Questõesde UFRR sobre Português
Leia os fragmentos retirados da obra “Dois irmãos”, em
seguida, observe a análise feita referente a cada termo
destacado:
I - “Trouxera livros de matemática para mim e roupa para
Domingas”. Os termos “livros” e “roupa” são objetos diretos;
enquanto o pronome “mim” e o substantivo “Domingas” são
objetos indiretos;
II - “(…) eu tentava dizer que as coisas não têm alma nem
carne”. A oração destacada é subordinada substantiva objetiva
direta - exerce função de objeto direto do verbo dizer;
III - “Uma carta de Yaqub, pontual, chegava de São Paulo no
fim de cada mês.” Ambos são adjuntos adverbiais;
IV - “Os filhos haviam se intrometido na vida de Halim,” A
concordância do verbo haver está em desacordo com a
norma culta, fazendo a correção ficaria: “Os filhos havia ...”;
V - “(…) Omar cometia o erro de trair a mulher que nunca
o havia traído. Zana se remexeu na cadeira ao ver o filho
aproximar-se de Dália…” todos os termos destacados exercem
função de sujeito.
Assinale a alternativa em que a análise NÃO corresponde aos
termos destacados:
Leia os fragmentos retirados da obra “Dois irmãos”, em seguida, observe a análise feita referente a cada termo destacado:
I - “Trouxera livros de matemática para mim e roupa para Domingas”. Os termos “livros” e “roupa” são objetos diretos; enquanto o pronome “mim” e o substantivo “Domingas” são objetos indiretos;
II - “(…) eu tentava dizer que as coisas não têm alma nem carne”. A oração destacada é subordinada substantiva objetiva direta - exerce função de objeto direto do verbo dizer;
III - “Uma carta de Yaqub, pontual, chegava de São Paulo no fim de cada mês.” Ambos são adjuntos adverbiais;
IV - “Os filhos haviam se intrometido na vida de Halim,” A concordância do verbo haver está em desacordo com a norma culta, fazendo a correção ficaria: “Os filhos havia ...”;
V - “(…) Omar cometia o erro de trair a mulher que nunca o havia traído. Zana se remexeu na cadeira ao ver o filho aproximar-se de Dália…” todos os termos destacados exercem função de sujeito.
Assinale a alternativa em que a análise NÃO corresponde aos termos destacados:
Entre as obras sugeridas, está a de Milton Hatoum, como se
verifica na imagem a seguir:
Considerando a leitura da obra, assinale a única alternativa
em que as informações NÃO são verdadeiras.
Entre as obras sugeridas, está a de Milton Hatoum, como se verifica na imagem a seguir:
Considerando a leitura da obra, assinale a única alternativa
em que as informações NÃO são verdadeiras.
Leia os versos do poema ''Os estatutos do homem'' de
Tiago Melo para responder à questão:
"O homem confiará no homem
como um menino confia em outro"
(...)
"e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor"
(...)
"Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários"
Observe a análise sintática dos termos a seguir:
I. "O homem confiará no homem" - o homem
(sujeito) / no homem (objeto indireto)
II. "O homem confiará no homem" - o homem
(sujeito) / no homem (adjunto adverbial)
III. A expressão "o milagre da flor" - (objeto direto e
indireto, respectivamente)
IV. A expressão "em outro" - (objeto indireto do
verbo confiar)
Estão corretas:
Leia os versos do poema ''Os estatutos do homem'' de Tiago Melo para responder à questão:
"O homem confiará no homem como um menino confia em outro"
(...)
"e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor"
(...)
"Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários"
Observe a análise sintática dos termos a seguir:
I. "O homem confiará no homem" - o homem (sujeito) / no homem (objeto indireto)
II. "O homem confiará no homem" - o homem (sujeito) / no homem (adjunto adverbial)
III. A expressão "o milagre da flor" - (objeto direto e indireto, respectivamente)
IV. A expressão "em outro" - (objeto indireto do verbo confiar)
Estão corretas:
Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
TEXTO III
No início do século XXI – um recomeço e uma virada – aconteceu algo importante na cena da “nova” educação escolar conquistada pelos povos indígenas no Brasil, proposta a eles pelo estado brasileiro. Aconteceu não nos grandes centros do Sudeste do país, mas em Mato Grosso e em uma universidade estadual com pequenos câmpus espalhados pelo interior deste estado. Ocorreu algo surpreendente lá, onde o clima social e político não é certamente de simpatia pelos índios, mas ao mesmo tempo algo aparentemente previsível e desejável, num estado com uma expressiva, em termos de diversidade e força cultural, população indígena. São 35 etnias: Apiaká, Aweti, Bakairi, Bororo, Chiquitano, Cinta Larga (Zoró), Enawenê-Nawê, Guató, Kalapalo, Karajá, Javaé, Xambioá, Kamayurá, Kayabi, Kayapó, Kisêdje, Kuikuro, Haliti, Ikpeng, Irantxe, Matipu, Mehinaku, Kahukwá, Nambikwara, Paraná, Rikbaktsa, Tapayuna, Tapiraré, Terena, Trumai, Umutina, Wauja, Yawalapiti, Yudjá, Xavante. A população de cada etnia varia entre os quase dez mil Xavante até os 58 Tapayuna e os pouco mais de cem Trumai. Mato Grosso viu o início da primeira universidade indígena, um projeto que tinha como meta a tradução dos princípios da especificidade e da interculturalidade para a formação em nível superior. Foi um exercício contínuo de criatividade e coerência. Se foi bem-sucedido, enquanto empreendimento geral, somente uma futura avaliação crítica poderá dizêlo, sobretudo o julgamento dos próprios índios, alunos e suas comunidades. Sem dúvida, sucessos, não poucos, e impasses, não poucos, pontuaram toda a experiência da primeira turma de “acadêmicos” do 3.° Grau Indígena da Universidade Estadual de Mato Grosso, câmpus de Barra do Bugres, de 2001 a 2006. [...]
Leia o trecho da entrevista "A Filosofia é pop", feita com o
filósofo Mario Sergio Cortella, publicada em maio de
2013, para responder à questão:
Apesar de interessante, a filosofia costuma parecer
chata. Além do seu dom de oratória, como
transformou a matéria em algo instigante? Agradeço o elogio, mas quero fazer um reparo
filosófico. Quando você diz que eu tenho o dom, está
dizendo que não tenho mérito nenhum, porque dom é
algo que se recebe de fora. Ocorre que Deus não me
escolheu e disse "você vai ser o cara". Tudo bem, sei que
não foi isso que você quis dizer. Mas eu diria que tenho a
prática, a intenção e o gosto. Minha intenção é fazer com
que a filosofia seja simples sem ser simplória. Em outras
palavras, que seja compreensível sem ser banalizável. Por
exemplo, na semana da Rio+20, eu participei de um
programa especial da Xuxa sobre sustentabilidade. Antes
de entrar no ar, uma pessoa da produção me pediu para
não usar o termo "biocídio" [eliminação de variadas
formas de vida, inclusive a humana], porque não ia ser entendido. Então eu disse: "Lamento, não ajo dessa
forma. Vou usar e explicar". Se eu recuso o uso, furto das
pessoas o acesso a um conceito importante. Se uso sem
explicar, estou dando uma demonstração tola de
sabedoria. Mas, se uso e traduzo, estou partilhando. Eu
quero que a filosofia seja compreensível.
Fonte: http://www.revistaplaneta.com.br/a-filosofia-pop/ acessado em
17/08/2017
Em conformidade com as regras gramaticais, todas as
orações destacadas são subordinadas adverbiais, ou seja,
elas indicam circunstâncias de tempo, condição,
comparação, proporcionalidade entre outras. Como base
nessa informação, analise as proposições a seguir:
I. "porque dom é algo" / "porque não ia ser
entendido" - são orações que indicam a causa do
que se declara na oração principal;
II. "Quando você diz" - a oração exprime ideia de
tempo e essa circunstância foi estabelecida pela
conjunção quando;
III. "se eu recuso o uso" / "se uso" / "se uso" - as três
orações exprimem a condição do fato expresso
pela oração principal.
