Questõesde IF-PE sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

1
1
1
Foram encontradas 29 questões
4ebb1518-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com essa publicação nas redes sociais, a autora do TEXTO 3 alerta, principalmente, para

JÚLIA. Hoje eu achei um pacotinho de rufles no chão aq da floresta da tijuca, com a validade de 19/10/1998, sendo que o pacote tava totalmente intacto... pra vcs verem né. Rio de Janeiro, 1 mar. 2019. Twitter: @darkwside. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2019. 

A
a falta de coleta de lixo na Floresta da Tijuca.
B
o alto consumo de alimentos prejudiciais à saúde.
C
os perigos de se consumir alimentos fora do prazo de validade.
D
a importância de proteger os alimentos com materiais resistentes ao tempo.
E
o acúmulo de lixo causado por embalagens que não se degradam facilmente.
4e7a1a40-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao abordar o problema do manejo de resíduos, o TEXTO 1 defende que

TEXTO 1
LIXO: UM GRAVE PROBLEMA DO MUNDO MODERNO
(1) Até meados do século XIX, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.
(2) A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matériasprimas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E, como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças.
(3) Recentemente, começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.
(4) Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar todo lixo como “resto inútil”, mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lixo um grave problema no mundo moderno. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2019 (adaptado). 
A
o lixo, depois de produzido, é um resto inútil, por isso é importante conter o consumo e reciclar os materiais que já estejam em desuso.
B
o lixo é um problema desde antes da industrialização, já que matérias orgânicas como restos de comida e excrementos de animais não recebiam tratamento.
C
a concentração da população nas grandes cidades trouxe o acúmulo de lixo para dentro das casas das pessoas, fazendo crescer montanhas de lixo.
D
o lixo não pode retornar ao ciclo produtivo por ser fonte de contaminação tanto para o meio ambiente como para a população, por causa das doenças.
E
as soluções para o tratamento do lixo passam por uma mudança no perfil de consumo por parte do indivíduo, e na estrutura do ciclo produtivo como um todo.
4e929c4e-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ao longo do TEXTO 1, o termo “lixo” é retomado por meio de várias palavras e expressões, ora destacando a ideia de que é um problema, ora destacando seu potencial de uso. Marque a alternativa que se refere à palavra “lixo”, no TEXTO 1, numa relação positiva com o meio ambiente.

TEXTO 1
LIXO: UM GRAVE PROBLEMA DO MUNDO MODERNO
(1) Até meados do século XIX, o lixo gerado – restos de comida, excrementos de animais e outros materiais orgânicos – reintegrava-se aos ciclos naturais e servia como adubo para a agricultura. Mas, com a industrialização e a concentração da população nas grandes cidades, o lixo foi se tornando um problema.
(2) A sociedade moderna rompeu os ciclos da natureza: por um lado, extraímos mais e mais matériasprimas, por outro, fazemos crescer montanhas de lixo. E, como todo esse rejeito não retorna ao ciclo natural, transformando-se em novas matérias-primas, pode tornar-se uma perigosa fonte de contaminação para o meio ambiente ou de doenças.
(3) Recentemente, começamos a perceber que, assim como não podemos deixar o lixo acumular dentro de nossas casas, é preciso conter a geração de resíduos e dar um tratamento adequado ao lixo no nosso planeta. Para isso, será preciso conter o consumo desenfreado, que gera cada vez mais lixo, e investir em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos, além da reutilização e da reciclagem dos materiais em desuso.
(4) Precisamos, ainda, reformular nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos mais encarar todo lixo como “resto inútil”, mas, sim, como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lixo um grave problema no mundo moderno. Disponível em: . Acesso em: 27 out. 2019 (adaptado). 
A
Resto inútil.
B
Rejeito.
C
Adubo.
D
Fonte de contaminação.
E
Resíduo.
718e8a27-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As tirinhas constituem um gênero textual multimodal, por terem seu sentido construído pela associação de mais de uma modalidade da linguagem. Na leitura do TEXTO 3, ao associarmos o texto verbal com as ilustrações, percebemos que


