Segundo o texto, a modernidade
Leia o texto de Marshall Berman para responder à questão.
Existe um tipo de experiência vital − experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e dos perigos da vida − que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor −, mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambientada na modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espécie humana. Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambiguidade e angústia. Ser moderno é fazer parte de um universo no qual, como disse Marx, “tudo que é sólido desmancha no ar”.
(Tudo que é sólido desmancha no ar, 2007. Adaptado.)
Gabarito comentado
, com foco em identificação de ideias principais, relações semânticas (paradoxo) e análise crítica das alternativas. Esse é um conteúdo fundamental para concursos públicos, pois exige a compreensão global e detalhada do texto, habilidade constantemente cobrada em provas para cargos como Médico.
A alternativa é pois reflete precisamente a ideia-chave do texto de Marshall Berman. O texto ressalta que ser moderno é ter experiências marcadas pela promessa de “aventura, poder, alegria, crescimento”, ao mesmo tempo em que se enfrenta a ameaça de “destruir tudo o que temos, tudo o que somos”. Assim, o autor caracteriza a modernidade como uma , reunindo elementos opostos: construção e destruição, esperança e angústia. Segundo , reconhecer antíteses e paradoxos é fundamental para captar a verdadeira intenção do texto.
Fala em “todo estável”, mas o texto diz que a unidade da modernidade se dá num “turbilhão de permanente desintegração”. Ou seja, , mas transformação constante.
Afirma que a modernidade é “desinteressante e desesperançada”, quando o texto fala explicitamente de um ambiente rico em “aventura” e “transformação”. .
Defende convivência “harmônica, livre de fronteiras e conflitos”, porém o texto ressalta “luta e contradição, ambiguidade e angústia” – ao contrário da harmonia.
Propõe uma exigência “ambientalista globalizada”, porém o texto não menciona temática ambiental nem necessidade de ação coletiva global para evitar destruição ambiental.
- Não se deixar levar por termos eufônicos ou idealistas (“todo estável”, “harmonicamente”); busque as expressões exatas ou equivalentes do texto original.
- Atente para palavras que descaracterizam o sentido autêntico, como “desinteressante” ou “ambientalista”.
Sempre localize no texto. Reconhecê-los é fundamental para escolher a alternativa correta, sobretudo nas questões que pedem a essência da mensagem.
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