Questõesde PUC-GO 2015

1
1
Foram encontradas 178 questões
6c1c2728-24
PUC-GO 2015 - Geografia - Geografia Política

O Texto 6 fala de uma doença que, metaforicamente, nos permite pensar na efemeridade do tempo na modernidade, quando na Europa uma série de saberes fragmentados se convergiram para a elaboração de políticas e práticas de controle social, intervenções urbanísticas e sanitarismo, visando à construção de uma nova sociedade. Sobre a temática, assinale a alternativa correta:

TEXTO 6

                                 Rápido, rápido

      Sofro – sofri – de progéria, uma doença na qual o organismo corre doidamente para a velhice e a morte. Doidamente talvez não seja a palavra, mas não me ocorre outra e não tenho tempo de procurar no dicionário – nós, os da progéria, somos pessoas de um desmesurado senso de urgência. Estabelecer prioridades é, para nós, um processo tão vital como respirar. Para nós, dez minutos equivalem a um ano. Façam a conta, vocês que têm tempo, vocês que pensam que têm tempo. Enquanto isso, eu vou escrevendo aqui – e só espero poder terminar. Cada letra minha equivale a páginas inteiras de vocês. Façam a conta, vocês. Enquanto isso, e resumindo:

      8h15min – Estou nascendo. Sou o primeiro filho – que azar! – e o parto é longo, difícil. Respiro, e já vou dizendo as primeiras palavras (coisas muito simples, naturalmente: mamã, papá) para grande surpresa de todos! Maior surpresa eles têm quando me colocam no berço – desço meia hora depois, rindo e pedindo comida! Rindo! Àquela hora,

      8h45min – eu ainda podia rir.

      9h20min – Já fui amamentado, já passei da fase oral – meus pais (ele, dono de um pequeno armazém; ela, de prendas domésticas) já aceitaram, ao menos em parte, a realidade, depois que o pediatra (está aí uma especialidade que não me serve) lhes explicou o diagnóstico e o prognóstico. E já estou com dentes! Em poucos minutos (de acordo com o relógio de meu pai, bem entendido) tenho sarampo, varicela, essas coisas todas.

      Meus pais me matriculam na escola, não se dando conta que às 10h40min, quando a sineta bater para o recreio, já terei idade para concluir o primeiro grau. Vou para a escola de patinete; já na esquina, porém, abandono o brinquedo que parece-me então muito infantil. Volto-me, e lá estão os meus pais chorando, pobre gente.

      10h20min – Não posso esperar o recreio; peço licença à professora e saio. Vou ao banheiro; a seiva da vida circula impaciente em minhas veias. Manipulo-me. Meu desejo tem nome: Mara, da oitava série. Por enquanto é mais velha do que eu. Lá pelas onze horas poderia namorá-la – mas então, já não estarei no colégio. Ali, me foge o doce pássaro da juventude.

      [...]

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. 6. ed. São Paulo: Global, 2003. p. 54-55.)

A
As moradias de trabalhadores deveriam permanecer concentradas em cortiços e favelas; dessa forma, o desenvolvimento moral dos indivíduos e da cidade estaria preservado.
B
A pobreza, as doenças, a ociosidade e a imoralidade foram naturalizadas nos discursos científicos; por isso, pobres, doentes, ociosos e imorais não foram considerados nos projetos de modernidade.
C
As ações coletivas e sindicais foram incentivadas pelas elites empresariais e pelo Estado.
D
A circulação de pessoas no espaço público foi controlada, assim como seus gestos e seus corpos foram colocados a favor da individualidade, da economia e da disciplina.
6c1280c3-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O desenvolvimento temático do conto “Rápido, rápido”, de Moacyr Scliar, cujo fragmento constitui o Texto 6, gira em torno da seguinte afirmação (assinale a alternativa correta):

TEXTO 6

                                 Rápido, rápido

      Sofro – sofri – de progéria, uma doença na qual o organismo corre doidamente para a velhice e a morte. Doidamente talvez não seja a palavra, mas não me ocorre outra e não tenho tempo de procurar no dicionário – nós, os da progéria, somos pessoas de um desmesurado senso de urgência. Estabelecer prioridades é, para nós, um processo tão vital como respirar. Para nós, dez minutos equivalem a um ano. Façam a conta, vocês que têm tempo, vocês que pensam que têm tempo. Enquanto isso, eu vou escrevendo aqui – e só espero poder terminar. Cada letra minha equivale a páginas inteiras de vocês. Façam a conta, vocês. Enquanto isso, e resumindo:

      8h15min – Estou nascendo. Sou o primeiro filho – que azar! – e o parto é longo, difícil. Respiro, e já vou dizendo as primeiras palavras (coisas muito simples, naturalmente: mamã, papá) para grande surpresa de todos! Maior surpresa eles têm quando me colocam no berço – desço meia hora depois, rindo e pedindo comida! Rindo! Àquela hora,

      8h45min – eu ainda podia rir.

      9h20min – Já fui amamentado, já passei da fase oral – meus pais (ele, dono de um pequeno armazém; ela, de prendas domésticas) já aceitaram, ao menos em parte, a realidade, depois que o pediatra (está aí uma especialidade que não me serve) lhes explicou o diagnóstico e o prognóstico. E já estou com dentes! Em poucos minutos (de acordo com o relógio de meu pai, bem entendido) tenho sarampo, varicela, essas coisas todas.

      Meus pais me matriculam na escola, não se dando conta que às 10h40min, quando a sineta bater para o recreio, já terei idade para concluir o primeiro grau. Vou para a escola de patinete; já na esquina, porém, abandono o brinquedo que parece-me então muito infantil. Volto-me, e lá estão os meus pais chorando, pobre gente.

