Questõesde FGV sobre História

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Foram encontradas 133 questões
2e562b3d-d8
FGV 2014 - História - História Geral, Construção do Estado Liberal: Independência das Treze Colônias (EUA)

Em 1776, foi declarada a emancipação política dos Estados Unidos. Comparando o processo de independência estadunidense com outros casos na América, podemos afirmar que

A
a independência dos Estados Unidos foi pacífica, semelhante ao processo brasileiro e diferente do restante da América espanhola, caracterizado pelas guerras contra forças metropolitanas.
B
a escravidão não foi abolida pelo governo dos Estados Unidos no momento da independência política, de maneira semelhante ao que ocorreu no Brasil e na maior parte da América Latina.
C
ao contrário do caso brasileiro e latino-americano, a independência dos Estados Unidos foi liderada pelas camadas populares da sociedade colonial.
D
a instauração de repúblicas democráticas é um traço comum entre o processo de emancipação política dos Estados Unidos e o das outras nações do continente americano.
E
ao estabelecer a sua independência, os líderes estadunidenses imediatamente concederam direito de voto às mulheres, o que não ocorreu no Brasil e tampouco no restante da América Latina.
2e52df1e-d8
FGV 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa.

Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p. 140.

O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar:

A
A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações sociais dos guerreiros germânicos.
B
O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana.
C
A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI.
D
Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a síntese social com os romanos.
E
A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.
4cc01cd9-d7
FGV 2013 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral

Observe o infográfico abaixo.


Com base no infográfico, é correto afirmar:

A
A principal característica do Império Austro-Húngaro, no início do século XX, era a articulação entre diversas nacionalidades através de um democrático regime parlamentarista inspirado na experiência inglesa.
B
O Império Austro-Húngaro constituiu-se como reação nacionalista à ofensiva do Império napoleônico, que procurou incorporar antigos domínios dos Habsburgos e do Sacro Império Romano-Germânico.
C
A inabilidade política em lidar com as minorias foram fatores importantes no agravamento das tensões que desembocaram na fragmentação e colapso do Império Austro-Húngaro em 1918.
D
A indiscutível maioria eslava levou o Império Austro-Húngaro a articular-se com Rússia e Inglaterra na formação da Tríplice Entente, que combateria alemães, italianos e franceses durante a Primeira Guerra Mundial.
E
Apesar da heterogeneidade da constituição do Império Austro-Húngaro, a questão das nacionalidades não se revelou relevante no contexto da Primeira Guerra Mundial.
4cb7998b-d7
FGV 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelhados; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.


ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p. 69.


O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse respeito é correto afirmar:

A
O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o rio Parnaíba.
B
A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
C
Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto que nos engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
D
Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio, passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
E
A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos das Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais e aos comerciantes reinóis.
4cb43d6e-d7
FGV 2013 - História - História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

Após um longo período de dominação egípcia, os kushitas reorganizaram seus domínios a partir do século IX e estabeleceram Napata como a capital do seu império. Analise o mapa abaixo com atenção e assinale a alternativa correta:

A
O império de Kush estabeleceu-se ao sul do Egito e caracterizou-se pela economia de subsistência.
B
O Império de Kush estendeu seus domínios em direção ao deserto do Saara e controlou diversas rotas saarianas.
C
Apesar da expansão kushita, o império não desenvolveu núcleos urbanos ou uma base administrativa.
D
Os persas conquistaram todos os domínios kushitas no século VII a.C.
E
O império de Kush conseguiu estender seus domínios até o norte do Egito nos séculos VIII e VII a.C.
1e2f5da3-b0
FGV 2015 - História - História Geral, Questões no Oriente Médio do pós guerra

Em julho de 2015, foi fechado um acordo nuclear entre o Irã e o grupo chamado "P5+1": Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha. Entre os pontos do acordo, constam a limitação, em 98%, dos estoques de urânio enriquecido iraniano e o livre acesso de inspetores internacionais ao programa nuclear de Teerã, em troca do alívio das sanções internacionais impostas àquele país do Oriente Médio. Esse acordo não deixou a comunidade internacional indiferente, pois interfere nos equilíbrios regionais de poder ilustrados no mapa a seguir.

