Questõesde UNINOVE sobre Português

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Foram encontradas 10 questões
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UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O trecho pode ser corretamente caracterizado como uma

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

    Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
    Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
    Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
    Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
  Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

(O guarani, 2006.)

1 axorca: argola

A
justaposição de características psicológicas de um índio, a fim de descrevê-lo.
B
descrição física de uma figura humana específica.
C
narrativa, em primeira pessoa, feita por um índio durante um curto período de tempo.
D
narrativa, em terceira pessoa, dos feitos de um índio.
E
sequência de argumentos em favor de uma tese exposta.
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UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Advérbios, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Morfologia

Identifica-se corretamente no texto

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

    Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
    Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
    Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
    Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
  Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

(O guarani, 2006.)

1 axorca: argola

A
a ausência de adjetivos, o que produz um texto conciso e contribui para uma imagem rude e selvagem do índio retratado.
B
o emprego frequente de advérbios, a fim de conferir veracidade à sequência dos fatos.
C
a utilização de linguagem científica, com a intenção de retratar com precisão e objetividade os costumes indígenas.
D
a utilização de adjetivos elogiosos que ajudam a compor uma imagem idealizada do índio retratado.
E
o emprego do discurso indireto, o que permite que as falas e pensamentos do personagem sejam amalgamados à voz do narrador.
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UNINOVE 2015 - Português - Regência, Sintaxe

Em “mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo”, o verbo em destaque é

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

    Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
    Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
    Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
    Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
  Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

(O guarani, 2006.)

1 axorca: argola

A
transitivo indireto.
B
intransitivo.
C
transitivo direto.
D
de ligação.
E
transitivo direto e indireto.
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UNINOVE 2015 - Português - Pronomes relativos, Regência, Preposições, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Tinha na cabeça um chapéu de couro, ________ se prendiam, na aba, duas plumas matizadas.

Assinale a alternativa que completa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna do texto.

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

    Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.
    Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.
    Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.
    Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.
  Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca1 de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita caída, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

(O guarani, 2006.)

1 axorca: argola

A
o qual
B
do qual
C
as quais
D
à qual
E
ao qual
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UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo a comparação feita no poema,

Leia o trecho do poema “Catar feijão”, de João Cabral de Melo Neto, para responder à questão.

                                       Catar feijão se limita com escrever:
                                       jogam-se os grãos na água do alguidar1
                                       e as palavras na da folha de papel;
                                       e depois, joga-se fora o que boiar.
                                       Certo, toda palavra boiará no papel,
                                       água congelada, por chumbo seu verbo:
                                       pois para catar esse feijão, soprar nele,
                                       e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

                                                            (Melhores poemas, 2009.)

1 alguidar: vasilha rasa utilizada em tarefas domésticas.

A
a relação entre os grãos de feijão e as palavras é semelhante à relação entre o alguidar e a folha de papel.
B
escrever um poema é parte do processo de cozinhar.
C
qualquer pessoa que sabe catar feijões consegue escrever um poema.
D
os poemas, tanto quanto os feijões, deveriam ser frequentes no cotidiano das pessoas.
E
é possível ensinar uma prática simples – catar feijão – por meio de algo mais complexo – um poema.
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UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Jogar o feijão na água” e “jogar fora o que boiar”

Leia o trecho do poema “Catar feijão”, de João Cabral de Melo Neto, para responder à questão.

                                       Catar feijão se limita com escrever:
                                       jogam-se os grãos na água do alguidar1
                                       e as palavras na da folha de papel;
                                       e depois, joga-se fora o que boiar.
                                       Certo, toda palavra boiará no papel,
                                       água congelada, por chumbo seu verbo:
                                       pois para catar esse feijão, soprar nele,
                                       e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

                                                            (Melhores poemas, 2009.)

1 alguidar: vasilha rasa utilizada em tarefas domésticas.

A
conotam uma valorização da inspiração em detrimento do trabalho poético.
B
representam, respectivamente, a escrita e a leitura de um poema.
C
apontam para os momentos de inspiração que antecedem o surgimento de um poema.
D
correspondem a etapas do trabalho necessário para a escrita de um poema.
E
equivalem, respectivamente, a escrever um mau poema e escrever um bom poema.
7bb8ad53-f6
UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para o autor do texto,

Leia o texto de Herbert Marcuse para responder à questão.