      10h20min – Não posso esperar o recreio; peço licença à professora e saio. Vou ao banheiro; a seiva da vida circula impaciente em minhas veias. Manipulo-me. Meu desejo tem nome: Mara, da oitava série. Por enquanto é mais velha do que eu. Lá pelas onze horas poderia namorá-la – mas então, já não estarei no colégio. Ali, me foge o doce pássaro da juventude.

      [...]

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. 6. ed. São Paulo: Global, 2003. p. 54-55.)

A
“não me ocorre outra [palavra] e não tenho tempo de procurar no dicionário.”
B
“Estabelecer prioridade é, para nós, um processo tão vital como respirar.”
C
“Cada letra minha equivale a páginas inteiras de vocês.”
D
“Para nós, dez minutos equivalem a um ano.”
6c0d2754-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base em atenta leitura de “Raio de sol ao meio”, de Das estampas (Texto 5), de Aguinaldo Gonçalves, marque, a seguir, a alternativa correta:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
O narrador personagem constrói gradativamente a figura do outro que lhe surge de forma absurda, grotesca, mas que se harmoniza ao final, gerando uma sensação estranha, inesperada, de ordem subjetiva, tão arrebatadora que o deixa perplexo.
B
O narrador personagem constrói gradativamente uma figura estranha que o deixa perplexo; um rosto em desarmonia completa que gera uma sensação tão estranha e inesperada que, no final, ele muda o foco e fala da lua.
C
Trata-se de uma descrição que faz aflorar o absurdo da face humana, comparada à beleza e à harmonia dos elementos da natureza, sugerindo, nas entrelinhas, uma certa superioridade daquilo que é eterno e imutável.
D
Trata-se de uma descrição detalhada de uma face humana, seguida de uma comparação desse rosto a elementos da natureza, deixando transparecer, por trás das palavras, uma lição de que o que vale mesmo é o caráter e não a aparência.
6c03c4cb-24
PUC-GO 2015 - História - História do Brasil

A relação entre aspectos físicos e patologias morais foi uma tônica da Medicina Criminal. Estudiosos como o italiano Cesare Lombroso (1835-1909) fizeram sucesso ao relacionar a forma do crânio e do rosto ao caráter das pessoas, sugerindo que a criminalidade seria inata. Aqui no Brasil, ficou famoso o requerimento para estudar a cabeça do líder de Canudos, o beato Antônio Conselheiro, que foi decepada e enviada ao Dr. Nina Rodrigues. Acerca do impacto social dessas teorias consideradas científicas no inicio do século XX, assinale a alternativa correta:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
As teorias da Medicina Criminal foram prejudiciais para as camadas populares e mais pobres da população, que tiveram suas moradias, sua aparência e seus costumes classificados como doentios.
B
As teorias da Medicina Criminal ficaram, no Brasil, restritas a poucos professores universitários e só suscitavam algum debate quando algum criminoso famoso era preso, e estudos sobre o tema eram publicados na imprensa.
C
As teorias da Medicina Criminal tiveram grande influência em movimentos como a Revolta da Vacina, surgida quando a população exigiu receber a vacinação anti-varíola gratuitamente e o governo não teve condições de concedê-la.
D
As teorias que relacionavam aspectos físicos com patologia comportamental favoreceram a visão positiva da vida rural, bucólica e campestre, gerando um contraponto à rápida urbanização latino-americana no inicio do século XX.
6c097dd4-24
PUC-GO 2015 - Matemática - Seno, Cosseno e Tangente, Trigonometria

O Texto 5, em seu título faz menção a raio de sol. Os raios do Sol incidem sobre um poste vertical e projetam uma sombra de 5 metros de comprimento sobre uma superfície plana. Sabendo-se que o ângulo de incidência é de 67,5º, então, nessas condições, podemos dizer que a altura do poste é

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
2.(√2 -1 ) metros.
B
3.(√2 -1 ) metros.
C
4.(√2 -1 ) metros.
D
5.(√2 -1 ) metros.
6bf8feb6-24
PUC-GO 2015 - Geografia - Geografia Física, Fuso Horário, Cartografia

A expressão “sol da meia-noite”, empregada no Texto 5, indica um aparente contraste, já que, para a maior parte do planeta Terra, a meia-noite, ou o momento da mudança de data, ocorre no período escuro do dia. Embora pareça estranho, em algumas regiões, ocorrem dias com duração de 24 horas para o período claro. Acerca das condições para tal ocorrência e de seus desdobramentos, analise as assertivas a seguir:

I-A situação conhecida como sol da meia-noite é observável para além da latitude de 66° 33’, tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul.

II-Contrariamente à situação de sol da meia-noite, para além dos trópicos de Câncer e Capricórnio, é observável a situação de período escuro em pleno meio-dia.

III-Os círculos polares Ártico e Antártico marcam a latitude mínima em que os raios solares incidem 24 horas por dia no solstício de verão.

IV-A latitude de 23° 27’ marca o limite de incidência dos raios solares no solstício de inverno para cada um dos hemisférios.

Em relação às proposições analisadas, assinale a alternativa cujos itens estão todos corretos:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
I, II e IV.
B
I e III.
C
I, III e IV.
D
I e IV.
6bf00f0b-24
PUC-GO 2015 - Biologia - Órgãos dos sentidos, Identidade dos seres vivos

O Texto 5 faz uma referência a patologia visual. O sistema visual humano pode desenvolver doenças que prejudicam a visão normal e comprometem a qualidade de vida da população afetada.

