Questõesde FMP
Considere as seguintes assertivas:
I. De acordo com o texto, a leitura da Bíblia é recomendável a um poeta
jovem.
II. Para o autor, o erro dos poetas ingleses mais respeitáveis foi não ler a
Bíblia.
III. De acordo com o texto, os poetas modernos leram a Bíblia de muitas
maneiras, inclusive religiosamente.
IV. Para o autor, os dramaturgos de seu país também são leitores da Bíblia.
De acordo com o texto, quais assertivas são verdadeiras?
Leia o seguinte conto extraído do livro Enquanto água, de Altair Martins.
Quase oceano quase vômito
Aquele rio não aceitaria assim tão fácil. Dominava um continente e um
pátio no oceano. E quando amanheceu completamente água, e nu, como se
nascendo, não houve quem não se espantasse. Era o primeiro dos tantos rios
que, sem explicação, voltavam à limpidez original. Eram rios tão puros que os
leitos podiam ser lidos.
Mas depois de uma semana em que dele se bebeu, através dele se olhou,
em cujas águas se liberaram pesca e banho, o rio sumiu. Foi o primeiro de
tantos outros que, sem explicação, amanheceram buraco, sob uma nuvem
inteira, pesada e negra.
E durante uma semana, também sem explicação, aquele foi o primeiro rio
a chover pneu, garrafa plástica, chinelo de dedo, sofá, cimento e ferro,
cadáveres de homens e de bichos, tijolos, papéis, urina e fezes. Separava-se,
primeiro ele, seguido de outros rios, do contato humano. E devolvia, de dentro
de si, um rio, quase oceano quase vômito, da matéria que não lhe pertencia.
(MARTINS, Altair. Enquanto água. Rio de Janeiro: Record, 2011, p. 105)
Com base na leitura do conto Quase oceano quase vômito, de Altair
Martins, considere as seguintes afirmações sobre o livro Enquanto água.
I. Quase oceano quase vômito aproxima-se de um poema em prosa, mas
não um poema derramado em lirismo, pois eis que há muita
contundência e sujeira nessa imagem do rio que se decide pela revolta
contra o jugo humano e que, insurgindo-se, cospe de volta sobre as
pessoas tudo que nele tentaram esconder ou aniquilar.
II. Em Enquanto água, Altair Martins reúne dezoito contos "líquidos", às
vezes turvos, às vezes transparentes. Para isso, ele dividiu em quatro
grupos: Chuva na cara, Depois da chuva, Garoa e Água com gás. Os
contos pertencentes ao terceiro grupo, Garoa, tratam de pessoas que
vivem a condição de desamparo.
III. A água é o ponto chave do livro de Altair Martins. Às vezes ela
aparece apenas como rio, mar ou chuva, mas muitas vezes como
metáfora de sentimentos humanos. O sentimento, implícito, no conto
Quase oceano quase vômito é o de harmonia do homem com a
natureza.
Está(ão) correta(s):
Aquele rio não aceitaria assim tão fácil. Dominava um continente e um pátio no oceano. E quando amanheceu completamente água, e nu, como se nascendo, não houve quem não se espantasse. Era o primeiro dos tantos rios que, sem explicação, voltavam à limpidez original. Eram rios tão puros que os leitos podiam ser lidos.
Considere o trecho “our modern poets are all, to a man, almost as well
read in the Scriptures as some of our divines [“teólogos”], and often
abound more with the phrase […]” (linhas 7, 8 e 9) e analise estas
assertivas:
I. Os poetas modernos têm melhor domínio da palavra que alguns teólogos.
II. Os poetas modernos são quase tão bons conhecedores da Bíblia quanto
alguns teólogos.
III. O autor separa os poetas modernos, humanizando-os (“to a man”), dos
teólogos, que, como a própria palavra “divines” indica, estariam mais
próximos do divino.
IV. Tanto o texto dos poetas modernos quanto o dos teólogos são
frequentemente abundantes em frases.
Quantas estão corretas?
