Questõessobre Romantismo

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Foram encontradas 287 questões
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CÁSPER LÍBERO 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

“Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. (...) Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitona”. (Memórias de um sargento de milícias. Manuel Antônio de Almeida). No “tempo do rei”, a afluência de consumidores para a área urbana do Rio de Janeiro foi um dos fatores que caracterizaram as transformações das relações econômicas do Brasil com a Europa. Sobre essa fase de redefinição das relações internacionais do País, é correto afirmar que:

A
Ela abre os portos brasileiros para os produtos ingleses por meio do Tratado de Methuen, que em contrapartida garante à Coroa portuguesa o direito de utilização da moderna frota de navios ingleses para o transporte de vinhos e azeites para a Europa, reduzindo o desequilíbrio de sua balança comercial.
B
Ela inaugura o desenvolvimento das manufaturas brasileiras – por meio do decreto de elevação do Brasil a integrante do Reino Unido de Portugal e Algarves –, que passaram a concorrer com alguns produtos ingleses e contribuíram para estabelecer o modelo econômico liberal no Brasil.
C
Ela testemunha o acordo conhecido como “convenção secreta”, por meio do qual Portugal concedia à Inglaterra vantagens coloniais sobre o comércio com o Brasil que aliviariam a crise militar e econômica gerada pela derrota nas guerras napoleônicas.
D
Ela estabelece vantagens comerciais para a Inglaterra por meio dos três “Tratados de 1810”, que previam a fundação do Banco do Brasil, para o controle das relações comerciais e creditícias entre os dois países, além da instalação de indústrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo.
E
Ela contribui para amenizar a crise de superprodução inglesa intensificada pelo Bloqueio Continental por meio dos “Tratados Strangford”, que determinam taxas inferiores de importação para mercadorias inglesas e expressam a transição da exploração colonial portuguesa para o domínio econômico inglês.
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CÁSPER LÍBERO 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A respeito da natureza do herói das Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, é correto afirmar que:

A
O autor explora um personagem típico da comédia clássica: o sujeito subalterno que centraliza as ações, conduz o enredo e manipula a vida dos demais personagens.
B
A linguagem é de farsa assumida e o protagonista é um personagem típico: o bufão que faz da malandragem e da leveza de caráter sua principal ferramenta de ação.
C
O autor dá preferência ao herói modesto, que se defende das hostilidades do mundo com o improviso de embustes e ardis, aproximando-o das tradições do malandro e do pícaro.
D
Ora burlesco, ora grave, o herói acaba por se revelar para si mesmo um personagem patético. Como o país em que vive.
E
O protagonista explora a comicidade pela via do desentendimento e da ruptura, oferecendo às demais personagens uma total falta de pudor e um inquietante amoralismo.
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CÁSPER LÍBERO 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida:

A
Passando abruptamente do primitivo solene à crônica jocosa e desta ao distanciamento da paródia, o autor jogou sabiamente com níveis de consciência e de comunicação diversos, justificando plenamente o título de “rapsódia”, mais do que “romance”, que emprestou à obra. (Alfredo Bosi).
B
Mantém a característica autobiográfica, começando pela evocação da infância (...). Prossegue, passando da adolescência para o casamento e as aventuras amorosas (...). E combina formas narrativas com poesia, algo picaresco, entre a rotina e a revolta, talvez ânsia de ilusão e luta contra a solidão, contudo, preenchidas pelas aventuras sexuais. (José Aderaldo Castelo)
C
As suas personagens não apresentam mais uma estrutura moral unificada e típica. São antes seres divididos consigo mesmos, embora sem lutas violentas, já naquele estado em que a cisão interna entra no declive dos compromissos e da instabilidade de caráter. (Afrânio Coutinho).
D
A literatura do autor seguramente apresenta um brasileirismo desta espécie interior, que até certo ponto dispensa a cor local. (...) Digamos sumariamente que, em vez de “elementos” de identificação, o autor buscava “relações formais”. A feição nacional destas é profunda, sem ser óbvia. (Roberto Schwarz).
E
O tempo não atua sobre os tipos fixos desse romance horizontal, onde o que importa é o acontecimento, mais que o protagonista. Diferente do simples romance de aventuras, o acontecimento importa aqui, todavia, na medida em que revela certas formas de convivência e certas alterações na posição das pessoas, umas em relação às outras. (Antonio Candido).
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UEG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Relativamente ao modo como as personagens femininas são vislumbradas e construídas, tanto na pintura de Vermeer quanto no romance de Alencar, tem-se o seguinte:


VERMEER, Johannes. La Latière vers (1660). In. Beaux Arts & hors - série Vermeer et les maîtres de la peinture hollandaise. Paris, 2017. p. 43. Acesso em: 12 mar. 2019. 




Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. 

ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 15.
A
a pintura apresenta um retrato realista de mulher, ao passo que o excerto retrata uma mulher de modo idealizado.
B
a pintura apresenta um retrato idealizado de mulher, ao passo que o excerto retrata uma mulher de modo realista.
C
tanto na pintura quanto no fragmento, há o retrato de mulheres retratadas de modo realístico.
D
tanto o excerto quanto o fragmento revelam traços que entreveem poéticas modernistas.
E
tanto na pintura quanto no fragmento, há o retrato de mulheres idealizadas.
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UEG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A construção das imagens femininas, tanto na pintura de Vermeer quanto no fragmento de Alencar, indicam respectivamente


VERMEER, Johannes. La Latière vers (1660). In. Beaux Arts & hors - série Vermeer et les maîtres de la peinture hollandaise. Paris, 2017. p. 43. Acesso em: 12 mar. 2019. 




Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. 

ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 15.
A
arroubo e retrocesso
B
afetação e libertinagem
C
servidão e autodeterminação
D
celeridade e imbecilidade
E
dismorfia e fraqueza
e38636a5-de
Unimontes - MG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Analise as afirmativas abaixo.

I - Encontramos, nesse fragmento, uma vertente satírica da poética de Álvares de Azevedo, em que o eu lírico critica os exageros do sentimentalismo romântico.
II - O poema em questão não pode ser enquadrado dentro da estética romântica, devido à abordagem irônica ao sentimentalismo daquela escola literária.
III - Apesar do aspecto sarcástico do poema, há a representação de um amor não realizado, platônico, característica recorrente na obra de Álvares de Azevedo.
Estão CORRETAS as afirmativas:

INSTRUÇÃO: Leia o fragmento abaixo de Álvares de Azevedo, considerado o mais importante poeta da chamada geração ultrarromântica brasileira, para responder à questão 11.

NAMORO A CAVALO 
Eu moro em Catumbi: mas a desgraça, 
Que rege minha vida maldada, 
Pôs lá no fim da rua do Catete 
A minha Dulcinéia namorada.  

Alugo (três mil réis) por uma tarde 
Um cavalo de trote (que esparrela!) 
Só para erguer meus olhos suspirando 
A minha namorada na janela... 
[...] 
O cavalo ignorante de namoro, 
Entre dentes tomou a bofetada, 
Arrepia-se, pula e dá-me um tombo 
Com pernas para o ar, sobre a calçada... 

Dei ao diabo os namoros. Escovado 
Meu chapéu que sofrera no pagode... 
Dei de pernas corrido e cabisbaixo 
E berrando de raiva como um bode.  

Circunstância agravante. A calça inglesa 
Rasgou-se no cair de meio a meio, 
O sangue pelas ventas me corria 
Em paga do amoroso devaneio!...
Fonte: AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. p. 120. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2019.  
A
I, apenas.
B
I e III, apenas.
C
II e III, apenas.
D
I, II e III.
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FGV 2012, FGV 2012 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

No trecho, revelam, respectivamente, um parentesco e um afastamento em relação às Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, o termo

Texto para as questão.



CAPÍTULO 73 - O Luncheon*


        O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca.

Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.


(*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.

A
"despropósito" e as intenções moralizantes do narrador.
B
"solavancos" e a sentimentalidade romântica dos amantes.
C
"luncheon" e a intimidade erótica do casal.
D
"patuscada" e o contexto de classe de pretensões elegantes.
E
"criancices" e o anticlericalismo latente.
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Unimontes - MG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A diretora de cinema Norma Bengell fez uma adaptação cinematográfica do romance “O Guarani”, de José de Alencar. É sabido que, ao se traduzir uma obra literária para o cinema, escolhas e recortes são necessários por se tratar de expressões artísticas diferentes. Diante disso, é CORRETO afirmar:

A
Bengell não se prende ao texto literário, sendo o romance de José de Alencar apenas uma espécie de pano de fundo para sua produção cinematográfica.
B
Encontra-se, no personagem Loredano, a representação do herói português, que lutará ao lado de D. Antônio de Mariz contra os índios aimorés.
C
Os valores indígenas, em contraposição aos preceitos do colonizador, estão muito bem representados nos personagens Ceci e D. Antônio Mariz.
D
Os conflitos da narrativa expõem ao espectador o código ideológico que rege o filme e o romance: de um lado, os bons, os portugueses e seus aliados; de outro, os maus, representados por um grupo de empregados traidores e pelas tribos inimigas.
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Unimontes - MG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

