Questõessobre Modernismo
Leia a seguir alguns trechos do poema “Ode ao burguês” de
Mário de Andrade, publicado na obra “Pauliceia desvairada”
(1922).
Ode ao burguês
Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
O burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
É sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
[...]
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte e infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
Sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Ela!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...
Em relação ao poema, indique V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.
( ) O título demonstra, após a leitura do poema, a
intenção crítica do eu lírico diante do elemento
“burguês”.
( ) A expressão “burguês-níquel” demonstra a importância
que o eu lírico concede ao dinheiro, ao materialismo.
( ) As características quanto ao tema e ao estilo
apresentados tornam o poema um exemplo da
literatura da primeira fase do Modernismo no Brasil.
( ) A preocupação com o emprego constante de
conectores lógicos demonstra o cuidado com o uso da
linguagem, característica marcante da primeira fase
modernista.
A sequência está correta em
SAPO-CURURU
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Oh que sapo gordo!
Oh que sapo feio!
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Quando o sapo coaxa,
Povoléu tem frio.
Que sapo mais danado,
Ó maninha, Ó maninha!
Sapo-cururu é o bicho
Pra comer de sobreposse.
Sapo-cururu
Da barriga inchada.
Vôte! Brinca com ele...
Sapo cururu é senador da República.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª edição. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
No texto de Bandeira está explícito o
procedimento de intertextualidade caracterizado pelo
diálogo que um texto estabelece com outro, o que faz
desse poema:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na
brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e
traz algumas palavras da língua indígena misturadas
ao português. Já em seu título comparece uma palavra
de origem da língua tupi, cunhatã, que significa
“menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e traz algumas palavras da língua indígena misturadas ao português. Já em seu título comparece uma palavra de origem da língua tupi, cunhatã, que significa “menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
Verifica-se que os versos e a pintura, em razão das características que lhes são peculiares, pertencem
respectivamente aos períodos
Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh quem cuidara,
Que entre pedras tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me ele declara
Centra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência mais se apura
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>
Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua
portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever
em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante contingência de sofrer
continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; sabendo, além, que, dentro do
nosso país, os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem no
tocante à correção gramatical, vendo-se, diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais
profundos estudiosos do nosso idioma — usando do direito que lhe confere a Constituição,
vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional
do povo brasileiro.
O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor de sua ideia,
pede vênia para lembrar que a língua é a mais alta manifestação da inteligência de um povo,
é a sua criação mais viva e original; e, portanto, a emancipação política do país requer como
complemento e consequência a sua emancipação idiomática.
PRIMEIRA PARTE
IV - Desastrosas Consequências de um Requerimento
O teor da solicitação de Policarpo Quaresma expressa uma ironia ao deixar implícita uma crítica histórica.
O alvo dessa crítica é:
O romance põe em questão a ideia de patriotismo, apresentando diferentes visões de seus
personagens sobre a noção de pátria. Isso se observa no confronto entre a noção idealizada de
Policarpo Quaresma e aquela manifestada pelas elites militar e política do país.
A apropriação da noção de pátria por essas elites se caracteriza como:
Marechal Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil, é também personagem de Triste Fim
de Policarpo Quaresma.
O conceito que melhor sustenta a construção desse personagem ficcional, baseado numa figura
histórica, é o da:
Saiu e andou. Olhou o céu, os ares, as árvores de Santa Teresa, e se lembrou que, por estas terras,
já tinham errado tribos selvagens, das quais um dos chefes se orgulhava de ter no sangue o
sangue de dez mil inimigos. Fora há quatro séculos. Olhou de novo o céu, os ares, as árvores
de Santa Teresa, as casas, as igrejas; viu os bondes passarem; uma locomotiva apitou; um carro,
puxado por uma linda parelha, atravessou-lhe na frente, quando já a entrar do campo... Tinha
havido grandes e inúmeras modificações. Que fora aquele parque? Talvez um charco. Tinha
havido grandes modificações nos aspectos, na fisionomia da terra, talvez no clima... Esperemos
mais, pensou ela; e seguiu serenamente ao encontro de Ricardo Coração dos Outros.
TERCEIRA PARTE
V - A Afilhada
Com base no fragmento, o final do romance, apesar de triste, como anuncia o próprio título,
contém uma mensagem de otimismo, expressa nos pensamentos da personagem Olga, afilhada
de Policarpo.
