Questõesde CÁSPER LÍBERO 2016

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CÁSPER LÍBERO 2016 - Geografia - Geografia Política

Em junho, os britânicos foram às urnas para votar se gostariam ou não de deixar a União Europeia, no que ficou conhecido como o Brexit – palavra criada pela fusão de Britain e exit. Em uma decisão inesperada, a maioria optou pelo “sim”. Defensor da permanência na UE, o então premiê David Cameron renunciou ao cargo, alegando ser incapaz de conduzir o país nessa nova fase.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/atualidades-vestibular/ Adaptado, Publicado 07- 10-2016 Acesso 09-10-2016


O Brexit abre um precedente dentro da União Europeia e aumenta a pressão nacionalista no bloco. Uma das consequências geradas por essa decisão política é:

A
a convocação de novos referendos, com a possibilidade de uma fragmentação em série de países que integram o Reino Unido.
B
a manutenção dos acordos de colaboração entre os países da União Europeia e a Grã Bretanha, não afetando aspectos comerciais.
C
o aumento dos postos de trabalho para ingleses nos países da UE, da mesma forma que integrantes da UE serão favorecidos na Inglaterra.
D
a estabilidade política no continente europeu, na medida em que os interesses nacionalistas ingleses passam a ser respeitados.
E
o favorecimento das políticas migratórias, particularmente para aqueles considerados refugiados de guerra, como árabes e africanos.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Geografia - Geografia Física, Hidrografia

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que cerca de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e pelo menos 2 bilhões não conseguem água adequada para beber, lavar-se e comer. Viver com escassez de água é uma condição associada a milhões de mortes ao ano causadas por doença, má nutrição, fome crônica. Cerca de dois terços das pessoas que não dispõem de água para suas necessidades básicas vivem com menos de US$ 2 por dia.
Fonte: http://www.revistaplaneta.com.br/agua-doce-o-ouro-do-seculo-21/ | Publicado: 01/03/2019 | Acesso 09/10/2016 | Adaptado.


Segundo o texto, existe uma correlação entre o acesso à agua potável e:

A
índices pluviométricos.
B
crescimento populacional.
C
efeito estufa.
D
baixo poder econômico.
E
clima semiárido.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As denúncias de corrupção, associadas ao desgaste do então presidente, devido à implementação de planos de estabilização da economia, levaram mais tarde à mobilização popular e à aprovação do pedido de impeachment. Os planos econômicos, chamados de Collor I e Collor II, visavam, basicamente, controlar a inflação. No primeiro momento, os planos surtiram efeito, mas o confisco do dinheiro depositado nos bancos e a volta da inflação estimulavam o descontentamento do povo com o presidente.

Fonte: EBC http://www.ebc.com.br/2012/09/ha-20-anos-fernando-collor-de-mello-foi-o-primeiro-presidente-do-brasil-a-sofrer-processo-de | Publicado: 29/09/2012 | Acesso: 28/09/2016 | Adaptado


O texto faz alusão ao contexto socioeconômico que levou o então Presidente Fernando Collor de Melo ao impeachment. O contexto descrito no texto é marcado pela:

A
aderência política ao governo por parte dos setores produtivos industriais.
B
lisura administrativa que tornava questionável o processo de impedimento.
C
falência de empresas e recessão, devido ao confisco dos recursos das contas bancárias.
D
aceitação da carta de renúncia do Presidente, evitando a perda dos seus direitos políticos.
E
movimentação popular a favor da permanência do Presidente, chamada de “caras pintadas”.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Sobre o foco narrativo de Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:

A
Assumido por vários narradores, cujas falas são organizadas por uma espécie de narrador titular, o fio narrativo do romance é dividido e comungado pelos elementos que vivem as ações do enredo.
B
A divisão do fio narrativo no romance, onde tudo convida à comunhão, constitui uma necessária operação de fragmentação, disposta a marcar os dois lados antagônicos em questão: o dos angolanos e o dos portugueses.
C
A marca do foco narrativo é a da democratização da voz, articulada ao peso dos monólogos nos quais cada narrador está mergulhado e dos quais nunca consegue sair sem se transformar radicalmente.
D
A fragmentação narrativa do romance é um sinal de que a autoridade, de que a palavra é manifestação, não pode ser compartilhada e sim exercida de maneira unívoca.
E
O foco narrativo, que privilegia a constante interação dialógica entre os personagens, configura-se em um universo à parte, independente do espaço onde se dão as ações do romance.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O vírus da zika tem sido associado a casos de microcefalia, má-formação fetal semelhante à anencefalia, mas menos grave. Em um parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a possibilidade de aborto para mulheres infectadas com o vírus da zika. Por outro lado, uma pesquisa Datafolha realizada em fevereiro aponta que a maioria da população (58%) considera que as mulheres infectadas pelo vírus da zika não deveriam ter direito de abortar. Mesmo no caso de microcefalia, 51% rejeitam a possibilidade de aborto legal.

Fonte: Folha de SP. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/09/1811136-procurador-geral-defende-legalidade-de-aborto-em-gravidas-com-zika.shtml | Publicado: 07/09/2016 | Acesso: 28/09/2016 Adaptado.


Os dados da pesquisa e o parecer do procurador da República demonstram que a contaminação pelo virus da zika é um problema:

A
inerente à saúde pública e envolve aspectos éticos e legais.
B
polêmico, embora a microcefalia seja benigna à saúde das crianças.
C
evitável por meio do uso de medicamentos contraceptivos.
D
consensual em populações de baixa renda e pouca escolaridade.
E
desencadedor de gestação de fetos inviáveis à sobrevivência.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No início dos anos 90, em uma polêmica com a filósofa Marilena Chauí, que criticara o mito da objetividade na imprensa – resultado, segundo ela, de uma concepção positivista de ciência, que oculta o fato de que todo o conhecimento é representação e, como tal, intermediado pelo subjetivo –, Paulo Francis (jornalista) disparou, com sua franqueza habitual, na coluna Diário da Corte: “Se Marilena quer aprender sobre malandragem em imprensa, deve se concentrar em dois tópicos,: omissão e manipulação de ênfases. Mas duvido que isso sequer conste do currículo das nossas escolas de jornalismo” (O Estado de S. Paulo, 25/07/1993).

Fonte: MARSIGLIA, Ivan. Revista GGN. Luís Nassif Online. http://jornalggn.com.br/noticia/o-mito-da- -objetividade-na-imprensa-por-ivan-marsiglia | Publicado: 07/09/2016 | Acesso: 28/09/2016



A polêmica entre a filósofa Marilena Chauí e o jornalista Paulo Francis explicita que:

A
a subjetividade jornalística inexiste, pois na imprensa prepondera a imparcialidade.
B
a subjetividade do jornalismo se explicita pelo recurso da omissão e da ênfase.
C
o conhecimento é a expressão do real, portanto, a verdade é única e incontestável.
D
o jornalismo é isento de interpretação, já que foca dados objetivos da realidade.
E
a formação do jornalista prima pela concepção positivista de ciência e pelo pragmatismo.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Denomina-se Imperialismo a fase na qual o sistema capitalista torna-se industrialmente mais tecnológico, utiliza-se de métodos mais agressivos na busca de mercados, adquire uma abrangência mundial e passa a ser conduzido e manipulado por empresas multinacionais e por grandes bancos.



Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/pergunte-professor/historia-imperialismo-728385.shtml | Acesso: 25/09/2016 Fonte: http://www.cartoonmovement.com/cartoon/11728 | Acesso: 25/09/2016


Se considerarmos as ideias expressas no texto e na charge, concluímos que o imperialismo:

A
restringe-se a áreas de produção industrial, enfatizando a produção e a venda de bens de consumo.
B
atinge populações de forma indistinta, expandindo-se de forma equitativa por todo o Planeta.
C
focaliza, preferencialmente, as comunidades sociais de origem europeia, com o objetivo de americanizá-las.
D
abrange a alimentação, impulsionando, por meio da publicidade, o consumo de produtos calóricos.
E
contribui, por meio da industrialização de alimentos, para o fim da fome em regiões subdesenvolvidas.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que:

A
O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano.
B
Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta.
C
Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico, a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto de nação imaginado e perseguido pelos militantes.
D
A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de referências culturais, o aproveitamento possível de elementos identificados com a tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado do romance.
E
Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em novembro de 1975, se proclama a independência do país.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, é correto afirmar que:

A
O dramaturgo extrai da trama linear a matéria de sua tragédia. Não existe praticamente necessidade de cenário. O diálogo é ação, a ação é diálogo, a linguagem e a trama se respiram mutuamente.
B
O dramaturgo trabalha com o processo metafísico da violência, da vontade de poder, mostrando a impossibilidade do homem de, pelo furor destrutivo, chegar a salvar-se.
C
Embora o autor a classifique como farsa, a peça preserva as características clássicas do gênero trágico, cujos diálogos deixam-se contaminar intimamente pela inspiração lírica.
D
A condição de ex-contínuo do protagonista representa a inermidade da condição humana, a sua essencial pobreza, a sua humildade constitutiva. E é com voracidade que ele se dispõe ao banquete da vida, com dentes afiados e rancor no coração.
E
O fracionamento do diálogo, sua total sujeição à temática da obra, a não ser pelas pequenas e rápidas intromissões de frases irrelevantes que ocorrem nos diálogos cotidianos, é um dos pontos altos da peça.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que identifica corretamente as duas obras da tradição literária às quais o poema “A máquina do mundo”, que integra Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade, faz alusão:

A
Odisseia, de Homero; Hamlet, de William Shakespeare.
B
Vila Rica, de Claudio Manuel da Costa; A divina comédia, de Dante Alighieri. 
C
Cancioneiro, Petrarca; Vila Rica, de Claudio Manuel da Costa.
D
A divina comédia, de Dante Alighieri; Os lusíadas, de Luis de Camões.
E
Os lusíadas, de Luis de Camões; Fausto, de Goethe.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que identifica corretamente os três adjetivos que vêm marcando a leitura e a fortuna crítica de Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade, desde sua publicação original em 1951:

A
Luminoso, estoico, poroso.
B
Dissoluto, crepuscular, vertiginoso.
C
Maduro, clássico, filosófico.
D
Místico, transcendente, fantasmagórico.
E
Político, singular, movediço.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que apresenta corretamente a expressão que, em Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, diz respeito às origens do protagonista:

A
Pia de gafieira.
B
Batalha de confete.
C
Deus asteca.
D
Caixão de ouro.
E
Drácula de Madureira.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre Contos novos, de Mario de Andrade, é correto afirmar:

A
Em O poço o choque entre o fazendeiro e os camaradas, no frio feroz do inverno, toma, aos poucos, feições dramáticas que culminam em uma situação trágica, irreversível.
B
Vestida de preto aborda momentos que têm início na infância do narrador e terminam com sua velhice.
C
Tempo da camisolinha evoca a infância do protagonista e a perda de sua inocência, vivida como uma “expulsão do paraíso”.
D
O protagonista de Primeiro de maio é o pobre 35, carregador da Estação da Luz, que decide não comemorar o grande feriado dos operários por se sentir desamparado por seus colegas de trabalho.
E
Em Atrás da catedral de Ruão, a protagonista, uma professora de francês, vive um estado patológico de isolamento e fuga do convívio dos outros.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que identifica corretamente o tema que confere unidade às narrativas de Contos novos, de Mario de Andrade:

A
Uma consciência de classe muito rudimentar
B
As contradições que se manifestam em uma sociedade em transição.
C
A idolatria da autoridade, a dialética entre senhor e servo.
D
O homem disfarçado, o homem desdobrado em ser e aparência.
E
Os impulsos dúbios inconfessáveis.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de Sagarana, de João Guimarães Rosa.

