia e oposição.
C
Concessão, explicação, lugar e contradição.
D
Comparação, oposição, concessão e explicação.
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

• Em várias passagens do texto, o autor usa perguntas retóricas, que, por se tratarem de


A
estratégia discursiva, constroem-se ornamentadas com figuras de linguagem para tornar o discurso mais dinâmico, de modo a impor resposta imediata do interlocutor.
B
procedimento argumentativo, têm como efeito de sentido criar interesse no leitor e levá-lo a refletir sobre os assuntos contemplados, dispensando a obtenção de reflexão.
C
recurso estratégico, desencadeiam reflexão sobre assuntos que não são questionados, com intenção de estimular o leitor a ponderar sobre a melhor resposta ao jornal.
D
recurso estilístico, contam com uma resposta retórica dos leitores, isto é, que eles se dirijam ao jornal formalmente, manifestando opinião sobre cada um dos assuntos contemplados.
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

• As informações em relação à saúde a serem preservadas organizam-se em três planos:


A
constituem-se na confidencialidade, entendida como a forma de o médico e o paciente contarem com a discrição de ambos; na partilha consensual, a partir da qual só são divulgadas informações aprovadas pelo paciente; no direito de médico e pacientes romperem o sigilo independentemente da causa.
B
são a confidencialidade, que se refere ao sujeito partilhar alguma coisa se for de seu interesse e conveniência; a privacidade, que preserva ao indivíduo o direito de não divulgar a ninguém o que quer que seja de sua vida; o compromisso atinente ao sigilo.
C
 dizem respeito ao exercício da profissão de forma discreta em relação ao convívio com a sociedade de um modo geral; à privacidade, por meio da qual o sujeito se dá o direito de preservar sua história consigo mesmo; ao juramento de Hipócrates, que impõe o compromisso de uma relação para além das duas partes envolvidas. 
D
dão margem a assumir que o profissional não passa adiante o que lhe é confiado em hipótese alguma; a rechaçar a privacidade para preservar a liberdade de expressão; a salvaguardar as informações sanitárias, registrando-as apenas em prontuários. 
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EINSTEIN 2017 - Português - Travessão, Pontuação

• Os travessões empregados no primeiro parágrafo da subparte intitulada “Liberdade de expressão” têm a função de


A
abrandar teor equivocado sobre o que se discute nas redes sociais em relação a assuntos entre profissionais da saúde.
B
enaltecer ironia diante da pretensa inocência daqueles que redirecionam mensagens referentes a assuntos médicos sigilosos.
C
conduzir o leitor a acreditar na inocência dos que repassam pelas redes sociais mensagens de teor sigiloso.
D
destacar que assuntos médicos ainda merecem ser divulgados a despeito do sigilo requerido.
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, o sigilo profissional deve ser respeitado


A
sem ressalvas, pois o atendimento a pacientes não deve ser realizado por meio de troca de mensagens por aplicativos de celular.
B
 com regulamentação, uma vez que o preparo requerido para o médico implica saber manejar tecnicamente aplicativos do tipo WhatsApp.
C
com exceções, desde que se restrinja a respostas a pacientes via aplicativos de smartphone.
D
sem reservas, por causa da liberdade de expressão que deve prevalecer de acordo com o que reza a Constituição. 
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Diaulas Costa Ribeiro, desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), refere-se ao “dr. Google” para explicar o tipo de paciente da atualidade, ou seja,

Era digital desafia exercício profissional


    ''A medicina não sobreviverá ao velho método do médico de família, mas terá que se adaptar”. A afirmação é do desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Diaulas Costa Ribeiro, proferida durante a mesa redonda “Panorama atual das mídias sociais e aplicativos na medicina contemporânea”. Para ele, as novas tecnologias trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e o sigilo.

    “Possivelmente vamos chegar a uma medicina sem gosto, distanciada, mas que também funciona. Talvez este não seja o fi m, mas um recomeço”, ponderou Ribeiro. Segundo ele, antes de gerar um novo modelo de atendimento médico, o “dr. Google” – termo que utilizou para indicar as buscas por informações médicas na internet – gerou um novo tipo de paciente, que passou a conhecer mais sobre as doenças e, por isso, exige um novo relacionamento com seu médico.