TEXTO 3



A
a conclusão à qual o personagem chega no terceiro quadrinho caracteriza um exagero no que diz respeito aos cuidados com a camisa e uma ironia quanto ao seu uso.
B
a ilustração do cômodo no qual o personagem se encontra caracteriza uma informação irrelevante, visto que as informações verbais quanto aos cuidados com a roupa são suficientes para compreendermos o sentido da tira.
C
a interpretação que o personagem dá à informação “não torcer” é equivocada já no segundo quadrinho, sendo dispensável a leitura do terceiro para compreendermos o sentido da tira.
D
a expressão do personagem no segundo quadrinho sugere que a informação da etiqueta da camisa o surpreendeu de algum modo e que isso atende às expectativas do leitor quanto ao que será dito no último quadrinho.
E
a polissemia de um termo provocou ambiguidade no texto, o que levou o personagem a uma interpretação equivocada sobre o que poderia ser feito com a camisa.
71867610-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Sobre as estratégias de coesão textual utilizadas no TEXTO 2, analise as proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I. No 1º parágrafo, “plataformas” e “trindade do entretenimento visual” substituem “videogame, livro e cinema” e promovem a coesão lexical.
II. A dicotomia entre “vertente econômica” e “vertente criativa” é utilizada ao longo do texto para promover a coesão textual e restringir os assuntos sobre os quais o autor poderá abordar.
III. No 1º parágrafo, o pronome demonstrativo “essas” funciona como elemento remissivo que retoma as três palavras que iniciam o TEXTO 2, caracterizando a coesão referencial.
IV.A expressão “terras de Dom Quixote”, no 2º parágrafo, faz alusão à Espanha e promove, portanto, um processo coesivo através de uma perífrase.
V. No último parágrafo do TEXTO 2, o termo “acadêmico” retoma Ciro Inácio Marcondes, mencionado no 8º parágrafo, e promove a coesão por elipse, uma vez que o nome do professor é omitido.

Estão CORRETAS, apenas, as proposições

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
I, II e IV.
B
I, II e V.
C
III, IV e V.
D
I, III e IV.
E
II, III e V.
717dd084-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Um texto é escrito de maneira mais formal ou menos formal para atender aos objetivos de sua produção, os quais costumam estar em consonância com a sua função social, bem como com os meios de circulação, entre outros aspectos. Sobre o tipo de registro utilizado para produzir o TEXTO 2, assinale a alternativa CORRETA.

TEXTO 2


FRONTEIRAS ENTRE GAMES, LIVROS E CINEMA ESTÃO CADA VEZ MENORES 


  (1) Interatividade, pioneirismo e criação. Essas são as palavras-chave que designam os meios do videogame, do livro e do cinema, e que levam à seguinte conclusão: o entretenimento contemporâneo nunca esteve em tamanha sincronia. Economicamente, são três plataformas com distâncias pequenas (em determinadas vertentes, até opostas), e criativamente, em consonância, a trindade do entretenimento visual caminha para um mundo com fronteiras cada vez mais ínfimas.

  (2) Recentemente, o ministro da Cultura espanhol, José Guirao, apresentou um dado sucinto, mas reverberante: em menos de cinco anos, espera-se que o faturamento do país europeu em videogames ultrapasse a arrecadação do mercado literário. Atualmente, o setor editorial do país fatura cerca de 2 bilhões de euros por ano, já a indústria de videogames ficou com pouco mais de 700 milhões de euros em 2017. Por essa perspectiva, a diferença pode até parecer inalcançável, mas tudo muda se considerado que os 700 milhões de euros tinham como marca, no ano anterior, “apenas” 300 milhões, ou seja, o faturamento anual do mercado de videogames mais do que dobrou nas terras do Dom Quixote.

  (3) Em geral, a alta de arrecadamento da indústria do videogame mundo afora não é necessariamente uma novidade. O instituto de data base Steam apontou, ainda em maio do ano passado, que, em mídias digitais, os jogos de computadores já rendiam mais do que o streaming de vídeo, livros e música globalmente. E se, na vertente econômica, os números ditam a narrativa, criativamente, contudo, é mais difícil perceber na prática essa exclusão de fronteiras. Mas elas existem. E, para falar sobre isso, nada melhor do que ouvir quem trabalha todo dia nesses meios.

  (4) Felipe Dantas é um desenvolvedor de videogames e explica um fator chave que comunga os três meios de forma bem profunda: a narrativa. “Existem narrativas muitos fortes que ultrapassam qualquer meio. São enredos que funcionam não só nos filmes, mas também em livros e videogames. Ter essa boa narrativa é a principal forma de quebrar fronteiras”, afirma ele.

  (5) Bárbara Morais é uma autora brasiliense que vê essa quebra de fronteiras de uma maneira extremamente positiva: “É super interessante, eu acho que não existem mais barreiras, na verdade. Lembro que um dos meus jogos favoritos tinha uma enciclopédia de personagens e passos, e eu parava para ficar lendo, em um jogo! Eu amava. Eu acho que está tudo integrado, as ideias são contadas de várias formas diferentes e cada meio dá uma roupagem diferente para a história. Cada uma dessas obras acaba completando a outra”.

  (6) Mas existe o risco dos livros perderem público para outros meios? De acordo com a autora, não: “Eu acho que, querendo ou não, sempre vai ter um (meio de entretenimento) mais popular, eu não acho que um interfere na produtividade do outro, os meios e as formas de contar história são independentes e podem se manter”. Bárbara também deixa claro como reagiria caso uma de suas obras literárias fosse adaptada para outros meios: “Eu ia amar, mesmo que não fosse uma adaptação boa, ia popularizar meu trabalho; eu toparia, sim”.