Leia o seguinte texto.
Precursor do conto fantástico no Brasil
Na literatura brasileira, Rubião é visto como iniciador ou precursor do conto
fantástico. Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Lobato e outros teriam feito
incursões rápidas no terreno do fantástico, mas a penetração sistemática
nessa esfera vem do contista mineiro. Em uma crítica ao seu primeiro livro,
Álvaro Lins aponta a proximidade com Kafka, mas Murilo Rubião diz que foi
lê-lo apenas depois. Em todo caso, a escolha narrativa mostra parentesco
entre os dois escritores e faz de Rubião um caso singular na literatura
brasileira.
(SANSEVERINO, Antônio. In. Leituras Obrigatórias 2014 –
UFRGS/organizado por Sergius Gonzaga. Porto Alegre: Leitura XXI, 2013.
p. 104)
Com base no texto de Antônio Sanseverino, considere as seguintes
afirmações sobre a obra de Murilo Rubião.
I. Nos contos de Murilo Rubião, o fantástico, como categoria estética,
insere-se numa forma de relato que introduz um dado espantoso
(sobrenatural ou não) que escapa à explicação rotineira e põe em
xeque a vida cotidiana, normal.
II. No conto O pirotécnico Zacarias a influência de Machado de Assis se
evidencia com força. A abertura lembra Memórias póstumas de Brás
Cubas. Nela o narrador discute sua condição de morto e a relação com
os outros, os vivos.
III. Em O convidado, a atmosfera kafkiana se dissolve a partir do momento
em que José Alferes descobre que está sendo vítima de um golpe. A
partir desse momento, o conto adquire uma dimensão realística.
Está(ão) correta(s):
Na literatura brasileira, Rubião é visto como iniciador ou precursor do conto fantástico. Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Lobato e outros teriam feito incursões rápidas no terreno do fantástico, mas a penetração sistemática nessa esfera vem do contista mineiro. Em uma crítica ao seu primeiro livro, Álvaro Lins aponta a proximidade com Kafka, mas Murilo Rubião diz que foi lê-lo apenas depois. Em todo caso, a escolha narrativa mostra parentesco entre os dois escritores e faz de Rubião um caso singular na literatura brasileira.
O fragmento “conversant in” (linha 2) pode ser substituído, sem alterar o
sentido da oração em que se encontra, por:
Leia o seguinte texto extraído do romance Vidas secas, de Graciliano
Ramos.
- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
(...) E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em
guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e
os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios,
descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse
percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
- Você é um bicho, Fabiano.
Isso para ele era motivo de orgulho. Sim, senhor, um bicho, capaz de vencer
dificuldades.
(RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p.
18. – fragmento)
Considere as seguintes afirmações sobre o romance Vidas secas.
I. O livro apresenta um retrato brutal da dura existência no sertão
nordestino, em que bichos e homens são igualados na tentativa de
sobreviver às agruras da seca.
II. Fabiano questiona a própria humanidade para concluir, com a
sabedoria de um homem letrado, que é um “bicho”.
III. A hostilidade da natureza e a opressão do sistema rural arcaico
parecem eliminar do vaqueiro e de sua família vários traços de
humanidade, impelindo, principalmente, Fabiano a se tornar um
facínora.
Está(ão) correta(s):
Leia o seguinte texto extraído do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos.
- Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
(...) E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
- Você é um bicho, Fabiano.
Isso para ele era motivo de orgulho. Sim, senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.
(RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 71. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. p. 18. – fragmento)
Considere as seguintes afirmações sobre o romance Vidas secas.
I. O livro apresenta um retrato brutal da dura existência no sertão nordestino, em que bichos e homens são igualados na tentativa de sobreviver às agruras da seca.
II. Fabiano questiona a própria humanidade para concluir, com a sabedoria de um homem letrado, que é um “bicho”.
III. A hostilidade da natureza e a opressão do sistema rural arcaico parecem eliminar do vaqueiro e de sua família vários traços de humanidade, impelindo, principalmente, Fabiano a se tornar um facínora.
