Questõessobre Preconceitos de Raça, Classe e Gênero e a interseccionalidade

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UEL 2017 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Os dados apresentados pelo Mapa da Violência de 2016, publicado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), reiteram o padrão segundo o qual a juventude brasileira encontra-se em maior vulnerabilidade frente às situações de violência, especialmente no que se refere às mortes provocadas por armas de fogo. De acordo com os especialistas responsáveis por este estudo, tal situação exige políticas de juventude e políticas para a juventude. Sobre juventudes, vulnerabilidade juvenil e políticas públicas para a redução da violência, considere as afirmativas a seguir.

I. A condição juvenil é socialmente construída e atravessada por condições sociais como classe, raça, escolaridade, local de moradia, religião e gênero.
II. O trabalho é uma dimensão constitutiva da condição juvenil e é vivenciado positivamente por muitos jovens, pois permite o acesso ao entretenimento, ao consumo e aos namoros.
III. O acesso dos jovens à educação formal e ao mercado de trabalho são questões resolvidas pelas políticas públicas, eliminando a chamada geração “nem-nem”.
IV. O combate às desigualdades de renda, em primeiro plano, e as desigualdades de gênero, em segundo, são as condições imediatas para a efetiva redução da violência entre jovens negros, via políticas públicas.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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ENEM 2018 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero


O anúncio publicitário da década de 1940 reforça os seguintes estereótipos atribuídos historicamente a uma suposta natureza feminina:

A
Pudor inato e instinto maternal.
B
Fragilidade física e necessidade de aceitação.
C
Isolamento social e procura de autoconhecimento.
D
Dependência econômica e desejo de ostentação.
E
Mentalidade fútil e conduta hedonista.
abfedce8-dd
UFPR 2018 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

No livro Mulheres, raça e classe, Angela Davis perfaz um caminho histórico e social da luta das mulheres nos Estados Unidos e como diferentes movimentos e campanhas possibilitaram a construção dos direitos e das pautas políticas de gênero naquele país. Numa das passagens da obra, em que aborda as campanhas pelo direito ao aborto, Davis afirma que “o controle de natalidade – escolha individual, métodos contraceptivos seguros, bem como abortos, quando necessário – é um pré-requisito fundamental para a emancipação das mulheres. [...] E se a campanha pelo direito ao aborto do início dos anos 1970 precisava ser lembrada de que mulheres de minorias étnicas queriam desesperadamente escapar dos charlatões de fundo de quintal, também deveria ter percebido que essas mesmas mulheres não estavam dispostas a expressar sentimentos pró-aborto. Elas eram a favor do direito ao aborto, o que não significava que fossem defensoras do aborto. Quando números tão grandes de mulheres negras e latinas recorrem a abortos, as histórias que relatam não são tanto sobre o desejo de ficar livres da gravidez, mas sobre as condições sociais miseráveis que as levam a desistir de trazer novas vidas ao mundo”.

(DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 219-220.)


Com base no texto, é correto concluir que:

A
o feminismo e as pautas antiaborto foram fundamentais para se pensarem novas políticas públicas de controle de natalidade nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a legislação moderna também propiciou que os movimentos das mulheres em busca de emancipação social fossem protegidos pelo Estado.
B
a despeito dos movimentos organizados que buscavam constituir a emancipação social das mulheres, a grande questão de fundo era e continua sendo não colocar-se contra ou a favor do aborto, mas de possibilitar que o direito ao aborto fosse extensivo às mulheres em condições de vulnerabilidade social, a ponto de as impedir de “trazer novas vidas ao mundo”.
C
as campanhas pró-aborto receberam apoio amplo da sociedade norte-americana e a sua prática obteve repercussão, já que até mesmo as mulheres de minorias étnicas conquistaram esse direito, adotando o aborto como método contraceptivo mais eficaz.
D
Angela Davis remete a um aspecto preciso na formação social norte-americana: as mulheres sempre tiveram os mesmos direitos que os homens e nunca houve qualquer forma de distinção por gênero nos Estados Unidos, já que a constituição daquele país é respeitada e protege a todos e todas de forma equânime.
E
embora o livro Mulheres, raça e classe tenha pertinência ao tratar de temas sobre a formação das minorias de gênero, raça e classe e, sobretudo nos Estado Unidos, é uma obra que repercute de forma instigante os temas presentes na década de 1970, tendo pouca relação com o contexto atual de luta por direito das mulheres no cenário global.
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ENEM 2010 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

A primeira instituição de ensino brasileira que inclui disciplinas voltadas ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) abriu inscrições na semana passada. A grade curricular é inspirada em similares dos Estados Unidos da América e da Europa. Ela atenderá jovens com aulas de expressão artística, dança e criação de fanzines. É aberta a todo o público estudantil e tem como principal objetivo impedir a evasão escolar de grupos socialmente discriminados.

