Questõesde FAG sobre Modernismo

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Foram encontradas 44 questões
8922151a-e0
FAG 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O conto “Vestida de Preto”, de Mário de Andrade, aborda o amor entre Juca e Maria, subitamente interrompido por Tia Velha que descobre e condena o erotismo nascente na relação juvenil.


Analise as afirmativas


I. Juca e Maria sabem, de antemão, que o beijo é “feio”.
II. Juca e Maria percebem que o beijo pode ser “feio”.
III. Tia Velha demonstra apenas querer o bem do casal.
IV. Tia Velha age respaldada em valores progressistas.


Assinale a alternativa correta

A
Somente a I esta correta
B
Somente a II esta correta
C
Somente a I e III estão corretas
D
Somente a II e IV estão corretas
E
Somente a III está correta
daec0b5c-e0
FAG 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

“O autor faz uma crítica à insensatez de governantes, à hierarquização da sociedade, à subordinação descabida, às disputas amorosas entre outras. É um conto de poucos parágrafos, rico em detalhes e ainda atual, apesar de seus mais de cem anos”.


Assinale a alternativa que corresponde ao conto aludido.

A
A Balada do falso Messias – Moacyr Scliar
B
O Dicionário – Machado de Assis
C
Corisco – Luiz Vilela
D
Feliz Ano Novo – Rubem Fonseca
E
A Nova Califórnia – Lima Barreto
d1c675de-e9
FAG 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o romance “Fogo Morto”, de José Lins do Rego, é correto afirmar:

O acendedor de lampiões


Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele que doira à noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua


(Jorge de Lima)

A
O personagem do romance regionalista da década de 30, não conseguindo vencer as adversidades de um destino hostil, evadiu-se no tempo e no espaço em busca de aventuras amorosas e sentimentais.
B
O protagonista Carlos de Melo narra episódios da infância e adolescência vivida no engenho do avô José Paulino, fornecendo-nos um amplo perfil da sociedade patriarcal do Nordeste açucareiro.
C
Faz um retrato fotográfico da realidade nordestina, afastando-se do ficcional, uma vez que parte de fatos que realmente existiram e que podem ser comprovados, como a decadência dos engenhos de açúcar e a Guerra de Canudos.
D
O uso do discurso indireto livre é um dos procedimentos de construção narrativa mais significativa do romance, na medida em que permite a diversidade de olhares sobre uma dada realidade e, ao mesmo tempo, auxilia no processo de aprofundamento do drama psicológico vivenciado pelas personagens.
E
Apresenta uma visão saudosa da realidade política, econômica e social do Nordeste da primeira metade do século XX, bem como uma visão pitoresca do espaço enfocado.
d1bfdf02-e9
FAG 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Através da trajetória do narrador-personagem, Castelo, no conto “O homem que sabia javanês”, de Lima Barreto, revela-se uma crítica:

O acendedor de lampiões


Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele que doira à noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua


(Jorge de Lima)

A
à ascensão do pseudointelectual numa sociedade voltada para a valorização do saber “oco”, da cultura de fachada.
B
ao morador do subúrbio que cultiva costumes provincianos.
C
à mediocridade arrogante da classe média do Rio de Janeiro.
D
ao distanciamento existente entre a cultura oficial e a cultura popular.
E
à obsessão da sociedade brasileira do início do século XX pelo título de doutor.
d1bc880f-e9
FAG 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A respeito do poema de Jorge Lima “O acendedor de lampiões”, considere as seguintes afirmações:


I. O poema se desenvolve a partir da oposição entre dois temas: a injustiça social, representada pela pobreza do acendedor de lampiões, e a falsidade de crenças e ideais propostos à sociedade.
II. O poema apresenta um único tema, o da injustiça social, ao qual todas as imagens apresentadas ao longo do texto se subordinam.
III. O poema se desenvolve a partir da comparação entre dois temas distintos, mas complementares: o da contraditória situação vivida pelo acendedor de lampiões, e o da falsidade de crenças e ideais propostos à sociedade.


É CORRETO o que se afirma em:

O acendedor de lampiões


Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele que doira à noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua


(Jorge de Lima)

A
apenas a afirmação I é correta.
B
apenas a afirmação II é correta.
C
apenas a afirmação III é correta.
D
as afirmações I e III estão corretas.
E
as afirmações II e III estão corretas.
23af9be8-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Tendo por base o poema de Olavo Bilac - “O incêndio de Roma”, assinale a alternativa correta.

