“Eu, feliz, olhei minha Sa-Maria Andreza; fogo de amor verbigrácia. Mão na mão, eu lhe dizendo – na
outra o rifle empunhado - Vamos dormir abraçados”...
De acordo com a leitura da frase que integra o conto “Luas-de-mel”, podemos afirmar que Guimarães
Rosa filiou-se à tendência do:
Gabarito comentado
Tema central: Escolas Literárias – Modernismo brasileiro (Guimarães Rosa)
Esta questão avalia o reconhecimento das características do Modernismo brasileiro, sobretudo na prosa de João Guimarães Rosa, autor que integra a terceira fase do Modernismo (ou Pós-Modernismo).
Conceitos Essenciais:
- Inovação linguística: Rosa inventa palavras, associações inesperadas e utiliza neologismos (“fogo de amor verbigrácia”) — marca registrada do Modernismo.
- Regionalismo universalizado: O cenário do sertão aparece com força, mas os temas desenvolvidos superam o local (amor, existência, cotidiano).
- Lirismo e poeticidade: Frases ritmadas e cheias de emoção elevam a narrativa a um patamar poético.
- Narrativa inovadora: Estruturas não lineares, introspecção, fluxo de consciência dos personagens.
Justificativa da Alternativa Correta – D) Modernismo:
O trecho destacado evidencia inovação no uso da língua e abordagem regionalista com amplitude universal, aspectos emblemáticos de Guimarães Rosa e do Modernismo brasileiro. Expressões criativas, mistura entre o cotidiano e o poético, além da identidade brasileira marcante, comprovam o alinhamento ao Modernismo da terceira fase.
Análise das alternativas incorretas:
- A) Arcadismo: Culto à simplicidade, uso da linguagem clássica e temas bucólicos (totalmente ausentes no texto).
- B) Realismo: Prosa objetiva, crítica à sociedade e linguagem denotativa, sem o experimentalismo do Modernismo.
- C) Romantismo: Embora haja lirismo, o Romantismo emprega linguagem ornamental e sentimental, sem as inovações de Rosa.
- E) Simbolismo: Musicalidade e subjetividade são marcas, mas faltam regionalismo e inovação sintática, essenciais no autor.
Estratégia para provas: Atenção à linguagem! O uso de expressões inesperadas denuncia a escola literária. Nunca confunda poeticidade moderna com lirismo romântico: são linguagens bastante diferentes.
Veja como autores de referência, como Massaud Moisés (“A Literatura Brasileira através dos Textos”), apontam Guimarães Rosa como síntese da “brasilidade moderna”, apostando em experimentação e profundas inovações narrativas.
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