    O desembargador ainda reforçou a necessidade de se rediscutir questões como o uso da internet nessa relação médico-paciente e a segurança do sigilo médico neste cenário. “Precisamos refletir sobre algumas questões importantes. Quem guardará o sigilo? Ou não haverá sigilo? O sigilo médico será mantido ou  valerá o direito público à informação? Os conflitos serão reinventados ou serão os mesmos? A solução para os problemas será a de sempre?”, indagou. Ética – Na perspectiva do médico legista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Malthus Galvão, embora acredite que algumas mudanças serão inevitáveis e necessárias, é preciso defender os princípios fundamentais instituídos pelo Código de ética médica (CEM). 

    “As novas mídias devem ser entendidas como um sistema de interação social, de compartilhamento e criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos e não podemos perder essa oportunidade”, destacou. Ele lembra, por exemplo, que desde a Resolução CFM 1.643/2002, que defi ne e disciplina a prestação de serviços através da telemedicina, alguns avanços colaborativos já foram possíveis.    

    Galvão apresentou ainda preceitos da Resolução CFM 1.974/2011 e também da Lei do Ato Médico (12.842/2013), chamando a atenção para alguns cuidados que o médico deve ter ao divulgar conteúdo de forma sensacionalista. “Segundo o CEM, é vedada a divulgação de informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. A internet deve ser usada como um instrumento de promoção da saúde e orientação à população”, reforçou.

Editorial do Jornal Medicina – Publicação oficial do Conselho

Federal de Medicina (CFM). Brasília, jul. 2017, p. 7.

A
um sujeito mais bem informado sobre doenças, o que demanda uma relação diferente entre ele e seu médico.
B
um indivíduo atualizado sobre tratamentos médicos e, por isso, de postura intransigente sobre as condutas médicas.
C
uma pessoa mais predisposta a interferir nos tratamentos médicos, por ter acesso a tudo que se publica sobre doenças.
D
um médico virtual que se propõe a atender com presteza as demandas dos pacientes mais bem informados em relação a questões de saúde.
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ainda na matéria Conselho não cassa registro por quebra de sigilo médico, tanto no início do terceiro parágrafo como no início do quarto, estão elípticas, respectivamente, as expressões

Conselho não cassa registro por quebra de sigilo médico

Cláudia Colucci

10 fev. 2017 – 2h00 de São Paulo


    Nos últimos quatro anos, nenhum médico teve seu registro profissional cassado no Estado de São Paulo por quebra de sigilo médico. 

    Segundo o Cremesp (conselho médico paulista), de 2012 a 2016, foram registrados 379 processos éticos por essa razão – 87 já julgados.

    Desses, 39 foram inocentados e 48, julgados culpados. A maioria (26) recebeu penas confidenciais e 22, públicas.

    As primeiras são advertências e censuras sigilosas (só o médico fica sabendo). Já as públicas envolvem publicação na imprensa oficial e a suspensão do exercício profissional por até 30 dias.

     No mesmo período, 26 médicos foram cassados em primeira instância pelo Cremesp por diferentes motivos. Cabe recurso das decisões no Conselho Federal de Medicina.

    Para Mauro Aranha, presidente do Cremesp, o fato de não ter havido nenhuma cassação por quebra de sigilo não significa que essa seja um infração menos grave.

    “É uma infração ética muito importante. Mas a pena depende de uma série de contextos, por exemplo, o dano provocado ao paciente, se o médico cometeu o ato de forma proposital ou se foi negligente e do seu histórico ético no conselho”, explica.

  Se a pessoa usar a quebra de sigilo para conseguir algum benefício (dinheiro, por exemplo), o ato é considerado gravíssimo.

    Aranha não comenta sobre as duas sindicâncias abertas para apurar o envolvimento de médicos na divulgação de dados de Marisa Letícia Lula da Silva e de mensagens de ódio em redes sociais (o processo é sigiloso).

    Mas conforme apurou a Folha com conselheiros, a tendência é que os médicos acusados recebam, no mínimo, uma censura pública.

