Questõessobre Literatura

1
Foram encontradas 1470 questões
af52158d-00
UDESC 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Com base na leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, e no conto “Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), in O conto da mulher brasileira, Edla van Steen (organizadora); analise as proposições, e coloque (1) para as que caracterizam a obra de Machado de Assis, (2) para o conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil) de Edla van Steen e (3) para as que forem comuns à obra e ao conto.


( ) A narrativa é relatada em primeira pessoa, ou seja, há um narrador que também é protagonista da história, pois está contando a própria história como cadáver. Assim os fatos e as personagens são apresentados a partir de uma visão pessoal e subjetiva.

( ) A narrativa é sempre interrompida por histórias paralelas, anotações metalinguísticas, intertextualidades, em especial análises filosóficas dos sujeitos e da sociedade à época, o que, de certa forma, fragmenta o enredo e pode confundir o leitor.

( ) Os personagens da narrativa são basicamente representantes da elite brasileira do século XIX. Porém, há também personagens com menor expressão social, pertencentes à escravidão ou que não pertencem à elite, mas que têm papéis relevantes nas relações sociais entre as classes.

( ) A narrativa está pontuada por características do discurso pós-moderno, como a utilização de técnicas cinematográficas, o flashback, os cortes, a sucessão de sequências das ações, como se fossem quadros.

( ) A leitura da narrativa leva o leitor a inferir a valorização do monólogo interior, do fluxo de consciência do personagem-narrador.


Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.

A
3 – 2 – 1 – 1 – 3
B
2 – 1 – 2 – 2 – 2
C
3 – 1 – 1 – 2 – 3
D
2 – 1 – 1 – 2 – 2
E
3 – 1 – 2 – 2 – 2
cd5a4755-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Observe o poema A Rosa de Hiroxima, de Vinícius de Morais, abaixo, e marque a resposta INCORRETA:


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

A
Em A Rosa de Hiroxima, a rosa, símbolo da beleza e da vida, é a imagem da destruição.
B
O poema traduz uma mensagem ecológica, denunciado o efeito desolador da vegetação agredida.
C
A Rosa de Hiroxima traduz a tragédia espalhada pela rosa radioativa.
D
A questão social aflora no poema A Rosa de Hiroxima, por meio não só do tema abordado, mas das figuras, como a metáfora da rosa.
E
No poema destacado, “a rosa com cirrose...sem perfume...sem nada” constitui-se na figura núcleo do texto.
cd576496-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Leia o fragmento abaixo e assinale a alternativa correta:

Ambientado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, a história narra a vida de uma mulher arredia, corajosa e destemida de grande força física, que trabalha na construção de uma prisão, junto aos homens, e é desejada pelo soldado Capriúna. Ela, porém, não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda mútua com Alexandre.

A
O texto refere-se ao romance O Quinze, de Raquel de Queirós, e narra a história de vida da personagem protagonista, sua luta para sobreviver, bem como a tessitura de seu amor.
B
O texto constitui-se no tema de um romance realista, cuja principal característica é a denúncia de uma concepção materialista da realidade.
C
O texto é parte da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, que narra com exatidão e veracidade os fatos da vida cotidiana.
D
O texto consiste na trama do romance naturalista, de Domingos Olímpio, Luzia-Homem, com traços naturalistas. Do mesmo modo, determinista, vê o homem como produto do meio, uma projeção do ambiente, com o qual se confunde e de onde não consegue escapar.
E
O texto é parte da obra O Mulato, de Aluísio de Azevedo e apresenta marcas do Realismo, apoiado na Sociologia e na Psicologia e preso à documentação.
cd51dbed-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

O Romantismo surge na Europa em pleno clima de rebeldia; surgia o liberalismo na política; o inconformismo no meio social e, no campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax das transformações do século XIX na Europa. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do quadro abaixo, tendo, como base, o ideário romântico, em oposição ao pensamento árcade do século XVIII.