O otimismo se justifica pela expectativa de:
Tradicionalmente, o palco pode apresentar uma variedade
de estilos cênicos, entre os quais se destacam o estilo
realista (põe em evidência detalhes ambientais para sugerir
sensações e emoções vividas pelas personagens), o estilo
expressionista (os objetos são distorcidos ou estilizados,
com o fim de sugerir, mais que mostrar, o ambiente de
atuação das personagens), o estilo simbolista (os objetos
concretos sugerem ideias abstratas, segundo associações
sinestéticas tradicionais: o verde, vestido pelos mágicos,
indica a esperança; o vermelho, a cor do demônio, sugere
uma paixão violenta; a veste branca simboliza a candura, a
castidade).
(Adaptado de Salvatore D´Onofrio, Teoria do texto 2: Teoria da lírica e do
drama. São Paulo: Ática, 1995, p. 138.)
Sem identidade, hierarquias no chão, estilos misturados,
a pós-modernidade é isto e aquilo, num presente aberto
pelo e.
(Jair Ferreira dos Santos, O que é o pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 2004,
p. 110.)
Com base nas indicações cênicas (as didascálias) que
abrem e fecham a peça O marinheiro, de Fernando
Pessoa, é correto afirmar que o seu estilo é
Texto III
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma
criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física,
nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava
existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.
Disponível em: https:// docente.ifn.edu.br/franciscoarruda/
disciplinas/admam3am/triste-fim-de-policarpo-quaresma/view.Acesso 15/11/2020.
No trecho da obra "Triste Fim de Policarpo Quaresma”,
a reflexão acerca da noção de pátria propõe uma:
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, e ao Texto –
SUJEITO INDIRETO.
I. A leitura do poema evidencia uma metalinguagem com duplicidade irônica, pois
apresenta uma contestação aos elementos da construção gramatical, e, em
consequência desta contestação, desvela um eu poético desiludido.
II. A obra de Leminsky está entre a oralidade e o rigor da construção formal, pois utiliza
vários recursos estilísticos, provérbios, humor, trocadilhos da cultura popular, recursos
visuais de publicidade, entre outros. No entanto, o poeta também valoriza recursos do
poema tradicional – as rimas, essência para a estrutura rítmica dos seus poemas.
III. O poeta faz um jogo de palavras em relação ao título e à inversão do título, no verso 12,
como forma de recuperar o sentido mais amplo que o poeta tenciona dar ao poema –
uma tentativa de resgatar a essência do poema – a poesia.
IV. Da leitura dos versos “Quem dera eu visse o outro lado, /
o lado de lá, lado meio” deduz-se que o poeta está se referindo a um enigma, ou seja, a
incógnita que a vida representa.
V. A repetição da estrutura “Quem dera”, nos versos um, cinco e nove, reflete o
probabilismo de contestação e o descontentamento do eu-poético no mundo atual,
razão pela qual o poeta usa o verbo no pretérito mais que perfeito.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, e ao Texto – SUJEITO INDIRETO.
I. A leitura do poema evidencia uma metalinguagem com duplicidade irônica, pois apresenta uma contestação aos elementos da construção gramatical, e, em consequência desta contestação, desvela um eu poético desiludido.
II. A obra de Leminsky está entre a oralidade e o rigor da construção formal, pois utiliza vários recursos estilísticos, provérbios, humor, trocadilhos da cultura popular, recursos visuais de publicidade, entre outros. No entanto, o poeta também valoriza recursos do poema tradicional – as rimas, essência para a estrutura rítmica dos seus poemas.
III. O poeta faz um jogo de palavras em relação ao título e à inversão do título, no verso 12, como forma de recuperar o sentido mais amplo que o poeta tenciona dar ao poema – uma tentativa de resgatar a essência do poema – a poesia.
IV. Da leitura dos versos “Quem dera eu visse o outro lado, / o lado de lá, lado meio” deduz-se que o poeta está se referindo a um enigma, ou seja, a incógnita que a vida representa.
V. A repetição da estrutura “Quem dera”, nos versos um, cinco e nove, reflete o probabilismo de contestação e o descontentamento do eu-poético no mundo atual, razão pela qual o poeta usa o verbo no pretérito mais que perfeito.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos e ao autor Lima Barreto.
I. A obra é considerada pré-modernista, pois procura ressaltar a valorização da escrita e
da leitura, porém de forma cotidiana; rompe com toda a estrutura do romance
tradicional, apresenta capítulos curtos, independentes e perde a visão crítica da
realidade brasileira.
