Questõesde IF-BA sobre História

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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil


O contraste existente entre a ideia passada pela imagem, que apresenta um momento de grande comoção e apoio popular ao heroi da independência, aclamado Imperador em 1822, e a euforia demonstrada pela noticia da abdicação de D. Pedro I, em 1831, se explica por que ao longo dos nove anos de governo, o imperador

A
estabeleceu o sufrágio universal e o direito dos trabalhadores se rebelarem contra a exploração, desfavorecendo a elite brasileira que empenhará grandes esforços para destituir seu poder.
B
afastou-se do povo, aliando-se cada vez mais a uma elite comercial brasileira, que passou a ser a grande base de sustentação do Império, impedindo o acesso de outras categorias ao poder.
C
contrariou as elites brasileiras ao dissolver a Assembléia Constituinte, outorgar uma constituição e estabelecer uma Monarquia absolutista no país, aliando-se a portugueses residentes no Brasil.
D
incentivou a indústria brasileira, que comprometeu a economia agrário-exportadora e colocou em crise a produção açucareira no país, prejudicando os grandes senhores de engenho do Nordeste do país.
E
extinguiu o tráfico negreiro, cumprindo o compromisso assumido com o governo britânico, mas contrariando os interesses dos grandes proprietários brasileiros e de uma sociedade que não se concebia sem a mãode-obra escrava.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

(...)
Artigo 2º - É permitido unicamente navios de construção portuguesa fazer o comércio de porto a porto em todas as possessões portuguesas. Todos os navios de construção estrangeira que forem de propriedade portuguesa (...) são considerados como de construção portuguesa.”

Decreto Português de 1821. Citado por AZEVEDO. J. S. Revolução Portuguesa em 1820. Lisboa: 1944, p. 152.


De 1821 a 1822, as Cortes de Lisboa adotaram medidas recolonizadoras como esta apresentada no Artigo 2º do Decreto Português, que representou a

A
aprovação das leis comerciais e marítimas adotadas por D. João VI no Brasil, desde que fossem controladas por uma junta governativa formada pelas Cortes.
B
liberação do comércio brasileiro com Portugal, rompido desde a Abertura dos Portos, quando a concorrência da Inglaterra inviabilizou as relações comerciais do Brasil com portugueses. 
C
liberdade comercial com outros países, desde que realizado por navios portugueses, sendo compreendidas como embarcações portuguesas todas aquelas construídas em Portugal.
D
extinção da autonomia administrativa do Brasil, que garantia o comércio do Brasil com Portugal, o que representava a anulação do decreto que elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal.
E
garantia do mercado brasileiro para os comerciantes portugueses, com a retomada do monopólio comercial sobre o Brasil, nos moldes existentes no período anterior à chegada da corte à colônia.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

“De uma perspectiva geral, podemos dizer que a conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes subversivas do Brasil Colônia.”

RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53.


A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o movimento anticolonial brasileiro que

A
aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a questão escravista.
B
inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência da América Portuguesa.
C
reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da autonomia administrativa.
D
defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma república de base oligárquica.
E
apresentou caráter de luta nacionalista à medida que representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matériasprimas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...)
A emancipação econômica do Brasil (em 1808) teve, portanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à fonte de despesa.

SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lisboa: Europa-América, 1996. p. 274.


No contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do Brasil” que o historiador português apresenta como danosa à economia portuguesa, é resultado da

A
autonomia administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
B
autonomia financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a emitir papel moeda.
C
liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu as instalações de indústrias no Brasil.
D
incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.
E
liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas de Portugal
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IF-BA 2012 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral



No contexto da Revolução Francesa em 1789, a imagem expressa um conjunto de ações que ficou conhecido como

A
Período do Terror, marco das perseguições aos “inimigos da revolução”, durante a Ditadura Jacobina.
B
Grande Medo, revolta dos camponeses contra a aristocracia francesa que os submetia ao regime de servidão.
C
Revolução Burguesa, marco inicial da luta da burguesia contra os privilégios da nobreza e do clero na França.
D
Período Napoleônico, marcado pela legitimação da rebelião camponesa no Código Civil para garantir a reforma agrária.
E
Queda da Bastilha, marco da adesão popular ao movimento revolucionário iniciado pelo Terceiro Estado na Assembléia Geral.
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IF-BA 2012 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

