Questõesde UEMG 2016
Os fragmentos assinalam um procedimento linguístico relevante na
narrativa de Cachorro Velho. Trata-se da
A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.
Texto I
Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.
Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.
Texto II
O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.
Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.
Texto III
Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.
CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.
A figura representa o instante em que um carro de massa M passa por uma
lombada existente em uma estrada. Considerando o raio da lombada igual
a R, o módulo da velocidade do carro igual a V, e a aceleração da gravidade
local g, a força exercida pela pista sobre o carro, nesse ponto, pode ser
calculada por
Texto I
Enquanto isso, você, leitor, juiz supremo, aceita ou rejeita a crônica, exercício
permanente de semear fantasia e leveza para que, talvez, venha a
colher alguma realidade. (“Miolos do ofício”, p.9).
Texto II
Uma vez mais, apelarei para a fantasia ao narrar. A ficção é o spa da realidade,
na qual o fato precisa perder o peso e o estresse da hora. Após
alguma reflexão, sobra a humanidade nua e crua – e isso é o que interessa.
(“Sobre cavalos e homens”, p.65).
Texto III
Continuamos humanos há um milhão de anos e assim permaneceremos
por longo tempo ainda. Para a paixão, milênios são marcas desprovidas
de significado, e os corações a ela se submetem encantados. De quebra,
as histórias resultantes nos encantam com suas aventuras e, sobretudo,
desventuras. Os escritores se esbaldam. Literatura é a realidade sem riscos.
(“Um milhão de anos de paixão”, p.73).
GIFFONI, L: O acaso abre portas. Belo Horizonte: Abacate, 2014.
Levando em consideração o contexto do livro, os fragmentos expressam
uma concepção de crônica que
Esquecidos de que não se encontravam em casa, passaram a noite
em busca de si mesmos numa centena de canais. Desculpe, cento e
doze.
GIFFONI, L. Os canibais da notícia. In: O acaso abre portas. Belo Horizonte: Abacate, 2014. p. 49.
Considerando-se as relações entre o título e o enredo da crônica “Os
canibais da notícia”, os protagonistas são
De todos os percentuais divulgados, meu favoritíssimo aborda
extraterrestres: 78,25% das civilizações alienígenas que nos visitam
vêm de fora da Via Láctea. Depois dessa precisão alienígena, eu, que
vivia fora de órbita, ando agora 78,25% mais à Terra. Com tanta
gente estranha por aqui, acredito que a confusão estatística é coisa
de ET. Ou do diabo. Tenho 66,6% de certeza.
GIFFONI, L. Confusão estatística. In: O acaso abre portas. Belo Horizonte: Abacate, 2014. p. 21.
Os recursos de estilo empregados nesse fragmento indicam a intenção do
autor de
Quando a névoa encobriu o corpo de Beira, Cachorro Velho voltou a
desabar no solo.
Bufando contra a poeira, lembrou-se da mãe. O rosto lhe chegou de
imediato, sem avisar.
Soube que era ela pelos olhos. Pela forma de sua face escura. Pelos
seios abundantes, ainda cheios daquele odor que, quando criança,
ele buscava em outras mulheres só para reencontrá-la.
Sim, era ela. Havia passado a vida inteira tentando recordá-la, e só
naquela hora aziaga seu rosto emergia do Nada.
— Qual é o meu nome? — perguntou à aparição que enchia sua
mente. E viu-lhe os lábios grossos se moverem, mas não escutou
nenhum som. Os latidos dos cães cobriram a trilha.
Lentamente, a alma do porteiro se levantou no ar e, vislumbrando El
Colibrí, entrou na floresta.
CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 141.
Lido no contexto da narrativa, esse fragmento extraído do final do romance
sugere
A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.
Texto I
Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.
Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.
Texto II
O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.
Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.
Texto III
Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.
CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.
Na trama, a caracterização dos personagens de Aroni e Ulundi são
indicativas de uma visão
A questão refere-se ao livro Cachorro Velho, de Teresa Cárdenas.
Texto I
Cachorro Velho aproximou do rosto a borda da cuia e cheirou. O aroma do café adoçado com mel lhe entrou em cheio, reconfortando-o.
Sempre cheirava primeiro. Já era um costume, um ritual aprendido com os anos. Uniu os lábios grossos e bebeu um gole. O líquido desceu numa onda ardente até seu estômago.
Texto II
O feitor tocou o sino e todos se aproximaram do pátio central. O sol da manhã era suave e o vento trazia, quase imperceptível, o cheiro enjoativo da moenda.
Os ajudantes do feitor entregavam às mulheres umas batas de tecido cru, com bolsos grandes, e lenços coloridos. Os homens receberam camisas grossas e calças para o trabalho no campo.
Texto III
Rodeava o engenho um denso manto verde. Troncos de todos os formatos, folhas de cores variadas, flores com todos os perfumes.
CÁRDENAS, Teresa. Cachorro Velho. Rio de Janeiro: Palhas, 2010. p. 07, 51, 61.
Com a finalidade de explorar determinados efeitos de sentido, o título da
crônica faz referência ao gênero textual ‘diário’. Constitui uma característica
desse gênero presente no texto
A questão refere-se ao texto a seguir.
