Funções da Linguagem

São as formas como usamos a linguagem a depender da intenção do falante; ou seja, quando estamos nos comunicando, podemos focar em um dos elementos da cena da comunicação para fazer com que a nossa mensagem atinja um determinado objetivo.

Quando este foco é em quem escreve a mensagem, estamos na função emotiva. O objetivo dela é centrar a mensagem nos sentimentos do emissor e, por isso, há o uso da primeira pessoa, muitos adjetivos e uma linguagem mais subjetiva.

Quando o foco é no receptor da mensagem, estamos na função conativa ou apelativa. Aqui o objetivo é convencer ou persuadir o receptor a tomar uma dada atitude. Por esse motivo, verbos no imperativo são bastante comuns nos textos cuja função é apelativa. Um bom exemplo de texto com essa função são as campanhas do governo, cuja ideia é fazer com que nós tomemos algumas atitudes com fins de saúde coletiva.

O foco da mensagem pode ser, ainda, ela mesma. Se assim for, estaremos na função poética; ou seja, o objetivo é trabalhar a mensagem de maneira que ela fique mais expressiva. Isso pode ser feito com o uso de figuras de linguagens, rimas, métricas, etc. Um bom exemplo de texto com essa função são os poemas.

Contudo, se o objetivo for explicar o código usado na mensagem, a função será a metalinguística. Nela o objetivo é o código se autoexplicar. Um bom exemplo disso é o dicionário que explica os sentidos das palavras usando as próprias palavras.

Quando o foco da mensagem consiste em testar o canal pelo qual a mensagem é enviada, a função é a fática. Um bom exemplo desse tipo de função ocorre quando damos “bom dia” a alguém que acabou de entrar no elevador em que estamos.

Por fim, há, ainda, a função referencial, cujo foco é o contexto em que a mensagem foi escrita. Aqui o objetivo é explicar esse contexto, oferecendo informações detalhadas sobre ele para que a mensagem seja compreendida com eficiência. Um bom exemplo desse tipo de função se apresenta nos artigos acadêmicos, cuja ideia é explicar detalhadamente um dado tema.