Questõessobre Literatura
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na
brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e
traz algumas palavras da língua indígena misturadas
ao português. Já em seu título comparece uma palavra
de origem da língua tupi, cunhatã, que significa
“menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
CUNHATÃ
Vinha do Pará
Chamava Siquê.
Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.
Piá branca nenhuma corria mais do que ela.
Tinha uma cicatriz no meio da testa:
- Que foi isto, Siquê?
Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:
- Minha mãe (a madrasta) estava costurando
Disse vai ver se tem fogo
Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo
Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça na brasa
Rui, riu, riu
Uêrêquitáua.
O ventilador era a coisa que roda.
Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 138.
O poema de Bandeira foi publicado em 1930 e traz algumas palavras da língua indígena misturadas ao português. Já em seu título comparece uma palavra de origem da língua tupi, cunhatã, que significa “menina, moça, mulher adolescente”.
Ao fazer o uso de
uma língua indígena nesse poema, observa-se que o
autor:
Mas ao cabo de três meses, João Romão, [...]
retornou à sua primitiva preocupação com o Miranda,
única rivalidade que verdadeiramente o estimulava.
Desde que o vizinho surgiu com o baronato, o vendeiro
transformava-se por dentro e por fora a causar pasmo.
Mandou fazer boas roupas e aos domingos refestelava-se de casaco branco e de meias, assentado defronte
da venda, a ler jornais. Depois deu para sair a passeio,
vestido de casemira, calçado e de gravata. [...] Já não
era o mesmo lambuzão.
Bertoleza é que continuava na cepa torta,
sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de
serviço, sem domingo nem dia santo; essa, em nada,
em nada absolutamente, participava das novas regalias
Vestibular 2016/2 Página 15
do amigo; pelo contrário, à medida que ele galgava
posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais
escrava e rasteira. [...] p.142
AZEVEDO, Aluisio. O cortiço. 5ª edição. São Paulo: Martin Claret,
2010.
A composição dos personagens é um dos
elementos a serem considerados na interpretação de
uma obra narrativa. No excerto destacado, tem-se o
caso de um personagem que não se modifica no
desenrolar da trama e de outro que se transforma na
perspectiva da ascensão social e, sobre essa
composição, observa-se que:
I
Óbito do autor
“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro
lugar meu nascimento ou a minha morte. Suposto o
uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas
considerações me levaram a adotar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor
defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim
mais galante e mais novo. Móises, que também contou
a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo:
diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta
feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara
de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e
prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos
contos e fui acompanhado ao cemitério por onze
amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas
nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma
chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão
triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a
intercalar esta engenhosa ideia no discurso que
proferiu à beira de minha cova: - ‘Vós, que o
conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo
que a natureza parece estar chorando a perda
irreparável de um dos mais belos caracteres que têm
honrado a Humanidade. Este ar sombrio, estas gotas
do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul
como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má
que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas: tudo
isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado’.
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte
apólices que lhe deixei.” [...]
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 2. ed. São
Paulo; Martin Claret, 2010, página 17.
PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 2003.
Segundo o mexicano Octavio Paz, os
elementos da ironia e do humor são marcas fundantes
do romance moderno. A ironia é o elemento que
consiste em exprimir o contrário daquilo que se está
pensando ou sentindo, e na maioria das vezes traz um
toque de sarcasmo ou depreciação, maneira também
de fazer críticas a alguma situação ou a algum
comportamento de alguém. O humor, enquanto isso,
consiste no elemento ou construção de enunciado que
aponta para o cômico, o divertido, sendo ele também
uma maneira de fazer críticas.
No trecho transcrito do romance Memórias
Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis,
constata-se a ironia no seguinte enunciado:
SAPO-CURURU
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Oh que sapo gordo!
Oh que sapo feio!
Sapo-cururu
Da beira do rio.
Quando o sapo coaxa,
Povoléu tem frio.
Que sapo mais danado,
Ó maninha, Ó maninha!
Sapo-cururu é o bicho
Pra comer de sobreposse.
Sapo-cururu
Da barriga inchada.
Vôte! Brinca com ele...
