Questõessobre Romantismo

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Foram encontradas 287 questões
bcf2c8d6-b3
UFBA 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A morte do eu lírico representa outro aprisionamento, visto que decreta a total impossibilidade de realização do sentimento amoroso.


 Sobre o poema O Laço de Fita, de Castro Alves, é correto afirmar:

C
Certo
E
Errado
bcebb258-b3
UFBA 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Desejo de elevação é uma característica do Romantismo presente nesse poema.


 Sobre o poema O Laço de Fita, de Castro Alves, é correto afirmar:

C
Certo
E
Errado
bceef112-b3
UFBA 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Prisão – revelada na submissão do eu lírico à mulher – e liberdade – elevação proporcionada pelo sentimento amoroso – é uma antítese constante no poema.


 Sobre o poema O Laço de Fita, de Castro Alves, é correto afirmar:

C
Certo
E
Errado
bce884f6-b3
UFBA 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Pertence à poesia amorosa de Castro Alves, na qual o crítico Eugênio Gomes vê certa brejeirice, em estudo crítico publicado na Obra completa.


 Sobre o poema O Laço de Fita, de Castro Alves, é correto afirmar:

C
Certo
E
Errado
1da94c82-b0
FGV 2015 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

O trecho final do excerto, “Tal uma lâmina, / o povo, meu poema, te atravessa”, pode ser empregado para se caracterizar o fio condutor da seguinte obra literária

(...) Eis aí meu canto.
Ele é tão baixo que sequer o escuta
ouvido rente ao chão. Mas é tão alto
que as pedras o absorvem. Está na mesa
aberta em livros, cartas e remédios.
Na parede infiltrou-se. O bonde, a rua,
o uniforme de colégio se transformam,
são ondas de carinho te envolvendo.

Como fugir ao mínimo objeto
ou recusar-se ao grande? Os temas passam,
eu sei que passarão, mas tu resistes,
e cresces como fogo, como casa,
como orvalho entre dedos,
na grama, que repousam.

Já agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me faço tão sublime,
tão natural e cheio de segredos,
tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina,
o povo, meu poema, te atravessa.
Carlos Drummond de Andrade.  A rosa do povo.
A
Senhora.
B
Dom Casmurro.
C
O Ateneu.
D
São Bernardo.
E
Morte e vida severina.
25c7d02b-b0
UNICENTRO 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Leia as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a(s) correta(s).

I. Em “saber-lhe o sentido”, o pronome oblíquo tem a ideia de posse.

II. No texto, predomina a figura de linguagem denominada sinestesia.

III. As expressões sensoriais caracterizam a fase do Romantismo português.

A questão refere-se ao fragmento abaixo.

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos
sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

O Guardador de Rebanhos. Alberto Caeiro IX.
A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas III.
D
Apenas I e II.
E
Apenas II e III.
80afb701-b0
FGV 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

No excerto, narram-se as circunstâncias em que travaram conhecimento Leonardo (Pataca) e Maria (da hortaliça), a bordo do navio que, procedente de Portugal, iria desembarcá-los no Rio de Janeiro.

Considere as seguintes afirmações referentes ao excerto:


I A narrativa é isenta de traços idealizantes, seja no que se refere às personagens, seja no que se refere a suas relações amorosas.

II O ângulo de representação privilegiado pelo romancista é o da comicidade e do humor.

III A vivacidade da cena figurada no excerto deve-se à presença de um narrador-personagem, que participa da ação.



Está correto o que se afirma em

        Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. 


Manuel Antônio de Almeida,Memórias de um sargento de milícias.

A
I, somente.
B
I e II, somente.
C
III, somente.
D
II e III, somente.
E
I, II e III.
a35de2c2-b1
UENP 2017 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Leia o trecho a seguir.



