Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico
(1200-1316) a Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia
até fins do século XV no sul e princípios do XVI no centro e no norte.
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed.,
São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 46.
A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto
afirmar que
Sem dúvida, podemos afirmar que após uma fase A de crescimento econômico (1200-1316) a Europa Ocidental entrou numa fase B depressiva, que se estenderia até fins do século XV no sul e princípios do XVI no centro e no norte.
FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 2a ed., São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 46.
A respeito da situação de retração econômica apontada pelo autor, é correto
afirmar que
Gabarito comentado
Resposta: alternativa C
Tema central: trata-se da crise econômica da Europa Ocidental a partir do século XIV — um processo de retração que decorre de múltiplos fatores (demográficos, militares, climáticos e econômicos) e marcou o fim da longa fase de crescimento medieval.
Resumo teórico e progressivo:
Principais causas: a Peste Negra (1347–1351) provocou queda demográfica brusca; as guerras prolongadas (por exemplo, a Guerra dos Cem Anos) destruíram rendas e rotas comerciais; o arrefecimento climático (Pequena Idade do Gelo) reduziu colheitas; tudo isso gerou retração do comércio e pressões sobre o sistema feudal.
Resultado: menor produção, inflação ou deflação local, crise de mão de obra que alterou relações sociais e econômicas — nem um colapso instantâneo do feudalismo, nem paralisação absoluta das trocas.
Justificativa da alternativa C:
Ao listar estagnação tecnológica, queda demográfica e guerras prolongadas, a alternativa C apresenta os fatores centrais apontados pela historiografia para explicar a depressão econômica do século XIV. A combinação dessas causas explica a redução da produção, a interrupção de rotas comerciais e a fragilização das estruturas econômicas regionais. Fontes clássicas como Franco Júnior (A Idade Média) e estudos de Fernand Braudel corroboram essa visão de múltiplas causas.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: localiza a crise desde o século XI e fala de queda acentuada já então. Na verdade, os séculos XII–XIII foram de crescimento agrícola e urbano; a crise aparece sobretudo do século XIV.
B — incorreta: há escassez monetária em alguns períodos, mas não “ausência de minas” generalizada nem paralisação total do comércio; o feudalismo sofreu transformações, não desarticulação total imediata.
D — incorreta: disputas eclesiásticas (ex.: Cisma do Ocidente) e conflitos políticos influenciaram a época, porém não são a explicação principal da crise econômica — são causas políticas ou ideológicas, não a raiz econômica central.
E — incorreta: a expansão muçulmana na Península Ibérica ocorreu em períodos anteriores; no século XIV a questão ibérica não explica a depressão europeia generalizada.
Dica de interpretação: busque marcadores cronológicos (quando começou?), prefira respostas que ofereçam explicações múltiplas e coerentes (causalidade complexa) e desconfie de termos absolutos como “total” ou “desde o século XI”.
Fontes rápidas: Franco Júnior, A Idade Média; Fernand Braudel, Civilisation matérielle, économie et capitalisme (para contexto estrutural).
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