A
“Este livro é um mosaico de indagações, resultantes da convivência em constante tensão de elementos contraditórios e aparentemente incompatíveis. Em suas páginas, pares antagônicos como bem e mal, passado e presente, carne e espírito se tensionam e retensionam a cada instante”. (Eduardo Coutinho)
B
“Estonteado pela multiplicidade dos temas, a polifonia dos tons, o formigar de caracteres, o fervilhar de motivos, o leitor naturalmente há de, no fim do volume, tentar uma classificação das narrativas. (...) A instantâneos mal esboçados de estados de alma sucedem densas microbiografias; a patéticos atos de drama, rápidas cenas divertidas; incidentes banais do dia a dia alternam com episódios lírico-fantásticos”. (Paulo Rónai)
C
“As imagens da coisa dentro da coisa funcionam como um padrão que se repete analogicamente em todos os níveis da natureza, que nossa experiência e tradição cultural estão habituados a separar: nos homens, nos animais, nos elementos naturais, nos seres inanimados. Logicamente, o padrão reiterado em todos os níveis da natureza revela a analogia imanente a todos eles e se traduz em panteísmo. Literariamente, o padrão é um operador que veicula, mostrando e sugerindo ‘sensivelmente’, essa analogia e esse panteísmo”. (Walnice Nogueira Galvão).
D
“A harmonia final das tensões opostas, dos contrários aparentemente inconciliáveis que se repudiam, mas que geram, pela sua oposição recíproca, uma forma superior e mais completa, é a dominante da erótica de Guimarães Rosa. Nela o amor espiritual é o esplendor, a refulgência do amor físico, aquilo em que a sensualidade se transforma, quando se deixa conduzir pela força impessoal e universal de eros”. (Benedito Nunes)
E
“...Guimarães Rosa retorna, em grande estilo, à concepção do contista-contador, para o qual a verdade está na narração e na descrição, para o qual as facadas, os casos de amor, os estouros de boiada e os crepúsculos têm valor eterno, acima de quaisquer outros. Por outro lado, como ficou sugerido, a região deixando de ser, para ele, a simples localização da história, com funções de pitoresco e anedótico, passa a verdadeira personagem, tanta é a persistência e a profundidade com que vem invocados a sua flora, a sua fauna, o seu relevo”. (Antonio Candido).
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre Sagarana, de João Guimarães Rosa, é correto afirmar que:

A
Trata-se de um conjunto de narrativas de apelo universal pelo alcance e pela coesão de que elas são feitas. Nelas a língua portuguesa, densa e vigorosa, atinge o ideal da expressão literária regionalista, sendo talhada no veio da linguagem popular e disciplinada dentro das tradições clássicas.
B
Os temas que unem os contos são a alegria e o amor. O primeiro surge como uma forma de comunhão cósmica, não por certeza da transcendência, mas justamente por ignorá-la. Já o segundo é uma maneira de, simultaneamente, contrariar e reconhecer o mistério envolvente.
C
As histórias compõem ao mesmo tempo uma profissão de fé e uma arte poética em que o narrador, através de rodeios, voltas e perífrases, por meio de alegorias e parábolas, analisa o seu gênero, o seu instrumento de expressão, a natureza da sua inspiração, a finalidade da sua arte, de toda arte.
D
Há nos contos três elementos estruturais que lhe apoiam a composição: a terra, o homem e a luta. Uma obsessiva presença física do meio; uma sociedade cuja pauta e destino dependem dele; como resultado, o conflito entre os homens.
E
O realismo mágico, tônica fundamental dessa obra de aspectos multiformes, faz com que o escritor transfigure os temas da vida cotidiana em símbolos que participam da fantasia e do mito. A combinação da realidade crua com a rapsódia sertaneja empresta à obra uma força singular dificilmente analisável.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
“O compasso interior não permite que os fatos brutos perpetuem as suas arestas de origem: a linha fina do círculo arredonda as pontas e sombreia em claro-escuro as zonas de mais ferino contraste. Daí o papel estruturado da forma-diário, daí a função intermediante da consciência”. (Alfredo Bosi).
B
“Nota-se, até, sem maior esforço, que o realismo psicológico foi mitigado nessa narrativa, com a poetização da realidade, mediante associações sincréticas de caráter mítico, que poderiam sugerir a presença de um pensamento religioso ou mesmo místico”. (Eugênio Gomes).
C
“Assim, sem a menor descrição, sem molduras, sem fundos de quadro, abolidas todas as distâncias, Machado de Assis realiza o milagre de tornar a natureza mais presente do que se a pintasse em longas páginas”, (Roger Bastide).
D
“Com este romance o escritor faz a liquidação dos saldos do Segundo Reinado e estabelece o divisor de águas entre o tipo patriarcal e o tipo burguês de civilização, representados no terreno da organização política respectivamente pela Monarquia e pela República ”. (Astrojildo Pereira).
E
“Com efeito, tudo no romance é extravagante, e os caprichos do narrador volta e meia desrespeitam as convenções de que depende o senso realista da verossimilhança. Mas ainda assim, o efeito do conjunto é de motivos do realismo, poderoso, além de desolador”. (Roberto Schwarz).
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Sobre Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é correto afirmar que:

A
O problema do romance ultrapassa a relação que se dá entre amor e casamento na sociedade patriarcal brasileira do século XIX. As várias formas de jogo amoroso na obra estão baseadas em posições opostas e complementares, que definem sua posição dentro da sociedade: a liberdade e as convenções, o sentimento e a razão.
B
A presença do narrador do romance criando falsas pistas para o público a fim de as desfazer em seguida, e o insistente remeter de um capítulo a outro na obra têm a função explícita de reafirmar ao leitor que ele está diante de um fingimento, de uma novela, de um livro.
C
O romance é feito de pequenas cenas e incidentes, constituindo uma urdidura fechada que obedece à estrutura de uma peça teatral, na entrada e saída dos personagens, no diálogos curtos e breves. Tal processo, entretanto, não perturba a pureza da narração.
D
Do ponto de vista ideológico, a unidade do romance está disfarçada pelo tom de dispersão encontrado nos atos e nas palavras, ultrapassando os indivíduos e fixando-se em níveis impessoais: a sociedade e as forças do inconsciente.
E
A atitude sarcástica e falsa do romance se mistura a uma severa dramaticidade, que suporta a medida do trágico. Esse estudo do herói trágico no sentido antigo constitui uma meditação austera que sabe medir toda a extensão da fragilidade humana.
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CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a opção que identifica corretamente um sinônimo para o vocábulo “gênese” em: “Uma decisão acertada que leva em conta a necessidade de estudantes adolescentes desenvolverem habilidades críticas, além de compreenderem a complexidade da gênese de conceitos fundamentais para nossas formas de vida”.

Leia o texto a seguir e responda à questao:


Os adolescentes e a filosofia

Vladimir Safatle


    Há poucos anos, o ensino de filosofia tornou-se matéria obrigatória para os alunos de ensino médio. Uma decisão acertada que leva em conta a necessidade de estudantes adolescentes desenvolverem habilidades críticas, além de compreenderem a complexidade da gênese de conceitos fundamentais para nossas formas de vida.

    De fato, a filosofia, tal como a conhecemos hoje, é o discurso que permite à chamada “experiência do pensamento ocidental” criticar seus próprios valores morais, estéticos, normas sociais e evidências cognitivas. A cláusula restritiva relativa ao “ocidente” justifica-se pelo fato de conhecermos muito pouco a respeito dos sistemas não ocidentais de pensamento. Temos, em larga medida, uma visão estereotipada de que eles ainda seriam fortemente vinculados ao pensamento mítico e, por isso, não teriam algo parecido à nossa razão desencantada, que baseia seus princípios na confrontação das argumentações a partir da procura do melhor argumento. É provável que em alguns anos tenhamos de rever tal análise.