  (7) Segundo o professor do departamento de comunicação da Universidade Católica de Brasília, Ciro Inácio Marcondes, a ideia de uma consciência “transmídia” não é algo novo, pelo contrário, já marca um fluxo de conhecimento da humanidade - “como desde o texto oral para os livros” -, mas, atualmente, ganha um panorama monetário: “Essa questão da intermidialização tem se proliferado no contexto da comunicação, e essas narrativas transmídias passam não só pelos meios que foram criados, mas, também, por redes sociais, marketing, e isso funciona, inclusive, como uma nova economia”.

  (8) Mas, afinal, o fim das fronteiras no entretenimento é para o bem ou para o mal? A questão principal dessa discussão não tem uma solução simples: “Eu, sinceramente, não consigo ter uma opinião qualitativa. É muito complexo “bater o martelo”. É um fenômeno que já acontece, o grande desafio é você marcar cada cultura com uma vertente, e a expectativa é isso aumentar, pois as mídias já são muito manipuláveis e isso não tem como mudar, é um circuito novo que já está aí”, conclui o acadêmico.


NUNES, Ronayre. Fronteiras entre games, livros e cinema estão cada vez menores.

Disponível Em:

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-earte/2019/02/24/interna_diversao_arte,739280/relacao-entre-games-e-filmes.shtml. Acesso em: 25 out. 2019

(adaptado).




A
Por ter sido veiculado em um jornal, o TEXTO 2 é escrito na norma culta da língua e não possui coloquialidades, uma vez que esse tipo de registro seria impróprio para o seu contexto de circulação.
B
No 6º parágrafo do TEXTO 2, o uso da forma “ia”, por duas vezes, em vez de “iria”, aproxima o texto da oralidade e caracteriza uma linguagem informal.
C
A utilização de palavras como “reverberante” (2º parágrafo) e “transmídia” (7º parágrafo) conferem ao texto uma linguagem rebuscada, própria da variedade na qual foi escrito.
D
Expressões como “toparia” (6º parágrafo), “bater o martelo” e “aí” (8º parágrafo), caracterizam uma linguagem informal, imprópria para o TEXTO 2, que é acadêmico.
E
O TEXTO 2 é acadêmico e, portanto, escrito na variedade formal da língua, o que é comprovado pela citação da fala de um professor universitário no 7º parágrafo.
7178db55-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O TEXTO 1 explicita alguns dos benefícios da leitura. Considerando esses benefícios e outros oriundos do hábito de ler, analise as alternativas a seguir e assinale aquela que NÃO apresenta claramente um desses benefícios.

TEXTO 1


LER NOS TORNA MAIS FELIZES


  (1) “A leitura nos torna mais felizes e nos ajuda a enfrentar melhor a nossa existência. Os leitores vivem mais contentes e satisfeitos do que os não leitores, e são, em geral, menos agressivos e mais otimistas”. A afirmação é dos responsáveis por uma análise efetuada recentemente pela Universidade de Roma III a partir de entrevistas com 1.100 pessoas. Aplicando índices como o da medição da felicidade de Vennhoven e escalas como a Diener para medir o grau de satisfação com a vida, os pesquisadores chegaram a essas conclusões, que demonstram, como afirma Nuccio Ordine, autor do manifesto “A Utilidade do Inútil”, que “alimentar o espírito pode ser tão importante quanto alimentar o corpo”. E que precisamos, bem mais do que se imagina, dessas experiências e conhecimentos que não se traduzem em benefícios econômicos.

  (2) Como nos sentimos e quais mudanças experimentamos ao mergulhar em uma história? Há um efeito transformador? Os protagonistas das ficções nos levam a que enxerguemos as nossas contradições e os nossos desejos? Fazem com que nos recordemos de coisas essenciais, talvez esquecidas?

  (3) A ciência possui cada vez mais recursos para responder a essas perguntas. Artigos publicados em revistas especializadas expõem resultados de ressonâncias magnéticas que revelam a alta conectividade que se estabelece no sulco central do cérebro, região do motor sensorial primário, e no córtex temporal esquerdo, área associada à linguagem, enquanto lemos um livro e depois de acabá-lo. 

  (4) O estresse se reduz e a inteligência emocional sai ganhando, assim como o desenvolvimento psicossocial, o autoconhecimento e o cultivo da empatia, segundo uma equipe de neurocientistas da Universidade de Emory, em Atlanta, que monitoraram as reações de 21 estudantes durante 19 dias seguidos. A leitura pode até mesmo alterar comportamentos por meio da identificação com os protagonistas das histórias lidas, defende Keith Oatley, romancista e professor de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto. 

