Questõesde UFRGS 2017
Leia o conto Memórias da afasia, de Moacyr Scliar.
Nos últimos anos de sua vida Mateus descobriu, consternado, que mesmo o seu derradeiro prazer –
escrever no diário – lhe havia sido confiscado pela afasia, que nele se manifestava como
esquecimento de certas palavras. A coisa foi gradual: a princípio, eram poucos os vocábulos que lhe
faltavam. Recorrendo a um de sinônimos, ele conseguia preencher com êxito as lacunas.
Com o decorrer do tempo, porém, acentuou-se o , e o desgosto por este gerado. Foi então
que ele começou a deixar em branco os espaços que não consegue preencher. Era com fascinação
que contemplava esses vazios em meio ao ; tinha certeza de que as letras ali estavam, como
se traçadas com tinta invisível por mão também invisível. Essa existência virtual das palavras não o
afligia, pelo contrário; sabia que o é tão importante quanto o não . No território
da afasia ele encontrava agora uma pátria. Ali recuperaria o seu passado perdido. Ali se uniria
definitivamente àquela que fora seu grande amor, uma linda moça chamada .
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o conto.
( ) O distúrbio de linguagem de Mateus afeta também o narrador, o que explica os espaços em
branco no texto.
( ) Os espaços em branco no texto constroem a metáfora de uma das principais características da
literatura: as lacunas de interpretação.
( ) O título do conto constrói o paradoxo da afasia, que se caracteriza pela perda da memória.
( ) Os vazios no texto apontam um dos traços da recuperação do passado, que se constrói a partir
do que se lembra e do que se esquece.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia as seguintes afirmações sobre Amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas
I - Hermes, desfigurado e magro, depois de muito sofrimento, reencontra Mara na embaixada,
acompanhada de Marcelo.
II - Josias, quando volta a ser preso, lamenta ouvir a revelação do policial de que seu filho Sepé era
um traidor.
III- O romance abre com a queda do governo Allende e termina com a partida dos brasileiros
exilados no Chile para a Europa.
Quais estão corretas?
Leia as seguintes afirmações sobre Amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas
I - Hermes, desfigurado e magro, depois de muito sofrimento, reencontra Mara na embaixada, acompanhada de Marcelo.
II - Josias, quando volta a ser preso, lamenta ouvir a revelação do policial de que seu filho Sepé era um traidor.
III- O romance abre com a queda do governo Allende e termina com a partida dos brasileiros exilados no Chile para a Europa.
Quais estão corretas?
Leia o poema Terra de negros, de Oliveira
Silveira.
Terra de engenhos
negro moendo
cana escorrendo
suor amargando
terra de minas
negro cavando
ouro sorrindo
(ouro dos outros)
terra café
cacau e milho
negro plantando
negro colhendo
esperanças renascendo
terra de estância
charqueada grande
negro se salgando
terra quilombo
choça e mocambo
negro lutando
e resistindo
se libertando
terra xangô
tambor de mina
e candomblé
linha de umbanda
batuque e samba
macumba e negro
reza-dançando
terra congada
maracatu
reisado e negro
representando
terra comida
pratos baianos
quindim quitutes
negro fazendo
terra capoeira
rabo-de-arraia
negro golpeando
terra favela
morro e miséria
e o negro nela
(breque) até quando?
Considere as seguintes afirmações sobre o
poema.
I - O poema reconta a história do Brasil do
Nordeste ao Sul, pela perspectiva do
trabalho do negro.
II - O sujeito-lírico assume-se como negro
através da linguagem, marcada pelo
lirismo e pelo posicionamento crítico.
III- A cultura negra está presente no poema,
através dos instrumentos musicais, da
religiosidade e da alimentação.
Quais estão corretas?
Leia o poema Terra de negros, de Oliveira Silveira.
Terra de engenhos
negro moendo
cana escorrendo
suor amargando
terra de minas
negro cavando
ouro sorrindo
(ouro dos outros)
terra café
cacau e milho
negro plantando
negro colhendo
esperanças renascendo
terra de estância
charqueada grande
negro se salgando
terra quilombo
choça e mocambo
negro lutando
e resistindo
se libertando
terra xangô
tambor de mina
e candomblé
linha de umbanda
batuque e samba
macumba e negro
reza-dançando
terra congada
maracatu
reisado e negro
representando
terra comida
pratos baianos
quindim quitutes
negro fazendo
terra capoeira
rabo-de-arraia
negro golpeando
terra favela
morro e miséria
e o negro nela
(breque) até quando?
Leia a abertura e um trecho final da crônica É chato ser brasileiro!, de Nélson Rodrigues.
