Questõessobre Denotação e Conotação

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1221217d-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“A PM estava claramente orientada a não contrariar os jovens”. 

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

C
Certo
E
Errado
1224f82e-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“...no meio das pessoas que gritavam ‘é a elite mais porca do Brasil’”.  

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

C
Certo
E
Errado
122962c4-dd
UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de expressões com valor conotativo. 


“O clima era festivo, performático”. 

Texto 

Gente diferenciada

Fernando de Barros e Silva

Vocabulário

gauche: expressão francesa cujo significado é o de “esquerda”.

(Texto retirado da Folha de S.Paulo, 16/5/2011. Opinião A2)

A questão refere-se ao texto.

C
Certo
E
Errado
f3db07e2-dd
MACKENZIE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos poemas “Contagem regressiva”, de Ana Cristina Cesar, e “Canção”, de Cecília Meireles, considere a alternativa INCORRETA.

01 Acreditei que se amasse de novo

02 esqueceria outros

03 pelo menos três ou quatro rostos que amei

04 Num delírio de arquivística

05 organizei a memória em alfabetos

06 como quem conta carneiros e amansa

07 no entanto flanco aberto não esqueço

08 e amo em ti os outros rostos


09 Qual tarde de maio.

10 Como um trunfo escondido na manga

11 carrego comigo tua última carta

12 cortada

13 uma cartada.

14 Não, amor, isto não é literatura

Ana Cristina Cesar, “Contagem regressiva”


01 No desequilíbrio dos mares,
02 as proas giram sozinhas…
03 Numa das naves que afundaram
04 é que certamente tu vinhas.

05 Eu te esperei todos os séculos
06 sem desespero e sem desgosto,
07 e morri de infinitas mortes
08 guardando sempre o mesmo rosto

09 Quando as ondas te carregaram
10 meu olhos, entre águas e areias,
11 cegaram como os das estátuas,
12 a tudo quanto existe alheias.

13 Minhas mãos pararam sobre o ar
14 e endureceram junto ao vento,
15 e perderam a cor que tinham
16 e a lembrança do movimento.

17 E o sorriso que eu te levava
18 desprendeu-se e caiu de mim:
19 e só talvez ele ainda viva
20 dentro destas águas sem fim.
Cecília Meireles, “Canção” 
A
O eu lírico de cada poema precisa lidar com um amor ausente, no caso de Cecília Meireles, e com a lembrança dos amores já vividos, em Ana Cristina Cesar.
B
A palavra “rosto”, nos dois poemas, indicia emprego da linguagem figurada.
C
Há um registro irônico no poema de Ana Cristina Cesar, traço ausente no poema de Cecília Meireles.
D
O poema “Contagem regressiva” revela o quanto Ana Cristina Cesar é uma continuadora do estilo poético de Cecília Meireles.
E
“Canção” segue um padrão métrico mais rígido do que “Contagem regressiva”.
45d60dc2-d8
UEA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:

    Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos tornaram-se o núcleo do currículo.
    Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro.

(Teoria literária: uma introdução, 1999.)
A
“Mas no século XX o romance eclipsou a poesia” (1º parágrafo)
B
“muitas vezes isso é exigido” (1º parágrafo)
C
“um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias” (2º parágrafo)
D
“os contos tornaram-se o núcleo do currículo” (1º parágrafo)
E
“Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia” (1º parágrafo)
d6fdb091-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O verbo comer (devorar) é fundamental na organização do texto. Na leitura do trecho, observa-se que foi utilizado no sentido denotativo, ao referir-se aos peixes, e no sentido conotativo e alegórico, quando acusa os homens de corrupção. 

Leia atentamente o texto abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.

    “Antes, porém, que vos vades, assim como ouvistes os vossos louvores, ouvi também agora as vossas repreensões. Servir-vos-ão de confusão, já que não seja de emenda.
    A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas circunstância o faz ainda maior. Não vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. (...) Tão alheia coisa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.”

VIEIRA, Antônio. Sermões escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 58.
C
Certo
E
Errado
d6bfd756-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale o que for correto em relação ao texto, cujas personagens são um casal.  


“Sarna pra se coçar” e “trabalheira do cão” são expressões empregadas pela mulher em sentido denotativo. 

Texto

Tira do Angeli  


C
Certo
E
Errado
b2098f6c-dd
MACKENZIE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa correta.