    De toda forma, que adolescentes sejam apresentados à filosofia, eis algo que vale a pena conservar. A adolescência transformou-se entre nós em um momento de revisão profunda do sistema de valores e crenças, de abertura e de profunda insegurança. Em sociedades com tendências a criticar modelos de autoridade baseados no legado da tradição e na repetição de experiências passadas, sociedades que incitam os indivíduos a tomar em seus ombros a responsabilidade pela construção de seus estilos de vida, inclusive como estratégia para apagar os impasses propriamente sociais de nossos modelos de conduta e julgamento, a adolescência será necessariamente vivenciada de forma mais angustiante. Nesse sentido, o contato com a filosofia encontra um terreno fértil de questionamento.

    A avaliação dos livros e projetos pedagógicos normalmente direcionados a nossos alunos revela, no entanto, que deveríamos procurar outras estratégias de ensino. Nossos livros didáticos e paradidáticos são, na sua grande maioria, manuais de exposição da história da filosofia a partir de seus personagens principais. Os melhores se organizam a partir de temas específicos e do seu desdobramento nos últimos dois mil anos (o que, convenhamos, não é pouco tempo). Nos dois casos, alcança-se, no máximo, uma visão geral da história das ideias. Normalmente muito bem ilustrada.

    Melhor seria focar o ensino na leitura dirigida de textos maiores da tradição filosófica. Um adolescente tem todas as condições de ter uma primeira leitura produtiva de textos como O banquete ou A república, de Platão, Discurso sobre a origem da desigualdade, de Rousseau, Meditações, de Descartes, Além do bem e do mal, de Nietzsche, ou mesmo um texto como O que é o esclarecimento?, de Kant, entre tantos outros. São obras que abrem parte de suas questões diante de uma primeira leitura dirigida. Eles permitem ainda uma problematização sobre questões maiores como o amor, a política, a autoidentidade, a injustiça social e as aspirações da razão.

    Nesse sentido, ganharíamos mais se os cursos fossem direcionados, por um lado, ao aprendizado sistemático da leitura e da interpretação. Nossos alunos chegam à universidade sem uma real capacidade de compreensão e problematização de textos. Os cursos de Filosofia poderiam colaborar em muito para mudar tal realidade.

    Por outro lado, e sei que isso pode estranhar alguns, ganharíamos muito se uma parte dos cursos de Filosofia para os adolescentes fosse dedicada ao ensino da lógica. Nossos alunos chegam às universidades com dificuldades de escrita e raciocínio que poderiam ser minoradas se eles tivessem cursos de lógica. Sei que esta é uma das disciplinas de que nossos alunos de filosofia menos gostam, mas eles ganhariam muito, em todas as áreas, se tivessem uma formação mais sistemática no campo da lógica e da teoria do conhecimento.

    Neste momento em que a sociedade brasileira se dá conta da importância da luta pela qualidade do ensino, deveríamos parar de desqualificar a capacidade de raciocínio de nossos adolescentes. Eles merecem conhecer diretamente os textos e ideias que constituíram nossa experiência social. Esta seria uma estratégia melhor do que lhes apresentar manuais.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/760/os-adolescentes-e-a-filosofia-9201.html

A
Geração
B
Origem
C
Espécie
D
Quantidade
E
Classe
f98e1823-e7
CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Colocação Pronominal, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que completa, de acordo, com a norma-padrão, as lacunas do período organizado a partir do texto: Se os cursos de filosofia se voltassem ______ interpretação sistematizada dos textos filosóficos, os alunos não ______ da capacidade de raciocinar com lógica; exercício inviável, sem que se ______ os textos canônicos da filosofia.

Leia o texto a seguir e responda à questao:


Os adolescentes e a filosofia

Vladimir Safatle


    Há poucos anos, o ensino de filosofia tornou-se matéria obrigatória para os alunos de ensino médio. Uma decisão acertada que leva em conta a necessidade de estudantes adolescentes desenvolverem habilidades críticas, além de compreenderem a complexidade da gênese de conceitos fundamentais para nossas formas de vida.

