Questõesde FGV sobre História

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FGV 2016 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

  Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois, com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer que provém de Deus? Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que, acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja? 

CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p. 71. 


O texto acima refere-se 

A
à perspectiva reformista de salvação humana pelo conjunto das obras e pelo conhecimento da Bíblia.
B
à afirmação do papel da Igreja como orientador do conhecimento divino e como base para a salvação.
C
ao livre arbítrio como guia para o conhecimento de Deus e como validação dos escritos sagrados.
D
à valorização da verdade inserida nas Sagradas Escrituras e à crítica à intermediação da Igreja.
E
ao culto aos santos e ao Espírito Santo como caminho para a compreensão dos desígnios de Deus.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

  A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário.

FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.

A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 

A
ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de enfraquecimento da economia paulista.
B
foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestes em aliança com a oligarquia gaúcha.
C
foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução Russa de 1917.
D
aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das oligarquias nordestinas.
E
foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
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FGV 2016 - História - História Geral

A foto acima registra o momento da premiação dos três primeiros colocados na disputa dos 200 metros rasos masculino. O gesto nela retratado

A
foi uma forma de protesto contra o regime do Apartheid na África do Sul.
B
relacionava-se à luta dos negros dos Estados Unidos contra o racismo.
C
revelava o descontentamento com a participação dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
D
inseria-se no conjunto de manifestações dos atletas latinos durante as Olimpíadas.
E
retratava o luto em memória à morte do guerrilheiro Ernesto Che Guevara, ocorrida um ano antes.
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FGV 2016 - História - História Geral

Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no sul e princípios do XVI no centro e no norte.

FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 46.


A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto afirmar que

A
a crise manifestara-se desde o século XI e caracterizou-se pela queda demográfica acentuada e pela desorganização das atividades agrícolas e manufatureiras da Europa latina.
B
a falta de moedas e a ausência de minas na Europa provocaram a paralisação das atividades mercantis e levaram à total desarticulação do feudalismo a partir do século XIV.
C
estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas são fatores que explicam a depressão econômica que marcou a Europa ocidental a partir do século XIV.
D
a crise foi provocada pelas divisões internas da Igreja de Roma, às quais se somariam os conflitos com o Sacro Império Romano Germânico, levando a uma desorganização política da Europa ocidental.
E
a depressão econômica foi causada pela expansão muçulmana na Península Ibérica, uma das áreas que haviam impulsionado o desenvolvimento econômico da cristandade ocidental.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Em 1934, um grupo de mulheres brasileiras, liderado por Bertha Lutz, elaborou um texto que ficou conhecido como Manifesto Feminista. Leia um trecho desse documento.

As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a Nação. Em todos os países e tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social; a autonomia constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social, legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral...

Apud DUARTE, C. L. “Feminismo e literatura no Brasil.” Revista de Estudos Avançados, v. 17, n. 49, set/dez 2003. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010#back19 acesso em 6/7/2016.

Tendo em vista a situação das mulheres no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que o texto

A
busca estimular as mulheres a exercerem o seu direito de voto que havia sido garantido pela Constituição Brasileira de 1891.
B
defende a superioridade das mulheres e condena as decisões da Constituição Brasileira de 1934, que negaram o direito ao voto feminino.
C
diverge das ações feministas do Rio Grande do Norte, que culminaram no exercício do direito de voto pelas mulheres em 1928.
D
reflete o clima de radicalização política no Brasil no período e acabou por impedir o avanço nas conquistas políticas das mulheres.
E
sustenta a igualdade de gêneros em sintonia com campanhas que consagraram o direito de voto para as mulheres na Constituição de 1934.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

Os Jogos Olímpicos da Era Moderna foram estabelecidos em 1896, com a realização do evento na Grécia. Seguidas edições ocorreram em 1900, 1904, 1908 e 1912. A respeito desse período é correto afirmar:

A
O sentimento de cooperação na partilha de mercados entre as grandes potências capitalistas estava em sintonia com o espírito olímpico dos Jogos.
B
A eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, não impediu a realização dos Jogos de Berlim em 1916, em respeito ao espírito olímpico.
C
A ampla difusão de competições náuticas e de equitação estava vinculada à valorização das atividades rurais e agrícolas das economias europeias.
D
As competições faziam parte da cultura da Belle Époque, que estimulava a formação dos esportistas (sportsmen) no contexto da industrialização europeia.
E
A extensa participação de delegações de Estados africanos coroava a política de descolonização então em curso.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

Soberania popular, igualdade civil, igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu caráter explosivo em 1789. Não conseguimos nos imaginar num mundo mental como o do Antigo Regime...

DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. Trad., São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 30.

