Questõessobre Intertextualidade

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25c869db-7a
ENEM 2022 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Espaço e memória


            O termo “Na minha casa...” é uma metáfora que guarda múltiplas acepções para o conjunto de pessoas, de adeptos, dos que creem nos orixás. Múltiplos deuses que a diáspora negra trouxe para o Brasil. Refere-se ao espaço onde as comunidades edificaram seus templos, referência de orgulho, aludindo ao patrimônio cultural de matriz africana, reelaborado em novo território.


            O espaço é fundamental na constituição da história de um povo. Halbwachs (1941, p. 85), ao afirmar que “não há memória coletiva que não se desenvolva em um quadro espacial”, aponta para a importância de aspecto tão significativo no desenvolvimento da vida social.


            Lugar para onde está voltada a memória, onde aqueles que viveram a condição-limite de escravo podiam pensar-se como seres humanos, exercer essa humanidade e encontrar os elementos que lhes conferiam e garantiam uma identidade religiosa diferenciada, com características próprias, que constituiu um “patrimônio simbólico do negro brasileiro (a memória cultural da África), afirmou-se aqui como território político-mítico-religioso para sua transmissão e preservação” (SODRÉ, 1988, p. 50).


BARROS, J. F. P. Na minha casa. Rio de Janeiro: Pallas, 2003.



Na construção desse texto acadêmico, o autor se vale de estratégia argumentativa bastante comum a esse gênero textual, a intertextualidade, cujas marcas são 

A
aspas, que representam o questionamento parcial de um ponto de vista.
B
citações de autores consagrados, que garantem a autoridade do argumento.
C
construções sintáticas, que privilegiam a coordenação temporal de argumentos.
D
comparações entre dois pontos de vista, que são antagônicos.
E
parênteses, que representam uma digressão para as considerações do autor.
3e9b3859-75
UECE 2021 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso “tempo da cigarra prever o tempo e morrer” (linhas 138-139), o poema faz referência à fábula A Cigarra e a Formiga, de Esopo. Esse recurso que utiliza, no processo de composição textual, referência a um texto pré-existente é denominado de 


CRUZ, Ana. No Toque do tempo. In: Com perdão da palavra, p. 69.

A
intratextualidade.
B
paródia.
C
paráfrase.
D
intertextualidade.
4945e346-0b
UECE 2021 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho: “É evidente que entraves para acessar direitos menstruais representam barreiras ao completo desenvolvimento do potencial das pessoas que menstruam. Por isso, é fundamental que se investigue mais profundamente o tamanho do impacto econômico na vida delas, que pode gerar reflexos ao longo da vida adulta.” (linhas 70- 77), as expressões destacadas podem ser corretamente categorizadas como elementos de


A
coesão referencial por remeter às meninas e/ou mulheres e pessoas trans.
B
coesão referencial com a repetição do item para fim de argumentação.
C
intertextualidade para referências a termos que não se relacionam entre si.
D
inferências recuperáveis apenas no contexto.
afa91861-0a
UECE 2021 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho: “Pouquíssimas pessoas negras tiveram acesso à escolarização básica, quem dirá àquela de nível superior” (linhas 43-45), o elemento em destaque sinaliza um fenômeno de

 

A
informatividade, pois estabelece a carga informativa do texto.
B
coesão sequencial, pois marca a passagem de um trecho a outro do texto.
C
intertextualidade, pois refere-se a outros textos inferidos a partir de indícios.
D
coesão referencial, pois remete à elipse do termo anteriormente expresso.
afb5cd4f-0a
UECE 2021 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No verso: “Do barro de que você foi gerada” (linha 143), o narrador utilizou-se de um fenômeno para assegurar a coerência textual demarcado como

Texto 2


Mulher (Sexo Frágil)


Erasmo Carlos


A
intertextualidade.
B
situacionalidade.
C
aceitabilidade.
D
informatividade.
a8569047-02
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Intertextualidade, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


Jornal O Popular, p. M7, 09 mar. 2017.

Há entre a tirinha de Maurício de Sousa e a conhecida narrativa do Éden, da tradição judaico-cristã, uma relação

A
coesiva
B
paradoxal
C
hiperbólica
D
intertextual
E
pleonástica
2cb4ed34-06
UNICENTRO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Considerando o conceito de intertextualidade, assinale a alternativa correta.

Leia a canção e a charge a seguir e responda à questão.

Asa Branca

Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro Não chores não, viu?
Que eu voltarei, viu meu coração.


(GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Asa Branca. Disponível em: <http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.phd?titulo=Asa+Branca,+Luiz+Gonzaga+Teixeira&ltr=a&id_perso=7038>. Acesso em: 9 set. 2015.)

