Questõessobre O Conhecimento Humano e o Conhecimento Divino
Os dogmas religiosos estão em constante processo de
transformação e questionamento. Portanto, eles são
refutáveis e podem ser atualizados pela fé, em uma
religião.
Os rituais religiosos são atos repetitivos e têm por
finalidade rememorar o acontecimento inicial da
história sagrada de determinada cultura.
A consciência da morte e a crença em uma vida
depois dela explica porque, em várias culturas, os
ritos fúnebres são uma das principais manifestações
religiosas.
Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a
filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte:
“[...] o poder teológico-político é duplamente violento.
Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos
homens a origem de suas ações sociais e políticas,
colocando-as como cumprimento a mandamentos
transcendentes de uma vontade divina
incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de
Estado’. Em segundo, porque as leis divinas
reveladas, postas como leis políticas ou civis,
impedem o exercício da liberdade, pois não regulam
apenas usos e costumes, mas também a linguagem e
o pensamento, procurando dominar não só os corpos,
mas também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista
CULT, 14 de março de 2010. Disponível em:
https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.
O poder teológico-político é violento, porque
Sobre a questão da liberdade em Spinoza, a filósofa brasileira Marilena Chauí afirma o seguinte: “[...] o poder teológico-político é duplamente violento. Em primeiro lugar, porque pretende roubar dos homens a origem de suas ações sociais e políticas, colocando-as como cumprimento a mandamentos transcendentes de uma vontade divina incompreensível ou secreta, fundamento da ‘razão de Estado’. Em segundo, porque as leis divinas reveladas, postas como leis políticas ou civis, impedem o exercício da liberdade, pois não regulam apenas usos e costumes, mas também a linguagem e o pensamento, procurando dominar não só os corpos, mas também os espíritos”.
CHAUÍ, Marilena. Espinosa, uma subversão filosófica. Revista CULT, 14 de março de 2010. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/baruch-espinosa/.
O poder teológico-político é violento, porque
Leia o texto a seguir.
Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido
pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa acolheu-me de bom grado, mão na mão direita tomando, e
com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que ouviste – quais os
únicos caminhos de investigação que há para pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho de confiança
(pois acompanha a realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em tudo ignoto,
pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o mesmo é pensar e ser.
PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Os corcéis que me transportam, tanto quanto o ânimo me impele, conduzem-me, depois de me terem dirigido pelo caminho famoso da divindade [...] E a deusa acolheu-me de bom grado, mão na mão direita tomando, e com estas palavras se me dirigiu: [...] Vamos, vou dizer-te – e tu escuta e fixa o relato que ouviste – quais os únicos caminhos de investigação que há para pensar, um que é, que não é para não ser, é caminho de confiança (pois acompanha a realidade): o outro que não é, que tem de não ser, esse te indico ser caminho em tudo ignoto, pois não poderás conhecer o não-ser, não é possível, nem indicá-lo [...] pois o mesmo é pensar e ser.
PARMÊNIDES. Da Natureza, frags. 1-3. Trad. José Trindade Santos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2009. p. 13-15.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Parmênides, assinale a alternativa correta.
Leia o fragmento de autoria de Heráclito.
Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, abundância e fome. Mas toma formas
variadas assim como o fogo, quando misturado com essências, toma o nome segundo o
perfume de cada uma delas.
BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998, p. 40.
Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de Heráclito, significa:
Hume descreveu a confiança que o entendimento humano deposita na probabilidade dos resultados dos
eventos observados na natureza. Ele comparou essa convicção ao lançamento de dados, cujas faces são
previamente conhecidas, porém, nas palavras do filósofo:
[...] verificando que maior número de faces aparece mais em um evento do que no outro, o
espírito [o entendimento humano] converge com mais frequência para ele e o encontra
muitas vezes ao considerar as várias possibilidades das quais depende o resultado
definitivo.
HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural,
1989, p. 93. Coleção “Os Pensadores”.
Esse tipo de raciocínio, descrito por Hume, conduz o entendimento humano a uma situação distinta da
certeza racional, uma espécie de “falha”, representada pelo(a)
Nada acusa mais uma extrema fraqueza de espírito do
que não conhecer qual é a infelicidade de um homem sem
Deus; nada marca mais uma má disposição do coração do
que não desejar a verdade das promessas eternas; nada é
mais covarde do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem
então essas impiedades para aqueles que são bastante mal
nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. Reconheçam
enfim que não há senão duas espécies de pessoas
a quem se possam chamar razoáveis: ou os que servem a
Deus de todo o coração porque o conhecem ou os que o buscam
de todo o coração porque não o conhecem.
(Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.)
O pensamento desse filósofo é nitidamente influenciado por
uma ótica
Nada acusa mais uma extrema fraqueza de espírito do que não conhecer qual é a infelicidade de um homem sem Deus; nada marca mais uma má disposição do coração do que não desejar a verdade das promessas eternas; nada é mais covarde do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem então essas impiedades para aqueles que são bastante mal nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. Reconheçam enfim que não há senão duas espécies de pessoas a quem se possam chamar razoáveis: ou os que servem a Deus de todo o coração porque o conhecem ou os que o buscam de todo o coração porque não o conhecem.
(Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.)
O pensamento desse filósofo é nitidamente influenciado por uma ótica
A canção de Lulu Santos evoca, a partir do seu título, situações antitéticas e abriga a ideia da transitoriedade da vida e fatalidade da morte, discrepante com a visão idealizada de alegria, apresentada como solução, ao final da canção.
A imagem acima representa o ciclo infinito da vida e da
morte. Na mitologia grega, os fenômenos vida e morte eram
representados pela díade Eros e Tânatos. Eros é a força
fundamental do cosmo, e seu poder estende-se sobre todos os
seres vivos e todos os elementos da natureza. Eros representa a
energia fecundante do universo, consubstanciada no amor físico,
que dá origem à vida. Eros constitui o princípio da ação, da vida,
o qual se opõe à pulsão de morte e se realiza na libido. Segundo
a mitologia grega, Tânatos, conhecido por ter coração de ferro e
entranhas de bronze, existe desde antes da criação da humanidade
e personifica a morte. Foi descrito como uma figura sinistra
coberta de negro, passeando entre os homens com uma foice na
mão. Em psicanálise, é a representação mítica da pulsão de morte,
um impulso instintivo e inconsciente de busca da morte e(ou) da
destruição. Essa dualidade vida-morte está expressa, em
linguagem moderna, na letra da canção de Lulu Santos
apresentada a seguir.
Considerando a imagem, as informações e a letra da canção
apresentadas acima, julgue os itens .
Do texto acima depreende-se que o autor defende a ideia de que as crenças, em particular as religiosas, atuam apenas no plano intramundano da vida, sem influenciarem a percepção do valor negativo da vida em geral.
Julio Cabrera. Sentido da vida e valor da vida: uma diferença crucial.
In: Philosophos revista de filosofia, vol. 9, n.º 1/2004, p. 16-8 (com adaptações).
O autor desse texto defende a ideia de que a vida tem, em seu ser mesmo,
um valor profundamente negativo. As ideias expostas acima têm
consequências importantes na maneira pela qual se pode enxergar a vida
e contrastam fortemente com a maneira como a vida, tradicionalmente,
vem sendo percebida ao longo dos tempos. Considerando essas
informações e o texto acima, julgue os itens seguintes.
Pude entender o discurso do cacique Aniceto,
na assembleia dos bispos, padres e missionários,
em que exigia nada mais, nada menos que os índios
fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de
não interferir nos costumes tribais, evitando missas e
batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal
do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto é,
de humano, ao índio.
MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).
O objetivo do posicionamento do cacique xavante em
relação ao sistema religioso externo às tribos era
Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos bispos, padres e missionários, em que exigia nada mais, nada menos que os índios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de não interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de cristão, isto é, de humano, ao índio.
MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado).
O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relação ao sistema religioso externo às tribos era
Com base na análise do texto de Santo Tomás de Aquino, pode-se afirmar:
Tomás de Aquino defendeu que a ideia da existência de Deus não pode ser provada racionalmente, mas
apenas ser crida como um elemento de Fé da Ciência Sagrada.
Tomás de Aquino defendeu que a ideia da existência de Deus não pode ser provada racionalmente, mas apenas ser crida como um elemento de Fé da Ciência Sagrada.
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
René Descartes defendeu que a ideia de Deus é inata, concluindo que Deus, necessariamente, existe.
René Descartes defendeu que a ideia de Deus é inata, concluindo que Deus, necessariamente, existe.
O “amor cristão”, associado à máxima “ama a teu próximo como amas a ti mesmo”, corresponde, na perspectiva aristotélica, a uma forma de amizade do tipo (c).
Tendo como referência as informações acima, relativas a conceitos de amizade propostos por Aristóteles e por Kant, julgue os itens a seguir.