Sapo cururu é senador da República.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª edição. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
No texto de Bandeira está explícito o
procedimento de intertextualidade caracterizado pelo
diálogo que um texto estabelece com outro, o que faz
desse poema:
Verifica-se que os versos e a pintura, em razão das características que lhes são peculiares, pertencem
respectivamente aos períodos
Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh quem cuidara,
Que entre pedras tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me ele declara
Centra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência mais se apura
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>
Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, funcionário público, certo de que a língua
portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever
em geral, sobretudo no campo das letras, se veem na humilhante contingência de sofrer
continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; sabendo, além, que, dentro do
nosso país, os autores e os escritores, com especialidade os gramáticos, não se entendem no
tocante à correção gramatical, vendo-se, diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais
profundos estudiosos do nosso idioma — usando do direito que lhe confere a Constituição,
vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional
do povo brasileiro.
O suplicante, deixando de parte os argumentos históricos que militam em favor de sua ideia,
pede vênia para lembrar que a língua é a mais alta manifestação da inteligência de um povo,
é a sua criação mais viva e original; e, portanto, a emancipação política do país requer como
complemento e consequência a sua emancipação idiomática.
PRIMEIRA PARTE
IV - Desastrosas Consequências de um Requerimento
O teor da solicitação de Policarpo Quaresma expressa uma ironia ao deixar implícita uma crítica histórica.
O alvo dessa crítica é:
Saiu e andou. Olhou o céu, os ares, as árvores de Santa Teresa, e se lembrou que, por estas terras,
já tinham errado tribos selvagens, das quais um dos chefes se orgulhava de ter no sangue o
sangue de dez mil inimigos. Fora há quatro séculos. Olhou de novo o céu, os ares, as árvores
de Santa Teresa, as casas, as igrejas; viu os bondes passarem; uma locomotiva apitou; um carro,
puxado por uma linda parelha, atravessou-lhe na frente, quando já a entrar do campo... Tinha
havido grandes e inúmeras modificações. Que fora aquele parque? Talvez um charco. Tinha
havido grandes modificações nos aspectos, na fisionomia da terra, talvez no clima... Esperemos
mais, pensou ela; e seguiu serenamente ao encontro de Ricardo Coração dos Outros.
TERCEIRA PARTE
V - A Afilhada
Com base no fragmento, o final do romance, apesar de triste, como anuncia o próprio título,
contém uma mensagem de otimismo, expressa nos pensamentos da personagem Olga, afilhada
de Policarpo.
O otimismo se justifica pela expectativa de:
Marechal Floriano Peixoto, segundo presidente do Brasil, é também personagem de Triste Fim
de Policarpo Quaresma.
O conceito que melhor sustenta a construção desse personagem ficcional, baseado numa figura
histórica, é o da:
O romance põe em questão a ideia de patriotismo, apresentando diferentes visões de seus
personagens sobre a noção de pátria. Isso se observa no confronto entre a noção idealizada de
Policarpo Quaresma e aquela manifestada pelas elites militar e política do país.
A apropriação da noção de pátria por essas elites se caracteriza como:
Tradicionalmente, o palco pode apresentar uma variedade
de estilos cênicos, entre os quais se destacam o estilo
realista (põe em evidência detalhes ambientais para sugerir
sensações e emoções vividas pelas personagens), o estilo
expressionista (os objetos são distorcidos ou estilizados,
com o fim de sugerir, mais que mostrar, o ambiente de
atuação das personagens), o estilo simbolista (os objetos
concretos sugerem ideias abstratas, segundo associações
sinestéticas tradicionais: o verde, vestido pelos mágicos,
indica a esperança; o vermelho, a cor do demônio, sugere
uma paixão violenta; a veste branca simboliza a candura, a
castidade).
(Adaptado de Salvatore D´Onofrio, Teoria do texto 2: Teoria da lírica e do
drama. São Paulo: Ática, 1995, p. 138.)
Sem identidade, hierarquias no chão, estilos misturados,
a pós-modernidade é isto e aquilo, num presente aberto
pelo e.
(Jair Ferreira dos Santos, O que é o pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 2004,
p. 110.)
Com base nas indicações cênicas (as didascálias) que
abrem e fecham a peça O marinheiro, de Fernando
Pessoa, é correto afirmar que o seu estilo é
Texto III
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma
criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física,
nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava
existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.
Disponível em: https:// docente.ifn.edu.br/franciscoarruda/
disciplinas/admam3am/triste-fim-de-policarpo-quaresma/view.Acesso 15/11/2020.