  (5) “É muito custoso, para nós, colocarmo-nos no lugar do outro no dia a dia, mas quantas vezes já não nos colocamos na pele de um personagem de romance? Criamos uma empatia com ele e isso nos ajuda a compreender melhor os sinais emitidos pelos outros”, argumenta Antonella Fayer, psicóloga e coach especializada no desenvolvimento da liderança, para quem “as lições sobre dilemas morais e emocionais que encontramos na literatura são necessárias para todas as pessoas, e, muito especialmente, para aquelas que estão convencidas de que não têm tempo. Seria conveniente para elas se conseguissem parar um pouco e fazer leituras para melhorar a sua compreensão dos outros”, assinala Fayer, fazendo uma alusão às palavras de Alan Brew, ex-editor do Financial Times: “Ler os grandes autores faz de você uma pessoa mais bem preparada para tomar decisões criativas, interessantes e educadas”.

  (6) O convencimento quanto aos benefícios gerados pela leitura é o que move a School of Life, um centro londrino de biblioterapia que prescreve livros para ajudar na superação de conflitos (rupturas, disputas etc). Como diz o filósofo Santiago Alba Rico - autor de “Leer con niños” (Ler com crianças), um ensaio que estimula nos pais o prazer de compartilhar histórias com seus filhos -, a leitura, como a paixão, é um “vício virtuoso”. Quando conhecemos o bem que ela nos proporciona, não conseguimos deixar de praticá-la. Voltemo-nos, portanto, para a literatura, como convidava Cortázar, “como se vai aos encontros mais essenciais da existência, como se vai ao encontro do amor e, às vezes, da morte, sabendo que fazem parte de um todo indissolúvel, e que um livro começa e termina muito antes e muito depois de sua primeira e de sua última página”.


RODRÍGUEZ, Emma. Ler nos torna mais felizes. Disponível em:

<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/22/eps/1453483676_726569.html>. Acesso em: 19 out. 2019 (adaptado).

A
1
B
2
C
3
D
4
E
5
7168da53-33
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação CORRETA do TEXTO 1.

TEXTO 1


LER NOS TORNA MAIS FELIZES


  (1) “A leitura nos torna mais felizes e nos ajuda a enfrentar melhor a nossa existência. Os leitores vivem mais contentes e satisfeitos do que os não leitores, e são, em geral, menos agressivos e mais otimistas”. A afirmação é dos responsáveis por uma análise efetuada recentemente pela Universidade de Roma III a partir de entrevistas com 1.100 pessoas. Aplicando índices como o da medição da felicidade de Vennhoven e escalas como a Diener para medir o grau de satisfação com a vida, os pesquisadores chegaram a essas conclusões, que demonstram, como afirma Nuccio Ordine, autor do manifesto “A Utilidade do Inútil”, que “alimentar o espírito pode ser tão importante quanto alimentar o corpo”. E que precisamos, bem mais do que se imagina, dessas experiências e conhecimentos que não se traduzem em benefícios econômicos.

  (2) Como nos sentimos e quais mudanças experimentamos ao mergulhar em uma história? Há um efeito transformador? Os protagonistas das ficções nos levam a que enxerguemos as nossas contradições e os nossos desejos? Fazem com que nos recordemos de coisas essenciais, talvez esquecidas?

  (3) A ciência possui cada vez mais recursos para responder a essas perguntas. Artigos publicados em revistas especializadas expõem resultados de ressonâncias magnéticas que revelam a alta conectividade que se estabelece no sulco central do cérebro, região do motor sensorial primário, e no córtex temporal esquerdo, área associada à linguagem, enquanto lemos um livro e depois de acabá-lo. 

  (4) O estresse se reduz e a inteligência emocional sai ganhando, assim como o desenvolvimento psicossocial, o autoconhecimento e o cultivo da empatia, segundo uma equipe de neurocientistas da Universidade de Emory, em Atlanta, que monitoraram as reações de 21 estudantes durante 19 dias seguidos. A leitura pode até mesmo alterar comportamentos por meio da identificação com os protagonistas das histórias lidas, defende Keith Oatley, romancista e professor de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto. 

  (5) “É muito custoso, para nós, colocarmo-nos no lugar do outro no dia a dia, mas quantas vezes já não nos colocamos na pele de um personagem de romance? Criamos uma empatia com ele e isso nos ajuda a compreender melhor os sinais emitidos pelos outros”, argumenta Antonella Fayer, psicóloga e coach especializada no desenvolvimento da liderança, para quem “as lições sobre dilemas morais e emocionais que encontramos na literatura são necessárias para todas as pessoas, e, muito especialmente, para aquelas que estão convencidas de que não têm tempo. Seria conveniente para elas se conseguissem parar um pouco e fazer leituras para melhorar a sua compreensão dos outros”, assinala Fayer, fazendo uma alusão às palavras de Alan Brew, ex-editor do Financial Times: “Ler os grandes autores faz de você uma pessoa mais bem preparada para tomar decisões criativas, interessantes e educadas”.