Textos para a questão

Texto I

Adaptado de www.significados.com.br

Texto II

Adaptado de www.sobiologia.com.br

Texto III

www.googleimagens.com
A
O texto I apresenta linguagem conotativa, pois se percebe, por meio dos termos utilizados, a presença predominante de metáforas.
B
Os três textos apresentados pertencem ao mesmo gênero textual, uma vez que o objetivo central de todos é apresentar de modo didático informações sobre o termo “vírus”.
C
O texto I é exemplar do tipo de texto que se denomina argumentativo, pois a partir de uma tese central são apresentadas hipóteses contraditórias que indicam posicionamento pessoal de seu autor.
D
Os textos I e II são escritos em linguagem predominantemente denotativa, com a intenção de transmitir informações de modo claro, para fazer com que o leitor compreenda o que está sendo dito objetivamente.
E
Os textos I e II apresentam marcas de subjetividade, sendo que nos dois está presente o objetivo de explicitar o posicionamento pessoal de seus autores.
b3d1796f-de
FMO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Após a leitura do poema a seguir, analise as assertivas que estão corretamente relacionadas a ele de acordo com as características apresentadas.

Canção amiga

Eu preparo uma canção,
em que minha mãe se reconheça
todas as mães se reconheçam
e que fale como dois olhos.
[...]
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças.

(ANDRADE, C. D. Novos Poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1948. Fragmento.)


I. É possível identificar que o texto tem como objetivo central a transmissão de uma orientação relevante ao leitor.

II. O exclusivo emprego de linguagem conotativa é elemento suficiente para a caracterização do texto como literário.

III. Sendo um texto literário, “Canção amiga” demonstra a exploração da capacidade significativa da língua para provocar determinada reação no leitor.


Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

A
I, II e III.
B
I, apenas.
C
III, apenas.
D
I e II, apenas.
11c0f123-d8
INSPER 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na última oração do primeiro parágrafo, a seleção vocabular caracteriza‐se por

O FUNDO DO POÇO

    O primeiro sinal veio em 2004. Foi nesse ano que a Sabesp, empresa de abastecimento de São Paulo, renovou a autorização para administrar a água na cidade. Mastinha alguma coisa errada: a estrutura dos reservatórios parecia insuficiente para dar conta de tanta demanda e seria preciso realizar obras para aumentar a capacidade de armazenamento de água. De acordo com os planos da Sabesp, a cidade de São Paulo ficaria bastante dependente do Sistema Cantareira, o que era preocupante. Se a água dos tanques do sistema acabasse, seria o caos. E foi. Em julho de 2014, o volume útil da Cantareira, que atende 8,8 milhões de pessoas na Grande SP, esgotou. Com o esvaziamento do reservatório e as previsões pessimistas de falta de chuva, São Paulo se afogou na maior crise hídrica dos últimos 80 anos.
    (...) Para diminuir o problema, em maio, a Sabesp decidiu usar o volume morto, uma reserva de 400 bilhões de litros que fica abaixo das comportas que retiram água do Sistema Cantareira. Foram feitas obras para bombear mais de 180 bilhões de litros dessa reserva. (...)

A
denotação.
B
formalismo.
C
regionalismo.
D
jargões da mídia.
E
expressividade.
585bb673-d7
MACKENZIE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as seguintes assertivas relacionadas aos dois textos, levando em conta a produção dos respectivos autores.

I. O caráter literário de I e de II resulta da beleza, concisão e clareza da linguagem utilizada pelos autores para registrar fidedignamente um universo típica e exclusivamente brasileiro.
II. O valor literário de I e II deve-se ao especial tratamento linguístico que confere às palavras sentidos múltiplos.
III. O efeito conotativo dos textos permite dizer que tanto o homem referido em I, quanto o sertão referido em II, transcendem os limites do regional para representarem valores universais.

Assinale:

Textos para a questão

Texto I
01 Na paisagem do rio
02 difícil é saber
03 onde começa o rio;
04 onde a lama
05 começa do rio;
06 onde a terra
07 começa da lama;
08 onde o homem,
09 onde a pele
10 começa da lama;
11 onde começa o homem
12 naquele homem.
“O cão sem plumas”, João Cabral de Melo Neto

Texto II

Grande sertão: veredas, João Guimarães Rosa
A
se todas as assertivas estiverem corretas.
B
se apenas I e II estiverem corretas.
C
se apenas II e III estiverem corretas.
D
se apenas II estiver correta.
E
se apenas III estiver correta.
02b5631f-db
MACKENZIE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa que NÃO apresenta uso de linguagem figurada.