Época, 11jan. 2010 (adaptado).

O texto trata de uma política pública de ação afirmativa voltada ao público LGBT. Com a criação de uma instituição de ensino para atender esse público, pretende-se

A
contribuir para a invisibilidade do preconceito ao grupo LGBT.
B
copiar os modelos educacionais dos EUA e da Europa.
C
permitir o acesso desse segmento ao ensino técnico.
D
criar uma estratégia de proteção e isolamento desse grupo.
E
promover o respeito à diversidade sexual no sistema de ensino.
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UNESP 2018 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

No Brasil, para uma população 54% negra (incluídos os pardos), apenas 14% dos juízes e 2% dos procuradores e promotores públicos são negros. Juízes devem ser imparciais em relação a cor, credo, gênero, e os mais sensíveis desenvolvem empatia que lhes permite colocar-se no lugar dos mais desfavorecidos socialmente. Nos Estados Unidos, várias ONGs dedicam-se a defender réus já condenados. Como resultado do trabalho de apenas uma delas, 353 presos foram inocentados em novos julgamentos desde 1989. Desses, 219 eram negros. No Brasil, é uma incógnita o avanço social que seria obtido por uma justiça cega à cor.

(Mylene Pereira Ramos. “A justiça tem cor?”. Veja, 24.01.2018. Adaptado.)


Sobre o funcionamento da justiça, pode-se afirmar que

A
o preconceito étnico é fenômeno exclusivamente subjetivo e sem implicações na esfera pública.
B
a neutralidade e objetividade no julgamento não estão sujeitas a fatores de natureza psicológica.
C
a disparidade da composição étnica entre réus e juízes é um fator de crítica à atuação do Judiciário.
D
a isenção jurídica é garantida por critérios objetivos que independem da origem étnica ou social.
E
a imparcialidade nos julgamentos é fator que torna desnecessária a adoção de políticas afirmativas.
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UNESP 2018 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

“O homem que agride mulher é aquele que levanta todo dia e sai para trabalhar. Frequenta grupos sociais corriqueiros, como reuniões de pais em escolas. Ele se veste e age de forma socialmente aceita. Só que, ao chegar em casa, comporta-se de forma violenta para manter a qualquer custo o posto de autoridade máxima”, declara a magistrada Teresa Cristina dos Santos. A juíza afirma que a violência contra a mulher é a única forma democrática de violência. Vítimas e agressores são encontrados em todos os segmentos da sociedade. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, a despeito de a maioria ter entre 25 e 30 anos e baixa escolaridade, há agressores de todas as idades, condição financeira, nível de instrução e situação profissional. De acordo com a juíza Teresa Cristina, o enfrentamento da violência contra a mulher passa justamente por essa desmistificação de quem é o agressor. “Ao contrário dos crimes comuns, a violência contra a mulher é uma questão cultural”.

(Adriana Nogueira. “Violência contra a mulher vem do homem comum e pode atingir qualquer uma”. www.uol.com.br, 26.09.2017. Adaptado.)


A partir do texto, a violência contra a mulher na sociedade brasileira

A
tem como causa principal a má distribuição de renda que afeta as classes populares.
B
é um fenômeno associado ao autoritarismo de regimes políticos de exceção.
C
é consequência direta de comportamentos impulsivos de natureza patológica.
D
é um problema decisivamente associado ao significado cultural da masculinidade.
E
tem origem inata, não sendo condicionada por fatores culturais ou sociais.
1889da23-4b
ENEM 2014 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Maria da Penha

Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona “Maria da Penha”
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
Respeito, afinal, é bom e eu gosto

[...]

Não vem que eu não sou
Mulher de ficar escutando esculacho
Aqui o buraco é mais embaixo
A nossa paixão já foi tarde

[...]

Se quer um conselho, não venha
Com essa arrogância ferrenha
Vai dar com a cara
Bem na mão da “Maria da Penha”

ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007.

