Questõesde CESMAC 2016 sobre Português

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Foram encontradas 27 questões
3033a983-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A verdade é que todo o progresso da humanidade não depende, como querem religiosos de um lado e fascistas de outro, de crenças profundas, de princípios arraigados, de religiões místicas ou econômicas. Todo o progresso da humanidade se deve unicamente à descrença, ao ceticismo. Desconfiar é progredir.

(Millôr Fernandes. O livro vermelho dos pensamentos. São Paulo: Editora SNAC, 2000, p. 48.)

Conforme o que é afirmado no fragmento de texto acima:

A
os religiosos se afirmam pela profundidade e pela consistência de suas crenças.
B
os movimentos fascistas defendem princípios arraigados e se opõem às religiões.
C
um elemento propulsor da prosperidade são os estados de dúvida e de incerteza.
D
o progresso da humanidade é tributário das crenças que religiosos ou fascistas defendem.
E
a verdade não pode estar presa aos ditames da religião, por mais arraigados que sejam seus princípios.
30260607-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho: “A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam”, dois recursos recorrentes usados pelo autor foram:

TEXTO

Globalização é, para muitos, apenas um momento da expansão do capitalismo, uma mudança na economia. Para uns, desejável, para outros, inevitável, é vista como uma fatalidade da natureza, um El Niño financeiro. Não é, não. A globalização é fruto da ação organizada dos homens; portanto, um fenômeno da sociedade e não da natureza. Não é como a erupção de um vulcão, uma onda de calor ou a inundação dos grandes rios, que têm a ver com o mundo da natureza.
A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam. A repulsa a assassinos institucionalizados, do tipo de alguns déspotas da História, encontra eco em todos os países não só pelo fato de seus regimes terem trucidado indivíduos de diferentes nacionalidades, mas porque cada um de nós, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne, por atentados contra a humanidade.
Se sofremos as agruras da globalização, como desemprego, sobressaltos econômicos de dimensão planetária e até perda de identidade, que, ao menos, o fenômeno nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade, como os direitos humanos e o direito de buscar a felicidade.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, p. 124. Fragmento.) 
A
a enumeração e o paralelismo.
B
a metáfora e a paráfrase.
C
a síntese e a abreviação.
D
o contraste e a ênfase.
E
a erudição e a explicação.
302bb1de-d5
CESMAC 2016 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Conforme as normas da concordância verbal, que regulam o uso formal da língua portuguesa, sobretudo em contextos públicos, identifique a alternativa inteiramente aceitável.

TEXTO

Globalização é, para muitos, apenas um momento da expansão do capitalismo, uma mudança na economia. Para uns, desejável, para outros, inevitável, é vista como uma fatalidade da natureza, um El Niño financeiro. Não é, não. A globalização é fruto da ação organizada dos homens; portanto, um fenômeno da sociedade e não da natureza. Não é como a erupção de um vulcão, uma onda de calor ou a inundação dos grandes rios, que têm a ver com o mundo da natureza.
A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam. A repulsa a assassinos institucionalizados, do tipo de alguns déspotas da História, encontra eco em todos os países não só pelo fato de seus regimes terem trucidado indivíduos de diferentes nacionalidades, mas porque cada um de nós, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne, por atentados contra a humanidade.
Se sofremos as agruras da globalização, como desemprego, sobressaltos econômicos de dimensão planetária e até perda de identidade, que, ao menos, o fenômeno nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade, como os direitos humanos e o direito de buscar a felicidade.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, p. 124. Fragmento.) 
A
Que as consequências do fenômeno da globalização nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade.
B
Os direitos humanos e o direito de se buscar a felicidade se insere no âmbito das conquistas que cada uma das culturas produziram.
C
Qual dos atentados contra a humanidade mais tem atingido cada um de nós, que nos sentimos alcançados em nossa própria carne?
D
Diversos atentados contra a humanidade tem atingido cada um de nós, que, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne.
E
Houveram atentados contra a humanidade que atingiram todos e cada um de nós.
30309f0e-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Acreditar num determinado tipo de cultura como único e definitivo e, sobretudo, impô-lo a outros grupos humanos, é a pretensão que leva às piores tiranias. Considerar outros agrupamentos sociais inferiores apenas porque não usam nossos dados culturais tem permitido os piores crimes, até genocídios. Nossa civilização, fundada na transmissão da experiência através de símbolos escritos, não é superior a inúmeras outras cuja cultura se transmite apenas de maneira oral. Convém não esquecer que quem inventou o alfabeto foi um analfabeto.

