Questõesde UFU-MG sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

FLORES DO MAIS

devagar escreva

uma primeira letra

escrava

nas imediações construídas

pelos furacões;

devagar meça

a primeira pássara

bisonha que

riscar

o pano de boca

aberto

sobre os vendavais;

devagar imponha

o pulso

que melhor

souber sangrar

sobre a faca

das marés;

devagar imprima

o primeiro

olhar

sobre o galope molhado

dos animais; devagar

peça mais

e mais e

mais


CESAR, Ana Cristina. Flores do mais. In: Destino: poesia. Organização de Italo Moriconi. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016. p.41.


Expoente da poesia marginal da década de 1970, Ana C. escreve poesia que reflete experiências do cotidiano. Em Flores do mais, com o auxílio da gradação dos fenômenos da natureza (furacões, vendavais, marés), a autora metaforiza

A
o esfacelamento do sujeito poético e os problemas existenciais.
B
o desejo de travar relacionamento bucólico com outros interlocutores.
C
a angústia proveniente do fazer poético comparado ao prazer de viver.
D
o trabalhoso processo de escrita e a inscrição da palavra no papel.
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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A estrutura familiar e seus vínculos estão presentes em várias obras, como em O filho eterno e no conto em “Come, meu filho”, por exemplo. A respeito dessa temática, compreende-se que foi determinante

A
o medo em relação ao pai, para que Dodó tivesse a intenção de fugir dos estudos em Recife, a fim de ficar com Margarida, em O Santo e a Porca.
B
a rebeldia em relação ao pai, para que Cassi se submetesse aos caprichos dos agiotas do centro da cidade, em Clara dos Anjos.
C
a carência de recursos monetários dos pais e da irmã para que Gregor Samsa se entregasse ao trabalho de forma incessante, em A Metamorfose.
D
a briga dos irmãos com a cunhada alemã, para que Arnaldo não aceitasse Mocinha residir em sua casa, em “O grande passeio”.
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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

[Siqueleto] encara os prisioneiros com um só olho enquanto fala na língua local. Tuahir traduz:

– Ele diz que nos vai semear.
– Semear?
[...]
Muidinga, então, se excede. Grita. O velho aldeão se atenta para escutar, através da tradução de Tuahir. [...]
Mas o desdentado aldeão já anoitecera, queixo no peito. Seu mundo já era esse que Tuahir anunciara, de extensos sossegos. O próprio Muidinga está como se encantado com as palavras de Tuahir. Não é a estória que o fascina mas a alma que está nela. E ao ouvir os sonhos de Tuahir, com os ruídos da guerra por trás, ele vai pensando: “não inventaram ainda uma pólvora suave, maneirosa, capaz de explodir os homens sem lhes matar.
[...]
Por um buraco da rede Muidinga consegue retirar um braço. Apanha um pau e escreve no chão.
– Que desenhos são esses?, pergunta Siqueleto.
– É o teu nome, responde Tuahir.
– Esse é o meu nome?
O velho desdentado se levanta e roda em volta da palavra. Está arregalado. [...] Solta Tuahir e Muidinga das redes. São conduzidos pelo mato, para lá do longe. Então, frente a uma grande árvore, Siqueleto ordena algo que o jovem não entende.
– Está a mandar que escrevas o nome dele.
[...] No tronco Muidinga grava letra por letra o nome do velho. Ele queria aquela árvore para parteira de outros Siqueletos, em fecundação de si. [...]
– Agora podem-se ir embora. A aldeia vai continuar, já meu nome está no sangue da árvore.

COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p.63-67. (Adaptado).

Terra sonâmbula trata da guerra civil em Moçambique pós-independência. O autor tece uma escrita em que ocorre a todo o momento o contato do antigo com o novo, das gerações antigas com as novas. Por meio desses contatos, com a finalidade de que a nação sobreviva, compreende-se que a obra propõe

A
um conhecimento ancestral sobreposto ao costume moderno.
B
uma relação de interdependência entre a geração antiga e a nova.
C
uma unificação por meio da língua para a harmonia entre as gerações.
D
uma condescendência das novas gerações para com as antigas gerações.
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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação a aspectos estruturais, afirma-se que

A
em O filho eterno, de Cristovão Tezza, digressões do narrador revelam um esforço de o pai de Felipe ser dissociado do filho e da experiência de ser pai.
B
em Tentação, de Clarice Lispector, apontamentos do narrador observador fazem com que se evidencie ao leitor a impaciência da personagem ruiva.
C
em A Metamorfose, de Franz Kafka, o narrador personagem dá a conhecer ao leitor o sofrimento vivido por Gregor Samsa na clausura do quarto.
D
em O ovo e a galinha, de Clarice Lispector, o narrador onisciente relata o percurso filosófico que desemboca em uma tomada de decisão existencial.
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UFU-MG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

    Na obra O filho eterno, há várias passagens que indicam uma relação especular entre Felipe e seu pai. O protagonista constata ser modelo para o filho quando ele, Felipe, começa a

A
pronunciar palavrões.
B

buzinar no banco do fusca.