A respeito dos conflitos geopolíticos no Oriente Médio, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa.
( ) A Arábia Saudita considera que a suspensão das sanções econômicas pode ocasionar o fortalecimento do Irã, o que iria desafiar a hegemonia regional saudita e estimular seus inimigos xiitas no Iraque e no Iêmen.
( ) O primeiro-ministro de Israel avalia esse acordo como um "erro histórico", pois não acredita ele que irá resultar na redução do poderio nuclear iraniano, o que constituiria uma ameaça direta à sobrevivência do Estado judaico.
( ) Lideranças religiosas iranianas interpretam a suspensão dos embargos econômicos como insuficiente, uma vez que estimularia a OPEP a manter a proibição de comercialização do petróleo iraniano no mercado internacional.

As afirmações são, respectivamente,

A
F - V - F.
B
V - V - F.
C
F - V - V.
D
V - F - F.
E
F - F - V.
1e004e71-b0
FGV 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão. 2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.

O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela

A
proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua liberação.
B
questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão.
C
ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a sua guarda.
D
crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holandeses na região.
E
tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
1e0878a4-b0
FGV 2015 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Hitler referia-se frequentemente à necessidade da guerra, oscilando do ponto de vista mítico ao do estrategista militar (...) e toda sua concepção de política se apoiava sobre a necessidade histórica de assegurar ao povo alemão seu espaço vital. Como o espaço vital sempre fora conservado ou conquistado pela luta, não via outra alternativa senão fazer uso ‘defensivo’ da guerra, que seria o ‘objetivo derradeiro da política’.

LENHARO, A., Nazismo. “O triunfo da vontade”.

São Paulo: Ática, 1998, p. 75.


O “espaço vital” evocado na Alemanha nazista referia-se

A
a territórios localizados a leste da Alemanha e às áreas cedidas à França pelo Tratado de Versalhes.
B
ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses, poloneses e eslovacos.
C
aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites locais.
D
aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.
E
às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios alemães.
1dfbaa84-b0
FGV 2015 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

 Em um dos diálogos da peça intitulada Henrique VIII, de William Shakespeare, encenada em 1613, a rainha católica Catarina, primeira esposa do rei, desabafava:


    Mesmo aqui poderemos falar, pois, em consciência, até hoje nada fiz que não pudesse revelar francamente em qualquer parte. Prouvera ao céu que todas as mulheres pudessem declarar a mesma coisa com igual liberdade. Meus senhores, uma felicidade sempre tive: isso de não ligar nunca importância ao fato de meus gestos comentados serem por toda a gente, de ficarem sob a vista de todos, e como alvo dos ataques da inveja e da calúnia, tão certa me acho de ter vida limpa. Se vindes para examinar a minha conduta como esposa, sede francos. Sempre a verdade ama linguagem rude.


http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/oitavo.html


O monarca Henrique VIII governou a Inglaterra entre 1509 e 1547. Durante esse turbulento período, 

A
o catolicismo foi consolidado na Inglaterra, por ação direta do rei, que se manteve aliado a Roma contra os monarcas ibéricos.
B
a liberdade de culto foi implementada, favorecendo a constituição de diversos grupos religiosos após a Reforma Protestante.
C
o casamento civil, desvinculado da cerimônia religiosa, foi estabelecido como alternativa para os diversos matrimônios do rei.
D
uma nova religião se formou, marcada por uma estrutura sacerdotal ligada diretamente ao Estado inglês e aos interesses do rei.
E
medidas legais foram criadas para impedir as mulheres de participarem da linha sucessória na monarquia inglesa.
83f1f36f-97
FGV 2015, FGV 2015 - História

A imagem a seguir é uma foto que retrata a marcha dos “18 do Forte”, ocorrida em 5 de julho de 1922, quando o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi tomado durante um levante militar.

Esse movimento está relacionado

2a46ccb2-1c
FGV 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Viva Vaia é um poema concreto publicado em 1972 e dedicado ao compositor Caetano Veloso, que havia sido vaiado por grande parte do público presente ao Teatro Tuca, no Festival Internacional da Canção de 1968. Desde então, em diversos momentos, o poema é utilizado com intuito de dar significação a episódios da cena política e cultural brasileira.