(Millôr Fernandes. O livro vermelho dos pensamentos. São Paulo: Editora SENAC, 2000, p. 19.)

Considerando o que se define como 'cultura', o Texto defende um ponto de vista, a partir do qual é correto admitir o seguinte:

A
às sociedades que dispõem de um sistema gráfico pode ser creditada uma mais elevada qualidade de seus valores culturais.
B
as tiranias, nas mais diferentes sociedades, podem advir da extensiva precariedade do nível cultural de seus participantes.
C
qualquer sociedade se expressa por meio de diferentes recursos culturais, pelo que se avalia a cultura de cada povo como superior ou inferior.
D
é inaceitável avaliar, como superiores ou inferiores, as manifestações culturais com que cada sociedade vive e se organiza.
E
a cultura de um povo ágrafo é carente de sustentação e legitimidade social frente às comunidades que se utilizam da escrita.
301ddd74-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o Texto, a globalização é um fenômeno que:

1) se insere no extenso âmbito das intervenções e das influências humanas.
2) concerne às múltiplas operações com que os grupos humanos organizam sua vida.
3) inclui os estilos com que os grupos sociais apreendem, veiculam e universalizam valores morais e práticas sociais.
4) tem encontrado eco em todos os países do mundo, e cada cidadão se sente atingido por suas conquistas.
5) difere, substancialmente, do mundo dos acontecimentos regidos pelas causas naturais.

Estão corretas:

TEXTO

Globalização é, para muitos, apenas um momento da expansão do capitalismo, uma mudança na economia. Para uns, desejável, para outros, inevitável, é vista como uma fatalidade da natureza, um El Niño financeiro. Não é, não. A globalização é fruto da ação organizada dos homens; portanto, um fenômeno da sociedade e não da natureza. Não é como a erupção de um vulcão, uma onda de calor ou a inundação dos grandes rios, que têm a ver com o mundo da natureza.
A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam. A repulsa a assassinos institucionalizados, do tipo de alguns déspotas da História, encontra eco em todos os países não só pelo fato de seus regimes terem trucidado indivíduos de diferentes nacionalidades, mas porque cada um de nós, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne, por atentados contra a humanidade.
Se sofremos as agruras da globalização, como desemprego, sobressaltos econômicos de dimensão planetária e até perda de identidade, que, ao menos, o fenômeno nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade, como os direitos humanos e o direito de buscar a felicidade.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, p. 124. Fragmento.) 
A
1, 2, 3, 4 e 5
B
2, 3 e 4 apenas
C
1, 3 e 4 apenas
D
1, 2 e 5 apenas
E
1, 2, 3 e 5 apenas
30213688-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Texto aborda seu tema de forma claramente articulada e coesa. Um dos recursos fundamentais que promovem a sua coesão é:

TEXTO

Globalização é, para muitos, apenas um momento da expansão do capitalismo, uma mudança na economia. Para uns, desejável, para outros, inevitável, é vista como uma fatalidade da natureza, um El Niño financeiro. Não é, não. A globalização é fruto da ação organizada dos homens; portanto, um fenômeno da sociedade e não da natureza. Não é como a erupção de um vulcão, uma onda de calor ou a inundação dos grandes rios, que têm a ver com o mundo da natureza.
A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam. A repulsa a assassinos institucionalizados, do tipo de alguns déspotas da História, encontra eco em todos os países não só pelo fato de seus regimes terem trucidado indivíduos de diferentes nacionalidades, mas porque cada um de nós, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne, por atentados contra a humanidade.
Se sofremos as agruras da globalização, como desemprego, sobressaltos econômicos de dimensão planetária e até perda de identidade, que, ao menos, o fenômeno nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade, como os direitos humanos e o direito de buscar a felicidade.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, p. 124. Fragmento.) 
A
a referência a dados históricos que constituíram marcos na narrativa dos feitos humanos.
B
a divisão do texto em parágrafos e, desses, em períodos curtos e resumidos.
C
a afinidade semântica ou de significado que existe entre as palavras presentes no texto.
D
a correção gramatical que pode ser facilmente percebida em cada um de seus parágrafos.
E
o uso de termos incomuns, eruditos, aproximando o texto dos padrões literários.
301a8e16-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Texto, na análise que faz do tema abordado, comenta e destaca:

TEXTO

Globalização é, para muitos, apenas um momento da expansão do capitalismo, uma mudança na economia. Para uns, desejável, para outros, inevitável, é vista como uma fatalidade da natureza, um El Niño financeiro. Não é, não. A globalização é fruto da ação organizada dos homens; portanto, um fenômeno da sociedade e não da natureza. Não é como a erupção de um vulcão, uma onda de calor ou a inundação dos grandes rios, que têm a ver com o mundo da natureza.
A globalização, pelo contrário, tem a ver com o mundo dos homens, com a forma pela qual eles se organizam, extraem riquezas, vendem produtos, fornecem serviços. Tem a ver também com a maneira pela qual criam cultura e a veiculam, apropriam-se de valores morais, de práticas políticas e os universalizam. A repulsa a assassinos institucionalizados, do tipo de alguns déspotas da História, encontra eco em todos os países não só pelo fato de seus regimes terem trucidado indivíduos de diferentes nacionalidades, mas porque cada um de nós, como cidadão do mundo, sente-se atingido na própria carne, por atentados contra a humanidade.
Se sofremos as agruras da globalização, como desemprego, sobressaltos econômicos de dimensão planetária e até perda de identidade, que, ao menos, o fenômeno nos permita a universalização das conquistas já conseguidas pela humanidade, como os direitos humanos e o direito de buscar a felicidade.

(Jaime Pinsky. O Brasil tem futuro? São Paulo: Contexto, 2006, p. 124. Fragmento.) 
A
a expansão do capitalismo e as mudanças que a globalização operou na economia.
B
o pertencimento da globalização ao universo das criações e das instituições humanas.
C
a ação assassina de alguns tiranos que, em seus regimes, massacraram indivíduos e grupos.
D
os efeitos perniciosos da globalização, tais como o desemprego e os imprevistos da economia.
E
a universalização dos valores morais, uma das conquistas já alcançadas pela globalização.
300de4d8-d5
CESMAC 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Analisando o título do Texto, a relação semântica que se poderia estabelecer entre os termos binários de sua composição seria como consta na alternativa:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
Mais ativos, além de mais espertos.
B
Mais ativos, uma vez que mais espertos.
C
Mais ativos, por conseguinte mais espertos.
D
Mais ativos, se bem que mais espertos.
E
Mais ativos, ainda que mais espertos.
301620a0-d5
CESMAC 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Analise o seguinte trecho: “Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados.” O uso do conectivo ‘porém’, coerentemente, se justifica pelo efeito:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
de comparação que se pretende estabelecer entre ‘atletas’ e ‘cientistas’.
B
de adição, de acréscimo pretendido em relação ao segundo segmento do enunciado.
C
de oposição que se quer estabelecer entre apenas ‘dizer’ e ‘afirmar’ com base em evidências.
D
de temporalidade, pois a referência feita no texto às atividades dos atletas é anterior à dos cientistas.
E
de concessão; a afirmação já era conhecida do grande público, embora carecesse de evidências.
3011df96-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise os comentários que são feitos em relação aos ‘efeitos de sentido’ pretendidos pelo autor em algumas passagens do Texto.

1) “Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo” (a compreensão do que é dito nesse fragmento requer que se volte a partes anteriores do texto).
2) “os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências”, (ou seja, foram coligidas provas ou comprovações que ratificassem as hipóteses levantadas).
3) “Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.” (a expressão sublinhada introduz uma paráfrase: o mesmo dito sob outra forma).
4) “os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha” (quer dizer: conseguiram supor, presumir, conjecturar).