    Na opinião de Aranha, é preciso que os médicos repensem seus papéis nas redes sociais. “Elas convidam a pessoa a responder de forma instantânea, intempestiva. O médico não tem que ser um santo, mas o ato médico exige prudência.”


MÍDIAS SOCIAIS

    A violação do sigilo médico em mídias sociais não é uma prática incomum entre alunos de medicina, residentes e cirurgiões, aponta uma dissertação de mestrado apresentada nesta quarta (8), na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

    No estudo envolvendo 156 pessoas (52 alunos, 51 residentes e 53 docentes), o cirurgião Diego Adão Fanti Silva verificou que 53% dos alunos, 86% dos residentes e 62% dos docentes divulgam dados de pacientes nas mídias sociais. A maioria (entre 86,5% e 100%) relata que oculta a identidade dos pacientes no momento da divulgação.

    No trabalho, o autor diz que é ilegal e antiética a divulgação de imagens de pacientes mesmo com a autorização dos expostos e mesmo não identificando o doente.

    Só há permissão se a publicação tiver fins acadêmicos ou assistenciais – ainda assim, é necessário o consentimento do paciente.


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ equilibrioesaude/2017/02/1857393-conselho-nao-cassa-registro-por- quebra-de-sigilo-medico.shtml. Acesso em: 8 out. 2017.

A
registros profissionais; penas públicas.
B
culpados; censuras sigilosas.
C
processos éticos; penas confidenciais.
D
procedimentos julgados; advertências sigilosas.
4f1d48b0-d8
EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No texto de Cláudia Colucci, o posicionamento do presidente do Cremesp e o do cirurgião em sua dissertação de mestrado

Conselho não cassa registro por quebra de sigilo médico

Cláudia Colucci

10 fev. 2017 – 2h00 de São Paulo


    Nos últimos quatro anos, nenhum médico teve seu registro profissional cassado no Estado de São Paulo por quebra de sigilo médico. 

    Segundo o Cremesp (conselho médico paulista), de 2012 a 2016, foram registrados 379 processos éticos por essa razão – 87 já julgados.

    Desses, 39 foram inocentados e 48, julgados culpados. A maioria (26) recebeu penas confidenciais e 22, públicas.

    As primeiras são advertências e censuras sigilosas (só o médico fica sabendo). Já as públicas envolvem publicação na imprensa oficial e a suspensão do exercício profissional por até 30 dias.

     No mesmo período, 26 médicos foram cassados em primeira instância pelo Cremesp por diferentes motivos. Cabe recurso das decisões no Conselho Federal de Medicina.

    Para Mauro Aranha, presidente do Cremesp, o fato de não ter havido nenhuma cassação por quebra de sigilo não significa que essa seja um infração menos grave.

    “É uma infração ética muito importante. Mas a pena depende de uma série de contextos, por exemplo, o dano provocado ao paciente, se o médico cometeu o ato de forma proposital ou se foi negligente e do seu histórico ético no conselho”, explica.

  Se a pessoa usar a quebra de sigilo para conseguir algum benefício (dinheiro, por exemplo), o ato é considerado gravíssimo.

    Aranha não comenta sobre as duas sindicâncias abertas para apurar o envolvimento de médicos na divulgação de dados de Marisa Letícia Lula da Silva e de mensagens de ódio em redes sociais (o processo é sigiloso).

    Mas conforme apurou a Folha com conselheiros, a tendência é que os médicos acusados recebam, no mínimo, uma censura pública.

    Na opinião de Aranha, é preciso que os médicos repensem seus papéis nas redes sociais. “Elas convidam a pessoa a responder de forma instantânea, intempestiva. O médico não tem que ser um santo, mas o ato médico exige prudência.”


MÍDIAS SOCIAIS

    A violação do sigilo médico em mídias sociais não é uma prática incomum entre alunos de medicina, residentes e cirurgiões, aponta uma dissertação de mestrado apresentada nesta quarta (8), na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

    No estudo envolvendo 156 pessoas (52 alunos, 51 residentes e 53 docentes), o cirurgião Diego Adão Fanti Silva verificou que 53% dos alunos, 86% dos residentes e 62% dos docentes divulgam dados de pacientes nas mídias sociais. A maioria (entre 86,5% e 100%) relata que oculta a identidade dos pacientes no momento da divulgação.