Dizem que o Brasil tem analfabetos demais. E, no entanto, vejam vocês: – a vitória final, na Copa da
Suécia, operou o milagre. Se analfabetos existiam, sumiram-se na vertigem do triunfo. A partir do
momento em que o rei Gustavo, da Suécia, veio apertar as mãos dos Pelés, dos Didis, todo mundo,
aqui, sofreu uma alfabetização súbita. Sujeitos que não sabiam se gato se escreve com ―x‖ iam ler a
vitória no jornal. Sucedeu essa coisa sublime: — analfabetos natos e hereditários devoravam
vespertinos, matutinos, revistas, e liam tudo com uma ativa, uma devoradora curiosidade, que ia do
―lance a lance‖ da partida até os anúncios de missa. Amigos, nunca se leu e, digo mais, nunca se
releu tanto no Brasil.
E a quem devemos tanto? Ao escrete, amigos, ao escrete, que, hoje, é o meu personagem da
semana, múltiplo personagem. Personagem meu, do Brasil e do mundo. Graças aos 22 jogadores,
que formaram a maior equipe de futebol da Terra, em todos os tempos, graças a esses jogadores,
dizia eu, o Brasil descobriu-se a si mesmo. Os simples, os bobos, os tapados hão de querer sufocar a
vitória nos seus limites estritamente esportivos. Ilusão! Os 5 x 2, lá fora, contra tudo e contra todos,
são um maravilhoso triunfo vital de todos nós e de cada um de nós. Do presidente da República ao
apanhador de papel, do ministro do Supremo ao pé-rapado, todos, aqui, percebem o seguinte: — é
chato ser brasileiro!(...)
Outra característica da jornada: — o brasileiro sempre se achou um cafajeste irremediável e
invejava o inglês. Hoje, com a nossa impecabilíssima linha disciplinar no Mundial, verificamos o
seguinte: — o verdadeiro inglês, o único inglês, é o brasileiro.
Sobre a crônica, considere as seguintes afirmações.
I - A vitória na Copa do Mundo de Futebol, na Suécia, em 1958, manteve o sentimento de
inferioridade do brasileiro em relação ao inglês.
II - O cronista destaca o efeito da vitória da seleção brasileira de futebol como forma de superar o
sentimento de inferioridade.
III- A vitória e o reconhecimento de Didis e Pelés permitiram ao Brasil descobrir a si mesmo.
Quais estão corretas?
Assinale a alternativa correta sobre a obra.
Abaixo, no bloco superior, estão listadas
personagens do romance; no inferior, a
caracterização de cada uma e sua relação
com Macabéa.
Associe adequadamente o bloco inferior ao
superior.
1 - Rodrigo S.M.
2 - Olímpico de Jesus
3 - Glória
4 - Maria Aparecida
5 - Carlota
( ) Narrador que, ao contar a história de
Macabéa, fala de si mesmo,
transformando-se também em
personagem do romance.
( ) Cartomante que encarna a figura da mãe,
ausente na vida de Macabéa.
( ) Nordestino, ladrão, assassino e pobre, com
ambição de ser deputado.
( ) Colega de trabalho de Macabéa,
representante do ―ambicionado clã do sul
do país‖, pois é carioca da gema‖.
A sequência correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é
Abaixo, no bloco superior, estão listadas personagens do romance; no inferior, a caracterização de cada uma e sua relação com Macabéa.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
1 - Rodrigo S.M.
2 - Olímpico de Jesus
3 - Glória
4 - Maria Aparecida
5 - Carlota
( ) Narrador que, ao contar a história de Macabéa, fala de si mesmo, transformando-se também em personagem do romance.
( ) Cartomante que encarna a figura da mãe, ausente na vida de Macabéa.
( ) Nordestino, ladrão, assassino e pobre, com ambição de ser deputado.
( ) Colega de trabalho de Macabéa, representante do ―ambicionado clã do sul do país‖, pois é carioca da gema‖.
A sequência correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é
Assinale a alternativa correta sobre o álbum Tropicalia ou panis et circenses.
Assinale a alternativa correta sobre a peça.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as
seguintes afirmações sobre a peça.
( ) Joana ajudou Jasão a tornar-se um
compositor de sucesso, e é a quem ele
demonstra, a todo instante, sua gratidão.
( ) Joana é quatorze anos mais velha do que
Jasão.
( ) A cantoria dos vizinhos tem o papel do
coro da tragédia grega.
( ) Creonte escolhe Jasão para sua sucessão
no poder, visando ao bem-estar da
comunidade.
A sequência correta de preenchimento dos
parênteses, de cima para baixo, é
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre a peça.