A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)

A
mudanças decorrentes da entrada da mulher no mercado de trabalho.
B
formas de ameaça doméstica que se restringem à violência física.
C
relações de gênero socialmente construídas ao longo da história.
D
violência doméstica contra a mulher relacionada à pobreza.
E
ingestão excessiva de álcool pelos homens.
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ENEM 2014 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

FIGURA 1

Princesa Alexandra. Disponível em: www.democraciafashion.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012.


FIGURA 2


Duquesa de Cambridge, Kate Middleton. Disponível em: http://rockandglamour.blogspot.com. Acesso em: 4 ago. 2012.

As figuras indicam mudanças no universo feminino, como a

A
decadência da Monarquia, revelada pela aparição solitária e informal das nobres.
B
redução na escolaridade, simbolizada pela vida dinâmica e sem dedicação à leitura.
C
ampliação do status, conferida pela passagem do local rústico para os jardins do palácio.
D
inclusão na política, representada pela diferença entre o espaço privado e o espaço público.
E
valorização do corpo, salientada pelo uso de roupas mais curtas e pela postura mais relaxada.
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ENEM 2012 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Seria até engraçado, se não fosse trágico, porque na hora que a pessoa tem uma doença, ela fica se achando responsável por ter a doença. E se você pegar na história da medicina, sempre foi feito isso — os que tinham lepra eram considerados ímpios; tinham lepra porque não eram tementes a Deus, porque não eram homens e mulheres que tinham uma vida religiosa. Os tuberculosos, no início do século, na epidemia de tuberculose na Europa inteira, aqui em São Paulo, no Brasil todo, eram pessoas devassas, jovens devassos. Com a Aids nós vimos a mesma coisa. Quem tinha Aids, quem eram? Eram os promíscuos e os viciados em drogas, não é?

Entrevista de Dráuzio Varella no programa Roda Viva em 30 ago. 2004. Disponível em: www.rodaviva.fapesp.br. Acesso em: 30 jan. 2012 (adaptado).


Dráuzio Varella discute a associação entre doença e costumes cotidianos. De acordo com o argumento apresentado, essa associação indica

A
a culpabilização de hábitos considerados como desregrados, adequando comportamentos.
B
o desejo de estender a qualidade de vida, controlando as populações mais jovens.
C
a classificação dos grupos de risco, buscando impedir o contágio.
D
a diminuição da fé religiosa, na modernidade, rejeitando a vida celibatária.
E
o desenvolvimento da medicina, propondo terapêuticas que melhorem a vida do doente.
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ENEM 2011 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero, Cidadania e movimentos sociais, Movimentos sociais no Brasil

Em uma das reuniões do GPH (Grupo de Pais de Homossexuais) na rua Major Sertório, no centro de São Paulo, mais de 80 jovens ocupam uma sala. Sentados em cadeiras, sofás ou em almofadas no chão, conversam, esclarecem dúvidas e falam sobre as dificuldades e prazeres típicos desta fase da vida. No final, participam de uma confraternização com lanche e música. O que os une nesta tarde de domingo não é política ou religião, mas a orientação sexual: eles são LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) ou querem conhecer pessoas que sejam, por conta de dúvidas quanto à própria sexualidade.

FUHRMANN, L. Mães e filhos: um grupo em São Paulo ajuda familiares a lidar com a homossexualidade de jovens e adolescentes. Carta Capital. N° 589, São Paulo: Confiança, mar. 2010.


Tendo em conta as formas de incompreensão e intolerância que ainda marcam certas visões sobre o tema da diversidade sexual, o que embasa a criação de movimentos sociais como o GPH e de outros grupos LGBT com o mesmo perfil?

A
A liberalidade frequente dos pais de homossexuais.
B
As normas legais que amparam os homossexuais.
C
A participação político-partidária dos grupos LGBT.
D
A necessidade de superar o medo e a discriminação.
E
As tentativas de atrair os consumidores gays.
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UNB 2010 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

O racismo a que se refere o texto tem suas raízes históricas nos papéis sociais subalternos que desempenharam, nos EUA, as populações africanas e latinas, bem como no orgulho de raça e no sentimento de superioridade de credo do grupo social que se considerava herdeiro dos pais fundadores da nação.

