Questõesde PUC-MINAS 2013

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Foram encontradas 156 questões
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PUC-MINAS 2013 - Biologia - Evolução biológica, Origem e evolução da vida

Ao final do revolucionário “A origem das espécies”, Charles Darwin afirma que existe uma grandeza na visão evolucionista da vida. O acesso a essa grandeza seria a contemplação das “infinitas formas de grande beleza” que evoluíram – e continuam a evoluir – a partir de um ancestral muito simples. O conceito da existência de uma linhagem – ou linhagens – de seres vivos transformando-se ao longo das gerações faz uma grande diferença na maneira de enxergar o mundo. A forma das espécies atuais reflete as mudanças sofridas ao longo de sua história evolutiva.

Fonte: Extraído de Scientific American Brasil ... em www2.uol.com.br/sciam/.../o_admiravel_mundo_das_cobras-cegas.html


Sobre esse assunto, é INCORRETO afirmar:

A
A Teoria da Seleção Natural derrubou o Fixismo, que propagava a imutabilidade das espécies.

B
A classificação dos seres vivos antes da adoção das ideias de Darwin seguia critérios tipológicos, que não se baseavam na história evolutiva dos seres.
C
Para Darwin, mudanças no meio ambiente desempenham papel fundamental no curso evolutivo, mas não são elas que induzem a aquisição de características a serem transmitidas para as próximas gerações.
D
Darwin demonstra que os fenômenos da mutação gênica e da recombinação produzem novas características, podendo gerar duas novas espécies a partir de ancestral comum.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a charge a seguir. Examine-a atentamente antes de responder a ela.  

                Disponível em: <http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm>.
                 Acesso em: 29 ago. 2013. 
A
O título do texto sugere tratar-se de dúvidas comuns a todos os adolescentes, o que é ratificado pela imagem.
B
A charge tem como objetivo criticar a condição em que se encontram os adolescentes brasileiros.
C
Há uma discrepância em termos de registro no que se refere às duas partes de que se compõe a resposta.
D
A primeira parte do diálogo sinaliza uma insatisfação dos três jovens quanto à fase da vida em que encontram.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmativa INCORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a charge a seguir. Examine-a atentamente antes de responder a ela.  

                Disponível em: <http://www2.uol.com.br/angeli/chargeangeli/chargeangeli.htm>.
                 Acesso em: 29 ago. 2013. 
A
A linguagem utilizada na parte final do diálogo remete a dois universos sociais distintos.
B
O propósito da charge é criticar a falta de perspectivas profissionais para menores delinquentes.
C
Nessa charge, a palavra “hipóteses” se relaciona diretamente com “crescer”.
D
As armas e o cenário em que se dá o diálogo são elementos fundamentais para a caracterização dos personagens.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipologia Textual, Conjunções: Relação de causa e consequência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia

I. O verbo “poder”, embora formalmente no imperfeito do indicativo, indica hipótese, possibilidade.
II. O uso do discurso direto tem como efeito conferir ao poema um tom prosaico.
III. A conjunção “e”, no segundo verso, tem valor adversativo.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.
A
Todas são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Apenas I e II são verdadeiras.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A linha pontilhada pode ser lida como sinalizadora de tempo de espera, suspense.
II. A resposta final do médico, enigmática, tenta encobrir sua impotência diante do mal.
III. O paciente dá mostras de conviver com a doença há longo tempo.



Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

Pneumotórax

Manuel Bandeira
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.
– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
– Respire.

...............................................................................................................................

– O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
– Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
– Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 30.
A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3fa412a5-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A mídia leva a transformações na sociedade tanto quanto a sociedade leva a transformações na mídia.

II. “Tostines vende mais porque é fresquinho; ou é fresquinho porque vende mais?”

III. As coisas não andam porque ninguém confia no governo. E porque ninguém confia no governo as coisas não andam.



“Círculo vicioso é a sucessão de períodos em que a troca entre causa e consequência resulta em continuação ininterrupta do enunciado. Para que se efetive o círculo, é preciso que a causa de um período passe a ser a consequência no outro, e vice-versa.”

(Revista Língua Portuguesa, n. 95, set. 2013, p. 65.)


Tendo em conta as três frases acima e a descrição de círculo vicioso, pode-se dizer que tal situação está caracterizada em:

A
I e III, apenas.

B
I e II, apenas.
C
II e III, apenas.

D
I, II e III.
3f976f1c-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. A mortalidade por doenças cardiovasculares teve, no período total, uma redução de menos de 50%.

II. Ao final da primeira década do século XXI, o diabetes e as doenças respiratórias têm a mesma letalidade.

III. Em 2009, o número total de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis e por outras causas situa-se próximo de um milhão.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas I e II são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f9d33f1-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em todas as tirinhas a seguir, o humor é deflagrado por um mal-entendido, EXCETO:

A

B

C

D

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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. No último ano do levantamento, diabetes e doenças respiratórias são responsáveis, em conjunto, por mais de cem mil óbitos.