Sobre o contexto de sua elaboração, podemos afirmar que se trata

A
de um período de contestações à Ditadura Militar, de ampliação das liberdades democráticas no país e de intensa efervescência cultural.
B
do momento da deposição do presidente João Goulart e da intensificação da repressão cultural.
C
da radicalização política do movimento estudantil contra a Ditadura Militar e de utilização da cultura como expressão política.
D
do descontentamento dos jovens com o conservadorismo da música popular brasileira durante a Ditadura Militar.
E
do momento de aceitação das ações repressivas da Ditadura Militar por meio da música e da poesia.
2a3a761d-1c
FGV 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência.

LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.

A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média

A
foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império Romano.
B
tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social.
C
foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as cidades.
D
levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo.
E
foram particularmente catastróficas na parte Oriental do mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos germânicos.
2a3d41ab-1c
FGV 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Os chamados Atos de Navegação, instituídos na Inglaterra em 1651,

A
eram recomendações teóricas que buscavam estimular o livre comércio internacional.
B
constituíram-se como um instrumento jurídico que proibia o tráfico de escravos para a América inglesa.
C
foram uma forma de articulação entre a Inglaterra e o poderio naval holandês frente ao poderio ibérico.
D
estabeleceram regras para a navegação marítima visando combater as práticas de pirataria.
E
eram um conjunto de leis que ampliavam o controle metropolitano inglês sobre as suas colônias.
2a402d4c-1c
FGV 2016 - História - História do Brasil

Examine o mapa


Com base no mapa, é correto afirmar:

A
A província de Pernambuco perdeu parte de seu território, correspondente à margem esquerda do Rio São Francisco, como represália do poder central, logo após o final da Confederação do Equador.
B
O mapa reforça a perspectiva de que o processo de emancipação política no Brasil foi completamente pacífico e resumiu-se às articulações em São Paulo e Rio de Janeiro.
C
A Confederação do Equador tinha como objetivo estabelecer uma monarquia constitucional no Nordeste, tendo como base a província de Pernambuco
D
A separação da província de Cisplatina, que posteriormente se tornaria o Uruguai, ocorreu devido à lealdade de suas lideranças políticas à monarquia portuguesa.
E
Os conflitos registrados no Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia tinham caráter republicano e revelavam o descontentamento com o arranjo politico que estabeleceu a monarquia no Brasil.
2a43a585-1c
FGV 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A economia colonial na América portuguesa esteve assentada, principalmente, na produção em larga escala voltada ao abastecimento dos mercados europeus, visando atender aos interesses metropolitanos. Mesmo assim, na colônia, desenvolveu-se o mercado interno que teve como uma de suas características

A
o intenso comércio de manufaturados produzidos no Rio de Janeiro.
B
a comercialização de pedras preciosas na Zona da Mata.
C
a venda de gêneros alimentícios em São Paulo provenientes do Nordeste.
D
a circulação de tropeiros que ligava o Sul à região de Sorocaba.
E
as transações imobiliárias envolvendo fazendas pecuaristas na Amazônia.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

A charge, publicada em 1981 no jornal Folha de S. Paulo, faz referências a um momento particular do último governo da ordem autoritária instaurada em 1964, porque

A
reforça a convicção do presidente sobre a necessidade de uma abertura política efetivamente democrática, inclusive com eleições presidenciais diretas para o seu sucessor, mas entende que a volta da inflação pode impedir esse formato institucional.
B
indica a reação do presidente frente a dois grandes problemas: os atentados praticados por grupos de extrema- -direita, contrariados com o processo de abertura política, nascido no governo anterior, e a forte inflação, que atingiu quase 100% em 1981.
C
recrimina o presidente porque este condiciona a continuidade do processo de abertura política ao melhoramento nas condições econômico-financeiras do país, em uma conjuntura particularmente complexa, marcada por uma hiperinflação e queda acentuada do PIB.
D
assinala a preocupação do presidente com dois eventos interligados: o acelerado ritmo da abertura política provocado pelo avanço das oposições nos pleitos municipais e o primeiro episódio de hiperinflação, associado à recessão econômica e à crise do petróleo.
E
destaca a provocação do presidente às organizações de esquerda que ainda defendiam o caminho da luta armada para a conquista do poder, mas reconhece a incapacidade do seu governo em conter a espiral inflacionária, provocada pelos aumentos salariais da década de 1970.
8fdac648-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

