Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.


René Descartes defendeu que a ideia de Deus é inata, concluindo que Deus, necessariamente, existe.

Alternativa correta: C — certo

Tema central: a noção cartesiana de ideia inata e a prova da existência de Deus. É importante porque mostra como Descartes tenta garantir conhecimento seguro: se a ideia de Deus é inata e clara/distinta, ela serve de fundamento para a certeza metafísica e epistemológica.

Resumo teórico progressivo:

1. Ideias inatas: Para Descartes (Meditationes e Princípios da Filosofia), existem ideias que não derivam da experiência sensorial nem da inventividade humana, mas fazem parte da estrutura da mente — entre elas, a ideia de Deus como substância infinita e perfeita.

2. Princípio da causalidade das ideias: Toda ideia tem uma causa com pelo menos tanta realidade quanto a ideia contém representacionalmente. Uma ideia que representa infinito não pode ter como causa um ser finito (como eu).

3. Conclusão causal (argumento “trademark”): Como eu, sendo finito, não posso ser a causa da ideia de infinito, essa ideia deve provir de Deus. Logo, Deus existe como causa verdadeira da ideia inata.

4. Argumento ontológico (Meditações, 5ª): Além do argumento causal, Descartes apresenta uma versão do argumento ontológico: a existência pertence à essência da ideia de um ser perfeito — logo, é absurdo negar que Deus exista.

Fontes relevantes: René Descartes — Meditações Metafísicas (1641) e Princípios da Filosofia (1644). Para comentários modernos, veja a Stanford Encyclopedia of Philosophy ("René Descartes").

Justificativa da alternativa: O enunciado afirma que Descartes defendeu a ideia de Deus como inata e concluiu que Deus existe. Isso sintetiza corretamente sua posição: a ideia inata de um ser infinito, junto ao princípio causal e à formulação ontológica, leva Descartes a afirmar a existência necessária de Deus. Por isso, a alternativa “C — certo” é a correta.

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