O pensamento feminista sustentou e se nutriu do processo de construção coletiva empreendido historicamente pelas mulheres em distintas partes do mundo. Nesse percurso [...], o ideário feminista, independente de sua filiação teórica ou tendência política, além de desestabilizar a lógica moldada por mitos e estereótipos, que reforçava a discriminação das mulheres, contribuiu para a incorporação do tema da igualdade de gênero à agenda pública e às instâncias políticas. Teve, contudo, de percorrer um caminho longo e conturbado na busca por legitimidade e reconhecimento em espaços acadêmicos, sociais e políticos. Mesmo assim, marcou presença em todas as etapas da experiência humana, embora assumindo formas diferentes e quase sempre ausentes dos compêndios de história e dos registros de modo geral. (PRÁ; CARVALHO, 2004, p. 2).
Com base no texto e nos conhecimentos sobre feminismo, é correto afirmar:
No Brasil, desde o processo de reabertura democrática e graças à articulação entre feministas e partidos
políticos, foram criados, no âmbito estatal, diversos mecanismos destinados à transformação das
desigualdades de gênero, entre os quais se destacaram, cronologicamente, o Conselho da Condição
Feminina nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, em 1983; a primeira Delegacia da Mulher em São
Paulo, em 1985 e, nesse mesmo ano, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher — CNDM —, que teve
papel fundamental na inserção da igualdade jurídica na Constituição Federal de 1988.