A
(1) Sensibilidade; (2) Cristianismo; (3) Arte feita para o povo; (4) Liberdade criadora.
B
(1) Sensibilidade; (2) Paganismo; (3) Arte feita para a burguesia; (4) Rigor gramatical.
C
(1) Distanciamento; (2) Arte; (3) Arte individual; (4) Falta de método.
D
(1) Emoção; (2) Santos católicos; (3) Arte nos mosteiros; (4) Liberdade total.
E
(1) Individualismo; (2) Existencialismo; (3) Arte pela arte; (4) Livre expressão.
cd54a6fa-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Leia as afirmações abaixo e assinale a resposta correta:

I – O romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, mostra ao leitor diversos aspectos, como a descrição e as regras para alcançar e preservar o modus vivendi de uma sociedade de determinada época, assim como a ideologia. Tudo isso é revelado sob uma história de amor, sem deixar de lado, no entanto, a crítica irônica e, por vezes, ferina, dos hábitos de uma sociedade que segue o Romantismo como moda tirânica da qual não pode fugir.
II – Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira, e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso – a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, que tinha um considerável dote para o futuro marido. Essa é a trama do romance Lucíola, de José de alencar.
III – A partir do paradoxo, “inseto que brilha à beira dos charcos”, Machado de Assis narra a história de Lúcia, do romance Senhora.
IV – A morte de um ente querido, muitas vezes, causa sérios problemas, no entanto, ocasionalmente, surpresas são reservadas aos familiares e amigos do falecido, e Machado de Assis descreve bem uma dessas surpresas no romance Helena.

Estão corretas:

A
Somente a I.
B
I e IV.
C
II e III.
D
II e IV.
E
I, II, III e IV.
cd4f38d9-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Leia atentamente o fragmento do poema de Gregório de Matos e marque a alternativa correta.


Ontem a vi por minha desventura

De uma mulher, que em anjo se mentia

De um sol, que se trajava em criatura

Matem-me, disse eu, vendo abrasar-me

Se a beleza heis de ver para matar-me

Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.


I – Os versos acima mostram o conflito do homem barroco centrado entre o amor divino e o amor carnal.

II – O fragmento acima é repleto de antíteses, uma das figuras mais empregadas no Arcadismo. Podemos destacar, como exemplo, que a antítese de mulher, no poema, é beleza.

III – Uma das características do Barroco é o cultismo, que se constitui no jogo de palavras e construção de imagens. O fragmento destacado confirma essa ideia com a presença de metáforas, paradoxos e antíteses nos seus versos.


Estão corretas:

A
I, II e III.
B
Apenas a II.
C
I e III.
D
I e II
E
Somente a III.
c28e3803-7f
IMT - SP 2020 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.

E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.

Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.

Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.


(Graciliano Ramos)


O texto de Graciliano Ramos pertence à obra

Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.

E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.

Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.

Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.


(Graciliano Ramos) 

A
Angústia.
B
Viagem.
C
São Bernardo.
D
Vidas Secas.
E
Memórias do cárcere.
6785ece4-7c
ENEM 2020 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Leito de folhas verdes


Brilha a lua no céu, brilham estrelas,

Correm perfumes no correr da brisa,

A cujo influxo mágico respira-se

Um quebranto de amor, melhor que a vida!


A flor que desabrocha ao romper d’alva

Um só giro do sol, não mais, vegeta:

Eu sou aquela flor que espero ainda

Doce raio do sol que me dê vida.


DIAS, G. Antologia poética. Rio de Janeiro: Agir, 1979 (fragmento).


Na perspectiva do Romantismo, a representação feminina espelha concepções expressas no poema pela

A
reprodução de estereótipos sociais e de gênero.
B
presença de traços marcadores de nacionalidade.
C
sublimação do desejo por meio da espiritualização.
D
correlação feita entre estados emocionais e natureza.
E
mudança de paradigmas relacionados à sensibilidade.
da942cca-76
UNIVESP 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Condizente com a estética do realismo brasileiro, a linguagem de Dom Casmurro caracteriza-se por

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder a questão.

    Ezequiel, quando começou o capítulo anterior, não era ainda gerado; quando acabou era cristão e católico. Este outro é destinado a fazer chegar o meu Ezequiel aos cinco anos, um rapagão bonito, com os seus olhos claros, já inquietos, como se quisessem namorar todas as moças da vizinhança, ou quase todas.
   Agora, se considerares que ele foi único, que nenhum outro veio, certo nem incerto, morto nem vivo, um só e único, imaginarás os cuidados que nos deu, os sonos que nos tirou, e que sustos nos meteram as crises dos dentes e outras, a menor febrícula, toda a existência comum das crianças. A tudo acudíamos, segundo cumpria e urgia, cousa que não era necessário dizer, mas há leitores tão obtusos, que nada entendem, se lhes não relata tudo e o resto. Vamos ao resto. (Dom Casmurro. São Paulo, Globo, 1997) 
A
ser predominantemente culta e direta.
B
conter um grande número de neologismos.
C
expressar o sentimentalismo com exagero.
D
representar a fala do povo sem instrução.
E
romper propositalmente com a gramática normativa.
da8847f1-76
UNIVESP 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Uma característica do estilo de Machado de Assis que pode ser observada nesse trecho diz respeito ao modo como o narrador

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder a questão.