    No trabalho, o autor diz que é ilegal e antiética a divulgação de imagens de pacientes mesmo com a autorização dos expostos e mesmo não identificando o doente.

    Só há permissão se a publicação tiver fins acadêmicos ou assistenciais – ainda assim, é necessário o consentimento do paciente.


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ equilibrioesaude/2017/02/1857393-conselho-nao-cassa-registro-por- quebra-de-sigilo-medico.shtml. Acesso em: 8 out. 2017.

A
advertem sobre a necessidade de divulgação das imagens de pacientes se for para o bem deles.
B
são contraditórios quanto às perspectivas éticas referentes a exposições de dados de pacientes.
C
convergem em relação a questões éticas sobre a disseminação de imagens de pacientes.
D
defendem a exposição de informações sobre dados de pacientes desde que com consentimento.
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EINSTEIN 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para defender seu ponto de vista, ainda na matéria do CFM, Malthus Galvão se sustenta em argumentos

Era digital desafia exercício profissional


    ''A medicina não sobreviverá ao velho método do médico de família, mas terá que se adaptar”. A afirmação é do desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Diaulas Costa Ribeiro, proferida durante a mesa redonda “Panorama atual das mídias sociais e aplicativos na medicina contemporânea”. Para ele, as novas tecnologias trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e o sigilo.

    “Possivelmente vamos chegar a uma medicina sem gosto, distanciada, mas que também funciona. Talvez este não seja o fi m, mas um recomeço”, ponderou Ribeiro. Segundo ele, antes de gerar um novo modelo de atendimento médico, o “dr. Google” – termo que utilizou para indicar as buscas por informações médicas na internet – gerou um novo tipo de paciente, que passou a conhecer mais sobre as doenças e, por isso, exige um novo relacionamento com seu médico.

    O desembargador ainda reforçou a necessidade de se rediscutir questões como o uso da internet nessa relação médico-paciente e a segurança do sigilo médico neste cenário. “Precisamos refletir sobre algumas questões importantes. Quem guardará o sigilo? Ou não haverá sigilo? O sigilo médico será mantido ou  valerá o direito público à informação? Os conflitos serão reinventados ou serão os mesmos? A solução para os problemas será a de sempre?”, indagou. Ética – Na perspectiva do médico legista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Malthus Galvão, embora acredite que algumas mudanças serão inevitáveis e necessárias, é preciso defender os princípios fundamentais instituídos pelo Código de ética médica (CEM). 

    “As novas mídias devem ser entendidas como um sistema de interação social, de compartilhamento e criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos e não podemos perder essa oportunidade”, destacou. Ele lembra, por exemplo, que desde a Resolução CFM 1.643/2002, que defi ne e disciplina a prestação de serviços através da telemedicina, alguns avanços colaborativos já foram possíveis.    

    Galvão apresentou ainda preceitos da Resolução CFM 1.974/2011 e também da Lei do Ato Médico (12.842/2013), chamando a atenção para alguns cuidados que o médico deve ter ao divulgar conteúdo de forma sensacionalista. “Segundo o CEM, é vedada a divulgação de informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. A internet deve ser usada como um instrumento de promoção da saúde e orientação à população”, reforçou.

Editorial do Jornal Medicina – Publicação oficial do Conselho

Federal de Medicina (CFM). Brasília, jul. 2017, p. 7.

A
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
B
do senso comum.
C
formulados com perguntas retóricas.
D
de autoridade.
4f13c3c2-d8
EINSTEIN 2017 - Português - Uso das aspas, Pontuação

No primeiro parágrafo do editorial do CFM, as aspas são empregadas, respectivamente, para demarcar

Era digital desafia exercício profissional


    ''A medicina não sobreviverá ao velho método do médico de família, mas terá que se adaptar”. A afirmação é do desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Diaulas Costa Ribeiro, proferida durante a mesa redonda “Panorama atual das mídias sociais e aplicativos na medicina contemporânea”. Para ele, as novas tecnologias trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e o sigilo.