( ) Joana ajudou Jasão a tornar-se um compositor de sucesso, e é a quem ele demonstra, a todo instante, sua gratidão.
( ) Joana é quatorze anos mais velha do que Jasão.
( ) A cantoria dos vizinhos tem o papel do coro da tragédia grega.
( ) Creonte escolhe Jasão para sua sucessão no poder, visando ao bem-estar da comunidade.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia abaixo o diálogo entre Severino e Mestre Carpina, retirado de Morte e vida Severina, de João
Cabral de Melo Neto.
— Seu José, mestre carpina,
que lhe pergunte permita:
há muito no lamaçal
apodrece a sua vida?
e a vida que tem vivido
foi sempre comprada à vista?
— Severino, retirante,
sou de Nazaré da Mata,
mas tanto lá como aqui
jamais me fiaram nada:
a vida de cada dia
cada dia hei de comprá-la.
— Seu José, mestre carpina,
e que interesse, me diga,
há nessa vida a retalho
que é cada dia adquirida?
espera poder um dia
comprá-la em grandes partidas?
— Severino, retirante,
não sei bem o que lhe diga:
não é que espere comprar
em grosso tais partidas,
mas o que compro a retalho
é, de qualquer forma, vida.
— Seu José, mestre carpina,
que diferença faria
se em vez de continuar
tomasse a melhor saída:
a de saltar, numa noite,
fora da ponte e da vida?
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) Severino, retirante chegado ao Recife, questiona a vida miserável de Mestre Carpina.
( ) Mestre Carpina defende a necessidade de viver mesmo que em condição precária.
( ) Mestre Carpina nega-se a ouvir os infundados questionamentos de Severino.
( ) Severino, em sua última interrogação, aponta uma hesitação entre viver e morrer.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o capítulo A Teiniaguá.
( ) Aguinaldo Silva vem do Norte e chega a Santa Fé depois de muitas andanças pelo Brasil,
emprestando dinheiro a juro alto.
( ) Luzia, neta adotiva de Aguinaldo Silva, vem da Corte para Santa Fé e torna-se a ―senhora do
Sobrado‖.
( ) Luzia escolhe Bolívar Cambará para casar, apaixonada por seu jeito sofisticado e urbano.
( ) Dr. Carl Winter frequenta o Sobrado e nutre grande admiração por Luzia, a quem compara com
Melpômene, musa da tragédia.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
F – F – F – V.
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior, levando em consideração o contexto histórico
que subjaz a cada capítulo do romance.
1 - A fonte
2 - Ana Terra
3 - Um certo capitão Rodrigo
4 - A guerra
5 - Ismália Caré
( ) Emergência e apogeu dos gaudérios, Revolução Farroupilha e chegada dos primeiros imigrantes
alemães.
( ) Surgimento da oposição republicana e abolicionista e criação do PRR (Partido Republicano Riograndense).
( ) Últimos anos das Missões Jesuíticas, os Sete Povos das Missões.
( ) Conquista do território sul-rio-grandense por famílias paulistas e criação dos primeiros povoados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior, levando em consideração o contexto histórico que subjaz a cada capítulo do romance.
1 - A fonte
2 - Ana Terra
3 - Um certo capitão Rodrigo
4 - A guerra
5 - Ismália Caré
( ) Emergência e apogeu dos gaudérios, Revolução Farroupilha e chegada dos primeiros imigrantes alemães.
( ) Surgimento da oposição republicana e abolicionista e criação do PRR (Partido Republicano Riograndense).
( ) Últimos anos das Missões Jesuíticas, os Sete Povos das Missões.
( ) Conquista do território sul-rio-grandense por famílias paulistas e criação dos primeiros povoados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia o poema José, de Carlos Drummond de Andrade.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
(...)
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Assinale a alternativa correta sobre o poema.
Leia o poema José, de Carlos Drummond de Andrade.
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
(...)
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Assinale a alternativa correta sobre o poema.
Leia os trechos abaixo, retirados respectivamente do segundo e do penúltimo capítulos de Vidas
Secas, de Graciliano Ramos.
– Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar
sozinho. E, pensando bem, ele não era um homem; era apenas um cabra ocupado em guardar
coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha olhos azuis e os cabelos ruivos; mas como vivia em
terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença de brancos e julgava-se cabra. (Capítulo II).
Cabra ordinário, mofino, encolhera-se e ensinara o caminho. Esfregou a testa suada e enrugada.