    Ezequiel, quando começou o capítulo anterior, não era ainda gerado; quando acabou era cristão e católico. Este outro é destinado a fazer chegar o meu Ezequiel aos cinco anos, um rapagão bonito, com os seus olhos claros, já inquietos, como se quisessem namorar todas as moças da vizinhança, ou quase todas.
   Agora, se considerares que ele foi único, que nenhum outro veio, certo nem incerto, morto nem vivo, um só e único, imaginarás os cuidados que nos deu, os sonos que nos tirou, e que sustos nos meteram as crises dos dentes e outras, a menor febrícula, toda a existência comum das crianças. A tudo acudíamos, segundo cumpria e urgia, cousa que não era necessário dizer, mas há leitores tão obtusos, que nada entendem, se lhes não relata tudo e o resto. Vamos ao resto. (Dom Casmurro. São Paulo, Globo, 1997) 
A
se limita à descrição psicológica, sem mencionar qualquer traço físico do personagem.
B
anuncia um fato de ordem coletiva como se fosse uma experiência pessoal.
C
faz comentários sobre o próprio texto e conversa diretamente com o leitor.
D
não se envolve afetivamente com a história, o que retira o teor ficcional do relato.
E
não emite juízos de valor, como se os fatos se dessem a conhecer sem intermediários.
da8e4c48-76
UNIVESP 2018 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Em Dom Casmurro, Bentinho é o narrador que

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder a questão.

    Ezequiel, quando começou o capítulo anterior, não era ainda gerado; quando acabou era cristão e católico. Este outro é destinado a fazer chegar o meu Ezequiel aos cinco anos, um rapagão bonito, com os seus olhos claros, já inquietos, como se quisessem namorar todas as moças da vizinhança, ou quase todas.
   Agora, se considerares que ele foi único, que nenhum outro veio, certo nem incerto, morto nem vivo, um só e único, imaginarás os cuidados que nos deu, os sonos que nos tirou, e que sustos nos meteram as crises dos dentes e outras, a menor febrícula, toda a existência comum das crianças. A tudo acudíamos, segundo cumpria e urgia, cousa que não era necessário dizer, mas há leitores tão obtusos, que nada entendem, se lhes não relata tudo e o resto. Vamos ao resto. (Dom Casmurro. São Paulo, Globo, 1997) 
A
ouve de terceiros histórias de personalidades intrigantes e as organiza por escrito.
B
relata, em forma de diário, as experiências vividas ao mesmo tempo em que escreve.
C
registra, com isenção de opinião, as aventuras das pessoas com quem conviveu.
D
investiga as vidas de quem o traiu no passado para arquitetar sua vingança.
E
conta suas memórias, com o objetivo de compreender seu passado e seu presente.
a755af2a-70
UPE 2021 - Literatura - Escolas Literárias, Arcadismo

Considerando a leitura dos Textos 13, 14, 15 e 16 e as características do Arcadismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.

Os Textos 13, 14, 15 e 16 servem de base à questão.


Texto 13



Cartaz do filme “Caramuru: a invenção do Brasil” (2001) 1h 28min / Comédia Direção: Guel Arraes Elenco: Selton Mello, Camila Pitanga, Deborah Secco Disponível em: http://www.cinemabrasileiro.net/cartazes/caram uru.jpg Acesso em: 06/09/2020.


Texto 14



ZUCARELLI, Francesco. "Uma cena pastoral" (1750). Disponível em: http://vitrineliteraria01.blogspot.com/2020/03/alguns-textospara-comeco-de-conversa.html Acesso em: 07/09/2020.


Texto 15

 LIRA I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que viva de guardar alheio gado;

De tosco trato, de expressões grosseiro,

Dos frios gelos e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto;

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!

[...]

GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: DCL, 2010. Excertos.