  (6) O convencimento quanto aos benefícios gerados pela leitura é o que move a School of Life, um centro londrino de biblioterapia que prescreve livros para ajudar na superação de conflitos (rupturas, disputas etc). Como diz o filósofo Santiago Alba Rico - autor de “Leer con niños” (Ler com crianças), um ensaio que estimula nos pais o prazer de compartilhar histórias com seus filhos -, a leitura, como a paixão, é um “vício virtuoso”. Quando conhecemos o bem que ela nos proporciona, não conseguimos deixar de praticá-la. Voltemo-nos, portanto, para a literatura, como convidava Cortázar, “como se vai aos encontros mais essenciais da existência, como se vai ao encontro do amor e, às vezes, da morte, sabendo que fazem parte de um todo indissolúvel, e que um livro começa e termina muito antes e muito depois de sua primeira e de sua última página”.


RODRÍGUEZ, Emma. Ler nos torna mais felizes. Disponível em:

<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/22/eps/1453483676_726569.html>. Acesso em: 19 out. 2019 (adaptado).

A
O TEXTO 1 associa a leitura ao desenvolvimento acadêmico do indivíduo, uma vez que a equipe de neurocientistas da Universidade de Emory monitorou as reações de 21 estudantes, os quais demonstraram um desempenho acadêmico melhor porque cultivam o hábito de ler.
B
O principal assunto do TEXTO 1 é a divulgação de trabalhos científicos que comprovam a eficácia da leitura nos tratamentos psicoterapêuticos, uma vez que os livros ajudam na superação de conflitos pessoais, como rupturas e disputas.
C
A associação entre “leitura” e “felicidade”, no TEXTO 1, reside no fato de que, ao ler, o estresse se reduz e a inteligência emocional, assim como o desenvolvimento psicossocial, o autoconhecimento e o cultivo da empatia melhoram, indicando que pessoas que leem vivem mais contentes, satisfeitas, menos agressivas e mais otimistas.
D
O TEXTO 1 associa “leitura” a “felicidade” ao indicar que quem lê pode se tornar, também, um escritor bem-sucedido, o que é evidenciado pelo caso de Keith Oatley, o qual é romancista e professor de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto.
E
O objetivo do TEXTO 1 é convencer as pessoas a abandonarem os tratamentos terapêuticos convencionais e investirem na biblioterapia, apresentando os benefícios gerados pela leitura e divulgando o trabalho realizado na School of Life.
c8f8bd15-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Modernismo brasileiro caracterizou-se pela inovação na linguagem e na temática. No trecho de Macunaíma, no TEXTO, Mário de Andrade, bem ao estilo antropofágico, segue à risca esse caráter inovador, sobretudo, quanto ao uso de:

A- construções sintáticas pouco usuais;
B- palavras de origem indígena;
C- linguagem coloquial;
D- figuras do folclore nacional.

Faça a correspondência dessas características da obra de Mário de Andrade com os excertos do TEXTO, a seguir.

( ) “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando”.
( ) “mais cantadeira que a Mãe-d’água”.
( ) “Mas as três cunhãs deram muitas risadas”.
( ) “que não tinha deus não”.

Então, assinale a alternativa que representa as características do trecho de Macunaíma na ordem em que aparecem, respectivamente, os excertos retirados do TEXTO.

Piaimã

     A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas.
   O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
     Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
CBAD
B
ACDB
C
CDBA
D
ADBC
E
DABC
c8e0cc34-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


Disponível em:<http://guicresportifolio.blogspot.com.br/> . Acesso: 10 maio 2017.

Com base na propaganda, analise as afirmativas abaixo.

I. Na propaganda das sandálias Havaianas, o caráter intertextual só pôde ser conferido por meio do diálogo entre o texto verbal e o texto não verbal.
II. O texto imagético tem por base uma importante obra de Anita Malfati, membro do movimento indianista brasileiro.
III.Abaporu, obra parodiada no TEXTO 4, é um marco do movimento antropofágico brasileiro.
IV.Ocorre entre Abaporu e a campanha de Havaianas uma intertextualidade implícita, uma vez que não se dá na superfície textual.
V. O cacto e o sol, em segundo plano, não favorecem o diálogo entre a pintura de Tarsila do Amaral e a propaganda de Havaianas.

Estão CORRETAS apenas as proposições

A
II, III e IV.
B
I e III.
C
III e V.
D
I, II e IV.
E
II e IV.
c8cf0e68-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

1. A charge caracteriza-se por ser um gênero textual que possui caráter multimodal, ou seja, no qual normalmente interagem as linguagens verbal e não verbal. Com base nessa afirmativa, julgue as afirmativas abaixo sobre a interpretação do TEXTO 1.