Tornemos à câmara nupcial, onde se representa a primeira cena do drama original, de que apenas conhecemos o prólogo. Os dois atores ainda conservam a mesma posição em que os deixamos. Fernando Seixas obedecendo automaticamente Aurélia, sentara-se, e fitava a moça com um olhar estupefato. A moça arrastou a cadeira e colocou-se em face do marido, cujas faces crestava o seu hálito abrasado.


(ALENCAR, J. de. Senhora. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1971. p. 149.)


De acordo com o trecho citado, pertencente ao nono capítulo da 2ª parte, assinale a alternativa correta.

A
A referência a termos como “drama” e “atores” justifica-se pelo fato de Senhora ser originalmente uma peça de teatro e só depois adaptada para a forma de romance.
B
A alusão à “câmara nupcial” reforça a ideia de variação nos tempos da narrativa, pois a cerimônia do casamento dos protagonistas é narrada posteriormente, na terceira parte do romance.
C
O “prólogo” a que o narrador se refere é um trecho localizado no início do romance, antes ainda da primeira parte, intitulada “O preço”.
D
O trecho “a mesma posição em que os deixamos” indica que há capítulos na segunda parte dedicados à retrospecção de fatos narrados.
E
O uso do plural na forma verbal “Tornemos” remete à variação de personagens que se revezam na atribuição de narrar o romance.
a3622a62-b1
UENP 2017 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Com base no trecho e no romance, considere as afirmativas a seguir.


I. O contraste entre Aurélia e as outras moças atende ao propósito de singularização da heroína romântica.

II. A graça com que Aurélia transita no baile contrasta com a rispidez expressa em diversos momentos íntimos de seu convívio com Seixas.

III. A focalização do baile decorre da ambientação urbana do romance, que põe em evidência as relações sociais daquele tempo.

IV. A desenvoltura e o êxito de Aurélia no baile confirmam a degradação moral da protagonista que contraiu casamento por interesses financeiros.


Assinale a alternativa correta.

Leia o trecho a seguir, que dá início à quarta parte – “Resgate”, de Senhora, e responda à questão.

Havia baile em São Clemente. Aurélia ali estava como sempre, deslumbrante de formosura, de espírito e de luxo. Seu traje era um primor de elegância; suas jóias valiam um tesouro, mas ninguém apercebia-se disso. O que se via e admirava era ela, sua beleza, que enchia a sala, como um esplendor. O baile em vez de fatigá-la, ao contrário a expandia. Semelhante às flores tropicais, filhas do sol, que ostentam o brilhante matiz nas horas mais ardentes do dia, era justamente nesse pélago de luz e paixões, que Aurélia revelava toda a opulência de sua beleza. Seixas a contemplava de parte. As outras moças, de meia noite em diante, começavam a murchar-se; o cansaço desbotava-lhes a cor, ou afogueava-lhes o rosto. O talhe denunciava o excesso da fadiga na languidez das inflexões ou na rispidez do gesto. Aurélia ao contrário, à medida que adiantava-se a noite, desferia de si mais seduções, e parecia entrar na plenitude de sua graça. A correção artística de seu traje ia desaparecendo no bulício do baile. Como o primeiro esboço que surge afinal do cinzel impetuoso do artista, ao fogo da inspiração, sua estátua recebia da admiração da turba os últimos toques. Quando em torno se revolvia o turbilhão, ela conservava sua inalterável serenidade. O colo arfava-lhe mansamente, ao influxo das brandas emoções; o sorriso coalhava-se em enlevos nos lábios entreabertos, por onde escapava-se a respiração calma. Desprendia-se de seus olhos, de toda sua pessoa, uma efusão celeste que era como a sua irradiação. Quando completou-se esta assunção de sua beleza, o baile estava a terminar.
(ALENCAR, J. de. Senhora. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1971. p. 225-6.)
A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
a365fca8-b1
UENP 2017 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Sobre o trecho, assinale a alternativa correta.

Leia o trecho a seguir, que dá início à quarta parte – “Resgate”, de Senhora, e responda à questão.