Texto 16


CARTA 3ª

Em que se contam as injustiças, e violências, que Fanfarrão executou por causa de uma

Cadeia, a que deu princípio.

[...]

Agora, cuidarás, prezado Amigo,

Que as chaves das cadeias já não abrem,

Comidas da ferrugem? Que as algemas

Como trastes inúteis, se furtaram?

Que o torpe executor das graves penas

Liberdade ganhou? Que já não temos

Descalços guardiães, que à fonte levem,

Metidos nas correntes os forçados?

Assim, prezado Amigo, assim devia

Em Chile acontecer, se o nosso Chefe

Tivesse em governar algum sistema.

Mas, meu bom Doroteu, os homens néscios

Às folhas dos Olmeiros se comparam;

São como o leve fumo, que se move

Para partes diversas, mal os ventos

Começam a apontar, de partes várias.

[...]

GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Excertos.

A
O filme "CaramuruA Invenção do Brasil” é uma adaptação fiel e caricatural do poema árcade lírico-amoroso de Santa Rita Durão, "Caramuru", que conta a história do fidalgo português Diogo Álvares, o Caramuru, que se transformou em líder dos indígenas da tribo tupinambá.
B
A tela de Francesco Zucarelli (Texto 14) mostra um cenário bucólico, com pastores, ovelhas e musas inspiradoras, por meio de uma representação das personagens pautada na estética naturalista do Classicismo europeu, característica marcante do Arcadismo brasileiro.
C
O Texto 14 dialoga com o Texto 15 na representação do locus amoenus (lugar ameno/agradável) como ambiente bucólico e idealizado pelos poetas árcades. As antíteses e paradoxos do Texto 15, traços característicos da poesia árcade, revelam o conflito do sujeito lírico em relação ao amor platônico.
D
O Texto 16 é um exemplo da poesia satírica do Arcadismo brasileiro. Critilo é o emissor das cartas e Doroteu, o receptor. Por meio de linguagem satírica e irônica, a obra critica o governador da Capitania de Minas Gerais, referenciado como o "Fanfarrão".
E
Os Textos 15 e 16 são exemplos representativos da poesia épica do Arcadismo brasileiro, identificando-se, no Texto 15, o bucolismo e, no Texto 16, o "carpe diem”.
a748b440-70
UPE 2021 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

De acordo com o Texto, na moda, o "espírito barroco" se reflete

1) na sobriedade das cores.

2) no excesso de detalhes.

3) na mistura de informações.

4) na leveza dos tecidos.


Estão CORRETAS:

O Texto serve de base à questão;

Texto
New Barroco: tudo sobre a moda

Se nos últimos anos o minimalismo reinou pedindo looks mais cleans, contudo, o inverno de 2020 promete trazer uma trend que sugere exatamente o contrário: looks ricos, exagerados e elaborados farão parte dessa estação.
Além disso, o barroco será uma das grandes influências da moda para a estação mais fria do ano. O espírito barroco é carregado de informações, dramaticidade e conflitos, assim como abundância e vitalidade, o que traduz perfeitamente a atmosfera da contemporaneidade em todas as suas contradições.
Na moda, toda essa desordem também aparece refletida na sobrecarga de informações, por exemplo: texturas, mix de estampas, hibridismo, exagero nas proporções, sobreposições, peles, pelos, transparência, brilho e tudo mais, de preferência no mesmo look! 


Disponível em: https://coracanela.com.br/new-barroco-tudo-sobre-a-moda-barroca-e-como-investir.
Acesso em 13/10/20. Adaptado.
A
1 e 3, apenas.
B
1 e 4, apenas.
C
2 e 3, apenas.
D
2, 3 e 4, apenas.
E
1, 2, 3 e 4.
a73f18db-70
UPE 2021 - Literatura - Quinhentismo, Escolas Literárias

Podemos identificar, nos textos quinhentistas, alguns recursos linguísticos relacionados ao contexto de produção desses textos. A respeito desses recursos, assinale a alternativa CORRETA.

Os Textos 5, 6, 7 e 8 servem de base para a questão.

Texto 5

"A feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e bons narizes. Em geral são bem-feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. [...] Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que verdadeiramente de leve, de boa grandeza, e, todavia, raspado por cima das orelhas. [....] E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles. [...] Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. [...] Ora veja, Vossa Alteza, quem em tal inocência vive, se se converterá, ou não, se lhe ensinarem o que pertence à sua salvação".