II. O traço autobiográfico é uma característica marcante na obra, principalmente o relato
das experiências transpostas para o personagem-narrador, refletindo o preconceito, os
traços de mestiçagens ou negros, o vício, a loucura, enfim, reflexos da miséria humana.
III. Dentro do panorama literário, considera-se Lima Barreto da corrente pré-modernista por
vários motivos: por sua produção literária ter ocorrido no período que antecedeu a
Semana de Arte Moderna; suas obras apresentarem a ruptura com a cultura
acadêmica, defesa das classes marginalizadas; linguagem jornalística e retratar a
realidade brasileira, em especial, a população e os subúrbios cariocas.
IV. Lima Barreto retrata, na obra, o dia-a-dia, os hábitos e o tratamento recebido pelos
internos de um manicômio, revelando o mundo tão estigmatizado dos insanos, por meio
de uma linguagem aguçada e sensível, pois ele não está louco, encontra-se no local
devido a alguns surtos pelo alcoolismo. O fato de não estar louco faz com que sua
estada ali seja, ainda, mais sofrida, pois ele tem consciência e pondera a forma como
os internos são tratados. Assim, da leitura da obra, entende-se, também, a crítica ao
tratamento do sistema carcerário dos manicômios, à época.
V. Por insistência de sua esposa, Efigênia, Mascarenhas consegue realizar o sonho do pai
dele, que era vê-lo doutor. Após concluir a escola politécnica, vai para o curso de
engenharia, formando-se engenheiro civil, no entanto, não abandona o seu lado
escritor, continuando a sua produção literária, o que viria integrá-lo ao conjunto dos
mais destacados escritores do Pré-Modernismo.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos e ao autor Lima Barreto.
I. A obra é considerada pré-modernista, pois procura ressaltar a valorização da escrita e da leitura, porém de forma cotidiana; rompe com toda a estrutura do romance tradicional, apresenta capítulos curtos, independentes e perde a visão crítica da realidade brasileira.
II. O traço autobiográfico é uma característica marcante na obra, principalmente o relato das experiências transpostas para o personagem-narrador, refletindo o preconceito, os traços de mestiçagens ou negros, o vício, a loucura, enfim, reflexos da miséria humana.
III. Dentro do panorama literário, considera-se Lima Barreto da corrente pré-modernista por vários motivos: por sua produção literária ter ocorrido no período que antecedeu a Semana de Arte Moderna; suas obras apresentarem a ruptura com a cultura acadêmica, defesa das classes marginalizadas; linguagem jornalística e retratar a realidade brasileira, em especial, a população e os subúrbios cariocas.
IV. Lima Barreto retrata, na obra, o dia-a-dia, os hábitos e o tratamento recebido pelos internos de um manicômio, revelando o mundo tão estigmatizado dos insanos, por meio de uma linguagem aguçada e sensível, pois ele não está louco, encontra-se no local devido a alguns surtos pelo alcoolismo. O fato de não estar louco faz com que sua estada ali seja, ainda, mais sofrida, pois ele tem consciência e pondera a forma como os internos são tratados. Assim, da leitura da obra, entende-se, também, a crítica ao tratamento do sistema carcerário dos manicômios, à época.
V. Por insistência de sua esposa, Efigênia, Mascarenhas consegue realizar o sonho do pai dele, que era vê-lo doutor. Após concluir a escola politécnica, vai para o curso de engenharia, formando-se engenheiro civil, no entanto, não abandona o seu lado escritor, continuando a sua produção literária, o que viria integrá-lo ao conjunto dos mais destacados escritores do Pré-Modernismo.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, ao Texto –
SUJEITO INDIRETO, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) O poeta Leminski desenvolveu apurada sensibilidade para o haicai – poema de origem
japonesa, demarcado pela concisão e objetividade; a obra Melhores poemas também
está pinçada por este tipo de poema.
( ) Na obra de Leminsky também se identificam características da poesia brasileira da
segunda fase do Modernismo, a exemplo, o discurso poético com versos livres ou
metrificação em oposição à sintaxe normativa.
( ) O poeta Leminsky, poeta de vanguarda, criou poemas dentro dos princípios que
norteiam o Concretismo – movimento poético brasileiro da década de 50; pois sua
produção poética é marcada apenas pelo apelo à comunicação não-verbal.