IV. Transformando as orações adverbiais
desenvolvidas, tais como: "Quando você diz que
eu tenho o dom, está dizendo que não tenho
mérito nenhum, porque dom é algo que se recebe
de fora." em orações reduzidas, teremos: "Ao dizer
que eu tenho o dom, está dizendo que não tenho
mérito nenhum, por ser o dom algo que se recebe
de fora."
Podemos afirmar que:
A partir do texto, assinale a alternativa INCORRETA.
TEXTO III
No início do século XXI – um recomeço e uma virada – aconteceu algo importante na cena da “nova” educação escolar conquistada pelos povos indígenas no Brasil, proposta a eles pelo estado brasileiro. Aconteceu não nos grandes centros do Sudeste do país, mas em Mato Grosso e em uma universidade estadual com pequenos câmpus espalhados pelo interior deste estado. Ocorreu algo surpreendente lá, onde o clima social e político não é certamente de simpatia pelos índios, mas ao mesmo tempo algo aparentemente previsível e desejável, num estado com uma expressiva, em termos de diversidade e força cultural, população indígena. São 35 etnias: Apiaká, Aweti, Bakairi, Bororo, Chiquitano, Cinta Larga (Zoró), Enawenê-Nawê, Guató, Kalapalo, Karajá, Javaé, Xambioá, Kamayurá, Kayabi, Kayapó, Kisêdje, Kuikuro, Haliti, Ikpeng, Irantxe, Matipu, Mehinaku, Kahukwá, Nambikwara, Paraná, Rikbaktsa, Tapayuna, Tapiraré, Terena, Trumai, Umutina, Wauja, Yawalapiti, Yudjá, Xavante. A população de cada etnia varia entre os quase dez mil Xavante até os 58 Tapayuna e os pouco mais de cem Trumai. Mato Grosso viu o início da primeira universidade indígena, um projeto que tinha como meta a tradução dos princípios da especificidade e da interculturalidade para a formação em nível superior. Foi um exercício contínuo de criatividade e coerência. Se foi bem-sucedido, enquanto empreendimento geral, somente uma futura avaliação crítica poderá dizêlo, sobretudo o julgamento dos próprios índios, alunos e suas comunidades. Sem dúvida, sucessos, não poucos, e impasses, não poucos, pontuaram toda a experiência da primeira turma de “acadêmicos” do 3.° Grau Indígena da Universidade Estadual de Mato Grosso, câmpus de Barra do Bugres, de 2001 a 2006. [...]
As figuras de estilo permitem ao autor o uso
mais eficaz da linguagem como fenômeno social,
vislumbrando, no simbolismo das palavras, a
construção das obras literárias. Como se sabe as
figuras de linguagem podem ser subdivididas em:
de palavras, de pensamento e de construção.
No poema grafado por Eli Macuxi está presente uma
figura de construção que permite a sonorização por
meio da repetição de um determinado som nos versos
destacados, qual seja:
AMOR PRA QUEM ODEIA
(Eli Macuxi)
O amor campeia, que seja.
Quando tuas penas partirem, asas
Quando novas nuvens surgirem, casas
Quando nossos corpos rugirem, brasas
E nem demônios nem igrejas
Nem inveja que vareja
Na cabeça malfazeja
De quem julga sem amar
nos farão parar!
Porque não entendo nem aceito o discurso do ódio contra o amor.
Disponível em: http://elimacuxi.blogspot.com.br/amor-pra-quem-odeia.
html. Acesso em: 25/07/2016
Sobre a figura feminina na visão do Romantismo, e sobre
o enredo do romance Inocência, só NÃO se pode afirmar
que:
''Caía então luz de chapa sobre ela, iluminando-lhe o rosto, parte do colo e da cabeça, coberta por um lenço vermelho atado por trás da nuca.