TRECHO 1

“Quando Ubirajara viu o êxito do combate, lamentou que dos dois grandes guerreiros não restasse nenhum, para que ele o vencesse. Seus olhos descobriram Pahã que fugia no meio dos destroços de sua nação. Ergueu a mão, mas não chegou a retesar a seta. A águia não persegue a andorinha. Era indigno de um guerreiro, quanto mais de um chefe, empregar seu valor contra um menino.”

Fonte: ALENCAR, José de. Ubirajara. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1874. p. 44.

TRECHO 2

“Porém pelejam desordenadamente e desmandam-se muito uns e outros em semelhantes brigas, porque não têm Capitão que os governe, nem outros oficiais de guerra a quem hajam de obedecer nos tais tempos; mas ainda que desta ordenança careçam, todavia por outra parte dão-se a grande manha em seus cometimentos, e são mui cautos no escolher do tempo em que hão de fazer seus assaltos às aldeias dos inimigos, sobre os quais costumam dar de noite a hora em que os acém mais descuidosos.”

Fonte: GÂNDAVO. p. 30. Disponível em:: <www.nead.unama.br.>. Acesso em: 11 nov. 2019.


Com base nos trechos, é INCORRETO afirmar:

A
Os dois trechos apresentam conteúdos similares, pois estão retratando a violência e a inexistência de regras nos momentos conflituosos entre os índios.
B
Os trechos, apesar de tratarem do mesmo tema, fazem abordagens diferentes: enquanto Gândavo aponta um completo despreparo e desorganização nas ações de combate, o narrador de “Ubirajara” destaca a posição de comando do protagonista do romance.
C
No trecho do livro “História da Província de Santa Cruz”, pode-se observar um comportamento indigno dos guerreiros indígenas, enquanto na narrativa de Alencar se destaca o caráter magnânimo do personagem Ubirajara.
D
No filme “O Guarani”, é plausível considerar que os índios aimorés representariam a visão que Gândavo aponta nas batalhas entre os silvícolas, enquanto o protagonista Peri estaria mais próximo da índole de Ubirajara.
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Unimontes - MG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Analise a reprodução da tela Desembarque de Cabral, obra de Oscar Pereira da Silva, representando a chegada dos portugueses no Brasil e, logo em seguida, leia o fragmento da obra Ubirajara, de José de Alencar, para responder à questão.

Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/common/f/f1/Oscar_Pereira_da_Silva_-_Desembarque_...>. Acesso em 9 nov. 2019.

Na “Advertência” do Livro “Ubirajara”, de José de Alencar, encontramos a seguinte afirmação: “Como admitir que bárbaros, quais nos pintaram os indígenas, brutos e canibais, antes feras que homens, fossem suscetíveis desses brios nativos que realçam a dignidade do rei da criação? Os historiadores, cronistas e viajantes da primeira época, senão de todo o período colonial, devem ser lidos à luz de uma crítica severa. É indispensável, sobretudo, escoimar os fatos comprovados, das fábulas a que serviam de mote, e das apreciações a que os sujeitavam espíritos acanhados, por demais imbuídos de uma intolerância ríspida.”

Fonte: ALENCAR, José de. Ubirajara. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1874. p. 2.


Relacionando a pintura de Oscar Pereira da Silva com o trecho apresentado, é correto afirmar, EXCETO:

A
Reforça a afirmação feita pelo narrador de “Ubirajara”, ao dizer que os primeiros cronistas do Descobrimento do Brasil retrataram os índios brasileiros como um povo totalmente bárbaro.
B
O estereótipo do índio brasileiro, combatido pelo narrador de Alencar, começou a se estabelecer a partir desse primeiro encontro.
C
O espanto e a curiosidade causados pelo primeiro encontro mostram-se recíprocos, já que se trata de um grande choque de culturas.
D
A chegada do colonizador com objetivos de expansão do império português e do catolicismo prenunciava uma relação absolutamente pacífica.
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Unimontes - MG 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Excerto 1

“Estes Índios são de cor baça, e cabelo corredio; tem o rosto amassado, e algumas feições dele à maneira de Chins. Pela maior parte são bem dispostos, rijos e de boa estatura; gente mui esforçada, e que estima pouco morrer, temerária na guerra, e de muito pouco consideração: são desagradecidos em Grã maneira, e mui desumanos e cruéis, inclinados a pelejar, e vingativos por extremo. Vivem todos mui descansados sem terem outros pensamentos senão de comer, beber, e matar gente, e por isso engordam muito, mas com qualquer desgosto pelo conseguinte tornam a emagrecer, e muitas vezes pode deles tanto a imaginação que se algum deseja a morte, ou alguém lhe mete em cabeça que há de morrer tal dia ou tal noite não passa daquele termo que não morra.”