II. A tabela mostra que cerca de três em cada dez óbitos no Brasil em 2009 se deveram a doenças cardiovasculares.

III. Durante a última década do século XX e a primeira do século XXI, o câncer matou quatro vezes mais que o diabetes.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas II e III são verdadeiras.
B
Apenas I e II são verdadeiras.
C
Apenas I e III são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f936c44-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. Dentre as doenças examinadas, apenas o câncer não sofreu redução de incidência nas últimas décadas.

II. Verificou-se uma discreta elevação no número de óbitos por diabetes na primeira década examinada, seguida, na década seguinte, de uma redução também pouco expressiva.

III. Quase 30% do total de óbitos ocorridos em 2009 se devem a outras causas, não especificadas na tabela 1.


Tendo em conta as afirmativas acima, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÃO: A questão esta relacionada com a tabela e o gráfico a seguir, que tratam dos óbitos, no Brasil, segundo as causas mais comuns. Examine-os atentamente antes de responder a elas. 

Tabela 1 – Número absoluto (N) e proporção* (%) de óbitos segundo causas básicas – 2009  

Gráfico 1 — Óbitos por 100.000 habitantes segundo causas básicas  
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2884/162/taxade-mortalidade-por-doencas-croni-cas-cai-26.html>. Acesso em: 28 ago. 2013. 
A
Apenas I e III são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
Apenas I e II são verdadeiras.
D
Todas são verdadeiras.
3f829c38-b0
PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

I. pespegado (1º §): aplicado
II. emprestado (3º §): atribuído
III. engatasse (3º §): acoplasse
IV. propalado (6º §): propagado


Tendo em conta as equivalências propostas para os termos acima, consideradas as circunstâncias em que são utilizados no texto, pode-se dizer que são VERDADEIRAS:

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
I, III e IV, apenas.
B
II e III, apenas.
C
II e IV, apenas.
D
Todas.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. O emprego do itálico no texto atende a finalidades distintas.
II. Os parênteses são usados pelo autor com funções diversas.
III. As aspas são sistematicamente utilizadas pelo autor para indicar menções.


Dentre as afirmativas acima, são VERDADEIRAS:

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
I e II, apenas.
B
II e III, apenas.
C
I e III, apenas.
D
Todas.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em conta a tirinha a seguir, assinale a afirmativa INCORRETA.


Disponível em: <http://temtudobr.blogspot.com.br/2008/12/tirinhas-muito-engraadas.html>.

Acesso em 12 set. 2013.

A
O humor é deflagrado pela má interpretação que a compradora faz da fala do vendedor.
B
O gesto final do vendedor pode ser lido como uma avaliação negativa da atitude da compradora.
C
O texto escrito apresenta, pelo menos, dois erros de grafia e dois de pontuação.
D
A compradora fica feliz por ter conseguido seu intento, mas o vendedor não compreende o porquê de sua atitude.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que traz consideração analítica adequada sobre o texto.

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
O objetivo central do texto é criticar o apreço dos brasileiros pelo futebol, o que se manifesta sobretudo pela forma de referência aos estádios.
B
O autor traz pistas de que o uso do aumentativo para os nomes dos estádios funcionaria como uma espécie de metonímia dos seus criadores.
C
A explicação que o autor apresenta, no primeiro período do 6º parágrafo, para o uso do diminutivo exemplifica a função do “-inho” descrita por Sérgio Buarque de Holanda.
D
A ironia se manifesta fundamentalmente na crítica ao resultado semântico que o “ão” imprime ao substantivo ao qual se acopla.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dentre as afirmativas a seguir, NÃO pode ser depreendida do texto de Toledo:

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A
O diminutivo “inho” funciona principalmente como uma forma de eufemismo.
B
O sufixo “ão” tem um valor não só dimensional, mas também intensificador, enaltecedor.
C
O sufixo “ão” não apresenta valor afetivo.
D
O fascínio pelo “ão” decorre de um sentimento de inferioridade latente no povo brasileiro.
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PUC-MINAS 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Redação - Reescritura de texto

Assinale a alternativa em que a reformulação do trecho transcrito entre parênteses implique erro linguístico ou mudança de sentido.

O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
A

O estádio novo do Corinthians, em São Paulo, a princípio destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é, ainda, um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, contudo já tem apelido.