No trecho da obra "Triste Fim de Policarpo Quaresma”,
a reflexão acerca da noção de pátria propõe uma:
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de
Assis, ao Texto e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Nas estruturas “para dá-las à morte” (linhas 5 e 6) e “vinham umas sobre outras, à
semelhança” (linha 17) o acento indicativo da crase é obrigatório somente na primeira,
porque a regência do verbo dar é transitiva direta e indireta.
( ) Da leitura da obra, infere-se que o personagem Brás Cubas, pela posição que ocupa, a
de “defunto-autor”, poderá retratar o mundo real e o mundo imaginário, o mundo que
existe e o mundo do delírio, pois não precisará responder a questionamentos.
( ) No segmento “sentado entre dois sacos, o da vida e da morte” (linha 5) tem-se a figura
de linguagem antítese.
( ) Da leitura do período “se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não
deixasse de bater nunca” (linhas 11 e 12), percebe-se que o personagem Brás Cubas
tinha como meta atingir os objetivos por ele traçados e que, para isso, o tempo era
fundamental.
( ) Em “Invenções há, que se transformam ou acabam” (linha 13) o verbo haver está no
singular porque é impessoal enquanto a palavra que o precede, invenções, na sintaxe,
tem a função de objeto direto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, ao Texto e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Nas estruturas “para dá-las à morte” (linhas 5 e 6) e “vinham umas sobre outras, à semelhança” (linha 17) o acento indicativo da crase é obrigatório somente na primeira, porque a regência do verbo dar é transitiva direta e indireta.
( ) Da leitura da obra, infere-se que o personagem Brás Cubas, pela posição que ocupa, a de “defunto-autor”, poderá retratar o mundo real e o mundo imaginário, o mundo que existe e o mundo do delírio, pois não precisará responder a questionamentos.
( ) No segmento “sentado entre dois sacos, o da vida e da morte” (linha 5) tem-se a figura de linguagem antítese.
( ) Da leitura do período “se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca” (linhas 11 e 12), percebe-se que o personagem Brás Cubas tinha como meta atingir os objetivos por ele traçados e que, para isso, o tempo era fundamental.
( ) Em “Invenções há, que se transformam ou acabam” (linha 13) o verbo haver está no singular porque é impessoal enquanto a palavra que o precede, invenções, na sintaxe, tem a função de objeto direto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstuma de Brás Cubas, ao autor,
Machado de Assis e ao estilo literário a que pertencem.
( ) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, como em outros romances machadianos,
evidenciam-se características que fazem parte dos seres humanos, e que o autor
procurou retratar de modo realista: o amor, a vaidade, a ditadura da aparência, o
conflito entre o bem e o mal.
( ) Machado de Assis escreveu, primeiramente, dentro dos preceitos românticos e, em
uma segunda fase, suas obras caracterizam-se pela estética realista. É nessa segunda
fase que se encontram algumas obras-primas do autor: Dom Casmurro, Memórias
Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Memorial de Aires e Iaiá Garcia.
( ) O Romance Memórias Póstumas de Brás Cubas introduziu no Brasil, em 1881, a
estética Realista, configurando a obra a base para a estética Naturalista.
( ) A estética literária do Realismo, de que Machado de Assis é o principal representante,
tem como objetivo o ataque à ordem social, a ênfase à força hereditária e a
compreensão da natureza humana.
( ) Um dos recursos estilísticos de que Machado de Assis se utiliza em suas obras, tanto
quando narrador ou como na voz do autor é a conversa direta com o leitor, chamando a
atenção ao que parece ser fundamental na construção da narrativa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstuma de Brás Cubas, ao autor, Machado de Assis e ao estilo literário a que pertencem.
( ) Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, como em outros romances machadianos, evidenciam-se características que fazem parte dos seres humanos, e que o autor procurou retratar de modo realista: o amor, a vaidade, a ditadura da aparência, o conflito entre o bem e o mal.
( ) Machado de Assis escreveu, primeiramente, dentro dos preceitos românticos e, em uma segunda fase, suas obras caracterizam-se pela estética realista. É nessa segunda fase que se encontram algumas obras-primas do autor: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Memorial de Aires e Iaiá Garcia.
( ) O Romance Memórias Póstumas de Brás Cubas introduziu no Brasil, em 1881, a estética Realista, configurando a obra a base para a estética Naturalista.