Os Estados Unidos da América (EUA) são uma grande
e velha república onde ainda se aplica a pena de morte. Na prática
judiciária, esse recurso põe a descoberto todas as injustiças e
mazelas da sociedade: a desigualdade social, uma vez que são os
menos favorecidos e os mais marginalizados que povoam os
pavilhões da morte nas prisões americanas; a desigualdade
financeira, pois, no sistema judiciário americano, somente os ricos
ou mafiosos têm os meios de aceder a serviços de advogados
especializados, capazes de enfrentar um ministério público
poderoso e uma polícia eficiente; a desigualdade racial, já que,
nos casos hediondos — em que o horror do crime provoca, no
público e em alguns jurados, pulsão de ódio e de vingança —, o
racismo, que, no cotidiano, se disfarça, pode, ali, manifestar-se.
Não é irrelevante o fato de que, nos pavilhões da morte, o número
de negros ou de latinos é proporcionalmente bem superior à sua
representação na população americana.

Robert Badinter. Contre la peine de mort. Écrits 1970-2006.
Paris: Fayard, 2006, p. 19-21 (tradução com adaptações).

Tendo o texto acima como referência e considerando os múltiplos
aspectos que ele suscita, julgue os próximos itens.

C
Certo
E
Errado
c244fb1a-6d
UEG 2011 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Grupos religiosos, étnicos, nacionais, raciais etc., quando negativamente avaliados, discriminados e/ou segregados, constituem as chamadas ‘minorias’ ou ‘grupos minoritários’. Às vezes, o grupo minoritário é assim considerado por ocupar uma posição subordinada na estrutura de poder de uma sociedade.

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Tendo por base a análise do texto e dos cartuns acima, infere-se que

A
os brancos sul-africanos impuseram o apartheid em virtude de sua predominância numérica sobre o negro na África do Sul, visto que esse era considerado um ser inferior.
B
os indígenas no Brasil fazem parte das chamadas ‘minorias’, devido ao número a que foram reduzidos pelo domínio do branco, ao longo de quinhentos anos de exploração.
C
os negros hoje no Brasil não podem ser considerados ‘minoria’, por causa do seu grande número no país. O Brasil abriga atualmente o maior número de negros residindo fora da África.
D
os conflitos étnicos nacionais vêm se expandindo em quase todos os recantos do planeta, a exemplo da resistência dos tibetanos contra o domínio chinês, dos curdos na Turquia, dos bascos na Espanha, entre tantos outros.
bf57be5a-6d
UEG 2011 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

“A respeito do moderno papel político-social da mulher, li preciosas observações da escritora e professora Rosiska Darcy de Oliveira. Ela entende que se reencena, hoje, o desafio de Antígona e Creonte. E que, no espelho de Antígona, as mulheres agora descobrem um rosto arquetípico. ‘A frágil princesa tebana que, afirmando lei própria, negou a autoridade do rei, volta ao proscênio, viva, e acena às novas gerações’. E continua ela: ‘O desafio deste século 21 será o equilíbrio entre homens e mulheres na partilha do poder, no compartilhamento da decisão dos destinos coletivos e o próprio equilíbrio entre homens e mulheres na partilha da vida em comum’”.

ROCHA, Hélio. A partilha homem-mulher. In: O Popular, Goiânia, 10 jul. 2010, p. 10. (Memorandum).

Tendo em vista a análise do texto acima, conclui-se que

A
a discriminação salarial contra a mulher já faz parte do passado. Atualmente, ela é considerada uma trabalhadora complementar ao seu pai ou marido, sendo socialmente coagida a aceitar pagamento inferior por um trabalho que, por isso mesmo, é rapidamente abandonado pelos homens.
B
ao negar a autoridade do rei, Antígona estabelece para sempre a superioridade da mulher sobre os homens, assegurando direitos iguais para ambos os sexos, libertando a mulher da sujeição ao comportamento masculino.
C
as mulheres vêm assegurando em números crescentes grau de escolaridade em campos tradicionalmente dominados por homens, bem como visíveis sinais de crescimento de participação na política, além da redução da discriminação contra as mulheres em empregos operários.
D
o gênero é uma diferenciação entre homens e mulheres em termos de características culturalmente definidas na sociedade. A estratificação baseada no gênero ocorre quando os homens e as mulheres, em uma sociedade, recebem parcelas iguais de dinheiro, poder, prestígio e outros recursos.
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UNB 2010 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Um dos objetivos do texto é mostrar como o comportamento referente ao adultério é definido, no século XIX, por fatores como gênero e classe social dos envolvidos. Nesse contexto, o pior desfecho estava reservado para as mulheres adúlteras de classes trabalhadoras, que eram abandonadas pelos maridos traídos.

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Com base no texto acima, julgue o seguinte item.