Fonte: GÂNDAVO, p. 26. Disponível em: <www.nead.unama.br.>. Acesso em: 11 nov. 2019

Excerto 2

“Ubirajara, senhor da lança, é tempo de empunhares o grande arco da nação araguaia, que deve estar na mão do mais possante. Camacã o conquistou no dia em que escolheu por esposa Jaçanã, a virgem dos olhos de fogo, em cujo seio te gerou seu primeiro sangue. Ainda hoje, apesar da velhice que lhe mirrou o corpo, nenhum guerreiro ousaria disputar o grande arco ao velho chefe, que não sofresse logo o castigo de sua audácia. Mas Tupã ordena que o ancião se curve para a terra, até desabar como o tronco carcomido; e que o mancebo se eleve para o céu como a árvore altaneira. Camacã revive em ti; a glória de ser o maior guerreiro cresce com a glória de ter gerado um guerreiro ainda maior do que ele.”

Fonte: ALENCAR, José de. Ubirajara. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1874. p. 11.


Analisando os excertos, é INCORRETO afirmar:

A
As imagens construídas por José de Alencar, em “Ubirajara”, seguem uma linha contrária às observações de Gândavo, buscando retratar o índio como possuidor de valores nobres e éticos.
B
Os textos da chamada produção indianista de José de Alencar fazem parte de um projeto de independência cultural para o Brasil, em que buscava, entre outras coisas, a criação e a valorização de símbolos nacionais.
C
Em “Ubirajara”, Alencar não está preocupado com a imagem do índio criada pelos colonizadores, apenas tenta montar um romance despretensioso baseado em lendas indígenas.
D
No primeiro excerto, tem-se a visão do colonizador acerca dos habitantes das terras recém-descobertas e que contribuíram para a formação do arquétipo do índio brasileiro no imaginário português da época.
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FAG 2019 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considerando a inserção do Conto “O homem que sabia javanês” nos estilos de época da literatura brasileira, a obra de Lima Barreto pertence ao:

A
Pré-Modernismo, pois apresenta tom coloquial através de linguagem simples e de fácil entendimento.
B
Romantismo, visto que se apresentam impregnados de forte emoção com a intenção de fugir da realidade.
C
Modernismo, pois utiliza o diálogo em sua composição, estratégia comum aos primeiros poetas modernos.
D
Simbolismo, pois se utiliza do soneto, gênero poético clássico cultuado pelos poetas vinculados à tradição.
E
Barroco, marcada por uma forte linguagem culta e erudita.
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ULBRA 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás? Senhor Deus?

...............................................

Minhas irmãs são belas, são ditosas...
Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão.
Ou no dorso dos brancos elefantes
Embala-se coberta de brilhantes
Nas plagas do Hindustão.

....................................................

Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada
Em meio das areias esgarrada,
Perdida marcho em vão!
Se choro... bebe o pranto a areia ardente;
Talvez... pr’a que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão.


Com base no texto acima, marque a resposta correta.


I – O fragmento foi retirado do poema Navio Negreiro, de Casimiro de Abreu.

II – A primeira estrofe mostra o grito desesperado de uma mulher que perdeu seu filho.

III – Os versos da segunda estrofe revelam a condição privilegiada da Ásia, qual mulher que divide com sua irmã, África, as regalias do sultanato, conforme o poema Vozes d´África, de Castro Alves.

IV – A terceira estrofe mostra o lamento do continente africano, na voz da África personificada.