Estão corretas:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
1, 2 e 3 apenas
B
1, 2 e 4 apenas
C
1 e 2 apenas
D
2 e 3 apenas
E
1, 2, 3 e 4
30089050-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

O Texto requer que o interpretemos como um exemplar do discurso:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
narrativo, que desenvolve um enredo, com cenário, personagens e sucessivas intervenções.
B
dissertativo, apoiado numa perspectiva particular e meramente opinativa.
C
objetivo, respaldado pela verificação e pela comprovação de resultados.
D
expositivo, com base em suposições culturais relacionadas à área da saúde.
E
descritivo, apenas; o qual, nem implicitamente, incita a uma mudança comportamental.
30051be2-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O tema desenvolvido ao longo do Texto tem como foco:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
o resultado de pesquisas que avaliaram os efeitos da vida sedentária, estimando a velocidade do fluxo de sangue no cérebro de jovens.
B
as decorrências neurológicas causadas pelo recurso diagnóstico das imagens de ressonância magnética.
C
a defesa de uma proporção entre o exercício da atividade física e a produção das potencialidades positivas do cérebro.
D
a oscilação que ocorre nos níveis do desenvolvimento motor e da concentração em jovens atletas.
E
o processo neurológico de nascimento de novas células, o que, eventualmente, pode repercutir no desenvolvimento da memória e da aprendizagem.
2164e441-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

São obras representativas da literatura produzida por autores nordestinos:

A
Os Sertões (Euclides da Cunha); O mundo do menino impossível (Jorge de Lima); Retratos-relâmpago (Murilo Mendes), obras que retratavam criticamente a realidade social e política do Nordeste.
B
Vidas secas (Graciliano Ramos); O Quinze (Rachel de Queirós); Morte e vida severina (João Cabral de Melo Neto), obras que têm como temática as condições de privação socioeconômica da população do Nordeste.
C
Fogo morto (José Lins do Rego); Seara vermelha (Jorge Amado); Retratos-relâmpago (Murilo Mendes), exemplares da literatura voltada para a complexidade da vida numa região desassistida socialmente.
D
As boas coisas da vida (Rubem Braga); Fantoches e outros contos (Érico Veríssimo); Cacau (Jorge Amado); obras que exploram as produções naturais e culturais da terra nordestina.
E
Terras do sem fim (Jorge Amado); A cor do invisível (Mário Quintana); Angústia (Graciliano Ramos), obras que representam as contradições a que o Nordeste foi exposto historicamente.
215eb788-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade!
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! Por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...

Trata-se de um fragmento do poema Navio Negreiro, da autoria de Castro Alves, em que se pode observar:

1) uma tendência da terceira geração dos poetas românticos, que se interessam mais pelo conflito entre liberdade e escravidão do que pela idealização do amor.
2) uma produção poética envolvida com os problemas sociais que afligiam a realidade da época.
3) a disposição para entrar em interlocução com a entidade divina ou com entidades supostamente poderosas.
4) a posição do eu-lírico em relação ao tráfico de escravos, a qual sintonizava com a parcela da população que queria a extinção da escravidão, mas de forma lenta e gradual.

Estão corretas:

A
1, 2, 3 e 4
B
1, 2 e 3 apenas
C
1, 3 e 4 apenas
D
2 e 3 apenas
E
2 e 4 apenas
214c3f85-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As ideias explicitadas no Texto 2 consideram reiteradamente o princípio de que:

1) aos humanos, é concedido o privilégio da transcendência ao mundo espacial e temporal imediato.
2) o mundo possibilitado pela linguagem é mais estável e está sujeito a mudanças mais lentas do que o mundo da natureza.
3) pela linguagem, os humanos criam um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite ir além do que, de fato, ‘já aconteceu’.
4) não apenas a experiência palpável da existência pode ser objeto da expressão pelo uso da linguagem.