C
torcer pelo Clube Atlético Paranaense.
D
demonstrar impulsos sexuais.
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O Banheiro



FERNANDES, Millor. O banheiro. Disponível em: <http://releituras.com/millor_banheiro.asp>. Acesso em: 28 abr. 2017. (Fragmento)

No texto, nas linhas 11, 12 e 13, o autor usa a explicação, contida nos parênteses, para

A
acentuar o conceito de lar como um espaço harmônico.
B
mostrar o banheiro como um lugar de sossego no lar.
C
apresentar a definição cultural e tradicional de lar.
D
chamar a atenção para a definição dos vários tipos de lares.
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A doação de sangue e o preconceito contra homossexuais

Preconceito contra doação de sangue de gays e bissexuais aumenta o déficit de sangue nos hemocentros do País, diz Alexino Ferreira
O professor Ricardo Alexino Ferreira, em sua coluna semanal para a Rádio USP, aborda a questão do preconceito a gays e bissexuais por parte do Ministério da Saúde, no qual, mesmo com o déficit de sangue nos hemocentros do País, faz restrições quanto à doação de homens que tenham tido relações sexuais com outros homens.
Segundo Alexino Ferreira, a portaria 2712 do Ministério da Saúde, datada de novembro de 2013, parece insistir no grupo de risco (1), em detrimento ao comportamento de risco (1). Afinal, já se estabeleceu, desde há muito, que o vírus HIV, transmissor da aids, não faz distinção de orientação sexual e que, portanto (2), heterossexuais, bissexuais ou homossexuais podem ser igualmente contaminados em situações de risco, ou seja, quando não se faz uso de preservativos nas relações sexuais ou quando se tem contato direto com sangue contaminado.
De fato, o colunista aponta uma contradição na própria portaria, a qual prevê que os serviços de hemoterapia não devem (3) manifestar preconceito ou discriminação com relação à orientação sexual ou com a identidade de gênero do doador.
Alexino Ferreira diz ainda que as organizações de direitos LGBTs vêm denunciando (4) esse tipo de preconceito. De acordo com elas, existem casais homoafetivos estáveis, que não têm relações extraconjugais, ou mesmo homens homossexuais ou bissexuais que fazem sexo seguro com outros homens e não são usuários de drogas. Com esse tipo de restrição, o Brasil perde 18 milhões de litros de sangue ao ano.

FERREIRA, Ricardo Alexino. Disponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/a-doacao-de-sangue-e-opreconceito-contra-homossexuais>. Acesso em: 28 abr. 2017.

Com base na leitura do texto e nos trechos numerados, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Em 1, as expressões ‘grupo de risco’ e ‘comportamento de risco’ indicam que um grupo de risco obrigatoriamente tem comportamento de risco.
B
Em 2, podemos substituir ‘portanto’ por ‘consequentemente’, sem prejuízo para o sentido da oração.
C
Em 3, o emprego do verbo ‘dever’ indica obrigação, o que não ocorreria se o autor tivesse empregado o verbo ‘poder’.
D
Em 4, ‘vêm denunciando’ carrega a ideia de frequência, repetição de ação, o que não ocorreria se o autor tivesse optado por usar ‘denunciam’.
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CAPÍTULO CVI


... Ou, mais propriamente, capítulo em que o leitor, desorientado, não pode combinar as tristezas de Sofia com a anedota do cocheiro. E pergunta confuso: - Então a entrevista da Rua da Harmonia, Sofia, Carlos Maria, esse chocalho de rimas sonoras e delinquentes é tudo calúnia? Calúnia do leitor e do Rubião, não do pobre cocheiro que não proferiu nomes, não chegou sequer a contar uma anedota verdadeira. É o que terias visto, se lesses com pausa. Sim, desgraçado, adverte bem que era inverossímil que um homem, indo a uma aventura daquelas, fizesse parar o tílburi diante da casa pactuada. Seria pôr uma testemunha ao crime. Há entre o céu e a terra muitas mais ruas do que sonha a tua filosofia, – ruas transversais, onde o tílburi podia ficar esperando.