CAMINHA, Pero Vaz de. "A carta". In: CASTRO, Silvio. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre; L&PM, 2015. Excertos.

Texto 6

DOS TUPINIQUINS
"Do seu nome direi que são tupiniquins; da sua cor, que são pardos à maneira dos mouros; de seus braços, que são rijos, de modo que um deles pode carregar com folga três dos nossos; dos seus pelos nada conto porque não os têm, e dos seus cabelos direi que os cortam em forma de meia esfera, sendo muito parecidos com os frades".
TORERO, José Roberto. Terra Papagalli. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. Excertos. 


Texto 7

Disponível em: https://2.bp.blogspot.com/- EUs2MX0aQ7o/WfuocMugdvI/AAAAAAAAFHw/EEeTeFt3eRUA6uFD0ea11 7gYRfyw0440ACLcBGAs/s640/3%2B-%2BDescobrimento%2B- %2BTerras.jpg Acesso em: 06/09/2020 

Texto 8

"Índios e soldados da província de Curitiba escoltando prisioneiros nativos", tela de Jean-Baptiste Debret. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/povosindigenas-trabalho-brasil-colonial/ Acesso em: 06/09/2020.
A
O trecho "[...] se nós entendêssemos a sua fala [...]" (Texto 5) corresponde a: "[...] se nós, nativos, entendêssemos a fala do Rei [...]".
B
Ao empregar o adjetivo 'bom‘ para qualificar 'narizes‘ ('de bons rostos e bons narizes'), o autor do Texto 5 pretendeu dizer que os indígenas tinham 'narizes muito grandes‘.
C
Segundo o autor do Texto 5, os indígenas "não fazem o menor caso de [...] mostrar suas vergonhas"; ou seja, eles não se importam de apresentar suas muitas esposas.
D
No Texto 6, o autor usou a estratégia de introduzir um segmento negativo ("dos seus pelos nada conto porque não os têm") para descrever os índios como 'povo naturalmente depilado‘.
E
A opção de trazer para o Texto 7 a expressão "sonho da casa própria" confere a esse texto maior nível de formalidade.
a744118c-70
UPE 2021 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

O Barroco manifestou-se em várias expressões artísticas (arquitetura, pintura, escultura, música, literatura, teatro), por meio de um estilo próprio, com características estéticas marcantes. Analise os Textos 9, 10 e 11 e, considerando as características do Barroco em diferentes manifestações artísticas (escultura, pintura e literatura), assinale a alternativa CORRETA.

Os Textos 9, 10 e 11 servem de base à questão.

Texto 9


Aleijadinho. "O Salvador Carregando o Madeiro” (1796- 1799). Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra57561/ocarregamento-da-cruz-o-salvador-carregando-o-madeiro Acesso em: 05/09/2020.


Texto 10


Caravaggio (1571-1610). “A inspiração de São Mateus” (1602). Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/eha/chaa/Imagens/neville/030.png Acesso em: 05/09/2020. 

Texto 11

Ao braço do Menino Jesus de Nossa
Senhora das Maravilhas, a quem infiéis despedaçaram.

O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo.

Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica todo.

O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

Não se sabendo parte deste todo,
Um braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos diz as partes todas deste todo. 

MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1997.
A
O Texto 9 revela a arte barroca de Aleijadinho, inspirada na temática religiosa e com elementos oriundos da mitologia greco-romana. Na escultura de Aleijadinho, os traços do Barroco são percebidos na extravagância dos detalhes e nas expressões caricaturais das personagens.
B
Na pintura, a estética barroca apresenta-se por meio de contrastes de cores, valorização das luzes e sombras, equilíbrio entre as formas, além da preferência por temas pagãos do Neoclassicismo, como podemos notar na tela de Caravaggio (Texto 10).
C
O Texto 11 é um exemplo do Cultismo, característica do Barroco. No soneto de Gregório de Matos, o Cultismo está presente nos jogos de palavras (o "todo" e a "parte") e nas inversões sintáticas.
D
O soneto de Gregório de Matos (Texto 11), construído sob a ótica da estética barroca, é exemplo clássico da poesia lírico-amorosa do poeta, que também é conhecido como "O Boca do Inferno", pelo sarcasmo nos textos dramáticos produzidos.
E
A temática religiosa é apresentada nos Textos 9, 10 e 11, com foco na teatralidade, na representação fiel das personagens e na harmonia entre cores e linguagens, características marcantes da estética barroca.
a73964f3-70
UPE 2021 - Literatura - Quinhentismo, Escolas Literárias

O Quinhentismo marca a introdução da cultura europeia no Brasil. Nesse período, podemos encontrar uma série de textos sobre a visão dos colonizadores a respeito dos índios. Com base na leitura dos Textos 5, 6, 7 e 8, e reconhecendo o contexto histórico-social e as características do Quinhentismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.