( ) Da leitura do poema, depreende-se a ironia do poeta em relação à gramática, pois ele
questiona a funcionalidade do conhecimento da gramática e a aplicabilidade dela, em
especial, quanto às nomenclaturas.
( ) O poema comprova que o poeta está dividido entre a subjetividade e a objetividade, no
momento em que leva o eu poético à reflexão da própria existência, baseando-se em
termos gramaticais e matemáticos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, ao Texto – SUJEITO INDIRETO, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) O poeta Leminski desenvolveu apurada sensibilidade para o haicai – poema de origem japonesa, demarcado pela concisão e objetividade; a obra Melhores poemas também está pinçada por este tipo de poema.
( ) Na obra de Leminsky também se identificam características da poesia brasileira da segunda fase do Modernismo, a exemplo, o discurso poético com versos livres ou metrificação em oposição à sintaxe normativa.
( ) O poeta Leminsky, poeta de vanguarda, criou poemas dentro dos princípios que norteiam o Concretismo – movimento poético brasileiro da década de 50; pois sua produção poética é marcada apenas pelo apelo à comunicação não-verbal.
( ) Da leitura do poema, depreende-se a ironia do poeta em relação à gramática, pois ele questiona a funcionalidade do conhecimento da gramática e a aplicabilidade dela, em especial, quanto às nomenclaturas.
( ) O poema comprova que o poeta está dividido entre a subjetividade e a objetividade, no momento em que leva o eu poético à reflexão da própria existência, baseando-se em termos gramaticais e matemáticos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra O Cemitério dos vivos, Lima Barreto, ao Texto 2, e
assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Nos períodos “Certo dia em que me pus a pensar nisso, veio-me a reflexão” (linha 1) o
pronome me, quanto à colocação pronominal, sequencialmente, está proclítico, devido
à presença da partícula que, pronome relativo que é atrativo; e enclítico o que se
justifica pela manifestação da ordem natural – verbo/objeto, além de não haver
justificativa para o uso da próclise ou da mesóclise.
( ) Da leitura da obra, deduz-se que há dois momentos marcantes na narrativa, o primeiro
tragédia familiar, demência, doenças, morte; seguido de tragédia pessoal, alcoolismo o
que leva o personagem narrador à vivência em hospital psiquiátrico, razão pela qual
sua produção literária é classificada pessimista pelos críticos literários.
( ) Nas estruturas “a pensar” (linha 1), “a escrever” (linha 2) e “a dirigir-me” (linha 3) a
partícula destacada, quanto à morfologia, é preposição; isto ocorre por estarem os
verbos no infinitivo, e, quanto à transitividade, serem transitivo direto.
( ) As orações destacadas em “veio-me a reflexão de que não era mau” (linha 1) e “de
modo a dirigir-me à massa comum dos leitores, quando tentasse a grande obra” (linhas
3 e 4), em relação à sintaxe, são classificadas, na sequência, oração subordinada
substantiva completiva nominal e oração subordinada adverbial temporal.
( ) Na estrutura “que me pus a pensar nisso, veio-me a reflexão” (linha 1), os pronomes
destacados são classificados, morfossintaticamente, pronome pessoal oblíquo/sujeito, e
pronome pessoal oblíquo com valor de pronome demonstrativo, logo exercendo a
função sintática de adjunto adnominal, na sequência.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra O Cemitério dos vivos, Lima Barreto, ao Texto 2, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Nos períodos “Certo dia em que me pus a pensar nisso, veio-me a reflexão” (linha 1) o pronome me, quanto à colocação pronominal, sequencialmente, está proclítico, devido à presença da partícula que, pronome relativo que é atrativo; e enclítico o que se justifica pela manifestação da ordem natural – verbo/objeto, além de não haver justificativa para o uso da próclise ou da mesóclise.
( ) Da leitura da obra, deduz-se que há dois momentos marcantes na narrativa, o primeiro tragédia familiar, demência, doenças, morte; seguido de tragédia pessoal, alcoolismo o que leva o personagem narrador à vivência em hospital psiquiátrico, razão pela qual sua produção literária é classificada pessimista pelos críticos literários.
( ) Nas estruturas “a pensar” (linha 1), “a escrever” (linha 2) e “a dirigir-me” (linha 3) a partícula destacada, quanto à morfologia, é preposição; isto ocorre por estarem os verbos no infinitivo, e, quanto à transitividade, serem transitivo direto.