- Bem; PONTO E VÍRGULA? o cocheiro não soube compor. Mas que interesse tinha em inventar a anedota?

Conduzira Rubião a uma casa, onde o nosso amigo ficou quase duas horas, sem o despedir; viu-o sair, entrar no tílburi, descer logo e vir a pé, ordenando-lhe que o acompanhasse. Concluiu que era ótimo freguês; mas, ainda assim não se lembrou de inventar nada. Passou, porém, uma senhora com um menino, – a da Rua da Saúde – e Rubião quedou-se a olhar para ela com vistas de amor e melancolia. Aqui é que o cocheiro o teve por lascivo, além de pródigo, e encomendou-lhe as suas prendas. Se falou em Rua da Harmonia foi por sugestão do bairro donde vinham, e se disse que trouxera um moço da Rua dos Inválidos, é que naturalmente transportara de lá algum, na véspera, – talvez o próprio Carlos Maria, – ou porque lá morasse, ou porque lá tivesse a cocheira, – qualquer outra circunstância que lhe ajudou a invenção, como as reminiscências do dia servem de matéria aos sonhos da noite. Nem todos os cocheiros são imaginativos. Já é muito CONSERTAR? farrapos da realidade.

Resta só a coincidência de morar na Rua da Harmonia uma das costureiras do luto. Aqui, sim, parece um propósito do acaso. Mas a culpa é da costureira; não lhe faltaria casa mais para o centro da cidade, se quisesse deixar a agulha e o marido. Ao contrário disso, ama-os sobre todas as cousas deste mundo. Não era razão para que eu cortasse o episódio, ou interrompesse o livro.

ASSIS, Machado. Quincas Borba. São Paulo: Editora Globo, 1997. p. 142.


Levando-se em consideração a obra Quincas Borba e o fragmento acima, o narrador revela

A
a credulidade inocente de Rubião em relação às palavras do cocheiro.
B
a indignação de Rubião em relação à mudança de atitude de Sofia.
C
a mentira propagada pelo cocheiro em relação à esposa de Palha.
D
a degradação moral de Carlos Maria em relação à sua real índole.
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Sobre a obra de Mia Couto, Terra sonâmbula, depreende-se que esse texto

A
abarca heróis no sentido clássico com capacidade de atos heroicos movidos por sentimentos nobres e elevados em prol da comunidade.
B
funde histórias e estabelece pontos de contato entre épocas diferentes permitindo a identificação de um personagem com outro.
C
solidifica a percepção de uma identidade nacional unificada à medida que há um amadurecimento de personagens.
D
traz à tona a preocupação de reconstrução da cultura moçambicana no sentido de alinhá-la às culturas modernas.
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Levando-se em consideração as obras selecionadas e seus personagens, é correto afirmar que

A
Muidinga, em Terra sonâmbula, e Severino, em Morte e vida severina, se assemelham na tentativa de levarem a cabo sua sede de vingança contra o sistema opressor.
B
O pai de Felipe, em O filho eterno, e Rubião, em Quincas Borba, utilizam-se da estrutura da digressão para contar suas histórias.
C
Muidinga, em Terra sonâmbula, e Severino, em Morte e vida severina, manifestam, à sua maneira, grande capacidade de resiliência.
D
Kindzu, em Terra sonâmbula, e Gregor Samsa, em A metamorfose, vão tecendo, cada um, sua história por meio de diários e de lembranças das coisas acontecidas.
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Em suas obras, Machado de Assis faz questionamentos de várias teorias de sua época, como a darwinista, a evolucionista e a positivista.


Além de críticas, em Quincas Borba, Machado faz uma caricatura do

A
Naturalismo ao submeter Sofia à fatalidade das leis naturais.
B
Romantismo ao exaltar Palha como um típico burguês em ascensão.
C
Absolutismo ao caracterizar Rubião como imperador.
D
Determinismo ao projetar em Palha a vitória do mais forte.
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Levando-se em consideração a leitura dos contos de Clarice Lispector e o conceito de EPIFANIA, isto é, o instante de revelação, a súbita percepção ou a transformação na consciência, assinale a alternativa que exemplifica um desses momentos.