Está (ão) correta (s):

A
Apenas I e II.
B
Apenas IV.
C
Apenas II e III.
D
I, II, III e IV.
E
Apenas II.
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FAG 2019 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considerando a inserção do Conto “O homem que sabia javanês” nos estilos de época da literatura brasileira, a obra de Lima Barreto pertence ao:

A
Pré-Modernismo, pois apresenta tom coloquial através de linguagem simples e de fácil entendimento.
B
Romantismo, visto que se apresentam impregnados de forte emoção com a intenção de fugir da realidade.
C
Modernismo, pois utiliza o diálogo em sua composição, estratégia comum aos primeiros poetas modernos.
D
Simbolismo, pois se utiliza do soneto, gênero poético clássico cultuado pelos poetas vinculados à tradição.
E
Barroco, marcada por uma forte linguagem culta e erudita.
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FAG 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

"A moça agitou então a fronte com uma vibração altiva: – Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim pelo seu dote, um mesquinho dote de trinta contos! [...] Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que o havia colocado dentro da minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime." O excerto se refere à obra:

A
Senhora – José de Alencar
B
Vestida de Preto – Mário de Andrade
C
Terras do Sem Fim – Jorge Amado
D
Meu Sonho – Álvares de Azevedo
E
Canção Excêntrica – Cecilia Meireles
c47baf6c-e3
FAG 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Todas as afirmativas sobre o poema I-Juca Pirama de Gonçalves Dias, estão corretas, exceto:

A
Descreve o drama vivido por um índio tupi, sobrevivente de sua tribo, que é capturado pelos timbiras e deve ser morto em um ritual.
B
É um marco da poesia indianista no romantismo brasileiro.
C
A musicalidade está presente, alternado versos curtos e longos com rimas que ajudam a dar ao poema o ritmo da aventura narrada.
D
Publicado em 1851, no livro Últimos Cantos, é considerado a obra-prima do autor pela excelência tanto da forma quanto do conteúdo.
E
O autor dá ênfase ao medo de amar, ao desejo vago por virgens intangíveis, ao sentimento de culpa diante dos desejos carnais e ao fascínio pela morte.
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FAG 2014 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Com base no romance “Senhora” de José de Alencar, assinale a alternativa CORRETA:

A
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
B
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
C
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
D
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
E
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
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FAG 2014 - Literatura - Simbolismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

“Eu, feliz, olhei minha Sa-Maria Andreza; fogo de amor verbigrácia. Mão na mão, eu lhe dizendo – na outra o rifle empunhado - Vamos dormir abraçados”... De acordo com a leitura da frase que integra o conto “Luas-de-mel”, podemos afirmar que Guimarães Rosa filiou-se à tendência do: 

A
Arcadismo
B
Realismo
C
Romantismo
D
Modernismo
E
Simbolismo
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FAG 2014 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Sobre a Obra de Alvares de Azevedo, “Meu sonho”, é correto afirmar que:

A
O cenário e a ação se configuram como delírio, conforme se depreende já da leitura do título. A visão que o eu lírico tem do cavaleiro se dá em um espaço sobrenatural, de pesadelo espectral e noturno, envolvendo a morte em um contexto gótico, o que vincula o poema à estética ultrarromântica.
B
O triunfo final do amor invencível foge a todo realismo e projeta o sonho de uma sociedade utópica “iluminada por uma aurora de amor”.
C
Conto que expressa um lirismo amargo, em que o personagem-narrador lembra sua ingratidão e o contraste de sua indiferença com o amor de sua avó.
D
A musicalidade presente no texto já se mostra pelo título, sendo reforçada pelo ritmo e pelas rimas, bem ao gosto da autora.
E
O título, escrito em tupi, pode ser traduzido como “Aquele que há de ser morto, que é digno de ser morto.”, apontando claramente para a morte como uma honra a ser conquistada pelos grandes guerreiros.
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FAG 2014 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Assinale a alternativa incorreta:

A
O conto Luas-de-Mel, de Guimarães Rosa, narrado em primeira pessoa, introduz o motivo, fundamental na obra rosiana, do eterno feminino.
B
Retrata um conflito interno do rapaz, que vê na possibilidade de sair de casa, a chance de provar a sua própria maturidade. Esta análise, refere-se a obra: “A Partida”, de Osman Lins.
C
Em “Vestida de Preto”, de Mário de Andrade, o autor trabalha com aspectos introspectivos, uma vez que o conflito se localiza na mente do narrador-personagem, conflitos iniciados na infância e que retornam na adolescência.
D
O poema “Meu Sonho” de Álvares de Azevedo, nos é apresentado em dez cantos, organizados em forma de composição épico – dramática. Todos sempre pautam pela apresentação de um índio cujo caráter e heroísmo são salientados a cada instante.
E
Na obra de Gonçalves Dias “I Juca-Pirama”, apesar de ter uma fama narrativa que configura o gênero épico e um conteúdo dramatizável, predomina no poema o gênero lírico – um lirismo fácil e espontâneo, perpassado das emoções e subjetividade do poeta.