Analise, a seguir, as proposições expostas sobre doenças visuais e marque a única alternativa correta:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
A catarata é uma doença que causa a redução da capacidade visual devido a uma irregularidade de córnea que promove distorção da imagem.
B
A miopia caracteriza-se por um erro de refração da luz na córnea, que faz que a imagem seja focada atrás da retina, causando dificuldades para enxergar objetos próximos.
C
O glaucoma é considerado uma séria patologia visual provocada pela inflamação das conjuntivas em decorrência de infecções virais, bacterianas ou fúngicas, e é, inclusive, contagioso.
D
A xeroftalmia é uma doença normalmente associada a carência de vitamina A e causa prejuízos na visão noturna e na produção das lágrimas.
6bf48c37-24
PUC-GO 2015 - Inglês - Aspectos linguísticos | Linguistic aspects

In the fragment “a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu”, the image created by the sentence is:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
Hyperbole.
B
Personification.
C
Metaphor.
D
Onomatopoeia.
6beac3de-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao processo argumentativo do Texto 5, assinale a alternativa correta:

TEXTO 5

                             Raios de sol ao meio

      Mais uma vez ele aparecia na minha frente como se tivesse vindo do nada. Seus olhos eram grandes e negros e pareciam ter nascido bem antes dele. Suas espinhas se agigantavam conforme o ângulo de que eram vistas. Sua orelha era algo indescritível. Além de orelha ela era disforme, meio redonda e meio achatada nas pontas. Ela era meio várias coisas. Uma orelha monstro. A boca era alguma coisa que só estava ali para cumprir seu espaço no rosto. Era boca porque estava exatamente no lugar da boca. E era a segunda vez que ele me mobilizava. Mas no conjunto de elementos díspares reinava uma sensualidade ímpar que me tirava de mim sem que eu soubesse navegar no outro que em mim surgia. De mim não sabia entender o que emanava para ele em toda a sua estranha vastidão de patologia visual. No meio sol da meia-noite as coisas se anunciaram e antes que a madrugada avançasse a lua em sua metade escondida ardeu com um olhar malicioso e sorriu.

    (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 177.)

A
A utilização de figuras como “meio sol da meia-noite” contribui para que pelo menos a argumentação do texto tenha características do que se concebe como sublime, diferente do personagem descrito, que se aproxima do grotesco.
B
O objetivo do narrador do texto é convencer seu interlocutor de que o personagem descrito constitui uma “patologia visual” que necessita ser evitada pelo olhar de quem o observa.
C
A descrição física do personagem contrapõe-se à sensualidade despertada no narrador do texto. Nesse sentido, a sequência introduzida pelo operador “mas” tem maior relevância argumentativa.
D
No processo de construção da argumentação da narrativa, a expressão “mais uma vez” conduz à inferência de que personagem e narrador construíram-se como desafetos já em outro momento enunciativo do texto.
6be6cbfa-24
PUC-GO 2015 - Química - Soluções: características, tipos de concentração, diluição, mistura, titulação e soluções coloidais., Propriedades Químicas dos Compostos Orgânicos: Número de Oxidação do Carbono. Efeitos Eletrônicos. Caráter Ácido-Base., Química Orgânica, Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos: Polaridade das Ligações e Moléculas, Forças Intermoleculares, Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição, Solubilização das Substâncias Orgânicas., Soluções e Substâncias Inorgânicas, Cadeias Carbônicas: Características e Classificações do Átomo do Carbono, Tipos de Ligação e Hibridação. Tipos de Cadeias Carbônicas e Fórmulas. Séries: Homóloga, Isóloga e Heteróloga.

O Texto 4, fragmento final da peça O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues, mostra um personagem que se defende de acusações e outro que acredita estar ouvindo mentiras. A mentira parece ser inerente à condição humana. Aparelhos como o polígrafo e o chamado “soro da verdade” foram criados no intuito de detectar se uma pessoa está ou não mentindo. O princípio ativo do soro da verdade é o pentotal sódico, ou sódio tiopental, cuja fórmula molecular é C11H17N2 NaSO2 . Essa substância parece quebrar a inibição dos pacientes. Trata-se de um barbitúrico, portanto derivado do ácido barbitúrico, ou uma malonilureia, que penetra quase que imediatamente no Sistema Nervoso Central (SNC). Sabe-se que a penetração no SNC depende da lipossolubilidade da molécula. Segundo a bula do medicamento, a dose máxima recomendada para maior segurança do paciente é de 1 grama do fármaco, aplicada intermitentemente, de acordo com a necessidade e a resposta do paciente.

Com base nas informações sobre o tiopental sódico, assinale a única alternativa correta:

TEXTO 4

Aprígio – Saia, Dália! (Dália abandona o quarto, correndo, em desespero. Sogro e genro, face a face) Vim aqui para.

Arandir (para o sogro quase chorando) – Está satisfeito?

Aprígio – Vim aqui.

Arandir (na sua cólera) – Está satisfeito? O senhor é um dos responsáveis. Eu acho que é o senhor. O senhor que está por trás...

Aprígio – Quem sabe?

Arandir – Por trás desse repórter. O senhor teve a coragem de. Ou pensa que eu não sei? Selminha me contou. Contou tudo! O senhor fez insinuações. Insinuações! A meu respeito!

Aprígio – Você quer me.

Arandir (sem ouvi-lo) – O senhor fez tudo! Tudo pra me separar de Selminha!

Aprígio – Posso falar?

Arandir (erguendo a voz) – O senhor não queria o nosso casamento!

Aprígio (violento) – Escuta! Vim aqui saber! Escuta! Você conhecia esse rapaz?

Arandir (desesperado) – Nunca vi.

Aprígio – Era um desconhecido?

Arandir – Juro! Por tudo que há de mais! Que nunca, nunca!

Aprígio – Mentira!