Apesar de bastante descorada e um tanto magra, era Inocência de beleza deslumbrante.
Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, a custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto de projetarem sombras nas mimosas faces.
Era o nariz fino, um bocadinho arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente torneado.
Ao erguer a cabeça para tirar o braço de sob o lençol, descera um nada a camisinha de crivo que vestia, deixando nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um ou outro sinal de nascença.''
TAUNAY, Visconde de. Inocência. São Paulo: DCL, 2013.
A Semântica, ramo da Linguística que estuda a significação
das palavras, aponta para questões importantes referentes ao
estudo da linguagem, tais como: a sinonímia, a antonímia, a
homonímia e a polissemia. Os adjetivos destacados no texto,
guardados os mesmos sentidos, podem ser substituídos,
respectivamente, por seus sinônimos, EXCETO:
TEXTO II
AMOR PRA QUEM ODEIA
(Eli Macuxi)
O amor campeia, que seja.
Quando tuas penas partirem, asas
Quando novas nuvens surgirem, casas
Quando nossos corpos rugirem, brasas
E nem demônios nem igrejas
Nem inveja que vareja
Na cabeça malfazeja
De quem julga sem amar
nos farão parar!
Porque não entendo nem aceito o discurso do ódio contra o amor.
Disponível em: http://elimacuxi.blogspot.com.br/amor-pra-quem-odeia.
html. Acesso em: 25/07/2016
No trecho: "Esta agora é melhor.", e no trecho "... um
alfinete, de cabeça grande e não menor experiência...", as
palavras destacadas são adjetivos expressos na gradação
ou grau:
Leia o texto abaixo e responda a questão.
TEXTO II
UM APÓLOGO
Sobre a obra “Meia Pata”, de Ricardo Dantas, avalie:
I - Daniel Silva, protagonista, com uma equipe de trabalhadores
formada com mão de obra local, dentre a qual está o velho
caçador Xereta e seu filho Ronaldo, um experiente rastreador
florestal, adentram a mata fechada, muito traiçoeira e
perigosa, visando estudar a biodiversidade amazônica;
II - É um romance autobiográfico que retrata a saga de Daniel
Silva e as conquistas entre os povos indígenas de Roraima,
consagradas após o casamento com a indígena Iara Parente,
uma linda indígena da etnia Wapixana;
III - A obra descreve minuciosamente a experiência vivida por
Daniel Silva, na região mais isolada e peculiar da Amazônia,
e as vivências de um romance inusitado e místico com Iara
Parente, uma linda indígena da etnia Macuxi, além de um
embate por luta de território e respeito com a maior predadora
da floresta, a onça-pintada;
IV - O argumento do romance “Meia Pata” se passa em
Roraima, no final da década de oitenta e conta a saga do
biólogo Daniel Silva, que objetiva estudar a maior diversidade
ecológica do planeta.
São VERDADEIRAS:
Sobre a obra “Meia Pata”, de Ricardo Dantas, avalie:
I - Daniel Silva, protagonista, com uma equipe de trabalhadores formada com mão de obra local, dentre a qual está o velho caçador Xereta e seu filho Ronaldo, um experiente rastreador florestal, adentram a mata fechada, muito traiçoeira e perigosa, visando estudar a biodiversidade amazônica;
II - É um romance autobiográfico que retrata a saga de Daniel Silva e as conquistas entre os povos indígenas de Roraima, consagradas após o casamento com a indígena Iara Parente, uma linda indígena da etnia Wapixana;
III - A obra descreve minuciosamente a experiência vivida por Daniel Silva, na região mais isolada e peculiar da Amazônia, e as vivências de um romance inusitado e místico com Iara Parente, uma linda indígena da etnia Macuxi, além de um embate por luta de território e respeito com a maior predadora da floresta, a onça-pintada;
IV - O argumento do romance “Meia Pata” se passa em Roraima, no final da década de oitenta e conta a saga do biólogo Daniel Silva, que objetiva estudar a maior diversidade ecológica do planeta.