I. A repetição da forma verbal “vejo”, na fala de cada uma das personagens em terra firme, aliada à postura física adotada por elas, confirmam o alinhamento ideológico na forma como as três analisam o evento histórico em questão.
II. A postura física da personagem ao centro, com a mão na cabeça, funciona como uma metáfora do posicionamento ideológico adotado pela União Europeia em relação aos imigrantes sírios.
III.O texto proferido pelo personagem representativo dos EUA e o tapa dado nas costas daquele que representa a União Europeia denotam o apoio irrestrito que a nação americana dá à União Europeia no que se refere à crescente imigração síria.
IV.O terceiro personagem não é representativo de nenhuma nação específica, na verdade, funciona como uma metáfora para todos aqueles que possam lucrar com a exploração dos imigrantes.
V. Embora, na charge, o texto não verbal seja muito importante, a notação musical que, no TEXTO 1, representa um assobio expelido pelo personagem EUA, não possui nenhuma importância para construção da crítica feita no texto.

Estão CORRETAS apenas as proposições

Leia o TEXTO 1 para responder à questão.


TEXTO 1

Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa
2.png (415×320)

LATUFF. Sírios fogem de guerra civil e partem para Europa. Operamundi. Disponível em: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/41596/charge+do+latuff+sirios+fogem+de+guerra+civil+e+partem+p
ara+europa.shtm>. Acesso: 09 maio 2017.

A
I e III.
B
II, III e IV.
C
I, III e V.
D
III, IV e V.
E
II e IV.
c8d6a9d5-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Crescimento nos índices de obesidade infantil é novo desafio para o Brasil

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, do Ministério da Saúde, mostram que, em 2013, aproximadamente 8% de todas as crianças de 0 a 5 anos eram consideradas obesas no Brasil. Em números absolutos, eram 345.270 crianças nessa condição, dentro da faixa etária, o que representa um aumento de 79,3% desde 2008.
A nutricionista Andréa Santa Rosa destaca os maus hábitos alimentares como a principal causa do aumento. “Cada vez mais a indústria alimentícia lança no mercado produtos que colaboram para o aumento na obesidade no país. Há um excesso de carboidratos refinados (açúcar invertido, maltodrextina, frutose, açúcar branco, xarope de glicose), gordura trans, hidrogenada, saturada, corante, edulcorantes e outras substâncias artificiais que são inseridos nos produtos sem necessidade”, afirma.
Segundo ela, uma alimentação inadequada da mãe durante a gestação e a introdução à alimentação complementar sem orientação de um profissional também contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil. “A rejeição por alguns alimentos é comum na criança que está começando a alimentação complementar, afinal ela passou os seis primeiros meses de vida se alimentando apenas do leite materno. Cabe à mãe ser firme e não desistir de oferecer frutas, legumes e verduras, o que não acontece na maior parte das vezes, pois há uma preocupação do filho ficar com fome e perder peso”, diz.

Disponível em:<https://www.fadc.org.br/noticias/183-crescimento-nos-indices-de-obesidade-infantil-e-novo-desafio-para-o-brasil.html> . Acesso: 09 maio 2017.

A partir da leitura, pode-se afirmar que

A
o fato de a criança, após o período de amamentação, não querer comer frutas e verduras não pode ser um empecilho para não a expor a esses alimentos.
B
toda a culpa da obesidade infantil no Brasil é da indústria alimentícia, responsável por lançar produtos que provocam os maus hábitos alimentares.
C
segundo dados do Ministério da Sáude, 345.270 crianças de todas as faixas etárias estavam obesas no ano de 2013, no Brasil.
D
Só no ano de 2008, a obesidade infantil no Brasil teve um aumento de quase 80% na faixa etária de 0 a 5 anos.
E
o excesso de carboidratos refinados, tais como: gordura hidrogenada, corantes e edulcorantes contribui para o aumento da obesidade infantil.
c8dcf7e2-b2
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As pessoas que não praticam atividade física têm consciência dos riscos da vida sedentária?

A pesquisa coletou informações sobre práticas esportivas e atividades físicas relativas a 2013. Ao todo, foram realizadas 8.902 entrevistas. Os dados foram ponderados com base em uma projeção da população brasileira por região, gênero e grupos de idade, feita pelo IBGE para o ano de 2013, de aproximadamente 146.748.000 brasileiros, quantidade equivalente à população entre 14 e 75 anos.
Ministério dos Esportes. A prática de Esportes no Brasil. Disponível em:<http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso: 10 maio 2017 (adaptado).

A partir da leitura, julgue as proposições a seguir.

I. Mais de 30% dos homens e mulheres entrevistados têm consciência da necessidade da prática esportiva.
II. Quase um quarto da população masculina, tomando por base a margem de erro da pesquisa, alega não ter tempo para a prática esportiva.
III.Com base nos dados coletados na pesquisa, os homens brasileiros mostraram-se mais conscientes dos riscos causados pelo sedentarismo.
IV.Somando-se homens e mulheres, mais de 10% dos entrevistados alegaram que não praticam esportes e/ou atividades físicas por não gostarem.
V. Ao se somarem os números percentuais de homens e mulheres que não responderam à pergunta, não se chega a 1% dos entrevistados.

