“A respeito do moderno papel político-social da mulher, li preciosas observações da escritora e professora
Rosiska Darcy de Oliveira. Ela entende que se reencena, hoje, o desafio de Antígona e Creonte. E que, no
espelho de Antígona, as mulheres agora descobrem um rosto arquetípico. ‘A frágil princesa tebana que,
afirmando lei própria, negou a autoridade do rei, volta ao proscênio, viva, e acena às novas gerações’. E
continua ela: ‘O desafio deste século 21 será o equilíbrio entre homens e mulheres na partilha do poder, no
compartilhamento da decisão dos destinos coletivos e o próprio equilíbrio entre homens e mulheres na partilha
da vida em comum’”.
ROCHA, Hélio. A partilha homem-mulher. In: O Popular, Goiânia, 10 jul. 2010, p. 10. (Memorandum).
Tendo em vista a análise do texto acima, conclui-se que
“A respeito do moderno papel político-social da mulher, li preciosas observações da escritora e professora Rosiska Darcy de Oliveira. Ela entende que se reencena, hoje, o desafio de Antígona e Creonte. E que, no espelho de Antígona, as mulheres agora descobrem um rosto arquetípico. ‘A frágil princesa tebana que, afirmando lei própria, negou a autoridade do rei, volta ao proscênio, viva, e acena às novas gerações’. E continua ela: ‘O desafio deste século 21 será o equilíbrio entre homens e mulheres na partilha do poder, no compartilhamento da decisão dos destinos coletivos e o próprio equilíbrio entre homens e mulheres na partilha da vida em comum’”.
Tendo em vista a análise do texto acima, conclui-se que
Gabarito comentado
Gabarito: C
Tema central: estratificação e desigualdade de gênero — ou seja, como sociedade distribui recursos (renda, poder, prestígio, educação) entre homens e mulheres e como esse processo muda historicamente. É relevante para concursos porque exige leitura crítica de textos e vínculo com dados sociais e conceitos teóricos.
Resumo teórico: Gênero é uma construção social que define papéis, expectativas e hierarquias entre homens e mulheres. A estratificação por gênero ocorre quando essa construção leva a desigualdades no acesso a recursos. Fontes úteis: Constituição Federal (art. 5º — igualdade), relatórios do IBGE (PNAD) e de ONU Mulheres sobre participação política e escolaridade.
Por que a alternativa C é correta: O enunciado usa a imagem de Antígona para falar de mulheres retomando espaço público e político. A alternativa C afirma que há aumento da escolaridade feminina, crescimento da presença na política e redução de discriminações em empregos operários — o que condiz com tendências documentadas: mulheres têm aumentado níveis de escolaridade e ocupação em profissões antes masculinizadas, e há avanços legais e normativos que diminuem certas formas de discriminação (ver PNAD/IBGE e relatórios de ONU Mulheres).
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada: afirma que discriminação salarial “já faz parte do passado” e descreve a mulher como trabalhadora complementar; isso contraria evidências do persistente gender pay gap e da subordinação estrutural que ainda existe.
B — Errada: interpreta Antígona como prova de superioridade feminina e emancipação absoluta; a metáfora no texto remete à resistência e reivindicação de direitos, não a uma superioridade definitiva nem à eliminação completa das desigualdades.
D — Errada e confusa: define gênero corretamente, mas afirma que estratificação ocorre quando homens e mulheres recebem parcelas iguais — o oposto do conceito; estratificação implica distribuição desigual de recursos.
Dica de prova: busque palavras absolutas e contradições lógicas nas alternativas; relacione o sentido metafórico do texto (resistência e conquista de espaços) com dados empíricos e o conceito de desigualdade.
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