Arandir (desesperado) – Vi pela primeira vez!

Aprígio – Cínico! (muda de tom, com uma Ferocidade) Escuta! Você conhecia o rapaz. Conhecia! Eram amantes! E você matou. Empurrou o rapaz!

Arandir (violento) – Deus sabe!

Aprígio – Eu não acredito em você. Ninguém acredita. Os jornais, as rádios! Não há uma pessoa, uma única, em toda a cidade. Ninguém!

Arandir (com a voz estrangulada) – Ninguém acredita, mas eu! Eu acredito, acredito em mim!

Aprígio – Você, olha!

Arandir – Selminha há de acreditar!

Aprígio (fora de si) – Cala a boca! (muda de tom) Eu te perdoaria tudo! Eu perdoaria o casamento. Escuta! Ainda agora, eu estava na porta ouvindo. Ouvi tudo. Você tentando seduzir a minha filha menor!

Arandir – Nunca!

Aprígio – Mas eu perdoaria, ainda. Eu perdoaria que você fosse espiar o banho da cunhada. Você quis ver a cunhada nua.

Arandir – Mentira!

Aprígio – Eu perdoaria tudo. (mais violento) Só não perdoo o beijo no asfalto. Só não perdoo o beijo que você deu na boca de um homem!

Arandir (para si mesmo) – Selminha!

Aprígio (muda de tom, suplicante) – Pela última vez, diz! Eu preciso saber! Quero a verdade! A verdade! Vocês eram amantes? (sem esperar a resposta, furioso) Mas não responda. Eu não acredito. Nunca, nunca, eu acreditarei. (numa espécie de uivo) Ninguém acredita!

Arandir – Vou buscar minha mulher. (Aprígio recua, puxando o revólver.)

Aprígio (apontando) – Não se mexa! Fique onde está!

Arandir (atônito) – O senhor vai.

Aprígio – Você era o único homem que não podia casar com a minha filha! O único!

Arandir (atônito e quase sem voz) – O senhor me odeia porque. Deseja a própria filha. É paixão. Carne. Tem ciúmes de Selminha.

Aprígio (num berro) – De você! (estrangulando a voz) Não de minha filha. Ciúmes de você. Tenho! Sempre. Desde o teu namoro, que eu não digo o teu nome. Jurei a mim mesmo que só diria teu nome a teu cadáver. Quero que você morra sabendo. O meu ódio é amor. Por que beijaste um homem na boca? Mas eu direi o teu nome. Direi teu nome a teu cadáver. (Aprígio atira, a primeira vez. Arandir cai de joelhos. Na queda, puxa uma folha de jornal, que estava aberta na cama. Torcendo-se. abre o jornal, como uma espécie de escudo ou bandeira. Aprígio atira, novamente, varando o papel impresso. Num espasmo de dor, Arandir rasga a folha. E tomba, enrolando-se no jornal. Assim morre.) Aprígio – Arandir! (mais forte) Arandir! (um último cantoArandir!


Cai a luz, em resistência, sobre o cadáver de Arandir. Trevas.

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 101-104.)

A
Sua molécula é bastante polar, o que justifica sua rápida penetração no SNC.
B
O tiopental sódico é exemplo de uma substância inorgânica de caráter ácido.
C
Para atingir exatamente a dose máxima recomendada para maior segurança do paciente, seriam necessários 4,0 mL de uma solução a 2,5% m/v.
D
Na composição centesimal do tiopental sódico, observa-se que o hidrogênio é o elemento presente em menor porcentagem em massa.
6bdda808-24
PUC-GO 2015 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Based on the tone of the Text 4, which of the following words best describes the dialogue between Aprígio and Arandir:

TEXTO 4

Aprígio – Saia, Dália! (Dália abandona o quarto, correndo, em desespero. Sogro e genro, face a face) Vim aqui para.

Arandir (para o sogro quase chorando) – Está satisfeito?

Aprígio – Vim aqui.

Arandir (na sua cólera) – Está satisfeito? O senhor é um dos responsáveis. Eu acho que é o senhor. O senhor que está por trás...

Aprígio – Quem sabe?

Arandir – Por trás desse repórter. O senhor teve a coragem de. Ou pensa que eu não sei? Selminha me contou. Contou tudo! O senhor fez insinuações. Insinuações! A meu respeito!

Aprígio – Você quer me.

Arandir (sem ouvi-lo) – O senhor fez tudo! Tudo pra me separar de Selminha!

Aprígio – Posso falar?

Arandir (erguendo a voz) – O senhor não queria o nosso casamento!

Aprígio (violento) – Escuta! Vim aqui saber! Escuta! Você conhecia esse rapaz?

Arandir (desesperado) – Nunca vi.

Aprígio – Era um desconhecido?

Arandir – Juro! Por tudo que há de mais! Que nunca, nunca!

Aprígio – Mentira!

Arandir (desesperado) – Vi pela primeira vez!

Aprígio – Cínico! (muda de tom, com uma Ferocidade) Escuta! Você conhecia o rapaz. Conhecia! Eram amantes! E você matou. Empurrou o rapaz!

Arandir (violento) – Deus sabe!

Aprígio – Eu não acredito em você. Ninguém acredita. Os jornais, as rádios! Não há uma pessoa, uma única, em toda a cidade. Ninguém!

Arandir (com a voz estrangulada) – Ninguém acredita, mas eu! Eu acredito, acredito em mim!

Aprígio – Você, olha!

Arandir – Selminha há de acreditar!

Aprígio (fora de si) – Cala a boca! (muda de tom) Eu te perdoaria tudo! Eu perdoaria o casamento. Escuta! Ainda agora, eu estava na porta ouvindo. Ouvi tudo. Você tentando seduzir a minha filha menor!