Havia baile em São Clemente. Aurélia ali estava como sempre, deslumbrante de formosura, de espírito e de luxo. Seu traje era um primor de elegância; suas jóias valiam um tesouro, mas ninguém apercebia-se disso. O que se via e admirava era ela, sua beleza, que enchia a sala, como um esplendor. O baile em vez de fatigá-la, ao contrário a expandia. Semelhante às flores tropicais, filhas do sol, que ostentam o brilhante matiz nas horas mais ardentes do dia, era justamente nesse pélago de luz e paixões, que Aurélia revelava toda a opulência de sua beleza. Seixas a contemplava de parte. As outras moças, de meia noite em diante, começavam a murchar-se; o cansaço desbotava-lhes a cor, ou afogueava-lhes o rosto. O talhe denunciava o excesso da fadiga na languidez das inflexões ou na rispidez do gesto. Aurélia ao contrário, à medida que adiantava-se a noite, desferia de si mais seduções, e parecia entrar na plenitude de sua graça. A correção artística de seu traje ia desaparecendo no bulício do baile. Como o primeiro esboço que surge afinal do cinzel impetuoso do artista, ao fogo da inspiração, sua estátua recebia da admiração da turba os últimos toques. Quando em torno se revolvia o turbilhão, ela conservava sua inalterável serenidade. O colo arfava-lhe mansamente, ao influxo das brandas emoções; o sorriso coalhava-se em enlevos nos lábios entreabertos, por onde escapava-se a respiração calma. Desprendia-se de seus olhos, de toda sua pessoa, uma efusão celeste que era como a sua irradiação. Quando completou-se esta assunção de sua beleza, o baile estava a terminar.
(ALENCAR, J. de. Senhora. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1971. p. 225-6.)
A
A comparação com elementos da natureza auxilia na caracterização romântica da personagem Aurélia, marcada pela exaltação.
B
A mansidão descrita ao final do trecho revela a proximidade entre a heroína e o modo com que parnasianos e naturalistas retratavam as mulheres.
C
O fato de ninguém notar o valor das joias de Aurélia comprova a frivolidade das pessoas que compareceram ao baile, o que revela um recurso romântico para diferenciar heróis de pessoas comuns.
D
O retrato da personagem construído no trecho mostra como a lascívia é parte significativa no caráter da heroína, o que vale também para outros romances românticos.
E
O trecho flagra a oscilação da imagem da heroína: entre a sensualidade e a discrição; tal instabilidade é típica dos romances realistas.
383a574c-b0
UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

“Incompreensível mulher! / A noite a vira bacante infrene, calcando aos pés lascivos o pudor e a dignidade, ostentar o vício na maior torpeza do cinismo, com toda a hediondez de sua beleza. A manhã a encontrava tímida menina, amante casta e ingênua, bebendo num olhar a felicidade que dera, e suplicando o perdão da felicidade que recebera.” (José de Alencar, em Lucíola)


Em relação ao romance Lucíola, considere as seguintes afirmativas:

1. Para Lúcia, a prostituição funciona como autopunição, na medida em que reforça o sentimento de culpa pela pureza perdida e valorizada.

2. O idealismo romântico convive com a aguda percepção da importância da posição social, do conflito entre dinheiro e virtude e com o realismo das descrições sem reticências.

3. O romance de Alencar coloca a literatura em relevo, através das obras citadas, da crítica de Lúcia à Dama das Camélias e da referência às leituras permitidas às mulheres.

4. O abandono da vida anterior não é purificação suficiente, razão pela qual o corpo manchado pelo vício deve morrer junto com o fruto do amor impossível.


Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
c0dfbfb1-b0
UENP 2016 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Sobre o romance Senhora, de José de Alencar, considere as afirmativas a seguir.


I. A emergência do sistema capitalista no Brasil é pano de fundo da obra, que discute os valores daquela sociedade.

II. Fernando Seixas se aproxima de Aurélia ao saber que ela havia recebido uma herança milionária de um parente distante.

