Questão 67d27f7d-dd
Prova:
Disciplina:
Assunto:
É correto afirmar que em “Versos a um coveiro”:
É correto afirmar que em “Versos a um coveiro”:
Textos para a questão
Poema de Finados01 Amanhã que é dia dos mortos
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira
Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando
vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Pai contra mãe (fragmento)
Machado de Assis
Textos para a questão
02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Poema de Finados
01 Amanhã que é dia dos mortos02 Vai ao cemitério. Vai
03 E procura entre as sepulturas
04 A sepultura de meu pai.
05 Leva três rosas bem bonitas.
06 Ajoelha e reza uma oração.
07 Não pelo pai, mas pelo filho:
08 O filho tem mais precisão.
09 O que resta de mim na vida
10 É a amargura do que sofri.
11 Pois nada quero, nada espero.
12 E em verdade estou morto ali.
Manuel Bandeira
Versos a um coveiro
01 Numerar sepulturas e carneiros,
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
02 Reduzir carnes podres a algarismos,
03 Tal é, sem complicados silogismos,
04 A aritmética hedionda dos coveiros!
05 Um, dois, três, quatro, cinco... Esoterismos
06 Da Morte! E eu vejo, em fúlgidos letreiros,
07 Na progressão dos números inteiros
08 A gênese de todos os abismos!
09 Oh! Pitágoras da última aritmética,
10 Continua a contar na paz ascética
11 Dos tábidos carneiros sepulcrais
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
12 Tíbias, cérebros, crânios, rádios e úmeros,
13 Porque, infinita como os próprios números
14 A tua conta não acaba mais!
Augusto dos Anjos
Vocabulário:
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Carneiros - criptas, subterrâneos sepulcrais
Fúlgidos - brilhantes
Ascética - próprio do asceta, de quem se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
Tábitos - pobres, corruptos
Tíbias - ossos que constituem a perna
Rádios - ossos que constituem o antebraço
Úmeros - ossos que vão do cotovelo ao ombro
Pai contra mãe (fragmento)
Machado de Assis
A
a construção do soneto com léxico das áreas da Biologia e da Matemática
reduz o impacto poético da composição.
B
a composição textual estruturada na função fática e no uso de terminologia
científica ampliam o valor literário do soneto.
C
o racionalismo científico e a opção pela composição em forma de soneto
vinculam o poema selecionado aos ideais do movimento Naturalista.
D
a exploração de caracteres patológicos, mórbidos e pútridos afastam a
possibilidade de o presente soneto ser considerado relevante para o universo
da literatura brasileira.
E
o emprego de terminologia técnica, das áreas da Biologia e da Matemática,
concede tom de racionalidade à morte, tratada de forma quantificável.