A
Em O primeiro beijo, o garoto bebe água diretamente da boca da estátua.
B
Em Os obedientes, o marido e a esposa conversavam a respeito de política.
C
Em A legião estrangeira, Ofélia encontrava-se com a narradora no elevador.
D
Em Os desastres de Sofia, a narradora enfrenta o professor para ser expulsa da sala.
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Capítulo XLIV

Não vades crer que a dor aqui foi mais verdadeira que a cólera; foram iguais em si mesmas, os efeitos é que foram diversos. A cólera deu em nada; a humilhação debulhou-se em lágrimas legítimas. E contudo não faltaram a esta senhora ímpetos de estrangular Sofia, calcá-la aos pés, arrancar-lhe o coração aos pedaços, dizendo-lhe na cara os nomes crus que atribuía ao marido... Tudo imaginações! Crede-me: há tiranos de intenção. Quem sabe? Na alma desta senhora passou agora um tênue fio de Calígula...

ASSIS, Machado. Quincas Borba. São Paulo: Editora Globo, 1997. p. 53.


Levando-se em consideração a leitura de Quincas Borba e o capítulo, em que há referência a D. Tonica, identifica(m)-se, nesse capítulo,

A
intertextualidade em ‘...fio de Calígula...’, que revela a extrema crueldade presente em D. Tonica.
B
ironia que se faz notar em ‘... a humilhação debulhou-se em lágrimas legítimas’.
C
gradação que está presente em ‘... estrangular Sofia, calcá-la aos pés, arrancar-lhe o coração aos pedaços’.
D
aspectos da metalinguagem que se evidenciam em, por exemplo, ‘vades’, ‘crede-me’.
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UFU-MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Problemas da língua culta, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


O último quadro da tirinha apresenta um uso pronominal bastante comum na modalidade oral do português brasileiro, independentemente do grau de escolaridade, da região ou da classe social do falante.


Assinale a alternativa que apresenta o uso pronominal equivalente à modalidade escrita e cujo registro seja formal.

A
Quais as chances de a senhora avaliar a ele com carinho e compreensão?
B
Quais as chances de a senhora avaliar-lhe com carinho e compreensão?
C
Quais as chances de a senhora lhe avaliar com carinho e compreensão?
D
Quais as chances de a senhora avaliá-lo com carinho e compreensão?
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Por que Raduan Nassar parou de escrever? Essa pergunta com ares novelescos continua um enigma inexplicado. Depois de se preparar por 20 anos, a consagração veio junto com a estréia no lançamento do romance "Lavoura Arcaica" (1975), seguido de outro êxito atordoante, a novela "Um Copo de Cólera" (1978). No auge de uma carreira recém-começada, as traduções de vento em popa, quando seus leitores antecipam proezas ainda maiores que estavam por vir, de repente o escritor paulista anunciou que passava a arar outras terras, trocava a literatura pela agricultura [...].

FRIAS FILHO, O. O silêncio de Raduan. Folha de S. Paulo, 10 out. 1996. Disponível em:<https://goo.gl/8Q8oyN> . Acesso em: 30 mar. 2018.


Na coluna publicada no jornal Folha de São Paulo em outubro de 1996, a informação sobre o abandono da literatura pelo escritor Raduan Nassar

A
foi transcrita sob a forma de discurso indireto introduzido por um verbo de dizer que pode ser considerado sinônimo de declarar.
B
foi relatada sem marcas linguísticas que permitam distinguir as palavras do escritor das palavras do autor do texto.
C
foi transcrita diretamente embora não seja possível identificar as marcas formais comumente usadas nessa forma de discurso relatado.
D
foi relatada indiretamente sem que as regras gramaticais para esse fim fossem seguidas adequadamente pelo autor do texto.
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Muitos paquistaneses acreditam que a mídia local e internacional promove a jovem ativista de forma exagerada e desnecessária. Partidos de direita afirmam que a "campanha" para promovê-la é a prova de que há um "lobby internacional" por trás de tudo isso. [...]


Os defensores da ganhadora do Nobel da Paz acusam os "odiadores de Malala" de campanha de difamação contra ela. Até que a mentalidade das pessoas mude, argumentam, a jovem não poderá viver em sua terra natal de forma permanente.

Disponível em:<https://goo.gl/abhkYN>. Acesso em: 30 mar. 2018.


No texto sobre o retorno de Malala Yousafzai ao Paquistão pela primeira vez desde que foi baleada pelo Talibã, o emprego das aspas em "odiadores de Malala" tem o efeito de

A
aludir de forma pejorativa aos partidos de direita.
B
destacar uma expressão coloquial usada por paquistaneses.
C
delimitar palavras ditas por entrevistados.
D
veicular imparcialidade do enunciador.