Em suas obras, Machado de Assis faz questionamentos de várias teorias de sua época, como a darwinista, a evolucionista e a positivista.

Além de críticas, em Quincas Borba, Machado faz uma caricatura do

Tema central: Esta questão foca em interpretação de texto literário, mais especificamente na compreensão das críticas e caricaturas presentes em “Quincas Borba”, de Machado de Assis. Também exige o domínio de conceitos históricos e literários (Naturalismo, Romantismo, Absolutismo, Determinismo), aplicando-os à análise da narrativa.

Justificativa da alternativa correta – Letra C:
Machado de Assis, por meio do personagem Rubião, constrói uma caricatura do absolutismo: Rubião, após herdar fortuna, passa a ser visto quase como um "imperador", cercado de bajuladores e respeito desproporcional ao seu mérito. O autor ironiza a concentração de poder e a ascensão social sem mérito, prática comum em regimes absolutistas, nos quais o indivíduo é elevado por fatores externos, não por suas capacidades. Essa é uma crítica à sociedade da época, que Machado realiza por meio da ironia e do exagero.

Análise das alternativas incorretas:

A) Naturalismo ao submeter Sofia à fatalidade das leis naturais.
Incorreta, pois Sofia não é vítima passiva do meio ou da hereditariedade; ela age estrategicamente, contrariando o determinismo típico do Naturalismo.

B) Romantismo ao exaltar Palha como um típico burguês em ascensão.
Errada, já que o Romantismo valoriza a idealização e sentimentos, e Palha é descrito de forma crítica e realista, evidenciando interesses e artimanhas, o oposto do espírito romântico.

D) Determinismo ao projetar em Palha a vitória do mais forte.
Embora Machado ironize teorias como o Determinismo/Humanitismo, Palha ascende socialmente não por “força natural”, mas por manipulação e oportunismo, diferindo da seleção natural determinista.

Dica de prova: Em questões assim, atente-se ao que diz, mas também ao que não diz. Busque palavras-chave, relações irônicas e evite responder apenas pelo senso comum. Títulos, posições sociais e elementos exagerados ("ser tratado como imperador") sinalizam ironia ou crítica social.

De acordo com referências como Bechara e Cunha & Cintra, a correta interpretação textual depende da análise semântica e da identificação de intenções narrativas, ironias e críticas, fundamentais no estilo machadiano.

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