( ) A estética literária do Realismo, de que Machado de Assis é o principal representante, tem como objetivo o ataque à ordem social, a ênfase à força hereditária e a compreensão da natureza humana.
( ) Um dos recursos estilísticos de que Machado de Assis se utiliza em suas obras, tanto quando narrador ou como na voz do autor é a conversa direta com o leitor, chamando a atenção ao que parece ser fundamental na construção da narrativa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, ao Texto –
SUJEITO INDIRETO, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) O poeta Leminski desenvolveu apurada sensibilidade para o haicai – poema de origem
japonesa, demarcado pela concisão e objetividade; a obra Melhores poemas também
está pinçada por este tipo de poema.
( ) Na obra de Leminsky também se identificam características da poesia brasileira da
segunda fase do Modernismo, a exemplo, o discurso poético com versos livres ou
metrificação em oposição à sintaxe normativa.
( ) O poeta Leminsky, poeta de vanguarda, criou poemas dentro dos princípios que
norteiam o Concretismo – movimento poético brasileiro da década de 50; pois sua
produção poética é marcada apenas pelo apelo à comunicação não-verbal.
( ) Da leitura do poema, depreende-se a ironia do poeta em relação à gramática, pois ele
questiona a funcionalidade do conhecimento da gramática e a aplicabilidade dela, em
especial, quanto às nomenclaturas.
( ) O poema comprova que o poeta está dividido entre a subjetividade e a objetividade, no
momento em que leva o eu poético à reflexão da própria existência, baseando-se em
termos gramaticais e matemáticos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, ao Texto – SUJEITO INDIRETO, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) O poeta Leminski desenvolveu apurada sensibilidade para o haicai – poema de origem japonesa, demarcado pela concisão e objetividade; a obra Melhores poemas também está pinçada por este tipo de poema.
( ) Na obra de Leminsky também se identificam características da poesia brasileira da segunda fase do Modernismo, a exemplo, o discurso poético com versos livres ou metrificação em oposição à sintaxe normativa.
( ) O poeta Leminsky, poeta de vanguarda, criou poemas dentro dos princípios que norteiam o Concretismo – movimento poético brasileiro da década de 50; pois sua produção poética é marcada apenas pelo apelo à comunicação não-verbal.
( ) Da leitura do poema, depreende-se a ironia do poeta em relação à gramática, pois ele questiona a funcionalidade do conhecimento da gramática e a aplicabilidade dela, em especial, quanto às nomenclaturas.
( ) O poema comprova que o poeta está dividido entre a subjetividade e a objetividade, no momento em que leva o eu poético à reflexão da própria existência, baseando-se em termos gramaticais e matemáticos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de
Assis, e ao Texto.
I. Da leitura da obra, percebe-se que, além da ironia, há também pessimismo exacerbado
em relação às atitudes dos homens e desencantamento pela vida, evidenciados,
principalmente, no capítulo que encerra a narrativa.
II. Da leitura da obra, infere-se que Brás Cubas desejou criar o “Emplasto Universal Brás
Cubas”, principalmente, porque este lhe traria a glória e o reconhecimento social.
III. Em “esse tique-taque soturno” (linha 3) e “devotas que se abalroam” (linha 18), os
vocábulos destacados podem ser substituídos por sombrio e vão ao encontro de e,
ainda assim, mantêm-se o sentido e a coerência no texto.
IV. Embora a obra pertença à corrente realista, a narrativa apresenta personagens com
particularidades românticas, sonhadoras, em busca de um grande amor e dotadas de
um grande senso de religiosidade, como se observa nas personagens Eugênia e
Marcela.
V. O fato de a narrativa ser em primeira pessoa confere à obra um tom confessional e,
desse modo, o personagem Brás Cubas dita o ritmo das memórias e das experiências
por ele vivenciadas.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, e ao Texto.
I. Da leitura da obra, percebe-se que, além da ironia, há também pessimismo exacerbado em relação às atitudes dos homens e desencantamento pela vida, evidenciados, principalmente, no capítulo que encerra a narrativa.
II. Da leitura da obra, infere-se que Brás Cubas desejou criar o “Emplasto Universal Brás Cubas”, principalmente, porque este lhe traria a glória e o reconhecimento social.
