Questão f5f5a4b6-d8
Prova:UERR 2015
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Variação Linguística

Assinale a alternativa FALSA, a partir do TEXTO IV.

TEXTO IV

Quando me apaixono
 esse ar de abandono me toma a cara 
cão sem dono, fala amara, 
não tenho mais sono 
não quero comida.

O desejo 
me escancara pra vida.

(ELIMACUXI. Amor para quem odeia. Boa Vista: Série Máfia do Verso 3, 2013.)

A
"Pra vida" pode ser assim reescrito: "para a vida".
B
"Pra" pertence à estrutura informal da língua portuguesa.
C
Na fala, são comuns abreviações, contrações.
D
Predomina a informalidade linguística em conversas nas redes sociais.
E
A escrita é idêntica à fala.

Gabarito comentado

P
Priscila CoutinhoMonitor do Qconcursos

Tema central: Variação linguística – diferenças entre a linguagem formal e informal, destacando adaptação da fala para a escrita e a adequação ao contexto.

Análise da alternativa falsa:

E) A escrita é idêntica à fala.

Esta alternativa está INCORRETA porque a escrita não é idêntica à fala. Segundo Evanildo Bechara e Cunha & Cintra, a escrita formal obedece a normas gramaticais rígidas, enquanto a fala é espontânea, aceita repetições, interrupções, contrações e abreviações como “pra” no lugar de “para”.

Por exemplo: Nas conversas informais, dizemos “Tô indo pra casa”; na língua formal, o correto é: “Estou indo para casa”.

Justificativas das alternativas corretas:

A) “Pra vida” pode ser assim reescrito: “para a vida”.
Verdadeiro. “Pra” é a forma informal de “para”. Em texto formal, recomenda-se: “para a vida”.

B) “Pra” pertence à estrutura informal da língua portuguesa.
Verdadeiro. “Pra” é uma forma reduzida, comum na linguagem oral e informal.

C) Na fala, são comuns abreviações, contrações.
Verdadeiro. É típico do discurso falado usar formas abreviadas, como “tá”, “cê”, “pra”.

D) Predomina a informalidade linguística em conversas nas redes sociais.
Verdadeiro. As redes sociais incentivam o uso de uma linguagem mais espontânea, simples e próxima da fala, com amplia aceitação de expressões coloquiais.

Ponto-chave: Segundo a norma-padrão, há diferenças essenciais entre fala e escrita. Enquanto a fala permite rupturas, contrações e informalidades, a escrita (especialmente formal) exige clareza, coesão e regras gramaticais mais rígidas (Bechara, “Moderna Gramática Portuguesa”).

Estratégia para concursos: Sempre desconfie de alternativas que igualam fala e escrita, pois são registros linguísticos diferentes. Atenção às pegadinhas que simplificam ou generalizam em excesso.

Gabarito: E.

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