Questõesde CESMAC sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Analisando alguns termos do vocabulário em uso no
Texto 1, percebe-se que em:
1) “...vêm permitindo a um número crescente de
brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes”, a
expressão destacada tem um sentido analógico.
2) “uma orientação nutricional mais consistente,
calcada em evidências e não em dietas
mirabolantes”, o termo em negrito tem o sentido
de ‘irreversíveis’.
3) “Em meio a esse contingente, estima-se que
40% das pessoas desconheçam seu
diagnóstico”, a expressão destacada tem o
sentido de ‘calcula-se’.
4) “Ora, com doses cavalares de informação e de
conscientização”, há na palavra destacada um
efeito do sentido metafórico.
Estão corretas:
No início do parágrafo 3 do Texto 1, o autor formula
duas perguntas. Trata-se de uma estratégia do autor
para:
No que se refere ao mal do diabetes, a pesquisa de
que trata o Texto 1 explora dúvidas que ainda existem
quanto:
São obras representativas da literatura produzida por
autores nordestinos:
José de Alencar, Gonçalves Dias e Castro Alves são
conhecidas figuras de nosso Romantismo. Em suas
obras, podemos constatar algumas das ‘marcas
características’ do projeto literário romântico’, a saber:
TEXTO 3
Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade!
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! Por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Trata-se de um fragmento do poema Navio Negreiro,
da autoria de Castro Alves, em que se pode observar:
1) uma tendência da terceira geração dos poetas
românticos, que se interessam mais pelo conflito
entre liberdade e escravidão do que pela
idealização do amor.
2) uma produção poética envolvida com os
problemas sociais que afligiam a realidade da
época.
3) a disposição para entrar em interlocução com a
entidade divina ou com entidades supostamente
poderosas.
4) a posição do eu-lírico em relação ao tráfico de
escravos, a qual sintonizava com a parcela da
população que queria a extinção da escravidão,
mas de forma lenta e gradual.
Estão corretas:
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade!
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! Por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?...
Astros! noite! tempestades!
Rolai das imensidades!
1) uma tendência da terceira geração dos poetas românticos, que se interessam mais pelo conflito entre liberdade e escravidão do que pela idealização do amor.
2) uma produção poética envolvida com os problemas sociais que afligiam a realidade da época.
3) a disposição para entrar em interlocução com a entidade divina ou com entidades supostamente poderosas.
4) a posição do eu-lírico em relação ao tráfico de escravos, a qual sintonizava com a parcela da população que queria a extinção da escravidão, mas de forma lenta e gradual.
Estão corretas:
Cada vez mais, as ideias são expressas por outras
‘linguagens’, que recorrem a outros significantes para
além da palavra, propriamente. A ‘cena retratada’
acima, no global, quer trazer à reflexão:
TEXTO 3
Considerando o núcleo da temática desenvolvida no
Texto 2, podem ser consideradas ‘expressões chaves’
desse texto as seguintes:
No trecho a seguir, o autor optou por usar um discurso
na primeira pessoal do plural. “No momento em que
damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o
individualizamos, o diferenciamos do resto que o
cerca; ele passa a existir para a nossa consciência.”
Com essa opção, o autor pretendeu:
As ideias explicitadas no Texto 2 consideram
reiteradamente o princípio de que:
1) aos humanos, é concedido o privilégio da
transcendência ao mundo espacial e temporal
imediato.
2) o mundo possibilitado pela linguagem é mais
estável e está sujeito a mudanças mais lentas do
que o mundo da natureza.
3) pela linguagem, os humanos criam um mundo
(mais ou menos) estável de ideias que nos
permite ir além do que, de fato, ‘já aconteceu’.
4) não apenas a experiência palpável da existência
pode ser objeto da expressão pelo uso da
linguagem.
Estão corretas:
1) aos humanos, é concedido o privilégio da transcendência ao mundo espacial e temporal imediato.
2) o mundo possibilitado pela linguagem é mais estável e está sujeito a mudanças mais lentas do que o mundo da natureza.
3) pela linguagem, os humanos criam um mundo (mais ou menos) estável de ideias que nos permite ir além do que, de fato, ‘já aconteceu’.
4) não apenas a experiência palpável da existência pode ser objeto da expressão pelo uso da linguagem.
Estão corretas:
A ideia central do Texto 1 é explicitada no seguinte
trecho:
(Paulo M. Buss. Folha de S. Paulo).
A reflexão que é proposta no Texto 2:
O êxito na compreensão global do Texto 1 requer que
o entendamos como:
(Paulo M. Buss. Folha de S. Paulo).
A linguagem dos Quadrinhos, em geral, traz uma
crítica a um determinado aspecto da vida social ou,
numa perspectiva mais ampla, da própria história da
humanidade. Na presente Tira, Mafalda:
TEXTO 3
O Texto 2 sintoniza com as concepções sociais que
propõem:
Analise o seguinte trecho: “o menos que o escritor
pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças
como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz
sobre a realidade de seu mundo”. Nesse trecho,
mantendo seu modo de ver a cena descrita, o autor
recorre:
TEXTO 1
Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me
animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor
pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a
nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a
realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a
escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos
tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do
horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos
o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos
fósforos repetidamente, como um sinal de que não
desertamos de nosso posto.
(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.
Para manter a estratégia escolhida para seu texto, o
segundo parágrafo do fragmento em análise pode ser
entendido como:
TEXTO 1
Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me
animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor
pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a
nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a
realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a
escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos
tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do
horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos
o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos
fósforos repetidamente, como um sinal de que não
desertamos de nosso posto.
(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.
Um aspecto do Texto 1 que o torna, de certa maneira
relevante, e que toca a sensibilidade do leitor, é que o
autor:
TEXTO 1
Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam ‘carneado’ (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar talhos e salvar essa vida? (...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romance, tem-me
animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor
pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a
nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a
realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a
escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos
tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do
horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos
o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos
fósforos repetidamente, como um sinal de que não
desertamos de nosso posto.
(Érico Veríssimo. Solo de clarineta. Tomo I. Globo: Porto Alegre. 1978). Fragmento.