Arandir – Nunca!

Aprígio – Mas eu perdoaria, ainda. Eu perdoaria que você fosse espiar o banho da cunhada. Você quis ver a cunhada nua.

Arandir – Mentira!

Aprígio – Eu perdoaria tudo. (mais violento) Só não perdoo o beijo no asfalto. Só não perdoo o beijo que você deu na boca de um homem!

Arandir (para si mesmo) – Selminha!

Aprígio (muda de tom, suplicante) – Pela última vez, diz! Eu preciso saber! Quero a verdade! A verdade! Vocês eram amantes? (sem esperar a resposta, furioso) Mas não responda. Eu não acredito. Nunca, nunca, eu acreditarei. (numa espécie de uivo) Ninguém acredita!

Arandir – Vou buscar minha mulher. (Aprígio recua, puxando o revólver.)

Aprígio (apontando) – Não se mexa! Fique onde está!

Arandir (atônito) – O senhor vai.

Aprígio – Você era o único homem que não podia casar com a minha filha! O único!

Arandir (atônito e quase sem voz) – O senhor me odeia porque. Deseja a própria filha. É paixão. Carne. Tem ciúmes de Selminha.

Aprígio (num berro) – De você! (estrangulando a voz) Não de minha filha. Ciúmes de você. Tenho! Sempre. Desde o teu namoro, que eu não digo o teu nome. Jurei a mim mesmo que só diria teu nome a teu cadáver. Quero que você morra sabendo. O meu ódio é amor. Por que beijaste um homem na boca? Mas eu direi o teu nome. Direi teu nome a teu cadáver. (Aprígio atira, a primeira vez. Arandir cai de joelhos. Na queda, puxa uma folha de jornal, que estava aberta na cama. Torcendo-se. abre o jornal, como uma espécie de escudo ou bandeira. Aprígio atira, novamente, varando o papel impresso. Num espasmo de dor, Arandir rasga a folha. E tomba, enrolando-se no jornal. Assim morre.) Aprígio – Arandir! (mais forte) Arandir! (um último cantoArandir!


Cai a luz, em resistência, sobre o cadáver de Arandir. Trevas.

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 101-104.)

A
Exciting.
B
Encouraging.
C
Frightening.
D
Despairing.
6be1c72a-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O fragmento extraído da peça O beijo no asfalto (Texto 4) dá mostras de uma escrita cujo teor crítico, manifesto na fala dos personagens, apresenta vestígios inequívocos da degradação humana, com muitas dúvidas, sensacionalismo, suspense e senso crítico bastante afiado.

Analise as afirmações a seguir sobre esse drama de Nelson Rodrigues:

I-Parte de uma cena comum, mas sua linguagem é plena de arranjos, apresentando discussões de temas pouco atuais e quase irrelevantes.

II-Parte de uma cena comum, em linguagem corrente, sem maiores arranjos, para chegar à discussão de temas profundos, atuais e relevantes.

III-Apresenta linguagem expressiva e temática variada, colocando em pauta o drama cotidiano de uma gente simples que é considerada pela mídia apenas quando protagoniza tragédias como ocorre com Aprígio e Arandir.

IV-Possui linguagem expressiva e tema único, colocando em pauta tão-somente um drama pessoal, uma tragédia familiar, protagonizada por dois personagens principais: Aprígio e Arandir.

Assinale a alternativa correta:

TEXTO 4

Aprígio – Saia, Dália! (Dália abandona o quarto, correndo, em desespero. Sogro e genro, face a face) Vim aqui para.

Arandir (para o sogro quase chorando) – Está satisfeito?

Aprígio – Vim aqui.

Arandir (na sua cólera) – Está satisfeito? O senhor é um dos responsáveis. Eu acho que é o senhor. O senhor que está por trás...

Aprígio – Quem sabe?

Arandir – Por trás desse repórter. O senhor teve a coragem de. Ou pensa que eu não sei? Selminha me contou. Contou tudo! O senhor fez insinuações. Insinuações! A meu respeito!

Aprígio – Você quer me.

Arandir (sem ouvi-lo) – O senhor fez tudo! Tudo pra me separar de Selminha!

Aprígio – Posso falar?

Arandir (erguendo a voz) – O senhor não queria o nosso casamento!

Aprígio (violento) – Escuta! Vim aqui saber! Escuta! Você conhecia esse rapaz?

Arandir (desesperado) – Nunca vi.

Aprígio – Era um desconhecido?

Arandir – Juro! Por tudo que há de mais! Que nunca, nunca!

Aprígio – Mentira!

Arandir (desesperado) – Vi pela primeira vez!

Aprígio – Cínico! (muda de tom, com uma Ferocidade) Escuta! Você conhecia o rapaz. Conhecia! Eram amantes! E você matou. Empurrou o rapaz!

Arandir (violento) – Deus sabe!

Aprígio – Eu não acredito em você. Ninguém acredita. Os jornais, as rádios! Não há uma pessoa, uma única, em toda a cidade. Ninguém!

Arandir (com a voz estrangulada) – Ninguém acredita, mas eu! Eu acredito, acredito em mim!

Aprígio – Você, olha!

Arandir – Selminha há de acreditar!

Aprígio (fora de si) – Cala a boca! (muda de tom) Eu te perdoaria tudo! Eu perdoaria o casamento. Escuta! Ainda agora, eu estava na porta ouvindo. Ouvi tudo. Você tentando seduzir a minha filha menor!

Arandir – Nunca!

Aprígio – Mas eu perdoaria, ainda. Eu perdoaria que você fosse espiar o banho da cunhada. Você quis ver a cunhada nua.

Arandir – Mentira!