III. Em “esse tique-taque soturno” (linha 3) e “devotas que se abalroam” (linha 18), os vocábulos destacados podem ser substituídos por sombrio e vão ao encontro de e, ainda assim, mantêm-se o sentido e a coerência no texto.
IV. Embora a obra pertença à corrente realista, a narrativa apresenta personagens com particularidades românticas, sonhadoras, em busca de um grande amor e dotadas de um grande senso de religiosidade, como se observa nas personagens Eugênia e Marcela.
V. O fato de a narrativa ser em primeira pessoa confere à obra um tom confessional e, desse modo, o personagem Brás Cubas dita o ritmo das memórias e das experiências por ele vivenciadas.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos e ao autor Lima Barreto.
I. A obra é considerada pré-modernista, pois procura ressaltar a valorização da escrita e
da leitura, porém de forma cotidiana; rompe com toda a estrutura do romance
tradicional, apresenta capítulos curtos, independentes e perde a visão crítica da
realidade brasileira.
II. O traço autobiográfico é uma característica marcante na obra, principalmente o relato
das experiências transpostas para o personagem-narrador, refletindo o preconceito, os
traços de mestiçagens ou negros, o vício, a loucura, enfim, reflexos da miséria humana.
III. Dentro do panorama literário, considera-se Lima Barreto da corrente pré-modernista por
vários motivos: por sua produção literária ter ocorrido no período que antecedeu a
Semana de Arte Moderna; suas obras apresentarem a ruptura com a cultura
acadêmica, defesa das classes marginalizadas; linguagem jornalística e retratar a
realidade brasileira, em especial, a população e os subúrbios cariocas.
IV. Lima Barreto retrata, na obra, o dia-a-dia, os hábitos e o tratamento recebido pelos
internos de um manicômio, revelando o mundo tão estigmatizado dos insanos, por meio
de uma linguagem aguçada e sensível, pois ele não está louco, encontra-se no local
devido a alguns surtos pelo alcoolismo. O fato de não estar louco faz com que sua
estada ali seja, ainda, mais sofrida, pois ele tem consciência e pondera a forma como
os internos são tratados. Assim, da leitura da obra, entende-se, também, a crítica ao
tratamento do sistema carcerário dos manicômios, à época.
V. Por insistência de sua esposa, Efigênia, Mascarenhas consegue realizar o sonho do pai
dele, que era vê-lo doutor. Após concluir a escola politécnica, vai para o curso de
engenharia, formando-se engenheiro civil, no entanto, não abandona o seu lado
escritor, continuando a sua produção literária, o que viria integrá-lo ao conjunto dos
mais destacados escritores do Pré-Modernismo.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos e ao autor Lima Barreto.
I. A obra é considerada pré-modernista, pois procura ressaltar a valorização da escrita e da leitura, porém de forma cotidiana; rompe com toda a estrutura do romance tradicional, apresenta capítulos curtos, independentes e perde a visão crítica da realidade brasileira.
II. O traço autobiográfico é uma característica marcante na obra, principalmente o relato das experiências transpostas para o personagem-narrador, refletindo o preconceito, os traços de mestiçagens ou negros, o vício, a loucura, enfim, reflexos da miséria humana.
III. Dentro do panorama literário, considera-se Lima Barreto da corrente pré-modernista por vários motivos: por sua produção literária ter ocorrido no período que antecedeu a Semana de Arte Moderna; suas obras apresentarem a ruptura com a cultura acadêmica, defesa das classes marginalizadas; linguagem jornalística e retratar a realidade brasileira, em especial, a população e os subúrbios cariocas.
IV. Lima Barreto retrata, na obra, o dia-a-dia, os hábitos e o tratamento recebido pelos internos de um manicômio, revelando o mundo tão estigmatizado dos insanos, por meio de uma linguagem aguçada e sensível, pois ele não está louco, encontra-se no local devido a alguns surtos pelo alcoolismo. O fato de não estar louco faz com que sua estada ali seja, ainda, mais sofrida, pois ele tem consciência e pondera a forma como os internos são tratados. Assim, da leitura da obra, entende-se, também, a crítica ao tratamento do sistema carcerário dos manicômios, à época.