“Os habitantes da paróquia de Chateaubourg, na Bretanha, consideram que o regime priva o proprietário do direito da propriedade, o mais sagrado, pois todo ano ele é obrigado a pagar a seu senhor uma renda em dinheiro ou em espécie. A dependência em relação aos moinhos também deve ser levada em consideração: ela sujeita [camponês] a utilizar os moinhos do senhor; dessa forma, ele é forçado a levar suas sementes a moleiros de honestidade nem sempre reconhecida, embora pudesse moer mais perto e escolher um moleiro de sua confiança.”

Caderno de queixas de Rennes para os Estados Gerais de 1789. Coletânea de Documentos Históricos para o 1º Grau. São Paulo: SE/ CENP, 1980, p. 87


O trecho do documento acima aponta para uma realidade da sociedade francesa do final do século XVIII, que pode ser relacionada à

A
submissão do campesinato francês a um regime de servidão, característico do feudalismo medieval europeu.
B
decadência da atividade agrária, consequência do forte processo de industrialização vivido pela França.
C
manutenção de regras e normas típicas do colonato, herdado das relações camponesas do Império Carolíngio.
D
continuidade do regime de cercamentos de terras, empreendidos pela aristocracia com apoio da monarquia francesa.
E
exploração dos camponeses, obrigados, pela política fiscal do governo, a sustentar o Estado, a nobreza e a burguesia francesa.
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IF-BA 2012 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Texto I

Um reino bem governado deve ser como uma família cujo soberano é o pai e os cidadãos seus filhos ... O monarca não poderia ser feliz quando seus povos são miseráveis. O príncipe é apenas o primeiro servidor do Estado, obrigado a agir com probidade, sabedoria e completo desinteresse, como se a cada momento tivesse que dar contas de sua administração a seus concidadãos.

Francisco II, rei da Prússia. 1740 - 1786


Texto II

A cada país é necessária uma lei fundamental, ou contrato, entre o povo e o soberano, que limite a autoridade e o poder deste último (...). o poder executivo está no soberano, mas o legislativo no povo e seus representantes (...) O soberano deve prestar conta exata e anual ao povo a respeito de emprego das rendas públicas; ele não tem absolutamente o direito de impor arbitrariamente as taxas.

Leopoldo II, imperador da Alemanha, 1747-1792
RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2001, p. 35.


Os textos apresentam ideias de alguns reis e imperadores europeus que, no século XVIII, implementaram reformas liberais, influenciados pelos iluministas, marcando um processo histórico conhecido como

A
Impérios Liberais;
B
Monarquias Iluminadas;
C
Despotismo Esclarecido;
D
Monarquias Reformistas.
E
Absolutismo Monárquico.
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IF-BA 2012 - História - Construção dos Estados Liberais na América Hispânica : século XIX, História da América Latina



Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes

A
ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país.
B
criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil.
C
rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio.
D
invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai.
E
estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região.
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IF-BA 2012 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil



A imagem é representativa da Ditadura Militar no Brasil (1964- 1985) e permite caracterizá-la como um período marcado pela

A
perseguição aos opositores do regime, que sofreram todo tipo de repressão, legitimados pela Doutrina de Segurança Nacional.
B
estabilidade política marcada pela ausência de oposição e pela adesão imediata e apoio da maior parte dos brasileiros ao regime militar.
C
ação de diferentes grupos de resistência ao regime militar, que conseguiram impor alguns limites à repressão no país, através da guerilha.
D
liberdade de expressão garantida pelo próprio regime, embora a constituição estabelecesse limites à imprensa através da censura prévia.
E
manutenção dos principais direitos do cidadão, como o voto direto para os cargos do executivo, embora houvesse forte perseguição à oposição.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

“Havendo esta assembleia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à Nação, de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia e convocar já uma outra (...) a qual deverá trabalhar sobre o projeto de constituição que eu hei de em breve apresentar.”

Decreto de D. Pedro I, de 12 de novembro de 1823 apud BENEVIDES, P. & VIEIRA, R. A. A. Textos Políticos da História do Brasil. Fortaleza: UF do Ceará, s/d. p. 124.


A constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, foi criticada pelos brasileiros, principalmente, porque

A
garantiu a indissolubilidade ao Poder Legislativo e o direito de vetar projetos imperiais.
B
estabeleceu o sufrágio universal e a periodicidade dos Poderes Legislativo e Judiciário.
C
conferiu ao Imperador grandes poderes, estabelecendo uma Monarquia de caráter absolutista.
D
estabeleceu uma Monarquia Parlamentar, seguindo o modelo clássico do parlamentarismo inglês.
E
criou o Poder Moderador que funcionava como um agente fiscalizador da harmonia e independência dos demais poderes.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Tabelas sobre o tráfico de escravos




Tomando como referência a lei inglesa do Bill Aberdeen em 1845 e a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, as tabelas acima sugerem que

A
com a lei Eusébio de Queirós, que rompeu todo tipo de tráfico de escravos no Brasil, a escravidão foi gradativamente desaparecendo.
B
grande parte dos escravos brasileiros no século XIX era de negros nascidos no Brasil, o que tornou indiferente à escravidão o fim do tráfico africano.
C
as pressões inglesas e o fim do tráfico foram responsáveis pelo crescimento do comércio interregional que sustentou a escravidão nas áreas de expansão cafeeira.
D
ocorreu uma redução da chegada de africanos no Brasil quando a Inglaterra passou a aprisionar navios negreiros, tornando desnecessária a lei brasileira extinguindo o tráfico.
E
para o Brasil, a intromissão inglesa significava um golpe à sua soberania.Por isto, o governo imperial fechou os olhos ao tráfico de africanos mesmo depois da Lei Eusébio de Queirós.
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IF-BA 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O encontro de Rodolfo
Cavalcante com Lampião
(Trecho de Cordel)


Foi Virgulino Ferreira
Pobre homem injustiçado
E por isto vingativo
Se tornou um acelerado,
Se a justiça fosse reta
Nem jornalista ou poeta,
O teria decantado.
(...)
Embora seja criança
Com meus 15 anos de idade
Pude ver em Lampião
Vítima da sociedade.
Talvez ele em outro meio
(Posso dizer sem receio)
Era útil à humanidade ! (...)

CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

“Obrigado pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do império temporariamente para outra parte dos meus domínios, (...) foi necessário procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor do trono e para segurar sua defesa contra a invasão de um poderoso inimigo. Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade e franquia do comércio e diminuição dos direitos de alfândegas (...).”

Príncipe regente, D. João VI, Rio de Janeiro, 7/3/1810. In: INÁCIO, I. C. & LUCA, T. R. de. Documentos de Brasil Colonial. São Paulo : Ática, 1983. p. 173.


A diminuição dos direitos de alfândega de que trata o texto, consequências dos Tratados de 1810, resultou no

A
aumento das exportações brasileiras na medida em que se legalizou o comércio com outros países da Europa.
B
incremento e consolidação do domínio inglês sobre o Brasil em função dos privilégios comerciais garantidos à Inglaterra.
C
estabelecimento no Brasil, das primeiras estradas de ferro interligando áreas produtoras aos portos, agilizando as exportações.
D
desenvolvimento da indústria manufatureira do Brasil incentivada pela entrada de capitais estrangeiros, em particular ingleses.
E
crescimento da produção agrária da colônia para atender a demanda dos vários países que passaram a comprar matéria prima brasileira.
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IF-BA 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Marginalizado legalmente, o escravo nem sempre o é materialmente, na medida em que pode desempenhar certas funções na dinâmica econômica urbana. Estas funções o colocam numa posição de certa independência material, imposta pelas próprias modalidades de seu exercício.”

MATTOSO, Kátia de Queirós. A cidade de Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1978.