Estão corretas:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
3 e 4 apenas
B
1 e 3 apenas
C
1 e 2 apenas
D
2 e 3 apenas
E
1, 2, 3 e 4
214fd3f1-d5
CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando o núcleo da temática desenvolvida no Texto 2, podem ser consideradas ‘expressões chaves’ desse texto as seguintes:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
representação simbólica, linguagem, cultura, palavra.
B
projetos de vida, passado, futuro, existência física, coisas.
C
conhecimento acumulado, mundo imaterial, consciência, sociedade.
D
mudanças, temporalidade, sociedade, espécie humana.
E
memória, noite de verão, saudade, mundo natural.
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CESMAC 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho a seguir, o autor optou por usar um discurso na primeira pessoal do plural. “No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência.” Com essa opção, o autor pretendeu:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
sinalizar que se trata de temas científicos; o discurso ficou mais persuasivo.
B
marcar a submissão aos cânones da norma padrão; o discurso ficou mais correto.
C
aproximar o discurso dos padrões jornalísticos; o discurso ficou mais coloquial.
D
considerar-se como participante efetivo do grupo em comunicação; o discurso ficou mais interativo.
E
distinguir a linguagem específica de textos públicos; o discurso ficou mais dialógico.
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CESMAC 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Analise o trecho seguinte: “Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural”. Considerando a relação do segmento destacado com o restante do trecho, percebemos que ele expressa um sentido de:

TEXTO 2

A linguagem
A linguagem é um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural porque nos permite transcender a nossa experiência palpável.
No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individualizamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao ‘aqui’ e ao ‘agora’, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo, é representação dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas, que só têm existência no mundo imaterial ou no mundo dos sentimentos (por exemplo, ações, estados ou qualidades, como saudade, tristeza, beleza, liberdade). O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que pode estar até mesmo longe de nós.
O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto ideia aquilo que já não está ao alcance de nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada, o som da voz do pai, o rosto de um amigo querido.
O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas para nos referirmos a elas: criamos, por meio da linguagem, um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim, é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o ser humano deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir os seus projetos de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da espécie humana que se chama cultura.

(Maria Lúcia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando. São Paulo: Editora Moderna, 2003, p.33. Adaptado). 
A
causa.
B
concessão.
C
adição.
D
oposição.
E
finalidade.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Cada vez mais, as ideias são expressas por outras ‘linguagens’, que recorrem a outros significantes para além da palavra, propriamente. A ‘cena retratada’ acima, no global, quer trazer à reflexão:

TEXTO 3


(Caulos. Só dói quando eu respiro. L&PM, 1970, p. 27).
A
o movimento frenético com que as pessoas atualmente enfrentam as demandas da vida.
B
o contraste proporcionalmente possível entre o acúmulo de bens e a perda de valores afetivos.
C
as idas e vindas que marcam a alternância própria da existência humana.
D
a conveniência de alimentar perspectivas em relação às realizações futuras.
E
o imperativo de as pessoas, dentro dos contextos urbanos, garantirem suas provisões econômicas.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

José de Alencar, Gonçalves Dias e Castro Alves são conhecidas figuras de nosso Romantismo. Em suas obras, podemos constatar algumas das ‘marcas características’ do projeto literário romântico’, a saber:

TEXTO 3


(Caulos. Só dói quando eu respiro. L&PM, 1970, p. 27).
A
interpretação da realidade, pelo filtro da racionalidade e da objetividade, como em O canto do Guerreiro, produção literária de Antônio Gonçalves Dias.
B
valorização de nossa nacionalidade e construção de nossa identidade cultural e linguística, como podemos ver nos romances indianistas de José de Alencar.
C
culto à idealização da pátria, que distancia os poetas românticos dos problemas advindos do sistema econômico baseado na escravidão de negros, como na poesia de Castro Alves.
D
crítica aos costumes urbanos da época, sobretudo aqueles que exibiam aspectos visivelmente condenáveis, como se vê no poema indianista I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias.
E
o empenho por criar um “novo ponto de vista e uma nova visão sobre o indígena”, como se pode constatar em poemas de Castro Alves, o último dos poetas românticos.