    “Possivelmente vamos chegar a uma medicina sem gosto, distanciada, mas que também funciona. Talvez este não seja o fi m, mas um recomeço”, ponderou Ribeiro. Segundo ele, antes de gerar um novo modelo de atendimento médico, o “dr. Google” – termo que utilizou para indicar as buscas por informações médicas na internet – gerou um novo tipo de paciente, que passou a conhecer mais sobre as doenças e, por isso, exige um novo relacionamento com seu médico.

    O desembargador ainda reforçou a necessidade de se rediscutir questões como o uso da internet nessa relação médico-paciente e a segurança do sigilo médico neste cenário. “Precisamos refletir sobre algumas questões importantes. Quem guardará o sigilo? Ou não haverá sigilo? O sigilo médico será mantido ou  valerá o direito público à informação? Os conflitos serão reinventados ou serão os mesmos? A solução para os problemas será a de sempre?”, indagou. Ética – Na perspectiva do médico legista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Malthus Galvão, embora acredite que algumas mudanças serão inevitáveis e necessárias, é preciso defender os princípios fundamentais instituídos pelo Código de ética médica (CEM). 

    “As novas mídias devem ser entendidas como um sistema de interação social, de compartilhamento e criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos e não podemos perder essa oportunidade”, destacou. Ele lembra, por exemplo, que desde a Resolução CFM 1.643/2002, que defi ne e disciplina a prestação de serviços através da telemedicina, alguns avanços colaborativos já foram possíveis.    

    Galvão apresentou ainda preceitos da Resolução CFM 1.974/2011 e também da Lei do Ato Médico (12.842/2013), chamando a atenção para alguns cuidados que o médico deve ter ao divulgar conteúdo de forma sensacionalista. “Segundo o CEM, é vedada a divulgação de informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. A internet deve ser usada como um instrumento de promoção da saúde e orientação à população”, reforçou.

Editorial do Jornal Medicina – Publicação oficial do Conselho

Federal de Medicina (CFM). Brasília, jul. 2017, p. 7.

A
críticas tanto ao Tribunal de Justiça quanto à mesa- redonda de Diaulas Costa Ribeiro.
B
o dizer tal e qual foi proferido por Diaulas Costa Ribeiro e o título da mesa-redonda.
C
o velho método do médico de família e o estado das mídias sociais na medicina atual.
D
o uso de modernas tecnologias na medicina e a fala do desembargador do TJDFT.
3352cbfa-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Silepse é a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o sentido, com a ideia que elas expressam. A silepse é, pois, uma concordância mental.

(Celso Cunha. Gramática essencial, 2013.)

Verifica-se a ocorrência de silepse

A
no primeiro quadrinho, apenas.
B
no segundo quadrinho, apenas.
C
no primeiro e no segundo quadrinhos.
D
no terceiro quadrinho, apenas.
E
no segundo e no terceiro quadrinhos.
334a10ea-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Depreende-se das falas do pai um elogio, sobretudo,

     – Meu coração está apertado de ver tantas marcas no teu rosto, meu filho; essa é a colheita de quem abandona a casa por uma vida pródiga.

– A prodigalidade também existia em nossa casa.

– Como, meu filho?

– A prodigalidade sempre existiu em nossa mesa.

– Nossa mesa é comedida, é austera, não existe desperdício nela, salvo nos dias de festa.

– Mas comemos sempre com apetite.

– O apetite é permitido, não agrava nossa dignidade, desde que seja moderado.

– Mas comemos até que ele desapareça; é assim que cada um em casa sempre se levantou da mesa.

– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los. Não fosse o apetite, não teríamos forças para buscar o alimento que torna possível a sobrevivência. O apetite é sagrado, meu filho.

– Eu não disse o contrário, acontece que muitos trabalham, gemem o tempo todo, esgotam suas forças, fazem tudo que é possível, mas não conseguem apaziguar a fome.

– Você diz coisas estranhas, meu filho.


(Lavoura arcaica, 2001.)

A
ao esbanjamento.
B
à paciência.
C
ao comedimento.
D
à caridade.
E
à sobrevivência.
334cd2aa-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Análise sintática, Sintaxe

“– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los.” (9o parágrafo) Considerado no contexto, o trecho sublinhado expressa ideia de

     – Meu coração está apertado de ver tantas marcas no teu rosto, meu filho; essa é a colheita de quem abandona a casa por uma vida pródiga.