Está(ão) correta(s):
Leia o seguinte fragmento extraído do livro Verdade Tropical, de
Caetano Veloso.
A ideia do canibalismo cultural servia-nos, aos tropicalistas como uma
luva. Estávamos “comendo” os Beatles e Jimi Hendrix. Nossas argumentações
contra a atitude defensiva dos nacionalistas encontravam aqui uma formulação
sucinta e exaustiva. Claro que passamos a aplicá-la com largueza e intensidade,
mas não sem cuidado, e eu procurei, a cada passo, repensar os termos em que a
adotamos.
(VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras,
1997, p. 247)
Considere as seguintes afirmações sobre o Tropicalismo.
I. A metáfora oswaldiana da devoração, que propunha não imitar e sim
devorar a informação nova, inspirou Caetano e Gil em suas ações
tropicalistas.
II. Na opção tropicalista, para Caetano Veloso, o foco da preocupação
política foi deslocado da área da rebeldia para o eixo da revolução social.
III. O Tropicalismo apresentou-se com uma proposta que se pretendia
artística, mas devido a sua força contestadora levou a discussão para
além dos muros da música ou mesmo da arte, tornando-se símbolo não
só de uma estética, mas também de uma proposta ideológica.
Está(ão) correta(s):
Assinale a alternativa INCORRETA em relação à primeira geração do
modernismo brasileiro.
Leia, a seguir, o poema Soneto da separação, de Vinícius de Moraes.
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
(MORAES, Vinícius. Livro de Sonetos – 1957/1967. São Paulo: Companhia
das Letras, 1991.)
Considere as seguintes afirmações sobre o poema de Vinícius de
Moraes.
I. O amor, e sua rima mais conhecida e banalizada, a dor, sempre
caminharam juntos da poética de Vinícius de Moraes.
II. Nos inúmeros poemas de amor de Vinícius, a influência da poesia
camoniana é muito forte e pode ser observada na tentativa de analisar
o amor, na preferência pelo soneto como forma poética, e no uso
frequente de antíteses para expressar a ausência total de contradições
próprias desse sentimento.
III. A ideia central de Soneto da separação, em que as antíteses mostram
o impacto da perda do amor na vida das pessoas, é o amor como um
sentimento poderoso e fugaz.
Está(ão) correta(s):
Leia o seguinte texto:
Os sertões e a tragédia republicana
Os sertões é uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a
ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à
construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica
da natureza. Euclides recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a
epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um
enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular. A epopeia gloriosa
da República brasileira, pela qual combatera na juventude, adquiriu caráter de
tragédia na violenta intervenção militar que testemunhou em Canudos.
(Roberto Ventura. Do mar se fez o sertão de
Euclides da Cunha e Canudos. www.euclidesdacunha.org/ventura.htm)
Com base no texto de Roberto Ventura considere as seguintes
afirmações sobre Os sertões, de Euclides da Cunha.
I. Em Os sertões, Euclides da Cunha jamais pôs de lado as ideologias
colonialistas, deixando falar em si o republicano fanático, destacando,
fundamentalmente, a barbárie dos “rudes patrícios transviados”.
II. Quando a República, no seu fanatismo civilizador, extermina o
sertanejo, cumpre uma lei da “evolução”, mas também pratica um ato
de fratricídio e automutilação nacional – numa guerra de assédio, cuja
sombria grandiosidade lembra a Ilíada, a que alude a metáfora da Troia
de taipa empregada na obra.
III. Com seu caráter de epopeia nacional e sua implícita, embora trágica,
teologia política, Os sertões é um livro fundador, uma súmula da
nacionalidade, uma obra que, com suas ambiguidades e contradições,
cria uma imagem do Brasil real e ideal, em que a nação se reconhece
até hoje.