São VERDADEIRAS:
TEXTO I
“Meia Pata” inicia um movimento literário criado pelo autor, Ricardo Dantas, denominado de Bioarte. A Bioarte louva os verdadeiros artistas. Os indígenas, que mesmo diante do preconceito, da dor de presenciarem suas terras sendo devastadas, seguem firme na luta pela autenticidade de seus direitos. Os extrativistas, como os seringueiros, massacrados, porém resistentes, que com sangue escorrendo das bandeiras, venceram a opressão e conquistaram uma vida digna. O sertanejo agricultor, que não desiste de rachar o solo cristalizado pela seca, e com mãos e orgulho calejado, segue em frente sem fraquejar. E por fim a Natureza, que compadecida, presencia árvores frondosas, literalmente milagres que fornecem o suporte para milhares de formas de vidas, serem ceifadas, levando para a tumba toda a rede ecológica. A Bioarte exalta a biodiversidade, a pluralidade social e principalmente as interações ecossistêmicas entre cultura e arte [...]
Esse caráter regional ressaltado pelo romance incorpora
questões de formação de identidade e raízes históricas de
tradições na formação de um povo. A leitura reflexiva dessa
obra desenvolve a capacidade de análise e interpretação de
textos. Também estimula a identificação das características
dos gêneros literários e da estilística. Ao levar o leitor a
acompanhar a narrativa de outra pessoa, portanto a partir de
outra perspectiva, valoriza a formação dos próprios critérios
no leitor.
Disponível em: http://eusouderoraima.com.br/. (Acesso em: 25/07/2016).
A narrativa traz seres inanimados e personagens humanos
desempenhando, paralelamente, comportamentos sociais
semelhantes. Sobre essa analogia só NÃO se pode afirmar
que:
Leia o texto abaixo e responda a questão.
TEXTO II
UM APÓLOGO
Leia o poema de Tomás Antônio Gonzaga, transcrito a
seguir, e marque a alternativa que aponta três características do Arcadismo brasileiro que nele podem
ser observadas.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
O texto I diz respeito a um momento pungente da
narrativa de Meia Pata, de Ricardo Dantas, e que é
fundamental para o desenrolar da obra. Trata-se de
quando:
TEXTO I
"Após encontrar um abrigo seguro sob uma copa de maçaranduba caída, ainda ofegante, e com dores fortes em sua pata esquerda e coxa direita, começou a averiguar o que aquele estrondo havia lhe causado. A pata estava completamente dilacerada, com sangramento. As duas garras da região esquerda tinham sido arrancadas. Observou a mutilação. Em sua memória automática, associava o ferimento ao barulho alto e aterrorizante.
Pelo instinto, a onça vislumbrou que, geralmente antes e durante as chuvas torrenciais, estrondos ecoavam pela floresta. Não eram parecidos com os dois que acabara de ouvir, mas às vezes, quando acontecia, isso a assustava como se a floresta estivesse sendo engolida por um animal maior e mais forte. Olhou novamente para a pata, e diante de sua imponência, iniciou uma tentativa de escoamento do sangramento com sua língua, o que logo pressentiu ser inútil.
Ao passar do tempo, a coxa direita latejava cada vez mais. Tentou levantar da toca provisória com o intuito de chegar até sua caverna próxima à cachoeira. Constatou ser impossível conseguir se apoiar sem firmar o corpo com as regiões atingidas. O sangramento da pata diminuiu de intensidade. Iniciou sua peregrinação arrastando-se pela floresta. Sentiu a pele de seu peito sendo esfolada pelas folhas, galhos e ouriços de castanha da Amazônia.