III. Romance de cunho regionalista, Senhora conta a história de luta dos sertanejos pela ascensão social no século XIX.

IV. O romance tematiza a independência feminina, na medida em que coloca em cena uma heroína forte e decidida.


Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
f0826888-b0
PUC-MINAS 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, é um texto representativo do Romantismo brasileiro. Considerando-se a leitura do trecho, assinale a característica estética que evidencia sua relação com o contexto cultural do movimento romântico.

TEXTO 1

“No meio das tabas de amenos verdores,

Cercadas de troncos — cobertos de flores,

Alteiam-se os tetos d’altiva nação;

São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,

Temíveis na guerra, que em densas coortes

Assombram das matas a imensa extensão.

São rudes, severos, sedentos de glória,

Já prélios incitam, já cantam vitória,

Já meigos atendem à voz do cantor:

São todos Timbiras, guerreiros valentes!

Seu nome lá voa na boca das gentes,

Condão de prodígios, de glória e terror!”

(Dias, Gonçalves. I-Juca-Pirama. [Trecho] [1851]. In: Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro. Disponível em: objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/jucapirama.pdf. Acesso: 21 ago. 2013).  


TEXTO 2

No meio das tabas há menos verdores,
Não há gentes brabas nem campos de flores.

No meio das tabas cercadas de insetos,
Pensando nas babas dos analfabetos,
Vou chamando as tribos dos sertões gerais,
Passando recibos nos vãos de Goiás.

Venham os xerentes, craôs e crixás,
Bororos doentes e xicriabás.
E os apinajés, os carajás roídos,
E os tapirapés e os inás perdidos

[...]

No meio das tabas não quero ver dores,
Mas morubixabas e altivos senhores.

Quero a rebeldia das tribos na aldeia.
Nada de “poesia”. Quero cara feia:
Cor de jenipapo e urucum no peito,
Não índio de trapo falando sem jeito.

(TELES, Gilberto M. “Aldeia global”. In: Os melhores poemas de Gilberto Mendonça Teles. Seleção Luís Busatto. São Paulo: Global, 2001.p. 91-92).  

A
liberdade formal.
B
temática indianista.
C
pessimismo do poeta.
D
realismo descritivo.
62217d58-b0
PUC - RS 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o texto que segue.

“Acabava de desembarcar; durante dez dias de viagem tinha-me saturado da poesia do mar, que vive de espuma, de nuvens e de estrelas; povoara a solidão profunda do oceano, naquelas compridas noites veladas ao relento, de sonhos dourados e risonhas esperanças; sentia enfim a sede da vida em flor que desabrocha aos toques de uma imaginação de vinte anos, sob o céu azul da corte. (...)
– Que linda menina! Exclamei para meu companheiro que também admirava. Como deve ser pura a alma naquele rosto mimoso!”

O fragmento acima pertence ao romance

A
A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e descreve o momento em que Seixas chega à Ilha de ... e se encanta com a beleza de d. Carolina.
B
Lucíola, de José de Alencar, e enfoca o instante em que Paulo, depois da festa da Glória, deitado em sua cama, entre o sono e a vigília, lembra como e quando vira Lúcia pela primeira vez.
C
Senhora, de José de Alencar, e narra o momento em que Augusto retorna de uma viagem e se depara pela primeira vez com a beleza de Aurélia.
D
Dom Casmurro, de Machado de Assis, e relata o momento em que Bentinho regressa de sua estada no seminário e admira a beleza de Capitu.
E
O mulato, de Aluísio Azevedo, e documenta o instante em que Manoel Pescada, chegando a São Luís do Maranhão, observa a beleza de Ana Rosa.
622ba3c9-b0
PUC - RS 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o trecho de Noite na taverna, de Álvares de Azevedo.