V. Por insistência de sua esposa, Efigênia, Mascarenhas consegue realizar o sonho do pai dele, que era vê-lo doutor. Após concluir a escola politécnica, vai para o curso de engenharia, formando-se engenheiro civil, no entanto, não abandona o seu lado escritor, continuando a sua produção literária, o que viria integrá-lo ao conjunto dos mais destacados escritores do Pré-Modernismo.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, e ao Texto –
SUJEITO INDIRETO.
I. A leitura do poema evidencia uma metalinguagem com duplicidade irônica, pois
apresenta uma contestação aos elementos da construção gramatical, e, em
consequência desta contestação, desvela um eu poético desiludido.
II. A obra de Leminsky está entre a oralidade e o rigor da construção formal, pois utiliza
vários recursos estilísticos, provérbios, humor, trocadilhos da cultura popular, recursos
visuais de publicidade, entre outros. No entanto, o poeta também valoriza recursos do
poema tradicional – as rimas, essência para a estrutura rítmica dos seus poemas.
III. O poeta faz um jogo de palavras em relação ao título e à inversão do título, no verso 12,
como forma de recuperar o sentido mais amplo que o poeta tenciona dar ao poema –
uma tentativa de resgatar a essência do poema – a poesia.
IV. Da leitura dos versos “Quem dera eu visse o outro lado, /
o lado de lá, lado meio” deduz-se que o poeta está se referindo a um enigma, ou seja, a
incógnita que a vida representa.
V. A repetição da estrutura “Quem dera”, nos versos um, cinco e nove, reflete o
probabilismo de contestação e o descontentamento do eu-poético no mundo atual,
razão pela qual o poeta usa o verbo no pretérito mais que perfeito.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Paulo Leminsky, e ao Texto – SUJEITO INDIRETO.
I. A leitura do poema evidencia uma metalinguagem com duplicidade irônica, pois apresenta uma contestação aos elementos da construção gramatical, e, em consequência desta contestação, desvela um eu poético desiludido.
II. A obra de Leminsky está entre a oralidade e o rigor da construção formal, pois utiliza vários recursos estilísticos, provérbios, humor, trocadilhos da cultura popular, recursos visuais de publicidade, entre outros. No entanto, o poeta também valoriza recursos do poema tradicional – as rimas, essência para a estrutura rítmica dos seus poemas.
III. O poeta faz um jogo de palavras em relação ao título e à inversão do título, no verso 12, como forma de recuperar o sentido mais amplo que o poeta tenciona dar ao poema – uma tentativa de resgatar a essência do poema – a poesia.
IV. Da leitura dos versos “Quem dera eu visse o outro lado, / o lado de lá, lado meio” deduz-se que o poeta está se referindo a um enigma, ou seja, a incógnita que a vida representa.
V. A repetição da estrutura “Quem dera”, nos versos um, cinco e nove, reflete o probabilismo de contestação e o descontentamento do eu-poético no mundo atual, razão pela qual o poeta usa o verbo no pretérito mais que perfeito.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos, Lima Barreto, e ao Texto .
I. A leitura da estrutura “Seriam como que exercícios para bem escrever, com fluidez,
claro, simples, atraente” (linhas 2 e 3) leva o leitor a inferir que o autor refere-se às
características do bom uso da linguagem, logo diz-se que há referência à função
metalinguística.
II. Da Leitura do fragmento “de modo a dirigir-me à massa comum dos leitores” (linhas 3 e
4), infere-se que o autor, personagem-narrador, está se referindo à camada popular de
leitores, ou seja, àquela sem formação acadêmica, não habituada à leitura.
III. Na leitura do final do parágrafo é possível estabelecer, também, uma característica
bastante comum ao escritor Machado de Assis – a ironia; pois se infere, a ironia de
Mascarenhas, à crítica aos autores com títulos acadêmicos, bagagem europeia, porém
medíocres quanto à produção literária.
IV. A palavra “este” (linha 7) é anafórico da expressão “Todo o homem” (linha 6), enquanto
“daquele” (linha 7) é catafórico de “me” (linha 7), assim tanto este quanto daquele são
elementos que estabelecem coesão na estrutura textual.
V. A leitura da obra leva o leitor à dedução de que os fatos e os detalhes narrados, por
Mascarenhas, evidenciam uma questão de acomodação, a partir do casamento dele
com Efigênia. Além das muitas dificuldades e dívidas, permeia na obra, também, por
parte de Mascarenhas, a não valorização da esposa, enquanto viva.