A
A canção é uma paródia da charge a partir da temática dos retirantes nordestinos.
B
A canção é um intertexto da charge, apresentando a migração como tema principal.
C
A canção é um intertexto da charge a partir da intertextualidade estrutural e do tema.
D
A charge traz uma intertextualidade temática em relação à canção, em um direcionamento inverso em relação ao tema.
E
A charge é um intertexto da canção na estrutura, mas não no tema.
6fb48161-06
UNIFESP 2015 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O efeito cômico produzido pela leitura do requerimento decorre, principalmente, do seguinte fenômeno ou procedimento linguístico:

A questão focaliza uma passagem da comédia O juiz de paz da roça do escritor Martins Pena (1815-1848).

JUIZ (assentando-se): Sr. Escrivão, leia o outro requerimento.
ESCRIVÃO (lendo): Diz Francisco Antônio, natural de Portugal, porém brasileiro, que tendo ele casado com Rosa de Jesus, trouxe esta por dote uma égua. “Ora, acontecendo ter a égua de minha mulher um filho, o meu vizinho José da Silva diz que é dele, só porque o dito filho da égua de minha mulher saiu malhado como o seu cavalo. Ora, como os filhos pertencem às mães, e a prova disto é que a minha escrava Maria tem um filho que é meu, peço a V. Sa. mande o dito meu vizinho entregar-me o filho da égua que é de minha mulher”.
JUIZ: É verdade que o senhor tem o filho da égua preso?
JOSÉ DA SILVA: É verdade; porém o filho me pertence, pois é meu, que é do cavalo.
JUIZ: Terá a bondade de entregar o filho a seu dono, pois é aqui da mulher do senhor.
JOSÉ DA SILVA: Mas, Sr. Juiz...
JUIZ: Nem mais nem meios mais; entregue o filho, senão, cadeia.

(Martins Pena. Comédias (1833-1844), 2007.)
A
paródia.
B
intertextualidade.
C
ambiguidade.
D
paráfrase.
E
sinonímia.
6c5fa664-ff
URCA 2017 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ainda sobre Triste fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar:


I - O texto faz intertextualidade com Dom Quixote; o autor estabelece comparação, tendo em vista que ambos não viviam a realidade, viviam seus sonhos e objetivos, embora parecesse estranho para os outros.

II - A obra está dividida em três partes: na primeira Policarpo começa a apreender violão e busca nas modinhas brasileiras o resgate da cultura. Na segunda, ele se muda para o sítio, buscando assim retirar das terras brasileiras seu sustento e acreditando que com tanta terra fértil, o melhor a ser feito era ser aproveitado. Já na terceira e última parte, o Major busca através de sua participação na revolta transformar o país.

III - Quaresma fica determinado a cumprir seu objetivo, que manda uma carta ao governo, em língua tupi, dando o pontapé inicial aos problemas que o acompanham até o fim do livro.

IV - Policarpo Quaresma era conhecido por todos como Major devido a seu trabalho no Exercito Brasileiro. Era um patriota apaixonado pelo Brasil e além de seu trabalho, era visto com muita curiosidade por todos, já que era um estudioso.


Sobre as afirmativas, é correto afirmar:

ESPINHOS E FLORES


Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.

Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela onda de edifícios disparatados e novos. Não há nos nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.

Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre um rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do vestido; há operário de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim obtidos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino. Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repartições, contínuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos.

Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no programa um sabor de confusão democrática, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sentia ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele tal preto continuava na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma cousa, e tinha adeptos. Alguns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro.


                                                                                                        

(Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160­-165)

A
I, II e III estão certas, a IV está errada;
B
II, III e IV estão certas, a I está errada;
C
I, III e IV estão certas, a II está errada;
D
I, II e IV estão certas, a III está errada;
E
Estão todas corretas.
821d089b-ff
FIMCA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Considerando que a intertextualidade pode se apresentar de formas diversas, leia os textos a seguir.

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias.)

Europa, França e Bahia

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá!

(Carlos Drummond de Andrade.)

Está correto o que se afirma em:

A
O conteúdo do poema “Europa, França e Bahia” cria uma expectativa contrária ao posicionamento do eu lírico em relação ao exílio nos versos de “Canção do exílio”.
B
O tipo de intertextualidade apresentado no texto de Drummond, paródia, demonstra a crítica do autor ao tratamento dado ao assunto no texto-fonte, “Canção do exílio”.
C
A intertextualidade presente no texto de Drummond demonstra a manutenção da estrutura narrativa do texto-fonte, “Canção do exílio”, assim como a ideia principal do exílio.
D
Apesar da citação do exílio feita nos dois textos, é inadequado dizer que haja intertextualidade presente no texto de Carlos Drummond de Andrade; tratando-se apenas do emprego de uma citação.
E
A citação feita no texto de Drummond demonstra a intenção do poeta de estabelecer um vínculo com o texto-fonte, a Canção do exílio, de Gonçalves Dias, questionando o significado do título do poema referenciado.
a56d247b-00
UEMG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

"Responda rápido. O maior índice de crescimento de novos universitários foi registrado em que faixa etária, de acordo com o último Censo do Ensino Superior?