Para que recordar a vergonha? Pobre dele. Estava tão decidido que ele viveria sempre assim? Cabra
safado, mole. Se não fosse tão fraco, teria entrado no cangaço e feito misérias. Depois levaria um
tiro de emboscada ou envelheceria na cadeia, cumprindo sentença, mas isto não era melhor que
acabar-se numa beira de caminho, assando no calor, a mulher e os filhos acabando-se também.
Devia ter furado o pescoço do amarelo com faca de ponta, devagar. Talvez estivesse preso e
respeitado, um homem respeitado, um homem. Assim como estava, ninguém podia respeitá-lo. Não
era homem, não era nada. Aguentava zinco no lombo e não se vingava. (Capítulo XII).
Assinale a alternativa correta sobre os trechos acima.
Assinale a alternativa correta sobre
Mensagem, de Fernando Pessoa.
Leia o trecho abaixo do poema Poética, de Manuel Bandeira.
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo
[e manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
(...)
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com
[cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I - Poética é um poema que defende a concepção libertária da criação artística.
II - O poema, publicado no livro Libertinagem, de 1930, reforça o ideário modernista de inovação
estética.
III- Bandeira intensifica a rigidez da forma poética, que já havia em Os sapos, do livro Carnaval, de
1919.
Quais estão corretas?
Leia o trecho abaixo do poema Poética, de Manuel Bandeira.
Estou farto do lirismo comedido
do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo
[e manifestações de apreço ao Sr. Diretor
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
(...)
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante exemplar com
[cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I - Poética é um poema que defende a concepção libertária da criação artística.
II - O poema, publicado no livro Libertinagem, de 1930, reforça o ideário modernista de inovação estética.
III- Bandeira intensifica a rigidez da forma poética, que já havia em Os sapos, do livro Carnaval, de
1919.
Quais estão corretas?
Leia o poema abaixo, de Fernado Pessoa.
Pobre velha música!
Pobre velha música!
Não sei porque agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.
Considere as seguintes afirmações sobre o
poema.
I - O sujeito-lírico elege a ―pobre velha
música‖ para expressar o desejo de
recuperar a infância.
II - O verso final indica que a felicidade
passada pode ser uma memória vivida no
presente.
III- A musicalidade do poema, de métrica
tradicional, traduz uma luta contra a
poesia moderna, através da nostalgia
presente em outros heterônimos.
Quais estão corretas?
Leia o poema abaixo, de Fernado Pessoa.
Pobre velha música!
Pobre velha música!
Não sei porque agrado,
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz? Não sei:
Fui-o outrora agora.
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
I - O sujeito-lírico elege a ―pobre velha música‖ para expressar o desejo de recuperar a infância.
II - O verso final indica que a felicidade passada pode ser uma memória vivida no presente.
III- A musicalidade do poema, de métrica tradicional, traduz uma luta contra a poesia moderna, através da nostalgia presente em outros heterônimos.
Quais estão corretas?
Leia o segmento abaixo, do terceiro capítulo de O cortiço, de Aluísio Azevedo.
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos
e fêmeas. (...) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se
não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam
a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas;
já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de
plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal
de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o segmento.
( ) O segmento apresenta a descrição do cortiço sem destacar um personagem, com ênfase na
coletividade para ações triviais de homens, mulheres e crianças.
( ) O despertar, matéria cotidiana, é figurado como fato rotineiro de pessoas executando seus
hábitos higiênicos matinais.
( ) A linguagem do narrador, preocupado em mostrar a dimensão natural presente nas ações
humanas, evidencia-se em expressões como ―prazer animal de existir‖.
( ) O objetivo, nesse segmento, é apresentar o cortiço e a venda como empreendimentos
comerciais usados no enriquecimento de João Romão.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Leia o segmento abaixo.
No Brasil novecentista, uma sociedade escravocrata e patriarcal, o espaço de atuação das mulheres
era restrito. Elas aparecem representadas em Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O cortiço, de
Aluísio Azevedo. ........ escolhe ficar com o homem que desperta seu desejo, sem a necessidade de
casar. Paira sobre ........ a desconfiança sobre sua motivação para casar com o vizinho. Por sua vez,
........ casa e descarta o marido, em busca de uma vida livre do domínio masculino.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do segmento acima, na ordem em que
aparecem.
Leia o segmento abaixo.
No Brasil novecentista, uma sociedade escravocrata e patriarcal, o espaço de atuação das mulheres era restrito. Elas aparecem representadas em Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. ........ escolhe ficar com o homem que desperta seu desejo, sem a necessidade de casar. Paira sobre ........ a desconfiança sobre sua motivação para casar com o vizinho. Por sua vez, ........ casa e descarta o marido, em busca de uma vida livre do domínio masculino.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do segmento acima, na ordem em que aparecem.