Das várias modalidades de escravo existentes no Brasil do século XIX, aquela que se ajusta à analise da historiadora é:

A
o escravo da lavoura, pois sua importância na economia exportadora o tornava imprescindível e insubstituível.
B
o escravo de aluguel, pois representava um lucro extra ao seu dono, passando a ser bem tratado e respeitado.
C
o escravo doméstico, porque podia cair nas boas graças do senhor e passar a exercer certo poder sobre os demais escravos.
D
o escravo de ganho, pois sua atividade permitia-lhe certa autonomia e juntar algum dinheiro que serviria para a compra da alforria.
E
o escravo público, porque não tinha um dono específico o que lhe permitia uma certa liberdade de escolha da função que desempenharia.
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IF-BA 2019 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

No relato da professora Lúcia Guedes Mello, nos “anos de chumbo” da ditadura militar no Brasil, a agressão ao direito de manifestação era uma constante:

“Os meus universitários não poderiam estar longe do burburinho. Conta Cristina que numa passeata, na Avenida Sete, Rua Chile, Praça da Sé, ao passar pela Praça Municipal chega a polícia para dispersá-los. Ela corre para uma das ruas transversais e, de repente, um policial a intimida com um fuzil em riste. Noutra ocasião, sempre movimento de rua, na Avenida Sete, exatamente na Ladeira de São Bento, chega a polícia montada. Não sei como souberam. A turminha joga milhares de bolinhas de gude nas patas dos cavalos que começam a escorregar e sem estabilidade, os policiais caem. Os estudantes aproveitam e correm para o Mosteiro de São Bento que os abriga.”

MELLO, Lúcia Guedes. Sobradão. Salvador, Omar G, 2002. p. 287.

A ditadura militar no Brasil teve o seu início:

A
com o pacote de abril do Presidente Ernesto Geisel.
B
com o suicídio de Getúlio Vargas.
C
com a eleição indireta de Tancredo Neves.
D
com o golpe ao governo constitucional de João Goulart.
E
com o Ato Institucional nº 5 de 13 de dezembro de 1968.
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IF-BA 2019 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O relato do revolucionário Gregório Bezerra, nascido em 13 de março de 1900, expõe muito do drama social brasileiro: da seguinte forma:


“Gregório Bezerra só foi comer um “prato de arroz com farofa e carne de porco” aos 7 anos, quando já trabalhava como pequeno lavrador na fazenda de um velho latifundiário. Costumava fazer uma única refeição: farinha com migalhas de charque ou “pirão de água fria com um naco de bacalhau.”


PRIORE, Mary Del. Histórias da Gente Brasileira, volume 3, República – Memórias. Rio de Janeiro: LeYa, 2017. p. 286. 


Na Primeira República ou República Velha (1889-1930) no Brasil, a estrutura da economia brasileira de natureza agrário exportadora e latifundiária era a simbiose de um regime político que tinha como característica:


I – O poder oligárquico coronelista excludente da participação da maioria.

II – Os potentados locais controlavam o sistema eleitoral, fraudando o voto que era aberto e não secreto.

III – A Comissão Verificadora dos Poderes foi estabelecida pela “Política dos Governadores” fortalecendo o “jogo oligárquico”.

IV – Os latifundiários tinham o controle social dos trabalhadores rurais fortalecendo o seu mando político.


Marque a alternativa que apresenta as proposições verdadeiras:

A
Se somente as proposições II e III forem verdadeiras.
B
Se somente as proposições I, II e IV forem verdadeiras.
C
Se somente as proposições I e III forem verdadeiras.
D
Se todas as proposições forem verdadeiras.
E
Se somente as proposições I, III e IV forem verdadeiras.
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IF-BA 2019 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

“Mas é verdade que a cidade medieval, por sua lógica econômica fundada mais no dinheiro do que na terra, por seu sistema de valores no qual, em face do ideal aristocrático de hierarquia vertical, de duração, de ociosidade e de largueza, impunha a si mesmo outra concepção, outro ideal de hierarquia horizontal, do tempo, do trabalho e do cálculo, podia minar por dentro o sistema feudal para transformá-lo em sistema capitalista. Foi preciso, entretanto, esperar pela revolução industrial.”

LE GOFF, Jacques. O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo, Martins Fontes, 1992. p.58.