C
Certo
E
Errado
7b4e854e-2d
ENEM 2017 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

No Brasil, assim como em vários outros países, os modernos movimentos LGBT representam um desafio às formas de condenação e perseguição social contra desejos e comportamentos sexuais anticonvencionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar do movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção para a sexualidade como fonte de estigmas, intolerância, opressão.

SIMÕES, J. Homossexualidade e movimento LGBT: estigma, diversidade e cidadania. In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro Enigma, 2012 (adaptado).


O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de

A
organização sindical.
B
participação partidária.
C
manifestação religiosa.
D
formação profissional.
E
afirmação identitária.
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ENEM 2017 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

O racismo institucional é a negação coletiva de uma organização em prestar serviços adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Pode estar associado a formas de preconceito inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos que colocam algumas pessoas em situações de desvantagem.

GIDDENS,A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado).


O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e justifica a institucionalização de políticas antirracismo. No Brasil, um exemplo desse tipo de política é a

A
reforma do Código Penal.
B
elevação da renda mínima.
C
adoção de ações afirmativas.
D
revisão da legislação eleitoral.
E
censura aos meios de comunicação.
41776e15-be
ENEM 2016 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

Na imagem, o autor procura representar as diferentes gerações de uma família associada a uma noção consagrada pelas elites intelectuais da época, que era a de

A
defesa da democracia racial.
B
idealização do universo rural.
C
crise dos valores republicanos.
D
constatação do atraso sertanejo.
E
embranquecimento da população.
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ENEM 2016 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

      O Movimento Negro Unificado (MNU) distingue-se do Teatro Experimental do Negro (TEN) por sua crítica ao discurso nacional hegemônico. Isto é, enquanto o TEN defende a plena integração simbólica dos negros na identidade nacional “híbrida”, o MNU condena qualquer tipo de assimilação, fazendo do combate à ideologia da democracia racial uma das suas principais bandeiras de luta, visto que, aos olhos desse movimento, a igualdade formal assegurada pela lei entre negros e brancos e a difusão do mito de que a sociedade brasileira não é racista teriam servido para sustentar, ideologicamente, a opressão racial.

COSTA, S. Dois Atlânticos: teoria social, antirracismo, cosmopolitismo. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).

No texto, são comparadas duas organizações do movimento negro brasileiro, criadas em diferentes contextos históricos: o TEN, em 1944, e o MNU, em 1978. Ao assumir uma postura divergente da do TEN, o MNU pretendia 

A
pressionar o governo brasileiro a decretar a igualdade racial.
B
denunciar a permanência do racismo nas relações sociais.
C
contestar a necessidade da igualdade entre negros e brancos.
D
defender a assimilação do negro por meios não democráticos.
E
divulgar a ideia da miscigenação como marca da nacionalidade.
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ENEM 2016 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero

A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e parao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

                                                                               Brasilia:Ministério da Educação, 2005.

A alteração legal no Brasil contemporâneo descrita no texto é resultado do processo de 

A
aumento da renda nacional.
B
mobilização do movimento negro.
C
melhoria da infraestrutura escolar.
D
ampliação das disciplinas obrigatórias.
E
politização das universidades públicas.
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UFU-MG 2016 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social, Desigualdades de raça, classe e gênero, Cidadania e movimentos sociais, Movimentos sociais no Brasil

Até a noite de 28 de junho, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) eram, sistematicamente, acuados e sofriam todo tipo de preconceitos, agressões e represálias por parte do departamento de polícia de Nova Iorque. Mas nesta noite, a população LGBT, presente no bar Stonewall Inn, se revoltou contra as provocações e investidas da polícia e, munida de coragem, deu um basta àquela triste realidade de opressão. Por três dias e por três noites, pessoas LGBT, e aliadas, resistiram ao cerco policial e a data ficou conhecida como a Revolta de Stonewall. Surgiu o Gay Pride e a resistência conseguiu a atenção de muitos países, em especial a do governo estadunidense, para os seus problemas.
Disponível em:<http://www.cepac.org.br/agentesdacidadania/?page_id=185>.

Considerando o texto, é correto afirmar que os novos movimentos sociais:  

A
São definidos por sua associação às organizações de classe e defesa da população marginalizada.
B
Ampliam e redefinem as formas de participação política em regimes democráticos.
C
Lutam exclusivamente em defesa de seus interesses econômicos a partir de estruturas partidárias.
D
Reivindicam a extensão de direitos sociais, civis e políticos, necessariamente universalizáveis.