– A prodigalidade também existia em nossa casa.

– Como, meu filho?

– A prodigalidade sempre existiu em nossa mesa.

– Nossa mesa é comedida, é austera, não existe desperdício nela, salvo nos dias de festa.

– Mas comemos sempre com apetite.

– O apetite é permitido, não agrava nossa dignidade, desde que seja moderado.

– Mas comemos até que ele desapareça; é assim que cada um em casa sempre se levantou da mesa.

– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los. Não fosse o apetite, não teríamos forças para buscar o alimento que torna possível a sobrevivência. O apetite é sagrado, meu filho.

– Eu não disse o contrário, acontece que muitos trabalham, gemem o tempo todo, esgotam suas forças, fazem tudo que é possível, mas não conseguem apaziguar a fome.

– Você diz coisas estranhas, meu filho.


(Lavoura arcaica, 2001.)

A
causa.
B
consequência.
C
condição.
D
concessão.
E
conclusão.
334f89d0-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na tira,

A
os fantasmas que aguardam no futuro mostram-se mais aterrorizantes do que aqueles vindos do passado.
B
a confusão entre passado e futuro leva o restante da família a compartilhar a patologia do avô.
C
os fantasmas escondidos no presente levam o avô a desconsiderar os perigos dos fantasmas vindos do passado.
D
o restante da família também passa a ser aterrorizada pelos fantasmas vindos do passado.
E
a tentativa do restante da família de convencer o avô a olhar para o futuro não surte efeito algum.
3346fa1d-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho do romance, o filho

     – Meu coração está apertado de ver tantas marcas no teu rosto, meu filho; essa é a colheita de quem abandona a casa por uma vida pródiga.

– A prodigalidade também existia em nossa casa.

– Como, meu filho?

– A prodigalidade sempre existiu em nossa mesa.

– Nossa mesa é comedida, é austera, não existe desperdício nela, salvo nos dias de festa.

– Mas comemos sempre com apetite.

– O apetite é permitido, não agrava nossa dignidade, desde que seja moderado.

– Mas comemos até que ele desapareça; é assim que cada um em casa sempre se levantou da mesa.

– É para satisfazer nosso apetite que a natureza é generosa, pondo seus frutos ao nosso alcance, desde que trabalhemos por merecê-los. Não fosse o apetite, não teríamos forças para buscar o alimento que torna possível a sobrevivência. O apetite é sagrado, meu filho.

– Eu não disse o contrário, acontece que muitos trabalham, gemem o tempo todo, esgotam suas forças, fazem tudo que é possível, mas não conseguem apaziguar a fome.

– Você diz coisas estranhas, meu filho.


(Lavoura arcaica, 2001.)

A
acusa o pai por tê-lo impedido de abandonar a casa
B
é censurado pelo pai por ter partido em busca de uma vida pródiga.
C
discorda da opinião do pai de que o apetite é sagrado.
D
repreende o pai por ter sacralizado o apetite.
E
é repreendido pelo pai por não ter se empenhado o suficiente no trabalho.
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EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Ao se transpor para o discurso indireto o trecho “– A lei não exige isso – replicou ele” (3o parágrafo), o verbo sublinhado assume a forma:

          Aquele acreditava na lei. Funcionário do IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], sabia de cor a Lei Orgânica da Previdência. Chegava mesmo a ser consultado pelos colegas sempre que surgia alguma dúvida quanto à aplicação desse ou daquele princípio. Eis que um dia nasce-lhe um filho e ele, cônscio de seus direitos, requer da Previdência o auxílio-natalidade. Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo. Estava dentro da lei, mas já na entrada a coisa enguiçou.   

        – Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.

      – A lei não exige isso – replicou ele.

      – Mas o chefe exige. Tem havido abusos.

      Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.

      – Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.

      Tentei aconselhá-lo: a justiça é cega e tarda, juntasse o tal atestado médico, era mais simples.

      – Não junto. A lei não me obriga a isso. Vou aos jornais.