“– Quem eu sou? na verdade fora difícil dizê-lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. Fui poeta e como poeta cantei. Fui soldado e banhei minha fronte juvenil nos últimos raios de sol da águia de Waterloo. Apertei ao fogo da batalha a mão do homem do século. Bebi numa taverna com Bocage – o português, ajoelhei-me na Itália sobre o túmulo de Dante e fui à Grécia para sonhar como Byron naquele túmulo das glórias do passado. – Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta, sou um vagabundo sem pátria e sem crenças aos quarenta. Sentei-me à sombra de todos os sóis, beijei lábios de mulheres de todos os países; e de todo esse peregrinar, só trouxe duas lembranças – um amor de mulher que morreu nos meus braços na primeira noite de embriaguez e de febre – e uma agonia de poeta... Dela tenho uma rosa murcha e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou de um bolso um embrulho: era um lenço vermelho o invólucro; desataram-no: dentro estava uma caveira.”

O trecho selecionado recupera a fala de um velho que interrompe a história, contada pelo jovem Bertram, um dos rapazes presentes na Taverna. As palavras dessa personagem expressam, nas entrelinhas,

A
a confissão do arrependimento pela vida errante do passado e o desejo de um cotidiano mais regrado.
B
a descrição de cada um dos lugares por onde passou e viveu.
C
a indignação frente à miséria e às injustiças presenciadas em todos os lugares visitados.
D
a dificuldade de mostrar-se diante da plateia que escutava a narrativa de Bertram, o segundo, naquela noite, a relatar sua trágica história.
E
o sofrimento de um amante e poeta que, durante toda a sua peregrinação, não conseguiu realizar-se como Homem.
74ad22a3-b0
UNICENTRO 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

      Tornou-se Pereira pálido, franzindo os sobrolhos e olhando de esguelha para quem tão imprudentemente elogiava assim, cara a cara, a beleza de sua filha; Inocência enrubesceu que nem uma romã; Cirino sentiu um movimento impetuoso, misturado de estranheza e desespero, e, lá da sua pele de tamanduá-bandeira, ergueu-se meio apavorado o anão.
       Nem reparou Meyer e com a habitual ingenuidade prosseguiu:
   –– Aqui, no sertão do Brasil, há o mau costume de esconder as mulheres.
      Viajante não sabe de todo se são bonitas, se feias, e nada pode contar nos livros para o conhecimento dos que leem. Mas, palavra de honra, senhor Pereira, se todas se parecem com esta sua filha, é coisa muito e muito digna de ser vista e escrita! Eu...
   –– O senhor não quer retirar-se? Interrompeu Pereira com modo áspero.
   –– Pois não! Replicou o alemão.

TAUNAY, Visconde de. Inocência. Disponível em: <www.nead.unama.br> . Acesso em: 19 jun. 2010.


O diálogo entre as personagens Meyer, que representa a ideologia europeia, e Pereira, que traduz os valores sertanejos, evidencia

A
uma convergência ideológica entre culturas tão distintas.
B
a desigualdade social entre a Europa e o Sertão brasileiro.
C
o contraste entre o conceito de beleza europeu e o sertanejo.
D
a indignação do europeu, que não compreende por que é maltratado por Pereira.
E
a denúncia do choque cultural e ideológico entre os valores do homem europeu e do homem sertanejo brasileiro.
defc72e3-b0
UFT 2013 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considere os poemas para responder a questão.

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

DIAS, Gonçalves. Melhores Poemas. São Paulo: Global Editora, 2001, p. 16.


NEM TANTO AO CAOS

cá, neste nosso sítio,
a construção já é ruína
e, fora da nova ordem mundial,
tem a morte e tem o amor,
a poesia e tem a prosa.
na época mais podre
eu nem posso acreditar
a mais triste nação
resiste em ressuscitar...

caetano
incita
resistir
cantando
uma nação
linda e podre,
aquarela
de contrastes,
o poder de acreditar...