As sociedades europeias do chamado Antigo Regime baseavam-se

A
no princípio da igualdade social e econômica e no direito divino de seus monarcas.
B
na ordenação social hierárquica e em concepções filosóficas ligadas a religiões.
C
na perspectiva da desigualdade social e em doutrinas religiosas democráticas.
D
na liberdade de expressão religiosa e no sentimento nacionalista.
E
na efetivação da igualdade jurídica e na mentalidade clerical.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

Sobre o México e o seu processo de emancipação política é correto afirmar:

A
Foi iniciado em 1810, com forte caráter popular, e concluído em 1821, como um movimento de elite.
B
Foi o único movimento de independência política comandado por escravos, libertos e mestiços.
C
Foi inspirado no princípio de unidade latino-americana defendido por Símon Bolívar.
D
Serviu de referência para os demais movimentos emancipatórios americanos pelo seu republicanismo.
E
Foi marcado pela ausência de conflitos armados, ao contrário dos demais movimentos americanos.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral

Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a dez de novembro, encontramos a barra de um grande rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago) e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos selvagens e constituídos dos alimentos do país, a saber, peixes e veação diversa, constante de carne de animais selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além de farinha feita de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns objetos de pequeno valor, como facas, podões e anzóis.

THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte/São Paulo, Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.

O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre 1555 e 1556, junto com outros franceses comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa expedição permite

A
constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo Mundo realizada por portugueses e espanhóis.
B
identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento dispensado aos indígenas pelos portugueses e franceses.
C
perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores europeus.
D
reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a montagem das estruturas produtoras coloniais.
E
diferenciar as orientações religiosas dos protestantes franceses das referências católicas ibéricas.
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FGV 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Tendo em vista a situação das mulheres no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que o texto

Em 1934, um grupo de mulheres brasileiras, liderado por Bertha Lutz, elaborou um texto que ficou conhecido como Manifesto Feminista. Leia um trecho desse documento.

    As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a Nação. Em todos os países e tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social; a autonomia constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social, legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral...

Apud DUARTE, C. L. “Feminismo e literatura no Brasil.” Revista de Estudos Avançados,
v. 17, n. 49, set/dez 2003.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010#back19 acesso em 6/7/2016.  

A
busca estimular as mulheres a exercerem o seu direito de voto que havia sido garantido pela Constituição Brasileira de 1891.
B
defende a superioridade das mulheres e condena as decisões da Constituição Brasileira de 1934, que negaram o direito ao voto feminino.
C
diverge das ações feministas do Rio Grande do Norte, que culminaram no exercício do direito de voto pelas mulheres em 1928.
D
reflete o clima de radicalização política no Brasil no período e acabou por impedir o avanço nas conquistas políticas das mulheres.
E
sustenta a igualdade de gêneros em sintonia com campanhas que consagraram o direito de voto para as mulheres na Constituição de 1934.
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FGV 2015 - História - História do Brasil, Reconstrução Democrática : Governo Sarney

Na primeira metade da década de 1980, começaram a surgir as propostas iniciais de política anti-inflacionária alternativa. Esses estudos constituíram o pano de fundo para o Plano Cruzado, lançado em 1986. Em 1994, o Plano Real enfim conseguiria domar a inflação. No intervalo desses dois planos, houve uma sucessão de outros (...).

VIDAL LUNA, F. e KLEIN, H. S., O Brasil desde 1980. São Paulo: A Girafa Editora, 2007, p. 75.

A respeito de um dos planos econômicos implementados no Brasil no período citado pelo texto acima, é correto afirmar:

A
O Plano Collor, de 1990, caracterizou-se pelo confisco de valores monetários das contas correntes e por uma política econômica protecionista.
B
O Plano Real, de 1994, caracterizou-se pela estabilização da moeda e pela ampliação de medidas protecionistas.
C
O Plano Bresser, de 1987, caracterizou-se pelo rompimento com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e por seu caráter liberal.
D
O Plano Verão, de 1989, caracterizou-se pela nacionalização das empresas estrangeiras e pelo controle da remessa de divisas ao exterior.
E
O Plano Cruzado, de 1986, caracterizou-se pelo tabelamento de preços e pela intervenção do Estado na economia.
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FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.

João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela

A
proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua liberação.
B
questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão.
C
ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a sua guarda.
D
crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses na região.
E
tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
614b1b06-1b
FGV 2015 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

      Hitler referia-se frequentemente à necessidade da guerra, oscilando do ponto de vista mítico ao do estrategista militar (...) e toda sua concepção de política se apoiava sobre a necessidade histórica de assegurar ao povo alemão seu espaço vital. Como o espaço vital sempre fora conservado ou conquistado pela luta, não via outra alternativa senão fazer uso ‘defensivo’ da guerra, que seria o ‘objetivo derradeiro da política’.

LENHARO, A., Nazismo. “O triunfo da vontade”. São Paulo: Ática, 1998, p. 75.