Texto para a questão


Adaptado de Chega de saudade, de Ruy Castro
A
(linha 02) - As cuícas iriam roncar.
B
(linhas 02 e 03) - as válvulas dos Philcos já pegavam fogo.
C
(linha 04) - a Rádio Nacional martelava “Chiquita Bacana”.
D
(linha 10) - nada a ver com os paquidérmicos sambas-enredo.
E
(linha 13) - ninguém ficava apalermado em casa.
8d1718f3-d8
INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Um dos recursos utilizados no editorial para convencimento do público em relação ao tema tratado é o emprego dos dados estatísticos. Outra estratégia é o uso de linguagem figurada que acentua a problemática, como na passagem:

Leia o texto para responder às questão de número

Drogas e mortes

    As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do planeta. No ano passado, registraram-se quase 56 mil assassinatos intencionais, ou 27 por 100 mil habitantes. Em 2016, pelo dado mais recente, 38 mil vidas foram ceifadas em ruas e estradas nacionais, cerca de 19 por 100 mil.
    Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
    Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
   Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
    Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
    Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
    Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
    O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação de novas estratégias.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.10.2018. Adaptado) 
A
Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. (2º parágrafo)
B
Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo. (4º parágrafo)
C
Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. (3º parágrafo)
D
As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do planeta. (1º parágrafo)
E
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas. (5º parágrafo)
3ce92df7-d9
IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem

Considere as seguintes afirmações.

I - O verso “O dia voa como um pássaro” está em sentido denotativo.

II - O verso “A História é um carro alegre” traz uma metáfora.

III - A frase “Eu já te falei um milhão de vezes que não a perdoarei!” traz uma ironia.


Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas III.
D
Apenas I e II.
E
Apenas II e III.
f5f5a4b6-d8
UERR 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Variação Linguística

Assinale a alternativa FALSA, a partir do TEXTO IV.

TEXTO IV

Quando me apaixono
 esse ar de abandono me toma a cara 
cão sem dono, fala amara, 
não tenho mais sono 
não quero comida.

O desejo 
me escancara pra vida.

(ELIMACUXI. Amor para quem odeia. Boa Vista: Série Máfia do Verso 3, 2013.)
A
"Pra vida" pode ser assim reescrito: "para a vida".
B
"Pra" pertence à estrutura informal da língua portuguesa.
C
Na fala, são comuns abreviações, contrações.
D
Predomina a informalidade linguística em conversas nas redes sociais.
E
A escrita é idêntica à fala.
f5e8a183-d8
UERR 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Assinale a alternativa FALSA, a partir dos TEXTOS I, II e III.

TEXTO III

Ela se despiu como quem vestia a pele. 
Yara saiu dos rios e seduziu o pescador. 
Fizeram amor toda noite na areia, 
na canoa, dentro do Uraricoera. 
havia puçanga* em seu corpo, 
havia urucum em seus lábios, jenipapo no corpo, 
um redemoinho no ventre. 
Ela o estrangulou ao amanhecer e 
saiu com um filho no ventre.

*Poção mágica utilizada pelos indígenas. (FIOROTTI, Devair. Livro dos amores. São Paulo: Patuá, 2014.)

A
Predomina a conotação.
B
Não há conotação em textos jornalísticos.
C
Conotação é comum em textos poéticos.
D
Conotação diz de sentido figurado.
E
Conotação está relacionada frequentemente ao uso de figuras de linguagem, como metáfora.
2ddbeb1f-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O título do texto resulta de um trocadilho com a frase feita de origem popular “não ter papas na língua”. Comparados título e frase feita, pode-se afirmar:

Sem aspas na língua


    De início, o que me incomodava era o peso desproporcional que as aspas dão à palavra. Se escrevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu pensamento apenas o quadradinho discreto que vive ao lado do teclado, objeto não mais notável na economia do cotidiano do que as dobradiças da janela ou o porta-escova de dentes. Já "mouse pad" parece grafado em neon, brilha diante de seus olhos como o luminoso de uma lanchonete americana. Desequilibra.
    Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exigir do leitor que saiba outra língua além do português. Se encasqueto em ornar meu texto com "dramblys" ou "haveloos" - termos em lituano e holandês para elefante e mulambento, respectivamente -, as aspas surgem para acalmar quem me lê, como se dissessem: "Queridão, os termos discriminados são coisa doutras terras e doutra gente, nada que você devesse conhecer".
    Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pontinha de xenofobia, como se para circular entre nós a palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto, mostrando o carimbo na entrada e na saída.
    Ora, por quê? Será que "blackberries" rolando livremente por nossa terra poderiam frutificar e, como ervas daninhas, roubar os nutrientes da graviola, da mangaba e do cajá? "Samplers", sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam poluindo o português com "beats" exógenos, condenando-o a uma versão "remix"? Caso recebêssemos "blowjobs" sem o supracitado preservativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam por nosso exposto vernáculo?
    Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases desses arames farpados, desses cacos de vidro. A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sabores irá provar e experiências poderá acumular.