PINHEIRO, José Sebastião. de sonhos e de construção – poemas. Palmas: Provisão Estação Gráfica e Editora Ltda., 2008, p. 96.

A partir de uma leitura comparativa dos poemas, marque a alternativa CORRETA.

A
Assim como Gonçalves Dias, Tião Pinheiro, em seu poema, aborda um cá, que pode ser lido como a nação brasileira, a qual possui somente qualidades e atributos positivos, do que são exemplos as expressões "tem o amor/ a poesia e tem a prosa".
B
Os dois poemas possuem a mesma temática, a exaltação nacional, e possuem também uma estrutura semelhante, uma vez que as estrofes são irregulares e os versos são redondilhas maiores, ou seja, heptassílabos.
C
Gonçalves Dias, poeta romântico, apresenta em seu poema um lá e um cá, em que o lá se refere ao exílio e o cá à terra natal; já na poesia moderna de Tião Pinheiro o lá se refere ao mundo, lugar do caos, e o cá representa o que foge ao caos, ou seja, a nação brasileira.
D
Tanto no poema de Gonçalves Dias, como no de Tião Pinheiro, há um eu-lírico que se sente exilado de sua terra natal e, por sofrer com a distância, passa a enxergar somente os traços positivos de sua nação.
E
Diferente de Gonçalves Dias que exalta a terra natal, Tião Pinheiro, inspirado pelas canções de Caetano Veloso, compõe um retrato da nação em que vigoram contrastes, numa visão mais crítica que, ora apresenta uma nota pessimista ao destacar uma nação podre, ora destaca a esperança e a resistência.
df026c9f-b0
UFT 2013 - Literatura - Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Leia as afirmativas a seguir para responder a questão.

I. O Romantismo destaca-se como movimento literário de resistência às mudanças políticas pelas quais passa o Brasil ao deixar de ser colônia para se tornar nação. José de Alencar, representante maior desse movimento literário, coloca sua literatura como voz defensora dos direitos da coroa portuguesa sobre o Brasil.

II. O Realismo surgiu no final do século XIX como movimento literário que discute a decadência dos engenhos de cana de açúcar do nordeste brasileiro, em face de uma nova organização social decorrente da implantação do sistema político republicano. O maior representante desse movimento foi Machado de Assis.

III. O Modernismo da década de 20, do século XX, reafirma os valores nacionalistas e indianistas dos escritores do Romantismo. Mário de Andrade é o maior representante do Modernismo de 20 e seu romance "Macunaíma" representa uma releitura do romance "O Guarani", de José de Alencar.

IV. O romance brasileiro da segunda fase modernista, do século XX, representa um olhar regionalista sobre questões sociais vivenciadas por parte da população brasileira. "A Bagaceira", de José Américo de Almeida e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos são obras que além de retratarem a problemática da seca, mostram a miséria e o abandono social pelos quais passa o povo nordestino.

Marque a alternativa que contempla a(s) afirmativa(s) CORRETA(S).

A
somente a afirmativa I
B
as afirmativas I, II e III
C
somente a afirmativa IV
D
as afirmativas III e IV
E
todas as afirmativas
dee64d29-b0
UFT 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Leia o fragmento do poema a seguir para responder a questão

BANDIDO NEGRO
(...)
E o senhor que na festa descanta
Pare o braço que a taça alevanta,
Coroada de flores azuis.
E murmure, julgando-se em sonhos:
"Que demônios são estes medonhos.
Que lá passam famintos e nus?

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.
Somos nós, meu senhor, mas não tremas,
Nós quebramos as nossas algemas
P'ra pedir-te as esposas ou mães.
Este é o filho do ancião que mataste.
Este- irmão da mulher que manchaste...
Oh, não tremas, senhor, são teus cães.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

São teus cães, que têm frio e têm fome,
Que há dez séc'los a sede consome...
Quero um vasto banquete feroz...
Venha o manto que os ombros nos cubra.
Para vós fez-se a púrpura rubra,
Fez-se o manto de sangue p'ra nós.
(...)