Aprígio – Eu perdoaria tudo. (mais violento) Só não perdoo o beijo no asfalto. Só não perdoo o beijo que você deu na boca de um homem!

Arandir (para si mesmo) – Selminha!

Aprígio (muda de tom, suplicante) – Pela última vez, diz! Eu preciso saber! Quero a verdade! A verdade! Vocês eram amantes? (sem esperar a resposta, furioso) Mas não responda. Eu não acredito. Nunca, nunca, eu acreditarei. (numa espécie de uivo) Ninguém acredita!

Arandir – Vou buscar minha mulher. (Aprígio recua, puxando o revólver.)

Aprígio (apontando) – Não se mexa! Fique onde está!

Arandir (atônito) – O senhor vai.

Aprígio – Você era o único homem que não podia casar com a minha filha! O único!

Arandir (atônito e quase sem voz) – O senhor me odeia porque. Deseja a própria filha. É paixão. Carne. Tem ciúmes de Selminha.

Aprígio (num berro) – De você! (estrangulando a voz) Não de minha filha. Ciúmes de você. Tenho! Sempre. Desde o teu namoro, que eu não digo o teu nome. Jurei a mim mesmo que só diria teu nome a teu cadáver. Quero que você morra sabendo. O meu ódio é amor. Por que beijaste um homem na boca? Mas eu direi o teu nome. Direi teu nome a teu cadáver. (Aprígio atira, a primeira vez. Arandir cai de joelhos. Na queda, puxa uma folha de jornal, que estava aberta na cama. Torcendo-se. abre o jornal, como uma espécie de escudo ou bandeira. Aprígio atira, novamente, varando o papel impresso. Num espasmo de dor, Arandir rasga a folha. E tomba, enrolando-se no jornal. Assim morre.) Aprígio – Arandir! (mais forte) Arandir! (um último cantoArandir!


Cai a luz, em resistência, sobre o cadáver de Arandir. Trevas.

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 101-104.)

A
I, II e IV são verdadeiras.
B
Apenas II e III são verdadeiras.
C
II, III e IV são verdadeiras.
D
Apenas III e IV são verdadeiras.
6bd3c1cf-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É justo afirmar que no poema “O acendedor de lampiões”, de Jorge de Lima, (Texto 3), se pode notar dois momentos de grande tensão e ironia.

Marque a alternativa correta quanto às partes destacadas do texto que melhor ilustram essa afirmativa:

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
“Um, dois, três lampiões, acende e continua”; “Outros mais a acender imperturbavelmente”
B
“Lá vem o acendedor de lampiões da rua!”; “Este mesmo que vem infatigavelmente”
C
“Um, dois, três lampiões, acende e continua”; “E a palidez na lua apenas se pressente”; “Quando a sombra da noite enegrece o poente!”
D
“Parodiar o sol e associar-se à lua”; “Ele, que doura a noite e ilumina a cidade, / Talvez não tenha luz na choupana em que habita”.
6bd7cbdd-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No teatro, as indicações entre parênteses são chamadas rubricas e são usadas para indicar gestos ou movimentos dos atores. Considerando-se essa informação, assinale a alternativa que revela corretamente a função da sequência de verbos – cair, puxar, abrir, rasgar, tombar, enrolar-se – que antecedem o verbo “morrer” na rubrica anterior à última fala de Aprígio, no excerto de O beijo no asfalto:

TEXTO 4

Aprígio – Saia, Dália! (Dália abandona o quarto, correndo, em desespero. Sogro e genro, face a face) Vim aqui para.

Arandir (para o sogro quase chorando) – Está satisfeito?

Aprígio – Vim aqui.

Arandir (na sua cólera) – Está satisfeito? O senhor é um dos responsáveis. Eu acho que é o senhor. O senhor que está por trás...

Aprígio – Quem sabe?

Arandir – Por trás desse repórter. O senhor teve a coragem de. Ou pensa que eu não sei? Selminha me contou. Contou tudo! O senhor fez insinuações. Insinuações! A meu respeito!

Aprígio – Você quer me.

Arandir (sem ouvi-lo) – O senhor fez tudo! Tudo pra me separar de Selminha!

Aprígio – Posso falar?

Arandir (erguendo a voz) – O senhor não queria o nosso casamento!

Aprígio (violento) – Escuta! Vim aqui saber! Escuta! Você conhecia esse rapaz?

Arandir (desesperado) – Nunca vi.

Aprígio – Era um desconhecido?

Arandir – Juro! Por tudo que há de mais! Que nunca, nunca!

Aprígio – Mentira!

Arandir (desesperado) – Vi pela primeira vez!

Aprígio – Cínico! (muda de tom, com uma Ferocidade) Escuta! Você conhecia o rapaz. Conhecia! Eram amantes! E você matou. Empurrou o rapaz!

Arandir (violento) – Deus sabe!

Aprígio – Eu não acredito em você. Ninguém acredita. Os jornais, as rádios! Não há uma pessoa, uma única, em toda a cidade. Ninguém!

Arandir (com a voz estrangulada) – Ninguém acredita, mas eu! Eu acredito, acredito em mim!

Aprígio – Você, olha!

Arandir – Selminha há de acreditar!

Aprígio (fora de si) – Cala a boca! (muda de tom) Eu te perdoaria tudo! Eu perdoaria o casamento. Escuta! Ainda agora, eu estava na porta ouvindo. Ouvi tudo. Você tentando seduzir a minha filha menor!

Arandir – Nunca!

Aprígio – Mas eu perdoaria, ainda. Eu perdoaria que você fosse espiar o banho da cunhada. Você quis ver a cunhada nua.

Arandir – Mentira!