Tudo muda.
De novo começar podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido:
E a água que pões no vinho, não podes mais separar.
(...)
Porém, tudo muda: com o último alento podes
de novo recomeçar.
(Bertold Brecht)

É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se costuma dar o nome de descolonização.

(Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985)

A partir dos textos, é correto afirmar que

A
a colonização europeia foi inseparável da descolonização da Ásia e da África do século XX, pois o nacionalismo, um valor ocidental, foi usado pela classe dirigente que, identificada com o Estado Nacional, não respeitou as tradições locais, isto é, a descolonização não destruiu a colonização; água e vinho estão misturados.
B
a descolonização da Ásia e da África, no século XX, fez surgir novos povos, identificados com suas tradições e com valores antigos, essenciais para a estabilidade dos Estados e das nações, geridos pela classe dirigente, distante do velho colonialismo; a descolonização rompeu com a colonização, isto é, separou a água do vinho.
C
a descolonização da Ásia e da África no século XIX, como continuidade ao colonialismo europeu, identificou-se com a classe dirigente internacional, preservou as principais tradições e criou o Estado Nacional a partir do nacionalismo, valor tribal que garantiu estabilidade para aquelas regiões; portanto, a água não se separou do vinho.
D
a descolonização da Ásia e da África, no século XX, foi um processo separado da colonização, pois os valores da tradição foram rompidos e surgiu o Estado Nacional como criação da classe dirigente local, cujos interesses estavam alinhados com o capitalismo internacional, o que significou desenvolvimento para a maioria; água e vinho estão separados.
E
o processo de descolonização do século XX, na Ásia e na África, é revolucionário na medida em que destruiu o velho colonialismo e colocou no poder a classe dirigente local, identificada com o capitalismo internacional, que organizou o Estado Nacional segundo os interesses de estabilidade e de desenvolvimento para todos; água e vinho estão separados.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Revolução Russa de 1917

Controle público absolutamente indispensável. (...) Corrupção inevitável (...) A prática do socialismo exige uma completa subversão no espírito das massas (...). Instintos sociais em lugar dos instintos egoístas (...). Mas ele [Lenin] se engana completamente no emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos inspetores de fábrica, sanções draconianas, terror (...). A única via que leva a um renascimento é a própria escola da vida pública, uma democracia mais ampla (...). É justamente o terror que desmoraliza.

(Rosa Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974. Adaptado)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
o processo de criação do Estado socialista na Rússia, a partir de 1917, faz-se com métodos violentos, defendidos pela autora: esvaziamento do poder dos sovietes, fortalecimento da polícia secreta, burocracia e implantação de uma ditadura para realizar as mudanças econômicas tão importantes naquele momento de crise.
B
o texto da militante comunista é uma crítica à forma como a Revolução de 1917, liderada por Lenin, organizou o Estado de forma centralizadora, burocrática, sem tolerar a oposição, impunha a requisição de grãos, a estatização com o comunismo de guerra, afastando-se da democracia.
C
a militante anarquista russa critica a forma como a liderança menchevique usa meios violentos para implantar o socialismo, baseado na reforma agrária, no controle dos bancos, dos transportes e das riquezas do subsolo, na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumentar o poder dos sovietes.
D
a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia avançado no seu projeto de construção do Estado socialista e no êxito de suas realizações econômicas: controle da máquina administrativa para evitar a corrupção, a organização do Estado de forma democrática e o estabelecimento da propriedade coletiva.
E
a militante comunista alemã, a partir de uma crítica contundente, aponta erros na rota planejada por Lenin para o Estado socialista russo e sugere caminhos como: o controle público da economia, o terror com a polícia secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, por fim, a ditadura para garantir os princípios socialistas.