Questão dbc2f95d-6e
Prova:
Disciplina:
Assunto:
A primeira fase do Modernismo brasileiro contemplou artistas diversos que exploraram diferentes
tendências e estilos. A Semana de Arte Moderna foi um marco nessa fase e teve a participação de
artistas que defendiam uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora, inspirada nas
vanguardas europeias. Com base nas leituras dos Textos 1, 2, 3, 4 e 5, e considerando as
características da primeira fase do Modernismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
A primeira fase do Modernismo brasileiro contemplou artistas diversos que exploraram diferentes
tendências e estilos. A Semana de Arte Moderna foi um marco nessa fase e teve a participação de
artistas que defendiam uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora, inspirada nas
vanguardas europeias. Com base nas leituras dos Textos 1, 2, 3, 4 e 5, e considerando as
características da primeira fase do Modernismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
Texto 5
POÉTICA
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
[manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho
[vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar
[com cem modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Poética. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
(Adaptado)
Texto 5
POÉTICA
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
[manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho
[vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar
[com cem modelos de cartas e as diferentes
[maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
BANDEIRA, Manuel. Poética. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
(Adaptado)
A
A obra Abaporu (Texto 1) marca a fase futurista da pintora Tarsila do Amaral. O Texto 2 é uma
releitura da tela Abaporu e incorpora elementos do Futurismo, como a valorização da tecnologia e
da velocidade.
B
O Manifesto Antropofágico (Texto 3), elaborado por Oswald de Andrade, pregava a assimilação
de outras culturas, copiando fielmente características e reproduzindo estilos europeus canônicos
para valorizar a identidade brasileira.
C
A Semana de Arte Moderna mostrou forte influência das vanguardas europeias e buscou divulgar
padrões estéticos realistas e naturalistas na construção idealizada de uma identidade nacional.
D
O Texto 4 destaca a preguiça, característica principal do protagonista da novela surrealista
Macunaíma, escrita por Mário de Andrade, autor cuja participação na Semana de Arte Moderna
(1922) foi discreta e limitada.
E
No Texto 5 (Poética), propõe-se uma nova forma de lirismo, com foco na concepção libertária da
criação poética: "Não quero mais saber do lirismo que não é libertação".