    De fato, a filosofia, tal como a conhecemos hoje, é o discurso que permite à chamada “experiência do pensamento ocidental” criticar seus próprios valores morais, estéticos, normas sociais e evidências cognitivas. A cláusula restritiva relativa ao “ocidente” justifica-se pelo fato de conhecermos muito pouco a respeito dos sistemas não ocidentais de pensamento. Temos, em larga medida, uma visão estereotipada de que eles ainda seriam fortemente vinculados ao pensamento mítico e, por isso, não teriam algo parecido à nossa razão desencantada, que baseia seus princípios na confrontação das argumentações a partir da procura do melhor argumento. É provável que em alguns anos tenhamos de rever tal análise.

    De toda forma, que adolescentes sejam apresentados à filosofia, eis algo que vale a pena conservar. A adolescência transformou-se entre nós em um momento de revisão profunda do sistema de valores e crenças, de abertura e de profunda insegurança. Em sociedades com tendências a criticar modelos de autoridade baseados no legado da tradição e na repetição de experiências passadas, sociedades que incitam os indivíduos a tomar em seus ombros a responsabilidade pela construção de seus estilos de vida, inclusive como estratégia para apagar os impasses propriamente sociais de nossos modelos de conduta e julgamento, a adolescência será necessariamente vivenciada de forma mais angustiante. Nesse sentido, o contato com a filosofia encontra um terreno fértil de questionamento.

    A avaliação dos livros e projetos pedagógicos normalmente direcionados a nossos alunos revela, no entanto, que deveríamos procurar outras estratégias de ensino. Nossos livros didáticos e paradidáticos são, na sua grande maioria, manuais de exposição da história da filosofia a partir de seus personagens principais. Os melhores se organizam a partir de temas específicos e do seu desdobramento nos últimos dois mil anos (o que, convenhamos, não é pouco tempo). Nos dois casos, alcança-se, no máximo, uma visão geral da história das ideias. Normalmente muito bem ilustrada.

    Melhor seria focar o ensino na leitura dirigida de textos maiores da tradição filosófica. Um adolescente tem todas as condições de ter uma primeira leitura produtiva de textos como O banquete ou A república, de Platão, Discurso sobre a origem da desigualdade, de Rousseau, Meditações, de Descartes, Além do bem e do mal, de Nietzsche, ou mesmo um texto como O que é o esclarecimento?, de Kant, entre tantos outros. São obras que abrem parte de suas questões diante de uma primeira leitura dirigida. Eles permitem ainda uma problematização sobre questões maiores como o amor, a política, a autoidentidade, a injustiça social e as aspirações da razão.

    Nesse sentido, ganharíamos mais se os cursos fossem direcionados, por um lado, ao aprendizado sistemático da leitura e da interpretação. Nossos alunos chegam à universidade sem uma real capacidade de compreensão e problematização de textos. Os cursos de Filosofia poderiam colaborar em muito para mudar tal realidade.

    Por outro lado, e sei que isso pode estranhar alguns, ganharíamos muito se uma parte dos cursos de Filosofia para os adolescentes fosse dedicada ao ensino da lógica. Nossos alunos chegam às universidades com dificuldades de escrita e raciocínio que poderiam ser minoradas se eles tivessem cursos de lógica. Sei que esta é uma das disciplinas de que nossos alunos de filosofia menos gostam, mas eles ganhariam muito, em todas as áreas, se tivessem uma formação mais sistemática no campo da lógica e da teoria do conhecimento.

    Neste momento em que a sociedade brasileira se dá conta da importância da luta pela qualidade do ensino, deveríamos parar de desqualificar a capacidade de raciocínio de nossos adolescentes. Eles merecem conhecer diretamente os textos e ideias que constituíram nossa experiência social. Esta seria uma estratégia melhor do que lhes apresentar manuais.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/760/os-adolescentes-e-a-filosofia-9201.html

A
à, se privariam, leiam
B
a, privariam-se, leiam
C
à, privar-se-iam, leia
D
a, se privariam, lessem
E
a, se privavam, lessem