( ) As orações destacadas em “veio-me a reflexão de que não era mau” (linha 1) e “de modo a dirigir-me à massa comum dos leitores, quando tentasse a grande obra” (linhas 3 e 4), em relação à sintaxe, são classificadas, na sequência, oração subordinada substantiva completiva nominal e oração subordinada adverbial temporal.
( ) Na estrutura “que me pus a pensar nisso, veio-me a reflexão” (linha 1), os pronomes destacados são classificados, morfossintaticamente, pronome pessoal oblíquo/sujeito, e pronome pessoal oblíquo com valor de pronome demonstrativo, logo exercendo a função sintática de adjunto adnominal, na sequência.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos, Lima Barreto, e ao Texto .
I. A leitura da estrutura “Seriam como que exercícios para bem escrever, com fluidez,
claro, simples, atraente” (linhas 2 e 3) leva o leitor a inferir que o autor refere-se às
características do bom uso da linguagem, logo diz-se que há referência à função
metalinguística.
II. Da Leitura do fragmento “de modo a dirigir-me à massa comum dos leitores” (linhas 3 e
4), infere-se que o autor, personagem-narrador, está se referindo à camada popular de
leitores, ou seja, àquela sem formação acadêmica, não habituada à leitura.
III. Na leitura do final do parágrafo é possível estabelecer, também, uma característica
bastante comum ao escritor Machado de Assis – a ironia; pois se infere, a ironia de
Mascarenhas, à crítica aos autores com títulos acadêmicos, bagagem europeia, porém
medíocres quanto à produção literária.
IV. A palavra “este” (linha 7) é anafórico da expressão “Todo o homem” (linha 6), enquanto
“daquele” (linha 7) é catafórico de “me” (linha 7), assim tanto este quanto daquele são
elementos que estabelecem coesão na estrutura textual.
V. A leitura da obra leva o leitor à dedução de que os fatos e os detalhes narrados, por
Mascarenhas, evidenciam uma questão de acomodação, a partir do casamento dele
com Efigênia. Além das muitas dificuldades e dívidas, permeia na obra, também, por
parte de Mascarenhas, a não valorização da esposa, enquanto viva.
Assinale a alternativa correta
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos, Lima Barreto, e ao Texto .
I. A leitura da estrutura “Seriam como que exercícios para bem escrever, com fluidez, claro, simples, atraente” (linhas 2 e 3) leva o leitor a inferir que o autor refere-se às características do bom uso da linguagem, logo diz-se que há referência à função metalinguística.
II. Da Leitura do fragmento “de modo a dirigir-me à massa comum dos leitores” (linhas 3 e 4), infere-se que o autor, personagem-narrador, está se referindo à camada popular de leitores, ou seja, àquela sem formação acadêmica, não habituada à leitura.
III. Na leitura do final do parágrafo é possível estabelecer, também, uma característica bastante comum ao escritor Machado de Assis – a ironia; pois se infere, a ironia de Mascarenhas, à crítica aos autores com títulos acadêmicos, bagagem europeia, porém medíocres quanto à produção literária.
IV. A palavra “este” (linha 7) é anafórico da expressão “Todo o homem” (linha 6), enquanto “daquele” (linha 7) é catafórico de “me” (linha 7), assim tanto este quanto daquele são elementos que estabelecem coesão na estrutura textual.
V. A leitura da obra leva o leitor à dedução de que os fatos e os detalhes narrados, por Mascarenhas, evidenciam uma questão de acomodação, a partir do casamento dele com Efigênia. Além das muitas dificuldades e dívidas, permeia na obra, também, por parte de Mascarenhas, a não valorização da esposa, enquanto viva.
Assinale a alternativa correta
Leia o fragmento abaixo e assinale a alternativa correta:
Ambientado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, a história narra a vida de uma mulher
arredia, corajosa e destemida de grande força física, que trabalha na construção de uma prisão, junto aos homens, e é
desejada pelo soldado Capriúna. Ela, porém, não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda
mútua com Alexandre.
Observe o poema A Rosa de Hiroxima, de Vinícius de Morais, abaixo, e marque a resposta INCORRETA:
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco,
e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma
alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher,
para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as
ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio
algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com
Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso
enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita
de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava
as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
O texto de Graciliano Ramos pertence à obra
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
O texto de Graciliano Ramos pertence à obra
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)