Estão CORRETAS apenas as proposições

A
II, III e IV.
B
I, III e V.
C
III, IV e V.
D
I, II e IV.
E
II e IV.
f9ea1da2-cc
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No que diz respeito aos TEXTOS, analise as proposições.

I. No TEXTO 2, são expostos os direitos de todo cidadão brasileiro, com vistas à garantia de uma vida digna.
II. O TEXTO 2 apresenta direitos previstos apenas para uma parcela dos brasileiros, pois não fica claro o compromisso de que todos tenham acesso a eles.
III.No TEXTO 3, a personagem que aparece no primeiro e no terceiro quadrinhos, ao evitar uma vida atribulada, opta por reduzir as atividades possíveis ao exclusivo pagamento de contas.
IV.No TEXTO 3, a aparência se contrapõe ao discurso da personagem do primeiro e do terceiro quadrinhos.
V. Compreende-se, do TEXTO 3, que a personagem do primeiro e do terceiro quadrinhos, certamente por ser submetida a trabalho mal remunerado, consegue apenas pagar as contas para sobreviver.

Estão CORRETAS apenas as afirmações constantes nos itens

TEXTO 2 

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> . Acesso: 07 maio 2017.


TEXTO 3 

MALVADOS ANDRÉ DAHMER



Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/?cmpid=menupe#6/5/2017> . Acesso: 06
maio 2017.
A
II e V
B
I e IV
C
II e III.
D
III e IV.
E
I e V.
f9d92aca-cc
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à coesão, é correto afirmar que, em

I. “A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995 […].” (1º parágrafo), o termo sublinhado retoma “violação de direitos”.

II. “Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.” (1º parágrafo), após o termo sublinhado, houve supressão (eliminação) do termo “situação”.

III.“Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.” (4º parágrafo), os termos grifados referem-se a “migrantes”.

IV.“No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos […].” (4º parágrafo), os termos grifados acrescentam uma informação.

V. “Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime […].” (7º parágrafo), o termo sublinhado refere-se à fuga de trabalhadores escravizados.

Estão CORRETAS apenas as proposições

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
IV e V.
B
I, II, III e IV.
C
I, II e V.
D
II, III e IV.
E
I, III e V.
f9ccf75d-cc
IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação às impressões transmitidas pelo TEXTO, é CORRETO afirmar que ele

TRABALHO ESCRAVO É AINDA UMA REALIDADE NO BRASIL

Esse tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas acomete a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração.

(1) O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas à de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
(2) Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
(3) Qualquer um dos quatro elementos abaixo é suficiente para configurar uma situação de trabalho escravo: TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é explorado, sem possibilidade de deixar o local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e violências física ou psicológica. JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso que vai além de horas extras e coloca em risco a integridade física do trabalhador, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de energia. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado. Assim, o trabalhador também fica impedido de manter vida social e familiar.
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dívidas ilegais referentes a gastos com transporte, alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. Esses itens são cobrados de forma abusiva e descontados do salário do trabalhador, que permanece sempre devendo ao empregador.
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precariedade do trabalho e das condições de vida sob a qual o trabalhador é submetido, atentando contra a sua dignidade.
(4) Quem são os trabalhadores escravos? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
(5) Tradicionalmente, o trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
(6) No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
(7) Muitas vezes, o trabalhador submetido ao trabalho escravo consegue fugir da situação de exploração, colocando a sua vida em risco. Quando tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos governamentais ou organizações da sociedade civil para denunciar a violação que sofreu. Diante disso, o governo brasileiro tem centrado seus esforços para o combate desse crime, especialmente na fiscalização de propriedades e na repressão por meio da punição administrativa e econômica de empregadores flagrados utilizando mão de obra escrava.
(8) Enquanto isso, o trabalhador libertado tende a retornar à sua cidade de origem, onde as condições que o levaram a migrar permanecem as mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode novamente ser aliciado para outro trabalho em que será explorado, perpetuando uma dinâmica que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”.
(9) Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são necessárias ações que incidam na vida do trabalhador para além do âmbito da repressão do crime. Por isso, a erradicação do problema passa também pela adoção de políticas públicas de assistência à vítima e prevenção para reverter a situação de pobreza e de vulnerabilidade de comunidades.

Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo é ainda uma realidade no Brasil.
Disponível em:<http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/> .
Acesso:19 mar. 2017.
A
promove a ideia de que o trabalho escravo é um crime que precisa ser erradicado no país, embora não o faça de modo enfático, através do posicionamento dos autores.
B
objetiva apresentar cenários favoráveis à escravização de pessoas no Brasil.
C
expõe a existência do trabalho escravo como um mal necessário, pois isso alimenta a economia tanto no meio rural quanto no urbano.
D
atribui grande relevância aos riscos que correm aqueles que tentam fugir de situações de trabalho escravo, de modo que desaconselha esse tipo de atitude.
E
centra seu principal objetivo na exaltação das ações governamentais diante da problemática do trabalho escravo no país, como uma espécie de louvação à postura adotada pelo governo.
cbd86eb5-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Artigos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao TEXTO 4, analise as afirmativas que seguem.

I. O TEXTO 4 permite inferir-se que, no mundo real, há violência com homens, animais e com o planeta, por isso a procura por um lugar onde haja alegria e harmonia entre os seres e o ambiente.

II. No verso “Procura-se algum lugar no planeta”, o vocábulo “algum” pode ser substituído por “o”, visto que seria mantido tanto o sentido quanto a especificação do termo “lugar”.

III. Em “e mesmo as pessoas mais graves tenham no rosto um olhar de criança”, o adjetivo “graves” significa “fortes”, ao passo que “um olhar de criança” expressa a ideia de fragilidade.

IV. Dos versos “e deixe em paz” e “as árvores da floresta”, depreende-se que, no contexto apresentado pelo eu lírico, há desmatamento, portanto, desrespeito à natureza.

V. A repetição do conectivo “nem”, no quarto verso da primeira estrofe do TEXTO 4, é intencional, pois enfatiza a ideia de que o homem não deve matar, seja bicho, seja outro homem.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

TEXTO 4

Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz

as árvores da floresta.


Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros 

A
II e III.
B
I, II e IV.
C
II, III e IV.
D
I, IV e V.
E
III e V.
cbc0e24d-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise os fragmentos que seguem e assinale a alternativa em que predomina a linguagem coloquial.

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
“[...] o que mais um leitor poderia querer de um livro?” (1º parágrafo)
B
“Mas Lewis não parou por aí.” (1º parágrafo)
C
“Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos [...]” (3º parágrafo)
D
“Entretanto, há um elemento comum em todos os livros [...]” (3º parágrafo)
E
“[...] todos apresentam características que os tornam originais e clássicos [...]” (5º parágrafo)
cbcb8283-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Preposições, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

TEXTO 2

As assertivas a seguir se referem aos TEXTOS 1 e 2. Analise-as

I. O TEXTO 2 remete explicitamente ao objeto temático do TEXTO 1 – “As Crônicas de Nárnia”. Assim, considerando-se o título do livro “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” (1º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se que, no TEXTO 2, a referência à obra de Lewis é feita também por elementos não verbais.

II. Entre os dois períodos do TEXTO 2 há uma relação semântica de causa e consequência. Situação semelhante ocorre em “Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos [...].” (5º parágrafo do TEXTO 1).

III. Em “Estou indo para Nárnia!” (TEXTO 2), a preposição “para” indica que a personagem irá permanentemente para lá, ao passo que “Estou indo a Nárnia!” expressa a ideia de que a ida não é definitiva, ou seja, pressupõe-se a intenção de que haja uma volta.

IV. Em “Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis.” (2º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se um desrespeito à regência verbal. Segundo a norma culta, deveria ser “Lewis conduz à terra de Nárnia [...]”.

V. Com base nas informações contidas no TEXTO 1, é possível se inferir que, no TEXTO 2, a personagem sente-se insatisfeita com a realidade do mundo em que está inserida. Por essa razão, está fugindo para Nárnia, um lugar mágico e original.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

TEXTO 1

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA


(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.

(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.

(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.

(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.

(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.

[...]

LIMA, Victor. Disponível em:. Acesso em: 09 maio 2019 (adaptado)

A
II e IV.
B
I e V.
C
II, III e IV.
D
III, IV e V.
E
I, III e V.
cbd2402c-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos de estilo no TEXTO 3, analise as afirmativas abaixo.

I. Os compositores optaram por empregar uma linguagem predominantemente denotativa, impessoal, o que comunga com o gênero em que se enquadra o TEXTO 3.

II. A seleção vocabular em pares como “varanda/descansa”, “fartos/fortes” e “sonhos/semeando” revela o emprego de figuras como aliteração e assonância, o que contribui para a sonoridade do texto.

III. No verso “Sonhos semeando o mundo real”, infere-se que os sonhos não se contrapõem à realidade; eles são importantes para a construção de um mundo mais justo.

IV. Uma interpretação possível para o TEXTO 3 é a de que o “Vilarejo” é uma metáfora de um lugar onde existam segurança e igualdade social.

V. Levando-se em consideração que o sufixo da palavra “Vilarejo” expressa uma ideia de pequeno tamanho, é um equívoco que nesse lugar não haja exclusão – “Toda a gente cabe lá”.

Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas

TEXTO 3

VILAREJO

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
A
III e IV.
B
I, II e V.
C
I, II e IV.
D
II, III e IV.
E
I e V.