Aprígio – Eu perdoaria tudo. (mais violento) Só não perdoo o beijo no asfalto. Só não perdoo o beijo que você deu na boca de um homem!

Arandir (para si mesmo) – Selminha!

Aprígio (muda de tom, suplicante) – Pela última vez, diz! Eu preciso saber! Quero a verdade! A verdade! Vocês eram amantes? (sem esperar a resposta, furioso) Mas não responda. Eu não acredito. Nunca, nunca, eu acreditarei. (numa espécie de uivo) Ninguém acredita!

Arandir – Vou buscar minha mulher. (Aprígio recua, puxando o revólver.)

Aprígio (apontando) – Não se mexa! Fique onde está!

Arandir (atônito) – O senhor vai.

Aprígio – Você era o único homem que não podia casar com a minha filha! O único!

Arandir (atônito e quase sem voz) – O senhor me odeia porque. Deseja a própria filha. É paixão. Carne. Tem ciúmes de Selminha.

Aprígio (num berro) – De você! (estrangulando a voz) Não de minha filha. Ciúmes de você. Tenho! Sempre. Desde o teu namoro, que eu não digo o teu nome. Jurei a mim mesmo que só diria teu nome a teu cadáver. Quero que você morra sabendo. O meu ódio é amor. Por que beijaste um homem na boca? Mas eu direi o teu nome. Direi teu nome a teu cadáver. (Aprígio atira, a primeira vez. Arandir cai de joelhos. Na queda, puxa uma folha de jornal, que estava aberta na cama. Torcendo-se. abre o jornal, como uma espécie de escudo ou bandeira. Aprígio atira, novamente, varando o papel impresso. Num espasmo de dor, Arandir rasga a folha. E tomba, enrolando-se no jornal. Assim morre.) Aprígio – Arandir! (mais forte) Arandir! (um último cantoArandir!


Cai a luz, em resistência, sobre o cadáver de Arandir. Trevas.

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 101-104.)

A
A disposição dos verbos em sequência contribui para criar, no leitor da peça, a expectativa de que Arandir, de alguma forma, escapará de seu fim trágico e terá um final feliz.
B
A sequência de eventos descritos por esses verbos antes do evento da morte de Arandir contribui para criar a atmosfera dramática exigida pela peça.
C
Os verbos de ação dão movimento ao texto, tornando-o dinâmico e muito mais adequado para um romance do que para uma peça de teatro.
D
As ações descritas, na rubrica em questão, têm a função de aproximar a peça de teatro do gênero poesia por meio do ajuste rítmico.
6bcf6586-24
PUC-GO 2015 - Matemática - Probabilidade

Sem a energia elétrica, a iluminação pública das cidades era feita à base de lampiões, cuja fonte de energia era o gás. Para acendê-los, havia um profissional, cuja existência perdurou até a introdução das lâmpadas elétricas nos postes. Suponha que em uma determinada cidade da época retratada no Texto 3, a probabilidade de que x lampiões deixem de funcionar por falta de gás, em um intervalo de 5 horas (no período noturno das 18hs às 23hs) é dada pela medida , em que e é a base do logaritmo neperiano e x! é o fatorial do inteiro x. Nessas condições, a probabilidade de que em determinado dia um ou mais lampiões deixe de funcionar por falta de gás é de:

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
1-e-2.
B
1-2e-2.
C
2e-2.
D
3e-2.
6bc8e8bd-24
PUC-GO 2015 - História - História do Brasil

O acendedor de lampiões foi desaparecendo enquanto a iluminação a gás cedia lugar à iluminação pública por meio da eletricidade. Em Goiás, esse processo se deu no inicio do século XX, com a energia produzida ainda por meio de motores a combustão. No terceiro decênio do mesmo século, um dos motivos colocados para a escolha do lugar da nova capital do Estado seria o potencial hidroelétrico dos rios que correm pela região. Considerando que o fornecimento regular de energia elétrica possui forte impacto na modernização da vida social, avalie as alternativas e assinale a que estiver correta:

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
A modernização do estado de Goiás foi a principal obra do Dr. Pedro Ludovico Teixeira, que, a partir do projeto de “Marcha para o Oeste” lançado pelo presidente Getúlio Vargas, rompeu completamente com a herança rural e oligárquica dos sertões brasileiros.
B
A modernização do estado de Goiás deu-se principalmente após a transferência da Capital Federal para Brasília, que, com sua arquitetura vanguardista, influenciou as demais cidades e, principalmente, Goiânia.
C
A modernização da vida social goiana foi um processo que avançava lentamente na antiga capital do estado, e a criação de uma nova sede administrativa acentuou a adesão aos valores e ao ritmo do mundo moderno.
D
A modernidade goiana foi implantada principalmente pela Ditatura Militar, que, através de atos governamentais, baniu uma série de costumes do mundo rural e levou a eletrificação a quase 100% das cidades do Estado.
6bc0c26e-24
PUC-GO 2015 - Geografia - Geografia Física

O Texto 3 relata uma situação que frequentemente ocorre no mundo contemporâneo, que é a exploração da mão de obra trabalhadora, e faz referência ao Sol e à Lua, que nos remete à temática dos movimentos da Terra. Acerca das características e dos efeitos dos dois movimentos mais importantes de nosso planeta, rotação e translação, são feitas as assertivas a seguir. Analise-as:

I-Têm por efeito a sucessão dos dias e das noites, que influencia na organização da vida, e o solstício, em que os dias e as noites são iguais e determina o começo da primavera e do outono.

II-Têm por efeito a sucessão dos dias e das noites, que influencia na organização da vida, e o solstício, em que os dias e as noites são desiguais e determina o começo do verão e do inverno.