Um rastro de sangue era visível ao longo da tentativa exaustiva de chegar à sua toca. Ao se deparar com um igarapé, vacilou várias vezes até entrar n‘água. Mas não tinha alternativa. Na situação em que se encontrava, não teria como se equilibrar nos troncos das árvores caídas que serviam de ponte e eram facilmente transpassados.
Entrando no igarapé, a onça sentiu um alívio em sua pata flagelada. De súbito, deitou-se na água e aliviou a coxa atingida pelo impacto desconhecido. Aproveitou e tomou longos goles do líquido. O ferimento na coxa não sangrava mais como antes, porém, a pata dianteira manchava o igarapé atraindo pequenos peixes que mordiscavam seu pelo e a carne dilacerada do ferimento. No movimento de afastar os peixes, enterrou a pata na lama do fundo do igarapé e o sangue parou de manchar a água. Logo a onça afundou mais a pata, e aos poucos a dor foi diminuindo."
DANTAS, Ricardo. Meia Pata. São Paulo: Kazuá, 2013. p. 20-21
Assinale a alternativa em que 'porque", 'por que",
"porquê" e "por quê" estão todos empregados
CORRETAMENTE.
TEXTO I
"Após encontrar um abrigo seguro sob uma copa de maçaranduba caída, ainda ofegante, e com dores fortes em sua pata esquerda e coxa direita, começou a averiguar o que aquele estrondo havia lhe causado. A pata estava completamente dilacerada, com sangramento. As duas garras da região esquerda tinham sido arrancadas. Observou a mutilação. Em sua memória automática, associava o ferimento ao barulho alto e aterrorizante.
Pelo instinto, a onça vislumbrou que, geralmente antes e durante as chuvas torrenciais, estrondos ecoavam pela floresta. Não eram parecidos com os dois que acabara de ouvir, mas às vezes, quando acontecia, isso a assustava como se a floresta estivesse sendo engolida por um animal maior e mais forte. Olhou novamente para a pata, e diante de sua imponência, iniciou uma tentativa de escoamento do sangramento com sua língua, o que logo pressentiu ser inútil.
Ao passar do tempo, a coxa direita latejava cada vez mais. Tentou levantar da toca provisória com o intuito de chegar até sua caverna próxima à cachoeira. Constatou ser impossível conseguir se apoiar sem firmar o corpo com as regiões atingidas. O sangramento da pata diminuiu de intensidade. Iniciou sua peregrinação arrastando-se pela floresta. Sentiu a pele de seu peito sendo esfolada pelas folhas, galhos e ouriços de castanha da Amazônia.
Um rastro de sangue era visível ao longo da tentativa exaustiva de chegar à sua toca. Ao se deparar com um igarapé, vacilou várias vezes até entrar n‘água. Mas não tinha alternativa. Na situação em que se encontrava, não teria como se equilibrar nos troncos das árvores caídas que serviam de ponte e eram facilmente transpassados.
Entrando no igarapé, a onça sentiu um alívio em sua pata flagelada. De súbito, deitou-se na água e aliviou a coxa atingida pelo impacto desconhecido. Aproveitou e tomou longos goles do líquido. O ferimento na coxa não sangrava mais como antes, porém, a pata dianteira manchava o igarapé atraindo pequenos peixes que mordiscavam seu pelo e a carne dilacerada do ferimento. No movimento de afastar os peixes, enterrou a pata na lama do fundo do igarapé e o sangue parou de manchar a água. Logo a onça afundou mais a pata, e aos poucos a dor foi diminuindo."
DANTAS, Ricardo. Meia Pata. São Paulo: Kazuá, 2013. p. 20-21
─ Porque a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé?
─ Ela fez isso por que os peixes a estavam mordendo.
Mas quer saber o por quê de ela enterrar a pata porquê?
─ Por quê a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé?
─ Ela fez isso porquê os peixes a estavam mordendo.
Mas quer saber o porque de ela enterrar a pata por quê?
─ Porquê a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé?
─ Ela fez isso por que os peixes a estavam mordendo.
Mas quer saber o por quê de ela enterrar a pata porquê?