Os Textos 5, 6, 7 e 8 servem de base para a questão.

Texto 5

"A feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e bons narizes. Em geral são bem-feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. [...] Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta, mais que verdadeiramente de leve, de boa grandeza, e, todavia, raspado por cima das orelhas. [....] E estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles. [...] Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. [...] Ora veja, Vossa Alteza, quem em tal inocência vive, se se converterá, ou não, se lhe ensinarem o que pertence à sua salvação".

CAMINHA, Pero Vaz de. "A carta". In: CASTRO, Silvio. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre; L&PM, 2015. Excertos.

Texto 6

DOS TUPINIQUINS
"Do seu nome direi que são tupiniquins; da sua cor, que são pardos à maneira dos mouros; de seus braços, que são rijos, de modo que um deles pode carregar com folga três dos nossos; dos seus pelos nada conto porque não os têm, e dos seus cabelos direi que os cortam em forma de meia esfera, sendo muito parecidos com os frades".
TORERO, José Roberto. Terra Papagalli. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. Excertos. 


Texto 7

Disponível em: https://2.bp.blogspot.com/- EUs2MX0aQ7o/WfuocMugdvI/AAAAAAAAFHw/EEeTeFt3eRUA6uFD0ea11 7gYRfyw0440ACLcBGAs/s640/3%2B-%2BDescobrimento%2B- %2BTerras.jpg Acesso em: 06/09/2020 

Texto 8

"Índios e soldados da província de Curitiba escoltando prisioneiros nativos", tela de Jean-Baptiste Debret. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/povosindigenas-trabalho-brasil-colonial/ Acesso em: 06/09/2020.
A
No Brasil, o Quinhentismo é o período marcado pelos primeiros registros escritos, com foco na documentação do processo colonizador. Nesse período, a literatura produzida revela complexidade estético-literária, com textos rebuscados e de grande valor artístico-literário, como podemos notar no Texto 5.
B
As primeiras manifestações literárias do Quinhentismo brasileiro podem ser divididas em dois grupos: a literatura informativa e a literatura de catequese. O Texto 5 é exemplo da literatura informativa e apresenta a visão do europeu colonizador sobre o nativo.
C
No Quinhentismo brasileiro, as manifestações literárias são informações que viajantes e missionários europeus registraram sobre os índios, os negros e a natureza. O Texto 5, como exemplo de literatura informativa, apresenta a visão do colonizador sobre a impossibilidade de converter o índio ao cristianismo.
D
Os Textos 5 e 6 revelam uma visão realista do europeu sobre os nativos e destacam a valorização das crenças e da cultura dos índios na consolidação da identidade nacional brasileira.
E
O cartum (Texto 7) e a tela de Debret (Texto 8) dialogam na representação dos índios, em conformidade com as visões apresentadas nos Textos 5 e 6, com destaque para a valorização da cultura dos nativos.
a727439b-70
UPE 2021 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Diversos estudiosos buscam classificar as obras literárias em gêneros. A classificação aristotélica tem sido utilizada para traçar as características dos gêneros literários (épico, lírico, dramático). Conforme essa classificação, os textos literários são organizados em três gêneros: épico, lírico e dramático. Identifique o gênero literário dos Textos 1, 2, 3 e 4, numerando-os de acordo com a seguinte correspondência:
(1) gênero épico;
(2) gênero lírico;
(3) gênero dramático.

A sequência que identifica correta e respectivamente o gênero literário dos Textos 1, 2, 3 e 4 é:

Os Textos 1, 2, 3 e 4 servem de base para a questão.

Texto 1
Anjo — Esta é; que demandais?
Fildalgo — Que me deixeis embarcar;
 sou fidalgo de solar,
 é bem que me recolhais.
Anjo — Não se embarca tirania
 neste batel divinal.
Fildalgo — Não sei por que haveis por mal
 que entre a minha senhoria.
Anjo — Para vossa fantasia
 mui pequena é esta barca.
Fildalgo — Para senhor de tal marca
 Não há aqui mais cortesia?