III-Ambos movimentos acontecem no sentido anti-horário, e equinócio significa que os dias e as noites têm igual duração e determina o começo do verão e do inverno.

IV-Ambos movimentos ocorrem de oeste para leste, e equinócio significa que os dias e as noites têm igual duração e determina o começo do outono e da primavera.

De acordo com os itens analisados, marque a alternativa que contém apenas proposições corretas:

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
I e II.
B
I e IV.
C
II e III.
D
II e IV.
6bc4f0f6-24
PUC-GO 2015 - Química - Teoria Atômica: átomos e sua estrutura - número atômico, número de massa, isótopos, massa atômica, Transformações Químicas: elementos químicos, tabela periódica e reações químicas, Transformações Químicas, Teoria Atômica: Modelo atômico de Dalton, Thomson, Rutherford, Rutherford-Bohr

O Texto 3 faz referência à iluminação, elemento fundamental na vida das pessoas. Dos lampiões a querosene ao LED, tem-se uma ideia de como a evolução da iluminação contribuiu para a transformação das cidades e dos hábitos das pessoas. Essa evolução vai da utilização do óleo ao querosene, deste ao gás, chegando finalmente à energia elétrica. Foi apenas no século XX que a eletricidade passou a ser popularmente usada na iluminação das ruas. Vários tipos de lâmpadas foram utilizadas em iluminação pública: incandescente, halógena, fluorescente linear, lâmpada mista, lâmpada a vapor de mercúrio, lâmpada a vapor de sódio de alta pressão. A tecnologia é desenvolvida, aplicada e melhorada. Atualmente, além da eficiência e economia, o light emitter diode ou LED é a tecnologia que permite melhor relação com o meio ambiente, porque não utiliza mercúrio, que é tóxico.

(Adaptado de CODI - Comitê de Distribuição - Substituição de lâmpadas incandescentes no sistema de iluminação pública - Relatório SCPE.33.01 de 13 out. 1988. Comitê de Distribuição (CODI), Abradee, Rio de Janeiro, 1988.)

O LED é um componente eletrônico semicondutor que transforma energia elétrica em luz. Essa transformação é diferente daquela encontrada nas lâmpadas convencionais, que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e descarga de gases. No arsenieto de gálio ou no fosfeto de gálio, por exemplo, ocorre a eletroluminescência, que é a emissão de luz com aplicação de uma fonte elétrica.

Com relação ao LED, a átomos de gálio, fósforo e arsênio, e a aspectos relacionados com estrutura atômica, são feitas algumas afirmações:

I-No estado fundamental, o átomo de arsênio apresenta um orbital completo na camada de valência.

II-Fósforo e arsênio apresentam cinco camadas de energia em sua distribuição eletrônica, no estado fundamental, pois estão localizados no mesmo período da tabela periódica.

III-Apenas os elétrons da camada de valência do gá- lio em seu estado fundamental apresentam valores idênticos para todos os números quânticos – principal, secundário, magnético e spin.

IV-No LED, a maior parte da energia absorvida é dissipada na forma de calor.

É(são) correto(s) apenas o(s) item(ns):

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
I.
B
I, II e IV.
C
I e III.
D
III e IV.
6bb83429-24
PUC-GO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Jorge de Lima, no último terceto do poema (Texto 3) compara o acendedor de lampiões que vai iluminando a rua, a uma pessoa que quer impor a outras uma ideia – uma crença, um pensamento, uma opinião, um conceito – e que incansavelmente, como o acendedor de lampiões, vai persuadindo as pessoas, dia a dia, de suas ideias. Hoje uma, amanhã outra, depois outra e, como o acendedor e seus lampiões, um dia terá “acendido” várias pessoas, que, compartilharão as mesmas ideias, como frisa o autor.

Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:

I-Ideologia é o conjunto de representações e ideias por meio das quais o indivíduo é levado a pensar, sentir e agir da maneira que convém à classe que detém o poder.

PORQUE

II-De acordo com Marx, a classe que detém poder resolve os conflitos sociais insinuando ideias e valores que mascaram a realidade.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
6bbc3fb1-24
PUC-GO 2015 - Física - Calorimetria, Física Térmica - Termologia

O Texto 3 cita o uso de lampiões na iluminação pública, técnica que foi substituída pela corrente elétrica, que também gera energia térmica. Considere um calorímetro (recipiente termicamente isolado) equipado com um aquecedor elétrico cuja resistência é percorrida por uma corrente de 5,1 A quando ligado a uma rede de 220 V. São colocados 1800 gramas de gelo a -10°C no calorímetro, que é ligado à tensão de 220 V. Considerando-se:

• que existe troca de energia apenas entre gelo, água e a resistência do aquecedor;

• que Tg = 0°C é o ponto de fusão da água;

• que Lg = 3,3 × 105 J/kg é o calor latente de fusão do gelo;

• que cg = 2,1 × 103 J/kg.K é o calor específico do gelo;

• e que ca = 4,2 × 103 J/kg.K é o calor específico da água.

Pode-se afirmar que, após 15 minutos de funcionamento, tem-se no interior do calorímetro (assinale a alternativa correta):

TEXTO 3

                           O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!

Este mesmo que vem infatigavelmente,

Parodiar o sol e associar-se à lua

Quando a sombra da noite enegrece o poente!


Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite aos poucos se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.


Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —

Ele que doura a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.


Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade,

Como este acendedor de lampiões da rua!


(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. 3. ed. São Paulo: Global, 2006. p. 25)

A
Apenas gelo a uma temperatura de -2°C.
B
Gelo e água a uma temperatura de 0°C.
C
Apenas água a uma temperatura de 28°C.
D
Apenas água a uma temperatura de 50°C.