     Foi aos jornais. Aliás, foi a um só, que deu a notícia num canto de página, minúscula. Ninguém leu, mas ele fez a notícia chegar até o chefe que, enfurecido, resolveu processá-lo: a lei proíbe que os funcionários levem para os jornais assuntos internos da repartição.

       – Agora a lei está contra você, não?

      – Não. A lei está comigo.

    Estava ou não estava, o certo é que o processo foi até a Procuradoria e saiu dali com o seguinte despacho: suspenda- -se o indisciplinado.

      Era de ver-se a cara de meu amigo em face dessa decisão. Estava pálido e abatido, comentando a sua perplexidade. Mas não desistiu:

      – Vou recorrer. 

    Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois. Parece que já nem se lembra do auxílio-natalidade – a origem de tudo – e brigará até o fim da vida, alheio a um aforismo que, por ser brasileiro, inventei: “Quem acredita na lei, esta lhe cai em cima.”


(O melhor da crônica brasileira, 2013.)

A
exigia.
B
exigiu.
C
exigira.
D
exigiria.
E
exigisse.
333e0fea-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Verifica-se o emprego de expressão que destoa da variedade linguística predominante no texto em:

          Aquele acreditava na lei. Funcionário do IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], sabia de cor a Lei Orgânica da Previdência. Chegava mesmo a ser consultado pelos colegas sempre que surgia alguma dúvida quanto à aplicação desse ou daquele princípio. Eis que um dia nasce-lhe um filho e ele, cônscio de seus direitos, requer da Previdência o auxílio-natalidade. Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo. Estava dentro da lei, mas já na entrada a coisa enguiçou.   

        – Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.

      – A lei não exige isso – replicou ele.

      – Mas o chefe exige. Tem havido abusos.

      Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.

      – Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.

      Tentei aconselhá-lo: a justiça é cega e tarda, juntasse o tal atestado médico, era mais simples.

      – Não junto. A lei não me obriga a isso. Vou aos jornais.

     Foi aos jornais. Aliás, foi a um só, que deu a notícia num canto de página, minúscula. Ninguém leu, mas ele fez a notícia chegar até o chefe que, enfurecido, resolveu processá-lo: a lei proíbe que os funcionários levem para os jornais assuntos internos da repartição.

       – Agora a lei está contra você, não?

      – Não. A lei está comigo.

    Estava ou não estava, o certo é que o processo foi até a Procuradoria e saiu dali com o seguinte despacho: suspenda- -se o indisciplinado.

      Era de ver-se a cara de meu amigo em face dessa decisão. Estava pálido e abatido, comentando a sua perplexidade. Mas não desistiu:

      – Vou recorrer. 

    Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois. Parece que já nem se lembra do auxílio-natalidade – a origem de tudo – e brigará até o fim da vida, alheio a um aforismo que, por ser brasileiro, inventei: “Quem acredita na lei, esta lhe cai em cima.”


(O melhor da crônica brasileira, 2013.)

A
“Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois.” (15o parágrafo)
B
“– Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.” (6o parágrafo)
C
“Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.” (5o parágrafo)
D
“Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo.” (1o parágrafo)
E
“– Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.” (2o parágrafo)
33373b91-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine a tira do cartunista André Dahmer.

Colabora para o efeito de humor da tira o fato de

A
Deus falhar no teste proposto por Terêncio.
B
Terêncio colocar a onisciência de Deus em questão.
C
Terêncio colocar a existência de Deus em questão.
D
Deus não entender a questão proposta por Terêncio.
E
Terêncio não entender a resposta de Deus.
333b269a-d8
EINSTEIN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à Justiça, a posição do narrador é de

          Aquele acreditava na lei. Funcionário do IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], sabia de cor a Lei Orgânica da Previdência. Chegava mesmo a ser consultado pelos colegas sempre que surgia alguma dúvida quanto à aplicação desse ou daquele princípio. Eis que um dia nasce-lhe um filho e ele, cônscio de seus direitos, requer da Previdência o auxílio-natalidade. Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo. Estava dentro da lei, mas já na entrada a coisa enguiçou.   

        – Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.

      – A lei não exige isso – replicou ele.

      – Mas o chefe exige. Tem havido abusos.

      Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.

      – Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.

      Tentei aconselhá-lo: a justiça é cega e tarda, juntasse o tal atestado médico, era mais simples.