VICENTE, Gil. ―Auto da Barca do Inferno‖. In:______. Autos e farsas de Gil Vicente. São Paulo: Melhoramentos, 2012. Excertos.

Texto 2

Canto I

As armas e os Barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. São Paulo: Martin Claret, 2001. Excertos.


Texto 3

Rompe o poeta com a primeira impaciência querendo declarar-se e temendo perder por ousado

Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós, se uniformara:

Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
Do verde pé, da rama fluorescente;
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus o não idolatrara?

Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1997. 

Texto 4
Lira XIX – 1ª parte

Enquanto pasta alegre o manso gado,
Minha bela Marília, nos sentemos
À sombra deste cedro levantado.
 Um pouco meditemos
 Na regular beleza,
Que em tudo quanto vive, nos descobre
 A sábia Natureza.

GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: DCD, 2010. Excertos.

A
1 – 2 – 2 – 3.
B
3 – 2 – 2 – 2.
C
3 – 1 – 3 – 2.
D
1 – 2 – 3 – 1.
E
3 – 1 – 2 – 2.
d7821f8e-72
UNIFESP 2021 - Literatura - Naturalismo, Parnasianismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Este movimento surge como momento de negação profunda e revolucionária, porque visava a redefinir não só a atitude poética, mas o próprio lugar do homem no mundo e na sociedade. Concebe de maneira nova o papel do artista e o sentido da obra de arte, pretendendo liquidar a convenção universalista dos herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo, embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do perene.

(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013. Adaptado.)

O texto refere-se ao movimento

A
realista
B
romântico
C
árcade
D
naturalista
E
parnasiano
dbc2f95d-6e
UPE 2021 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A primeira fase do Modernismo brasileiro contemplou artistas diversos que exploraram diferentes tendências e estilos. A Semana de Arte Moderna foi um marco nessa fase e teve a participação de artistas que defendiam uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora, inspirada nas vanguardas europeias. Com base nas leituras dos Textos 1, 2, 3, 4 e 5, e considerando as características da primeira fase do Modernismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.



Texto 5

POÉTICA

Manuel Bandeira

Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e                                                                                                      [manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho
                                                                                                                [vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar
                                                                                        [com cem modelos de cartas e as diferentes
                                                                                        [maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

– Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.


BANDEIRA, Manuel. Poética. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
(Adaptado)
A
A obra Abaporu (Texto 1) marca a fase futurista da pintora Tarsila do Amaral. O Texto 2 é uma releitura da tela Abaporu e incorpora elementos do Futurismo, como a valorização da tecnologia e da velocidade.
B
O Manifesto Antropofágico (Texto 3), elaborado por Oswald de Andrade, pregava a assimilação de outras culturas, copiando fielmente características e reproduzindo estilos europeus canônicos para valorizar a identidade brasileira.
C
A Semana de Arte Moderna mostrou forte influência das vanguardas europeias e buscou divulgar padrões estéticos realistas e naturalistas na construção idealizada de uma identidade nacional.
D
O Texto 4 destaca a preguiça, característica principal do protagonista da novela surrealista Macunaíma, escrita por Mário de Andrade, autor cuja participação na Semana de Arte Moderna (1922) foi discreta e limitada.
E
No Texto 5 (Poética), propõe-se uma nova forma de lirismo, com foco na concepção libertária da criação poética: "Não quero mais saber do lirismo que não é libertação". 
414ae008-6a
URCA 2021 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Considere as afirmações a seguir e assinale a alternativa CORRETA:


1. O Romantismo Brasileiro, tendo como traço reconhecido o esforço de buscar uma fisionomia nacional que se distanciasse da literatura europeia, investiu no aportuguesamento da língua.

2. Nossos escritores românticos eram unânimes quanto ao reconhecimento da importância da contribuição de africanos e índios, como marca que nos diferenciava da literatura europeia.

3. Álvares de Azevedo negava a importância do elemento indígena para a consolidação da literatura nacional brasileira.

A
Apenas 1 não contém informação incorreta.
B
Apenas 2 não está correta.
C
Apenas 3 não contém informação incorreta.
D
Todas contêm informações corretas.
E
Todas contêm informações incorretas.