ALVES, Castro. Os escravos. São Paulo: Galex, s/d, p.50-51.

A poesia social de Castro Alves caracteriza-se por seu discurso antiescravagista. Nesse fragmento, é CORRETO afirmar.

A
O eu-lírico, ao chamar os escravos de cães, ressalta a lealdade e a capacidade destes em defender e proteger o senhor.
B
O eu-lírico denuncia os séculos de violência, miséria e exploração pelos quais passaram gerações de escravos, cujos descendentes se rebelam com sede de justiça e de vingança.
C
O eu-lírico, ao mostrar o senhor em meio ao luxo e surpreso com a visão fantasmagórica de homens famintos e nus, expõe a vulnerabilidade de uma sociedade contrária à escravidão.
D
O eu- lírico coloca escravos e senhor em situação social de enfrentamento das leis escravagistas; essa situação é representada pela quebra das algemas feita pelos próprios escravos.
E
O eu-lírico assume um discurso de incentivo à violência, exaltando o ódio dos escravos contra seus senhores.
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UFT 2013 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A questão é referente ao fragmento de texto a seguir.

Esqueci-me de dizer que a ópera começara; as nossas observações podiam fazer-se então em céu desnublado. Vi Lúcia sentada na frente do seu camarote, vestida com certa galantaria, mas sem a profusão de adornos e a exuberância de luxo que ostentam de ordinário as cortesãs, ou porque acreditam que a sua beleza, como as caixinhas de amêndoas, cota-se pelo invólucro dourado, ou porque, no seu orgulho de anjos decaídos desejem esmagar a casta simplicidade da mulher honesta, quantas vezes defraudada nessa prodigalidade.
Não me posso agora recordar das minúcias do traje de Lúcia naquela noite. O que ainda vejo neste momento, se fecho os olhos, são as nuvens brancas e nítidas, que se frocavam graciosamente, aflando com o lento movimento de seu leque; o mesmo leque de penas que eu apanhara e, que de longe parecia uma grande borboleta rubra pairando no cálice das magnólias. O rosto suave e harmonioso, o colo e as espáduas nuas, nadavam como cisnes naquele mar de leite, que ondeavam sobre formas divinas.
A expressão angélica de sua fisionomia naquele instante, a atitude modesta e quase tímida, e a singeleza das vestes níveas e transparentes, davam-lhe frescor e viço de infância, que devia influir pensamentos calmos, se não puros. Entretanto o meu olhar ávido e acelerado rasgava os véus ligeiro e desnudava as formas deliciosas que ainda sentia latejar sob meus lábios.

ALENCAR, José, Lucíola. São Paulo: Ática, 1994, p. 28.

O romance "Lucíola", de José de Alencar foi publicado por volta de 1861, época em que a mulher era vista, de acordo com o olhar Romântico, como casta ou como dama impura. No fragmento, é CORRETO afirmar.

A
O narrador, embora esteja descrevendo uma cortesã, a diferencia das demais. A singeleza, a cor das roupas, a expressão angelical da personagem Lúcia são elementos comuns à casta heroína Romântica.
B
O narrador tem um olhar peculiar ao Romantismo, no que se refere à mulher. A personagem Lúcia é vista como imagem de pureza que inibe o desejo de posse masculino.
C
O narrador vivencia conflitos comuns ao herói romântico, e se contradiz na descrição da personagem Lúcia: a descreve como angelical e como mulher que deixa, propositalmente, partes do corpo à mostra, como forma de sedução.
D
O narrador fala de uma cena antiga, acontecida no teatro, em que ele observava uma mulher. A recorrência de lembranças de fatos acontecidos no passado é característica da narrativa romântica, como forma de evasão do presente.
E
O narrador, ao falar da personagem Lúcia como cortesã, antecipa o movimento Realista, visto que as personagens femininas do Romantismo eram tratadas somente como seres diáfanos e puros.