A
A imagem sádica aparece encarnada pelo elemento masculino. Fiel ao requinte esteticista parnasiano decadentista, as primeiras estrofes aliam majestade à ruína, assinalando o gosto decadente pela monumentalidade que se esboroa.
B
Dentro do contexto do Arcadismo, o protagonista revela a ambição de ter uma vida simples e bucólica ao lado de sua amada.
C
A natureza torna-se, portanto, uma forte característica, a qual é descrita em diversos momentos.
D
Em um dado momento a personagem passa por um momento de epifania, que é uma súbita revelação ou compreensão de algo.
E
O protagonista parece conhecer bem o dito popular “felicidade é bom, mas dura pouco”, uma vez que ele se utiliza de todas as formas para prolongar seu sentimento de felicidade.
23ab48b6-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A obra transita num tempo de decadência espacial. Uma sociedade patriarcal onde o dono da terra é o dono do poder, o dono da família, enfim o dono da mulher. A protagonista é uma personagem redonda, sofre mudanças profundas no decorrer da história. Por conseguinte, é uma personagem encantadora, marcada pela dor e pelos gestos calculados. O espaço é redondo, transformado pela decadência rural em função da industrialização. Assinale a alternativa que corresponde à obra aludida:

A
Fogo Morto (José Lins do Rego)
B
Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)
C
Dôra, Doralina (Rachel de Queiroz)
D
O Incêndio de Roma (Olavo Bilac)
E
O Acendedor de Lampiões (Jorge de Lima)
a6f5b441-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A obra transita num tempo de decadência espacial. Uma sociedade patriarcal onde o dono da terra é o dono do poder, o dono da família, enfim o dono da mulher. A protagonista é uma personagem redonda, sofre mudanças profundas no decorrer da história. Por conseguinte, é uma personagem encantadora, marcada pela dor e pelos gestos calculados. O espaço é redondo, transformado pela decadência rural em função da industrialização. Assinale a alternativa que corresponde à obra aludida:

A
Fogo Morto (José Lins do Rego)
B
Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)
C
Dôra, Doralina (Rachel de Queiroz)
D
O Incêndio de Roma (Olavo Bilac)
E
O Acendedor de Lampiões (Jorge de Lima)
c984c190-e8
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A obra reúne uma série de artigos, iniciados com “Velha Praga”, publicados em O Estado de São Paulo em 14/11/1914. Nestes artigos, o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada prática agrícola perpetrada pela ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras do Vale do Paraíba e critica a literatura romântica que cantou liricamente esses marginais da civilização. Assinale a alternativa que corresponde ao conto aludido:

Texto 1


“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que vive de guardar alheio gado;

De tosco trato, de expressões grosseiro,

Dos frios gelado e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite,

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!”

(Tomás Antonio Gonzaga)

A
Pai contra mãe (Machado de Assis);
B
Urupês (Monteiro Lobato);
C
Felicidade Clandestina (Clarice Lispector);
D
O homem que sabia javanês (Lima Barreto);
E
O acendedor de lampiões (Jorge de Lima).
caebbfcc-e6
FAG 2019 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considerando a inserção do Conto “O homem que sabia javanês” nos estilos de época da literatura brasileira, a obra de Lima Barreto pertence ao:

A
Pré-Modernismo, pois apresenta tom coloquial através de linguagem simples e de fácil entendimento.
B
Romantismo, visto que se apresentam impregnados de forte emoção com a intenção de fugir da realidade.
C
Modernismo, pois utiliza o diálogo em sua composição, estratégia comum aos primeiros poetas modernos.
D
Simbolismo, pois se utiliza do soneto, gênero poético clássico cultuado pelos poetas vinculados à tradição.
E
Barroco, marcada por uma forte linguagem culta e erudita.
caef0611-e6
FAG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A respeito do Romance “Dôra, Doralina” de Rachel de Queiroz, assinale a alternativa correta:

A
No título do poema é possível perceber a preocupação do eu lírico em relação ao seu futuro e ao de sua família caso viesse a falecer. Uma das características mais marcantes do movimento romântico o eu lírico fantasia sobre o momento de sua morte.
B
Observa-se a dimensão simbólica do indivíduo em retornar para casa, é o momento do resgate da identidade da personagem, pois, a mesma afirma: “O círculo se fechou, a cobra mordeu o rabo: eu acabei voltando para a Soledade. Voltava sozinha, voltava de vez. E era diferente”.
C
Permanece o lirismo, a que se acrescenta agora o sensualismo vazado num erotismo que oscila entre o explícito e o requintado; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que sempre aparece como sentimento nobre e transcendente.
D
É uma obra onde se entrelaçam o novelesco e o lírico, através de um narrador em primeira pessoa. Traz uma narrativa pesada, cheia de confusões; protestos; abstenções; amor de irmão com irmã deixando a narrativa ostensiva e cansativa.
E
O sentimento da injustiça, da solidão, da saudade, o temor do futuro e a perspectiva da morte rompem constantemente o equilíbrio clássico. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico.
c835cd57-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A respeito do conto “Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector, assinale a alternativa CORRETA:

Texto 2


“Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía. As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o, E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem pra meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo”.
(Clarice Lispector, Felicidade Clandestina.)
A
A narradora do conto demonstra seu descontentamento com a ideia de que a leitura seja capaz de transformar as atitudes de sua antagonista, pois mesmo após ter lido diversos livros, inclusive os de Monteiro Lobato, a mesma não demonstra qualquer sensibilidade aprimorada.
B
A felicidade clandestina citada no título está relacionada ao fato de que a verdadeira ansiedade da protagonista era rever a garota que, muitas vezes, a tratava de maneira humilhante, mesmo que para isso tivesse de usar como desculpa em fato corriqueiro, como o empréstimo de um livro, estabelecendo uma relação de amizade quase sadomasoquista entre ambas.
C
A personagem central parece sentir-se secretamente aliviada ao constatar que o livro já tinha sido emprestado a outra escola, uma vez que o mesmo era “um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele”. Dessa sensação vem o título que Clarice Lispector dá ao texto, uma vez que a protagonista sabe que deveria ler obrigatoriamente a obra e o fato de escapar da mesma é felicidade clandestina.
D
A verdadeira crueldade exposta no texto de Clarice é representada pela contínua insistência da protagonista em torturar sua colega, pedindo-lhe repetidamente o empréstimo do livro que já sabia estar de posse de outra pessoa, humilhando assim a amiga que prometera o que não poderia cumprir.
E
A narradora do conto é um exemplo claro das personagens claricianas, pois em sua introspecção e em seu amor pela leitura é capaz de suportar até mesmo as piores humilhações para ter em sua posse um objeto ao qual atribui poderes quase transcendentais, capazes de gerar uma epifania na protagonista.
c832150d-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A obra reúne uma série de artigos, iniciados com “Velha Praga”, publicados em O Estado de São Paulo em 14/11/1914. Nestes artigos, o autor insurge-se contra o extermínio das matas da Mantiqueira pela ação nefasta das queimadas, retrógrada prática agrícola perpetrada pela ignorância dos caboclos, analisa o primitivismo da vida dos caipiras do Vale do Paraíba e critica a literatura romântica que cantou liricamente esses marginais da civilização. Assinale a alternativa que corresponde ao conto aludido:

Texto 1


“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que vive de guardar alheio gado;

De tosco trato, de expressões grosseiro,

Dos frios gelado e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite,

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!”

(Tomás Antonio Gonzaga)

A
Pai contra mãe (Machado de Assis);
B
Urupês (Monteiro Lobato);
C
Felicidade Clandestina (Clarice Lispector);
D
O homem que sabia javanês (Lima Barreto);
E
O acendedor de lampiões (Jorge de Lima).
c838de4e-e7
FAG 2018 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o romance “Lavoura Arcaica”, de Raduan Nassar, é CORRETO afirmar:

Texto 2


“Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía. As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o, E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem pra meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo”.
(Clarice Lispector, Felicidade Clandestina.)
A
A obra traz uma narrativa pesada, cheia de confusões; protestos; abstenções; amor de irmão com irmã deixando a narrativa ostensiva e cansativa. André se vê diferente de todos que cheio de pressões resolve fugir de casa, fato que remonta bem à narrativa bíblica do filho pródigo.
B
É um romance surgido no segundo período do modernismo, a fase regionalista. O período inicial do movimento havia sido marcado pela busca da identidade brasileira, num caminho trilhado, principalmente, pelo trabalho com a forma: a exploração da sintaxe e do vocabulário falado e utilizado no país.
C
O título do romance traz para o leitor a ideia de circunstância, e, também a óbvia alusão à morte, mostrando o espírito que se manifesta não só nesta obra, mas na 2ª Geração do Romantismo no Brasil, caracterizado pelo gosto pelo mórbido, pessimismo desesperado, escapismo na morte, etc.
D
Neste romance fica muito evidente o cuidado de Raduan Nassar em preservar o registro linguístico utilizado pelos homens do campo e a riqueza do vocabulário deles.
E
A linguagem enigmática do texto religioso é típica do pai de André, e isso reforça o seu desacordo com o filho, cujas falas são sempre explícitas e concisas, sem referências aos textos religiosos.
182f146b-e6
FAG 2019 - Literatura - Barroco, Simbolismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considerando a inserção do Conto “O homem que sabia javanês” nos estilos de época da literatura brasileira, a obra de Lima Barreto pertence ao:

A
Pré-Modernismo, pois apresenta tom coloquial através de linguagem simples e de fácil entendimento.
B
Romantismo, visto que se apresentam impregnados de forte emoção com a intenção de fugir da realidade.
C
Modernismo, pois utiliza o diálogo em sua composição, estratégia comum aos primeiros poetas modernos.
D
Simbolismo, pois se utiliza do soneto, gênero poético clássico cultuado pelos poetas vinculados à tradição.
E
Barroco, marcada por uma forte linguagem culta e erudita.
181df0e6-e6
FAG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A respeito do Romance “Dôra, Doralina” de Rachel de Queiroz, assinale a alternativa correta:

A
No título do poema é possível perceber a preocupação do eu lírico em relação ao seu futuro e ao de sua família caso viesse a falecer. Uma das características mais marcantes do movimento romântico o eu lírico fantasia sobre o momento de sua morte.
B
Observa-se a dimensão simbólica do indivíduo em retornar para casa, é o momento do resgate da identidade da personagem, pois, a mesma afirma: “O círculo se fechou, a cobra mordeu o rabo: eu acabei voltando para a Soledade. Voltava sozinha, voltava de vez. E era diferente”.
C
Permanece o lirismo, a que se acrescenta agora o sensualismo vazado num erotismo que oscila entre o explícito e o requintado; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que sempre aparece como sentimento nobre e transcendente.
D
É uma obra onde se entrelaçam o novelesco e o lírico, através de um narrador em primeira pessoa. Traz uma narrativa pesada, cheia de confusões; protestos; abstenções; amor de irmão com irmã deixando a narrativa ostensiva e cansativa.
E
O sentimento da injustiça, da solidão, da saudade, o temor do futuro e a perspectiva da morte rompem constantemente o equilíbrio clássico. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico.
ae519f1e-e0
FAG 2014 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa, cujo excerto refere-se à obra de Mário de Andrade, “Vestida de Preto”:

A
“A princípio, achei inexplicável ela fizesse isso, pois costumava fitar-me, longamente, com uma ternura que incomodava [...]”.
B
“O beijo me deixara completamente puro, sem minhas curiosidades nem desejos de mais nada, adeus pecado e adeus escuridão!”.
C
“Em tanto as mulheres com leda trigança, Afeitas ao rito da bárbara usança, índio já querem cativo acabar [...]”.
D
“Onde vais pelas trevas impuras, Cavaleiro das armas escuras, Macilento qual morto na tumba?[…]”.
E
“Uma moça alertada pela senhora ao seu lado no ônibus, chama a atenção de vários passageiros para o homem que, segundo ela, é um mendigo [...]”.
ae4e613a-e0
FAG 2014 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Com base no poema Canção Excêntrica de Cecília Meireles, assinale a alternativa correta:

A
O poema trata de um desencontro amoroso, mostrando os sentimentos de tristeza e desesperança que tomam conta daqueles que vivem essa experiência.
B
O poema trata do conflito de um artista dividido entre a valorização social de sua obra e a busca da perfeição.
C
Trata-se de uma reflexão do poeta sobre a efemeridade da vida e a dificuldade em escolher a melhor forma de usufruir o curto período da existência.
D
No poema, o eu lírico reflete sobre a sua maneira errada de agir, que em tudo contraria as boas regras da convivência amorosa.
E
O poema revela desesperança face ao permanente desajuste entre aquilo que se busca na vida e aquilo que se encontra.
099e8c3f-e0
FAG 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Leia os versos abaixo:


“Não posso com esta cruz
Acho muito pesada João
Você vem me desgostando
A ponto de me por no hospício
Uma vez conseguiu
Mas duas não”
(...)


Os versos acima, se referem ao conto:

A
“Feliz ano novo” de Rubem Fonseca;
B
“Corisco” de Luiz Vilela;
C
“Minha vida meu amor” de Dalton Trevisan;
D
“O dicionário” de machado de Assis;
E
“A nova Califórnia” de Lima Barreto.
099ba956-e0
FAG 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Leia os versos abaixo


Confidência do Itabirano


Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade
e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e
sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!


Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa entre o universal e o particular, como se percebe claramente na construção do poema Confidência do Itabirano. Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima:

A
representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom contestatório e a utilização de expressões e usos linguísticos típicos da oralidade.
B
evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua comunidade, por intermédio de imagens que representam a forma como a sociedade e o mundo colaboram para a constituição do indivíduo.
C
apresenta uma característica importante do gênero lírico, que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos.
D
critica, por meio de um discurso irônico, a posição de inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas resgatadas de Itabira.
E
apresenta influências românticas, uma vez que trata da individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra natal, por meio de recursos retóricos pomposos.