                            Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado

A
O primeiro deve ser entendido em sentido conotativo; a segunda, em sentido denotativo.
B
Ambos têm caráter metalinguístico e se referem à liberdade de expressão.
C
O título traduz revolta e a frase feita, submissão.
D
Tanto o título quanto a frase feita sugerem que escrever é mais complicado do que falar.
E
Ambos poderiam ser acompanhados pelo comentário metalinguístico “literalmente falando”.
1e8607ce-b5
UFV-MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao termo sonhático, utilizado na frase 'Até grandes empresas estão enveredando para esse marketing mais, digamos, sonhático", é correto afirmar que:

Texto II

Marketing sonhático


Produtos com ingredientes orgânicos e fabricados respeitando as tradições locais tendem a ganhar pontos. Por isso, um número crescente de empresas exagera um tantinho na hora de se "vender". A fabricante carioca de sucos Do Bem, criada em 2007, publica verdadeiros manifestos em suas caixinhas.

A Do Bem não usa açúcar, corantes ou conservantes para fazer uma "bebida verdadeira". Um desses manifestos diz que suas laranjas, "colhidas fresquinhas todos os dias, vêm da fazenda do senhor Francesco do interior de São Paulo, um esconderijo tão secreto que nem o Capitão Nascimento poderia descobrir"

Os sucos custam cerca de 10% mais do que os da concorrência. Mas as laranjas não são tão especiais assim. Na verdade, quem fornece o suco para a Do Bem não é seu Francesco, que jamais existiu, mas empresas como a Brasil Citrus, que vende o mesmo produto para as marcas próprias de supermercados.

Em nota, a empresa disse que não comenta a política de fornecedores e que o personagem Francesco é "inspirado em pessoas reais". Até grandes empresas estão enveredando para esse marketing mais, digamos, sonhático. A Coca-Cola, por exemplo, lançou em 2011 no Brasil um suco chamado Limão & Nada.

A promessa, a julgar pelo nome, era que aquele fosse um suco natural de limão. Mas a bebida tinha outros ingredientes na formulação, açúcar entre eles, e acabou saindo de linha no ano passado [2013]. A CocaCola diz, em nota, que os ingredientes eram informados na embalagem e que o nome não pretendia confundir o consumidor. 

Nos Estados Unidos, uma reportagem desmascarou dezenas de destilarias de uísque ditas artesanais. Algumas delas, criadas há poucos anos, vendiam bebidas envelhecidas 15 anos, o que chamou a atenção de consumidores mais desconfiados. Descobriu-se que mais de 40 marcas compravam uísque de um mesmo fornecedor, a fábrica MGP, uma das maiores do país, localizada no estado de Indiana.

Entre as desmascaradas está a Breaker Bourbon, que afirmava produzir sua bebida numa destilaria nas montanhas douradas da costa californiana. "Todo mundo tem uma história boa e verdadeira para contar. As empresas não precisam ser desonestas com seus clientes", diz Mauricio Mota, sócio da agência de conteúdo The Alchemists.

Para o publicitário Washington Olivetto, presidente da WMcCann, que ajudou na criação da Diletto, "um lindo produto merece uma linda história". Se a história for verdadeira, tanto melhor.

Fonte: Adaptado de: Leal, Ana Luiza. Toda empresa quer ter uma boa história. Algumas são mentira. Revista Exame, 23/10/14. Acesso em: 23/10/17.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exame/marketing-ou-mentira/
A
A reportagem utiliza o termo de modo elogioso, considerando como uma forma inovadora de marketing.
B
Do ponto de vista de sua etimologia, uma definição adequada para o neologismo em questão seria 'independente do(s) sonho(s)‘
C
O uso do termo na reportagem pode se configurar como uma ironia, pois as ações de marketing descritas tratam menos de 'sonho‘ e mais de mentiras, invenções ou indução à desinformação.
D
O uso do neologismo em uma reportagem é um erro gramatical e estilístico, pois essa é uma figura de linguagem que deveria estar restrita a contextos ficcionais ou artísticos, em que o uso da linguagem é menos denotativo.
1ac6f47f-b9
UNESP 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:

    — […] O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação, à descoberta da droga curativa. A higiene é filha de podridões seculares; devemo-la a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho.

(Quincas Borba, 2016.)

A
“nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói”.
B
“a supressão de uma é condição da sobrevivência da outra”.
C
“Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos”.
D
“Daí o caráter conservador e benéfico da guerra”.
E
“não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição”.
1aaf48a2-b9
UNESP 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação

Constituem exemplos de linguagem formal e de linguagem coloquial, respectivamente, as seguintes falas:

A
“Ah, estou morrendo de pena...” e “Ainda vou trabalhar a noite inteira no Iraque, meu rapaz.”
B
“Me adianta essa, vai...” e “É cedo para mim.”
C
“O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” e “Posso lhe dar um emprego bem melhor...”
D
“É cedo para mim.” e “Posso lhe dar um emprego bem melhor...”
E
“Posso lhe dar um emprego bem melhor...” e “Me adianta essa, vai...”