      – Não junto. A lei não me obriga a isso. Vou aos jornais.

     Foi aos jornais. Aliás, foi a um só, que deu a notícia num canto de página, minúscula. Ninguém leu, mas ele fez a notícia chegar até o chefe que, enfurecido, resolveu processá-lo: a lei proíbe que os funcionários levem para os jornais assuntos internos da repartição.

       – Agora a lei está contra você, não?

      – Não. A lei está comigo.

    Estava ou não estava, o certo é que o processo foi até a Procuradoria e saiu dali com o seguinte despacho: suspenda- -se o indisciplinado.

      Era de ver-se a cara de meu amigo em face dessa decisão. Estava pálido e abatido, comentando a sua perplexidade. Mas não desistiu:

      – Vou recorrer. 

    Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois. Parece que já nem se lembra do auxílio-natalidade – a origem de tudo – e brigará até o fim da vida, alheio a um aforismo que, por ser brasileiro, inventei: “Quem acredita na lei, esta lhe cai em cima.”


(O melhor da crônica brasileira, 2013.)

A
indiferença.
B
ingenuidade.
C
confiança.
D
perplexidade.
E
incredulidade.
be81b553-d8
EINSTEIN 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Locução Verbal

O primeiro verbo atribui ideia de futuro ao segundo na locução verbal sublinhada em:

Leia o trecho inicial do conto “O cobrador”, de Rubem Fonseca, para responder à questão.



        Na porta da rua uma dentadura grande, embaixo escrito Dr. Carvalho, Dentista. Na sala de espera vazia uma placa, Espere o Doutor, ele está atendendo um cliente. Esperei meia hora, o dente doendo, a porta abriu e surgiu uma mulher acompanhada de um sujeito grande, uns quarenta anos, de jaleco branco.             Entrei no gabinete, sentei na cadeira, o dentista botou um guardanapo de papel no meu pescoço. Abri a boca e disse que o meu dente de trás estava doendo muito. Ele olhou com um espelhinho e perguntou como é que eu tinha deixado os meus dentes ficarem naquele estado.

        Só rindo. Esses caras são engraçados.

       Vou ter que arrancar, ele disse, o senhor já tem poucos dentes e se não fizer um tratamento rápido vai perder todos os outros, inclusive estes aqui — e deu uma pancada estridente nos meus dentes da frente.             Uma injeção de anestesia na gengiva. Mostrou o dente na ponta do boticão: A raiz está podre, vê?, disse com pouco caso. São quatrocentos cruzeiros.

         Só rindo. Não tem não, meu chapa, eu disse.

        Não tem não o quê? Não tem quatrocentos cruzeiros. Fui andando em direção à porta.

      Ele bloqueou a porta com o corpo. É melhor pagar, disse. Era um homem grande […]. E meu físico franzino encoraja as pessoas. Odeio dentistas, comerciantes, advogados, industriais, funcionários, médicos, executivos, essa canalha inteira. Todos eles estão me devendo muito. Abri o blusão, tirei o 38 [...]. Ele ficou branco, recuou. Apontando o revólver para o peito dele comecei a aliviar o meu coração: tirei as gavetas dos armários, joguei tudo no chão, chutei os vidrinhos todos como se fossem balas, eles pipocavam e explodiam na parede. Arrebentar os cuspidores e motores foi mais difícil, cheguei a machucar as mãos e os pés. O dentista me olhava, várias vezes deve ter pensado em pular em cima de mim, eu queria muito que ele fizesse isso para dar um tiro naquela barriga grande […].

     Eu não pago mais nada, cansei de pagar!, gritei para ele, agora eu só cobro!


(O melhor de Rubem Fonseca, 2015.)

A
Fui andando em direção à porta” (8º parágrafo)
B
“Apontando o revólver para o peito dele comecei a aliviar o meu coração” (9º parágrafo).
C
“Todos eles estão me devendo muito” (9º parágrafo).
D
 “Na sala de espera vazia uma placa, Espere o Doutor, ele está atendendo um cliente” (1º parágrafo).
E
“o senhor já tem poucos dentes e se não fizer um tratamento rápido vai perder todos os outros” (4º parágrafo).