Em relação ao trabalho, a cidade feudal diferia do campo, entre outras razões, por:

A
Na cidade feudal, na sua maioria, o capital na forma de máquina estava no domínio da burguesia.
B
Na cidade o trabalho das corporações de ofício era executado pelo trabalhador na condição de escravo.
C
Na cidade feudal, na sua maioria, o trabalho era livre, ainda que as cidades sofressem a opressão senhorial.
D
Na cidade o trabalho das corporações de ofício era executado pelo trabalhador na condição servil.
E
A presença do maquinário fabril, nas cidades feudais, era o diferenciador do trabalho do campo, realizado de forma manual pelo camponês.
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IF-BA 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

A cultura ateniense desenvolveu o teatro como uma das suas artes, estendendo-se até as cidades de Roma Antiga. Entre os gêneros dessa manifestação artística podemos destacar:

A
O drama que evidenciava o amor proibido entre as famílias.
B
A tragédia que retratava histórias de fundo religioso com deuses e heróis.
C
A chanchada que procurava ridicularizar a sociedade ateniense.
D
A tragédia da aventura ateniense na expansão marítima e comercial.
E
A comédia que pelo escárnio e riso exaltava a vida dos heróis com grandes cenários que se movimentavam.
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IF-BA 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Voyages contém dados sobre mais de 3,8 milhões de escravos embarcados em navios luso-brasileiro na África e cerca de 3,4 milhões desembarcados nas Américas (…). A maior parte dos africanos trazidos por comerciantes luso-brasileiros embarcou em navios que haviam partido de portos brasileiros. De acordo com Voyages, pelo menos 37% dos escravos transportados por traficantes luso-brasileiros embarcaram em navios que haviam partido do Rio de Janeiro, 36% em navios saídos de Salvador da Bahia e 12% em embarcações de Recife em Pernambuco. O restante, cerca de 15%, foi transportado em navios que haviam partido de outros portos, com Lisboa, Porto, Belém do Pará e São Luís do Maranhão.”

SILVA, Daniel B. Domingues da. Brasil e Portugal no Comércio atlântico de escravos: um balanço histórico e estatístico. In. GUEDES, Roberto (org.). África – Brasileiros e Portugueses. Rio de Janeiro, Mauad X, 2013 p.53-54.

No início do século XVII, o tráfico de escravos da África para o Brasil passou a ser regular e tinha intima relação com as economias desenvolvidas no Brasil colonial. Com base nos dados apresentados, é possível afirmar que:

I – Pelos dados apresentados, o porto do Rio de Janeiro já era o mais concorrido para o desembarque de pessoas na condição de escravos, podendo evidenciar a maior atividade econômica desta região, como, por exemplo, a economia aurífera ou do ouro.

II – A cidade do Salvador, com base nos dados apresentados, mantinha o segundo lugar no trato de escravos podendo evidenciar a continuidade da importância da economia do açúcar e do tabaco.

III – Pernambuco, pelos dados do Voyages, aparecia com 12% dos navios embarcados revelando a falência da economia açucareira e aurífera daquela região.

IV – A presença de diversos portos no trato ou tráfico de escravos evidencia o quanto a economia do escravismo e da escravidão estavam disseminadas na Idade Moderna.

Marque a alternativa que apresenta as preposições verdadeiras:

A
Se somente as proposições I e III forem verdadeiras.
B
Se somente as proposições I, III e IV forem verdadeiras.
C
Se somente as proposições II e III forem verdadeiras.
D
Se somente as proposições I, II e IV forem verdadeiras.
E
Se todas as proposições forem verdadeiras.
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IF-BA 2019 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A Idade Moderna entre os séculos XV e XVIII foi um período de intensas mudanças sociais, políticas, econômicas, geográficas e culturais entre outras mudanças, entre as quais podemos ressaltar:

A
Na Idade Moderna, em razão do absolutismo dos reis, foi desenvolvida e implantada a cultura da tolerância religiosa, sobretudo entre católicos e luteranos após 1517.
B
A sociedade de Antigo Regime da Idade Moderna tinha como característica a igualdade perante a lei, fruto da Sociedade de Corte.
C
A expansão marítima, comercial e militar organizada pelos países europeus desenvolveu na América uma sociedade com base no trabalho livre e na liberdade comercial.
D
A Revolução Industrial, no século XVI, constituiu uma sociedade dividida entre capital e trabalho.
E
A formação do Estado Moderno constituindo o território mais ou menos centralizado, como foi o caso de Portugal e da Espanha.