(O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. – 1º §)

B
A exemplo do caso de Minas Gerais, o governador que desse início às obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter seu nome emprestado ao do estádio.
(A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. – 3º §)
C
Tamanha era a força do ão que ele se espalhou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre diversos exemplos.
(Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. – 4º §)
D
Por esse caminho, a fim de melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão deveria ser Castelinho e o Batistão, Batistinha.
(Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. – 6º §)
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PUC-MINAS 2013 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

The word could in “Learning from London’s incentives could be a start.” (paragraph 03) indicates

Read the following passage and choose the option which best completes each question, according to the text:  

Footfalls

    London is a city made for walking. Unlike, for example, Los Angeles its centre is easily accessible on foot. Between 2001 and 2011 the number of trips made daily on foot in London increased by 12%. Each day 6.2m walks are made across the city.
   Several reasons account for the walking boom. The number of Londoners increased by 12% from 7.3m in 2001 to 8.2m in 2011, and Underground trains are hot and overcrowded. But other factors also encourage pedestrians. In 2004 Ken Livingstone, then mayor of London, promised to make London a “walkable city”. Some of his plans were carried on by Boris Johnson, the current mayor. These include a scheme to create clearly-marked maps for use across the city and make streets more pedestrian-friendly. Londoners may also be more aware of the advantages of walking. Health campaigns like the National Health Service’s “Live Well” emphasize that walking is the easiest form of exercise.
   High streets and town centres need to win back walkers. Learning from London’s incentives could be a start. 

(Adapted from: http://www.economist.com/news/britain/21582576-urban-pedestrians-buck-national-trend-footfalls.) 

A
necessity.
B
certainty.
C
possibility.
D
permission.
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PUC-MINAS 2013 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

The National Health Service’s campaign “Live Well” call attention to the fact that

Read the following passage and choose the option which best completes each question, according to the text:  

Footfalls

    London is a city made for walking. Unlike, for example, Los Angeles its centre is easily accessible on foot. Between 2001 and 2011 the number of trips made daily on foot in London increased by 12%. Each day 6.2m walks are made across the city.
   Several reasons account for the walking boom. The number of Londoners increased by 12% from 7.3m in 2001 to 8.2m in 2011, and Underground trains are hot and overcrowded. But other factors also encourage pedestrians. In 2004 Ken Livingstone, then mayor of London, promised to make London a “walkable city”. Some of his plans were carried on by Boris Johnson, the current mayor. These include a scheme to create clearly-marked maps for use across the city and make streets more pedestrian-friendly. Londoners may also be more aware of the advantages of walking. Health campaigns like the National Health Service’s “Live Well” emphasize that walking is the easiest form of exercise.
   High streets and town centres need to win back walkers. Learning from London’s incentives could be a start. 

(Adapted from: http://www.economist.com/news/britain/21582576-urban-pedestrians-buck-national-trend-footfalls.) 

A
learning from London is very important.
B
people should use maps when walking.
C
streets are not always pedestrian-friendly.
D
walking is a simple way to exercise.
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PUC-MINAS 2013 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

What is one of reasons for the walking boom in London mentioned in the text?

Read the following passage and choose the option which best completes each question, according to the text:  

Footfalls

    London is a city made for walking. Unlike, for example, Los Angeles its centre is easily accessible on foot. Between 2001 and 2011 the number of trips made daily on foot in London increased by 12%. Each day 6.2m walks are made across the city.
   Several reasons account for the walking boom. The number of Londoners increased by 12% from 7.3m in 2001 to 8.2m in 2011, and Underground trains are hot and overcrowded. But other factors also encourage pedestrians. In 2004 Ken Livingstone, then mayor of London, promised to make London a “walkable city”. Some of his plans were carried on by Boris Johnson, the current mayor. These include a scheme to create clearly-marked maps for use across the city and make streets more pedestrian-friendly. Londoners may also be more aware of the advantages of walking. Health campaigns like the National Health Service’s “Live Well” emphasize that walking is the easiest form of exercise.
   High streets and town centres need to win back walkers. Learning from London’s incentives could be a start. 

(Adapted from: http://www.economist.com/news/britain/21582576-urban-pedestrians-buck-national-trend-footfalls.) 

A
Underground trains are very uncomfortable.
B
Londoners are really worried about pollution.
C
Streets are dangerous and the traffic is heavy.
D
There aren’t many maps available in the city
9bd38241-b0
PUC-MINAS 2013 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

The word these in “These include a scheme...” (paragraph 02) refers to

Read the following passage and choose the option which best completes each question, according to the text:  

Footfalls

    London is a city made for walking. Unlike, for example, Los Angeles its centre is easily accessible on foot. Between 2001 and 2011 the number of trips made daily on foot in London increased by 12%. Each day 6.2m walks are made across the city.
   Several reasons account for the walking boom. The number of Londoners increased by 12% from 7.3m in 2001 to 8.2m in 2011, and Underground trains are hot and overcrowded. But other factors also encourage pedestrians. In 2004 Ken Livingstone, then mayor of London, promised to make London a “walkable city”. Some of his plans were carried on by Boris Johnson, the current mayor. These include a scheme to create clearly-marked maps for use across the city and make streets more pedestrian-friendly. Londoners may also be more aware of the advantages of walking. Health campaigns like the National Health Service’s “Live Well” emphasize that walking is the easiest form of exercise.
   High streets and town centres need to win back walkers. Learning from London’s incentives could be a start. 

(Adapted from: http://www.economist.com/news/britain/21582576-urban-pedestrians-buck-national-trend-footfalls.) 

A
streets.  
B
plans.
C
advantages. 

D
maps.