Gêneros Textuais

Os gêneros textuais consistem na apresentação física dos textos no meio biossocial; isto é, um gênero textual é um texto materializado e que cumpre determinado papel social.

Portanto, pode-se dizer que os gêneros corporificam as ideias dos tipos textuais, conceito esse que fica mais no plano da idealização. Assim é possível dizer que para cada tipo textual, pode-se ter infinitas materializações (gêneros) textuais.

Por exemplo, no tipo narração é encontrada a conversa, o romance, o conto, uma carta, etc. Eles servem como exemplos de gêneros textuais que podem corporificar tal tipo.

Logo, pode-se entender que o número de gêneros textuais é infinito, uma vez que um mesmo gênero pode corporificar tipos textuais distintos, tais como as crônicas, que podem ser narrativas ou argumentativas.

Além disso, os gêneros textuais também mudam de número a depender das demandas sociais. Aliás, como são elas que fazem parte da definição de um gênero, este pode se modificar a depender de uma série de ocorrências, tais como: avanços tecnológicos, mudanças da língua, mudanças nos canais pelos quais esses textos serão transportados, etc.

Um bom exemplo dessa modificação é a carta. Dados os avanços em informática, a carta passou a ser enviada por meio eletrônico, transformando-se em um novíssimo gênero, o e-mail. Atualmente, ambos os gêneros convivem no mundo biossocial, muito embora a carta esteja ganhando outras funções, tais como as de cobrança.

Essas mudanças podem fazer com que o gênero adormeça na sociedade, sendo solicitado apenas em alguns pequenos contextos, mude completamente ou, até, desapareça.

Por fim, vale destacar que os gêneros também podem se misturar, dados os objetivos criativos ou até mesmo pelo fato da sociedade demandar a mescla desses textos.