O “espaço vital” evocado na Alemanha nazista referia-se

A
a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de Versalhes.
B
ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses, poloneses e eslovacos.
C
aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites locais.
D
aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.
E
às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios alemães.
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FGV 2015 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

A imagem acima é representativa do movimento muralista mexicano, que, entre outras características, explorou temas da História do México. Nesse detalhe, é possível identificar a

A
ausência de elementos da religiosidade católica devido à valorização dos aspectos indígenas.
B
representação de uma História com pouca ênfase aos seus conflitos sociais e às tensões políticas.
C
mestiçagem cultural característica da formação do México e de diversos outros Estados latino-americanos.
D
crítica explícita à dominação imperialista dos Estados Unidos em relação ao México.
E
defesa do papel da elite mexicana como condutora dos destinos coletivos de sua nação.
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FGV 2015 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

Em um dos diálogos da peça intitulada Henrique VIII, de William Shakespeare, encenada em 1613, a rainha católica Catarina, primeira esposa do rei, desabafava:

Mesmo aqui poderemos falar, pois, em consciência, até hoje nada fiz que não pudesse revelar francamente em qualquer parte. Prouvera ao céu que todas as mulheres pudessem declarar a mesma coisa com igual liberdade. Meus senhores, uma felicidade sempre tive: isso de não ligar nunca importância ao fato de meus gestos comentados serem por toda a gente, de ficarem sob a vista de todos, e como alvo dos ataques da inveja e da calúnia, tão certa me acho de ter vida limpa. Se vindes para examinar a minha conduta como esposa, sede francos. Sempre a verdade ama linguagem rude.

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/oitavo.html

O monarca Henrique VIII governou a Inglaterra entre 1509 e 1547. Durante esse turbulento período,

A
o catolicismo foi consolidado na Inglaterra, por ação direta do rei, que se manteve aliado a Roma contra os monarcas ibéricos.
B
a liberdade de culto foi implementada, favorecendo a constituição de diversos grupos religiosos após a Reforma Protestante.
C
o casamento civil, desvinculado da cerimônia religiosa, foi estabelecido como alternativa para os diversos matrimônios do rei.
D
uma nova religião se formou, marcada por uma estrutura sacerdotal ligada diretamente ao Estado inglês e aos interesses do rei.
E
medidas legais foram criadas para impedir as mulheres de participarem da linha sucessória na monarquia inglesa.
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FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral

      “Ao analisar o mar de contradições em que a Espanha navegava nas primeiras décadas do século [XX], o filósofo e escritor espanhol Ortega y Gasset diagnosticava os problemas de seu país, usando uma metáfora: era a de uma Espanha invertebrada, sem esqueleto, que se fazia necessário tratar."

                                                               (Giselle Beiguelman-Messina, A guerra civil espanhola. 1994)

Sobre a metáfora de Ortega y Gasset, é correto afirmar que

A
as contradições espanholas do início do século XX dizem respeito somente aos problemas internos, isto é, instabilidade política criada pela ação dos sindicatos e, por outro lado, a estabilidade econômica caracterizada pela expansão da indústria, enriquecendo a burguesia, que luta pelas liberdades econômicas.
B
a Espanha é um país com fortes contradições internas, marcado pela crise econômica, pela desigualdade social, por disputas políticas acirradas, por tensões coloniais e nacionalistas, casos do País Basco e da Catalunha, condições que geram a explosão da Guerra Civil, em 1936.
C
a Espanha tem a marca da fragilidade interna, com a grave crise econômica dos inícios do século XX, que empobrece os grandes proprietários nobres e burgueses, representados na República e que, contraditoriamente, solucionam a questão interna das nacionalidades e, externa, das colônias, com acordos em nome da liberdade.
D
o tratamento oferecido pela Monarquia, pelo Exército e pela Igreja é o autoritarismo e a violência, afundando a Espanha em grave crise econômica, o que dá origem à Guerra Civil Espanhola, vitoriosa para os trabalhadores e camponeses, organizados pelos anarquistas, com a ajuda das Brigadas Internacionais.
E
as soluções para os problemas na Espanha estão ligadas à ação dos conservadores que, vitoriosos na Guerra Civil, com a ajuda militar nazifascista, mantêm o poder sobre Marrocos, controlam a Catalunha, e passam a governar atendendo aos principais interesses dos trabalhadores, mantendo a estabilidade econômica.
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FGV 2015, FGV 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Leia as tabelas.

                          

A partir das tabelas e da história brasileira desde os anos 1940, é correto afirmar que

A
uma situação paradoxal ocorreu na sociedade brasileira nos últimos sessenta anos, pois o processo de urbanização foi mais rápido nas regiões produtoras de mercadorias industrializadas, mas a melhoria dos indicadores sociais nessas regiões chegou a estagnar em algumas áreas.
B
desde os anos 1950, o Brasil já era considerado um país essencialmente urbano, porém as condições de saúde e educação melhoraram no Sul e no Sudeste e tiveram uma acentuada piora no Norte e no Nordeste, além do Centro-Oeste, ainda hoje de maioria da população no campo.
C
uma transformação vivenciada no Brasil, talvez a mais marcante da segunda metade do século XX, foi a forte onda de urbanização, fenômeno importante porque foi um dos provocadores da melhoria de todos os indicadores sociais apresentados.
D
a lenta passagem do Brasil de país rural para urbano, condição atingida em meados dos anos 1980, produziu uma série de efeitos negativos, como a estagnação do grau de escolaridade entre os mais jovens e a frágil melhora no aumento de expectativa de vida.
E
a mais significativa mudança na organização social brasileira no século XX refere-se ao excepcional processo de urbanização nas áreas mais pobres do Norte e do Nordeste, mas que não veio acompanhado de efeitos positivos na maioria dos indicadores sociais.