Está(ão) correta(s):
Leia o seguinte texto:
Os sertões e a tragédia republicana
Os sertões é uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a
ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à
construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica
da natureza. Euclides recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a
epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um
enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular. A epopeia gloriosa
da República brasileira, pela qual combatera na juventude, adquiriu caráter de
tragédia na violenta intervenção militar que testemunhou em Canudos.
(Roberto Ventura. Do mar se fez o sertão de Euclides da Cunha e Canudos. www.euclidesdacunha.org/ventura.htm)
Com base no texto de Roberto Ventura considere as seguintes afirmações sobre Os sertões, de Euclides da Cunha.
I. Em Os sertões, Euclides da Cunha jamais pôs de lado as ideologias colonialistas, deixando falar em si o republicano fanático, destacando, fundamentalmente, a barbárie dos “rudes patrícios transviados”.
II. Quando a República, no seu fanatismo civilizador, extermina o sertanejo, cumpre uma lei da “evolução”, mas também pratica um ato de fratricídio e automutilação nacional – numa guerra de assédio, cuja sombria grandiosidade lembra a Ilíada, a que alude a metáfora da Troia de taipa empregada na obra.
III. Com seu caráter de epopeia nacional e sua implícita, embora trágica, teologia política, Os sertões é um livro fundador, uma súmula da nacionalidade, uma obra que, com suas ambiguidades e contradições, cria uma imagem do Brasil real e ideal, em que a nação se reconhece até hoje.
Está(ão) correta(s):
Atente para as afirmativas relativas ao texto 4:
I – A palavra “Mas”, na última frase do primeiro parágrafo, classifica-se como
conjunção coordenativa.
II – A palavra “que”, na primeira frase do segundo parágrafo, classifica-se
como conjunção integrante.
III – A expressão “desses fatos”, na última frase do primeiro parágrafo, referese a “crimes”.
Está(ão) correta(s):
I – A palavra “Mas”, na última frase do primeiro parágrafo, classifica-se como conjunção coordenativa.
Os últimos dias foram dedicados pela mídia à tarefa de esconjurar o 31 de março. É verdade que foram cometidos crimes que repugnam as consciências bem formadas. Mas é errado limitar a informação ao registro desses fatos.
Caso se trocasse “aquele movimento” por “aqueles atos”, quantas
palavras mais teriam que ser modificadas para que a concordância
resultasse correta na primeira frase do segundo parágrafo?
Os últimos dias foram dedicados pela mídia à tarefa de esconjurar o 31 de março. É verdade que foram cometidos crimes que repugnam as consciências bem formadas. Mas é errado limitar a informação ao registro desses fatos.
Leia o seguinte fragmento extraído do poema O navio negreiro, de Castro Alves.
IV
Era um sonho dantesco!... o tombadilho,
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Regam o sangue das mães:
Outras, moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra, irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra.
E após fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
(Espumas flutuantes. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s.d. p. 184-5.)
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I. O texto revela grande força expressiva em razão de sua plasticidade,
criada a partir das fortes imagens e das sugestões de cor, som e
movimento que envolvem a cena.
II. As metáforas “a orquestra” e “a serpente”, na 3.ª e na 6.ª estrofes,
sugerem, respectivamente, o conjunto de sons (gritos, lamentos)
emitidos pelos negros maltratados e o chicote utilizado nesse sistema
de violência e tortura.
III. O tema de O navio negreiro é a denúncia da escravidão e do transporte
de negros para o Brasil. Quando o poema foi escrito, em 1868, já fazia
dezoito anos que vigorava a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o
tráfico de escravos, mas a escravidão no país persistia.
Está(ão) correta(s):
Era um sonho dantesco!... o tombadilho,
Leia a seguinte letra da canção Capitu, de Luiz Tatit.
Capitu
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil, hábil, hábil
E pronto!
Me conquista com seu dom
De outro esse seu site petulante
WWW
Ponto
Poderosa ponto com
É esse o seu modo de ser ambíguo
Sábio, sábio
E todo encanto
Canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante
Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captandoos olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu
No site o seu poder provoca o ócio, o ócio
Um passo para o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar
Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu
(TATIT, Luiz. O meio. São Paulo: Dabliú, 2000.)