Assinale a alternativa correta
Analise as proposições em relação à obra O cemitério dos vivos, Lima Barreto, e ao Texto .
I. A leitura da estrutura “Seriam como que exercícios para bem escrever, com fluidez, claro, simples, atraente” (linhas 2 e 3) leva o leitor a inferir que o autor refere-se às características do bom uso da linguagem, logo diz-se que há referência à função metalinguística.
II. Da Leitura do fragmento “de modo a dirigir-me à massa comum dos leitores” (linhas 3 e 4), infere-se que o autor, personagem-narrador, está se referindo à camada popular de leitores, ou seja, àquela sem formação acadêmica, não habituada à leitura.
III. Na leitura do final do parágrafo é possível estabelecer, também, uma característica bastante comum ao escritor Machado de Assis – a ironia; pois se infere, a ironia de Mascarenhas, à crítica aos autores com títulos acadêmicos, bagagem europeia, porém medíocres quanto à produção literária.
IV. A palavra “este” (linha 7) é anafórico da expressão “Todo o homem” (linha 6), enquanto “daquele” (linha 7) é catafórico de “me” (linha 7), assim tanto este quanto daquele são elementos que estabelecem coesão na estrutura textual.
V. A leitura da obra leva o leitor à dedução de que os fatos e os detalhes narrados, por Mascarenhas, evidenciam uma questão de acomodação, a partir do casamento dele com Efigênia. Além das muitas dificuldades e dívidas, permeia na obra, também, por parte de Mascarenhas, a não valorização da esposa, enquanto viva.
Assinale a alternativa correta
Com base na leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, e no conto “Os
mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), in O conto da mulher brasileira, Edla van
Steen (organizadora); analise as proposições, e coloque (1) para as que caracterizam a obra
de Machado de Assis, (2) para o conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil)
de Edla van Steen e (3) para as que forem comuns à obra e ao conto.
( ) A narrativa é relatada em primeira pessoa, ou seja, há um narrador que também é
protagonista da história, pois está contando a própria história como cadáver. Assim os
fatos e as personagens são apresentados a partir de uma visão pessoal e subjetiva.
( ) A narrativa é sempre interrompida por histórias paralelas, anotações metalinguísticas,
intertextualidades, em especial análises filosóficas dos sujeitos e da sociedade à época,
o que, de certa forma, fragmenta o enredo e pode confundir o leitor.
( ) Os personagens da narrativa são basicamente representantes da elite brasileira do
século XIX. Porém, há também personagens com menor expressão social,
pertencentes à escravidão ou que não pertencem à elite, mas que têm papéis
relevantes nas relações sociais entre as classes.
( ) A narrativa está pontuada por características do discurso pós-moderno, como a
utilização de técnicas cinematográficas, o flashback, os cortes, a sucessão de
sequências das ações, como se fossem quadros.
( ) A leitura da narrativa leva o leitor a inferir a valorização do monólogo interior, do fluxo
de consciência do personagem-narrador.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
Com base na leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis, e no conto “Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), in O conto da mulher brasileira, Edla van Steen (organizadora); analise as proposições, e coloque (1) para as que caracterizam a obra de Machado de Assis, (2) para o conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil) de Edla van Steen e (3) para as que forem comuns à obra e ao conto.
( ) A narrativa é relatada em primeira pessoa, ou seja, há um narrador que também é protagonista da história, pois está contando a própria história como cadáver. Assim os fatos e as personagens são apresentados a partir de uma visão pessoal e subjetiva.
( ) A narrativa é sempre interrompida por histórias paralelas, anotações metalinguísticas, intertextualidades, em especial análises filosóficas dos sujeitos e da sociedade à época, o que, de certa forma, fragmenta o enredo e pode confundir o leitor.
( ) Os personagens da narrativa são basicamente representantes da elite brasileira do século XIX. Porém, há também personagens com menor expressão social, pertencentes à escravidão ou que não pertencem à elite, mas que têm papéis relevantes nas relações sociais entre as classes.
( ) A narrativa está pontuada por características do discurso pós-moderno, como a utilização de técnicas cinematográficas, o flashback, os cortes, a sucessão de sequências das ações, como se fossem quadros.
( ) A leitura da narrativa leva o leitor a inferir a valorização do monólogo interior, do fluxo de consciência do personagem-narrador.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.