     O conceito de homem que emerge da teoria freudiana é a mais irrefutável acusação à civilização ocidental – e, ao mesmo tempo, a mais inabalável defesa dessa civilização. Segundo Freud, a história do homem é a história da sua repressão. A cultura coage tanto a sua existência social como a biológica, não só partes do ser humano, mas também sua própria estrutura instintiva. Contudo, essa coação é a própria precondição do progresso. Se tivessem liberdade de perseguir seus objetivos naturais, os instintos básicos do homem seriam incompatíveis com toda a associação e preservação duradoura: destruiriam até aquilo a que se unem ou em que se conjugam. Sua força destrutiva deriva do fato de eles lutarem por uma gratificação que a cultura não pode consentir: a gratificação como tal e como um fim em si mesma, a qualquer momento. Portanto, os instintos têm de ser desviados de seus objetivos, inibidos em seus anseios. A civilização começa quando o objetivo primário – isto é, a satisfação integral de necessidades – é abandonado.

(Eros e civilização, 1999. Adaptado.)

A
o progresso da civilização é fruto da liberdade dos homens.
B
os instintos básicos dos homens produziram e sustentam a civilização ocidental.
C
o avanço da civilização levará à satisfação integral das necessidades dos homens.
D
é inadmissível uma sociedade em que as liberdades sejam tolhidas.
E
a coerção dos instintos humanos é condição para o florescimento da civilização.
7bbe0ec8-f6
UNINOVE 2015 - Português - Análise sintática, Sintaxe

“Se tivessem liberdade de perseguir seus objetivos naturais, os instintos básicos do homem seriam incompatíveis com toda a associação e preservação duradoura:”

A oração destacada, em relação à oração que a sucede, tem o sentido de

Leia o texto de Herbert Marcuse para responder à questão.

     O conceito de homem que emerge da teoria freudiana é a mais irrefutável acusação à civilização ocidental – e, ao mesmo tempo, a mais inabalável defesa dessa civilização. Segundo Freud, a história do homem é a história da sua repressão. A cultura coage tanto a sua existência social como a biológica, não só partes do ser humano, mas também sua própria estrutura instintiva. Contudo, essa coação é a própria precondição do progresso. Se tivessem liberdade de perseguir seus objetivos naturais, os instintos básicos do homem seriam incompatíveis com toda a associação e preservação duradoura: destruiriam até aquilo a que se unem ou em que se conjugam. Sua força destrutiva deriva do fato de eles lutarem por uma gratificação que a cultura não pode consentir: a gratificação como tal e como um fim em si mesma, a qualquer momento. Portanto, os instintos têm de ser desviados de seus objetivos, inibidos em seus anseios. A civilização começa quando o objetivo primário – isto é, a satisfação integral de necessidades – é abandonado.

(Eros e civilização, 1999. Adaptado.)

A
causa.
B
alternativa.
C
consequência.
D
condição.
E
explicação.
7bc1e724-f6
UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto, a modernidade

Leia o texto de Marshall Berman para responder à questão.

     Existe um tipo de experiência vital − experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e dos perigos da vida − que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor −, mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambientada na modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambiguidade e angústia. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, “tudo que é sólido desmancha no ar”.

(Tudo que é sólido desmancha no ar, 2007. Adaptado.)

A
traz com ela o sentido inequívoco da unidade global, em que todos convivem em um todo estável.
B
é um período desinteressante e desesperançado, em que tudo é permanentemente desgastado e transformado pelo tempo.
C
propõe que os homens coabitem harmonicamente o mesmo espaço, livre de fronteiras, desigualdades e conflitos.
D
exige uma experiência ambientalista globalizada, a fim de que os potenciais de destruição não superem as possibilidades de construção do mundo.
E
carrega em si um paradoxo, a promessa de um mundo concreto e interessante, acompanhada das sementes de sua própria destruição.
7bc70b36-f6
UNINOVE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A citação “tudo que é sólido desmancha no ar”

Leia o texto de Marshall Berman para responder à questão.

     Existe um tipo de experiência vital − experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e dos perigos da vida − que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor −, mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambientada na modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambiguidade e angústia. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, “tudo que é sólido desmancha no ar”.

(Tudo que é sólido desmancha no ar, 2007. Adaptado.)

A
compara a modernidade à concretude dos objetos sólidos, e os outros períodos da história à fluidez do ar.
B
cria, para apresentar uma ideia abstrata, uma imagem que contradiz a experiência cotidiana.
C
foi utilizada no texto para, a partir de uma incongruência científica, depreciar a imagem de Marx.
D
torna evidente a intenção do autor do texto de elogiar os ideais políticos de Marx.
E
apresenta uma verdade científica e universal, proposta por Marx, a respeito da matéria sólida.