Considere as seguintes afirmações sobre a canção de Tatit, e sobre o
romance Dom Casmurro, de Machado de Assis.
I. Lidando com uma personagem conhecida do romance Dom Casmurro,
de Machado de Assis, a letra de Tatit fala de uma mulher intrigante,
que fascina com seus encantos, sendo ao mesmo tempo ambígua.
II. Tatit consegue trazer para sua música aspectos da atualidade, do
mundo virtual, fazendo de sua Capitu uma mulher “moderna”, que
utiliza um site para exercer seu poder sedutor.
III. Uma parte considerável da produção literária de Machado de Assis
trata de seres sinuosos, oblíquos, singulares, esquisitos ou complexos:
a mulher. Capitu, famosa personagem machadiana, constitui,
indiscutivelmente, o perfil feminino mais enigmático de toda a obra do
autor.
Está(ão) correta(s):
De um lado vem você com seu jeitinho
Atente para as afirmativas relativas ao texto 4:
I – A palavra “esconjurar”, na primeira frase, é usada com o sentido figurado de
“exorcizar”.
II – A palavra “impostura”, na penúltima frase do segundo parágrafo, tem o
sentido que se aproxima de “mentira ardilosa”.
III – Não modificaria o sentido na sua essência caso se trocasse, na última
frase, a palavra “afetos” por “simpatizantes”.
Está(ão) correta(s):
I – A palavra “esconjurar”, na primeira frase, é usada com o sentido figurado de “exorcizar”.
Os últimos dias foram dedicados pela mídia à tarefa de esconjurar o 31 de março. É verdade que foram cometidos crimes que repugnam as consciências bem formadas. Mas é errado limitar a informação ao registro desses fatos.
Assinale a afirmativa que não corresponde ao texto 4:
Os últimos dias foram dedicados pela mídia à tarefa de esconjurar o 31 de março. É verdade que foram cometidos crimes que repugnam as consciências bem formadas. Mas é errado limitar a informação ao registro desses fatos.
Atente para as seguintes afirmativas relativas ao texto 3:
I – A palavra “contumaz”, na última frase do segundo parágrafo, reforça o
sentido de “reincidente”.
II – A palavra “raríssimas”, na última frase do primeiro parágrafo, classifica-se
como substantivo.
III – A palavra “talvez”, na primeira frase do primeiro parágrafo, classifica-se
como advérbio.
Está(ão) correta(s):
I – A palavra “contumaz”, na última frase do segundo parágrafo, reforça o sentido de “reincidente”.
Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo, pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho. Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e socializador, de onde deveria sair regenerado, com profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não, salvo raríssimas ........., e todo mundo sabe disso.
Atente para as afirmativas a seguir:
I – As palavras “graúdo” e “aí” são acentuadas em função da mesma regra.
II – Flexionada para o plural, a palavra “cruel” é acentuada.
III – O til utilizado sobre o “a” da palavra “pãozinho” tem a função de indicar
nasalidade na pronúncia da vogal.
Está(ão) correta(s):
I – As palavras “graúdo” e “aí” são acentuadas em função da mesma regra.
Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo, pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho. Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e socializador, de onde deveria sair regenerado, com profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não, salvo raríssimas ........., e todo mundo sabe disso.
Atente para as afirmativas referentes à pontuação do texto 3:
I – Seria errado utilizar entre vírgulas a palavra “talvez”, na primeira frase.
II – Não seria errado trocar o pronome “Este”, na primeira frase do texto, por
“Esse”.
III – Caracterizaria erro eliminar a vírgula que se segue à palavra “vezes”, na
penúltima frase do texto.
Está(ão) correta(s):
I – Seria errado utilizar entre vírgulas a palavra “talvez”, na primeira frase.
Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo, pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho. Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e socializador, de onde deveria sair regenerado, com profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não, salvo raríssimas ........., e todo mundo sabe disso.