Diário alienígena
Imagine alguém contando essa historinha: “Depois de receber uma
premagem, o ludâmbulo desligou o lucivelo, colocou o focale,
chamou o cinesíforo e foi ao local da runimol de que teve notícia
por um amigo alvissareiro”. Assim seria contada essa historinha se
se tivesse adotado a proposta de Antônio Castro Lopes, filólogo
que viveu de 1827 a 1901. Os neologismos que ele propôs, como
ludâmbulo, focalo e cinesíforo não pegaram. Então podemos contar
hoje a mesma historinha assim: “Depois de receber uma massagem,
o turista desligou o abajur, colocou o cachecol, chamou o motorista
e foi ao local da avalanche de que teve notícia por um amigo
repórter”. Acho muito estranho nessas palavras a proposta de usar
“alvissareiro” em vez de repórter. Alvíssaras é uma palavra sempre
relacionada a boas notícias, o que não é bem o caso da maioria do
que ouvimos ou lemos dos repórteres.
BENEDITO, M. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2016/03/11/chato-cricri-ezung-zung/>. Acesso em: 03 out. 2016. (Adaptado).
No fragmento, o autor questiona o emprego do termo “alvissareiro” por
considerá-lo
No início de 2015, um questionário com 36 perguntas e quatro minutos
ininterruptos de contato visual ficou conhecido por causa de um artigo
da escritora Mandy Len Catron, publicado no jornal norte-americano The
New York Times. No texto, ela conta a história de como se apaixonou
pelo marido com a ajuda de um método usado para criar intimidade
romântica em laboratório, experimento criado há mais de 20 anos pelo
professor de psicologia social Arthur Aron, da Universidade de Stony
Brooks, nos Estados Unidos.
Em nove dias, o texto foi lido por mais de 5 milhões de pessoas e
compartilhado 270 mil vezes no Facebook (inclusive por Mark
Zuckerberg). “Criamos esse questionário a fim de ter um método para
ser usado em laboratório e estudar os efeitos da intimidade na vida
social de uma pessoa. Esse método já foi utilizado em centenas de
estudos”, disse Aron à reportagem.
Quando foi criado, o estudo tinha regras bem rígidas: um homem e uma
mulher heterossexuais entram em um laboratório por portas separadas.
Eles se sentam frente a frente e respondem às perguntas, que têm um
teor cada vez mais pessoal. Essa fase leva cerca de 45 minutos e, em
seguida, é preciso encarar o outro nos olhos durante quatro minutos,
sem desviar o foco. Na experiência conduzida pelo professor Aron, dois
participantes do teste se casaram depois de seis meses e chamaram os
funcionários do laboratório para a cerimônia.
LOUREIRO, G. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/03/querencontrar-o-amor-ciencia-e-tecnologia-podem-te-ajudar.html >. Acesso em: 10 out. 2016.
Assinale a alternativa em que o trecho em destaque tem a função de dar
ênfase à informação apresentada no excerto:
Uma pessoa verdadeiramente forte
A gente costuma ouvir que uma pessoa é forte, que tem gênio forte,
quando ela reage com grande violência em situações que a desagradam.
Ou seja, a pessoa de temperamento forte só está bem e calma quando
tudo acontece exatamente de acordo com a vontade dela. Nos outros
casos, sua reação é explosiva e o estouro costuma provocar o medo nas
pessoas que a cercam.
As pessoas que não toleram frustrações, dores e contrariedades são as
fracas e não as fortes. Fazem muito barulho, gritam, fazem escândalos
e ameaçam bater. São barulhentas e não fortes. O forte é aquele que
ousa e se aventura em situações novas, porque tem a convicção íntima
de que, se fracassar, terá forças interiores para se recuperar.
Ninguém pode ter certeza de que seu empreendimento – sentimental,
profissional, social – será bem-sucedido. Temos medo da novidade
justamente por causa disso. O fraco não ousará, pois a simples ideia do
fracasso já lhe provoca uma dor insuportável. O forte ousará porque
tem a sensação íntima de que é capaz de aguentar o revés.
O forte é aquele que monta no cavalo porque sabe que, se cair, terá
forças para se levantar. O fraco encontrará uma desculpa – em geral,
acusando uma outra pessoa – para não montar no cavalo. Fará gestos
e pose de corajoso, mas, na verdade, é exatamente o contrário. Buscará
tantas certezas prévias de que não irá cair do cavalo que, caso chegue
a tê-las, o cavalo já terá ido embora há muito tempo. O forte é o que
parece ser o fraco: é quieto, discreto, não grita e é o ousado. Faz o que
ninguém esperava que ele fizesse.
GIKOVATE, F. Disponível em: <http://flaviogikovate.com.br/uma-pessoa-verdadeiramenteforte/#more-540>. Acesso em: 01 out. 2016.
A relação entre a tese do texto e os argumentos apresentados pelo autor
para sustentar seu ponto de vista é caracterizada pela
Disponível em :<http://www.comunicaquemuda.com.br/culpa-nao-e-delas/>. Acesso em: 25 set. 2016.
A leitura do infográfico indica que
No texto, a utilização do ponto de vista de um alienígena é uma estratégia
com o propósito de
A questão refere-se ao texto a seguir.
Diário alienígena