A – 18 a 24 anos C – 40 a 49 anos

B – 24 a 39 anos D – Acima dos 50 anos


Não sabe? Quer a ajuda dos universitários? Cuidado, a maioria talvez não saiba. São os cinqüentões, sessentões e setentões que estão brilhando nos vestibulares. Entraram na vida acadêmica, em 2001, 23% a mais de alunos nessa faixa etária em comparação ao ano anterior. São quase 11 mil contra 8.700 em 2000. A tendência é de crescimento maior em 2002, mas os números só serão divulgados no final deste ano. Essa ocupação da “terceira idade”, nas universidades não se deve por acaso. Basta se ater à explicações do sociólogo Ruda Ricci, professor da PUCMinas, para ver sentido nessa mudança. Ele levanta dois fatores: a cobrança de qualificação pelo mercado de trabalho na década de 90 e a dispensa de pessoas com mais de 45 anos. “O ideal para as empresas eram funcionários na faixa dos 35 anos. Abaixo disso eram consideradas inexperientes e acima não teriam agilidade, já estariam burocratizadas.” Para as empresas, era mais fácil dar treinamento aos jovens. Aos quase cinqüentões só restava uma saída: voltar a estudar ou abrir negócio próprio. Some-se a isso a mudança na previdência, que retardou a aposentadoria, e o aumento na expectativa de vida. “O mercado percebeu que eles são experientes e buscam qualificação. Têm a receita ideal para um bom profissional”, afirma Ruda Ricci, que acredita na multiplicação das oportunidades de trabalho, nos próximos anos, para os cinqüentões. E não está só. Robert Critcheley, autor do livro Reavaliando sua carreira, também vê boas perspectivas. “Hoje convivemos com a primeira geração que chega a essa idade em perfeitas condições físicas e intelectuais.” É só encarar o desafio e saber que a idade mental é mais importante que a cronológica."

(ARRIEL, Silvânia - Revista Encontro. Abril/2003, p. 43)


O texto transcreveu um fragmento em que se pode inferir uma relação intertextual em

A
“a tendência é de crescimento maior em 2002...”
B
“cuidado, a maioria talvez não saiba.”
C
“...os números só serão divulgados no final deste ano.”
D
“quer a ajuda dos universitários?”
c6af5d1f-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

O título recorre a um enunciado que circula cotidianamente nas campanhas/propagandas contra o tabagismo. Tal procedimento constitui o que se chama de

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
A
ambiguidade
B
pertinência
C
pressuposição
D
intertextualidade
E
homonímia
f0109181-f9
IF-PR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

A intertextualidade é um importante recurso utilizado nos diversos gêneros textuais e literários, deixando evidente a relação que se estabelece entre textos produzidos em diferentes épocas. Assinale a alternativa em que a intertextualidade é explícita.



A

B

C

D

e997b321-b3
IF-MT 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Ortografia, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Parônimos e Homônimos

A relação que se estabelece entre os textos II e III, considerando o uso da referência bíblica, constitui uma

TEXTO III

Todos os homens são iguais perante Deus

E sem uma boa agência de propaganda,

todas as margarinas também.

(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PROPAGANDA 20º Anuário do Clube de Criação de São Paulo)

A
intertextualidade.
B
ironia.
C
homonímia.
D
ambiguidade.
E
polissemia.
f570b9df-e3
UCPEL 2018 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

A partir do enunciado: “A postagem de Obama, que utilizou trechos de uma entrevista de Nelson Mandela,” entendemos que no tweet de Obama ocorre a presença de...

Leia o texto, a seguir, atentando para responder à questão

TWEET DE OBAMA SOBRE CHARLOTTESVILLE É O MAIS CURTIDO DA HISTÓRIA DO TWITTER 
Ex-presidente norte-americano tuitou uma frase de 
Nelson Mandela 
16/08/2017 - 07h19 - ATUALIZADA ÀS 08h28 - POR AGÊNCIA EFE 



    Um tweet do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a violência racista do último sábado em Charlottesville, na Virgínia, se converteu, na noite de terça-feira, na mensagem com mais curtidas da história do Twitter.
    A postagem de Obama, que utilizou trechos de uma entrevista de Nelson Mandela, acompanhada de uma foto do ex-presidente americano com um grupo de crianças de várias etnias, alcançou 2,71 milhões de ‘curtidas’ (likes) e superou assim uma mensagem que a cantora Ariana Grande publicou após o atentado em sua apresentação em Manchester, no Reino Unido, em maio deste ano, que tem 2,7 milhões de ‘curtidas’.
    Os trechos da entrevista de Mandela, divididos em três tweets, dizem: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da sua pele, sua cultura ou sua religião. As pessoas precisam aprender a odiar, e se elas podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.
    O tweet do ex-presidente americano também é um dos mais populares da história quanto aos compartilhamentos (retweets), mas, neste quesito, ainda está na quinta posição com 1,12 milhões.
    O tweet com mais retweets da história, com 3,65 milhões, é o de um adolescente que pedia ‘nuggets’ de frango de graça, seguido de uma ‘selfie’ da apresentadora e comediante Ellen DeGeneres durante a premiação do Oscar em 2014, com 3,44 milhões.
A
intertextualidade
B
paronomásia
C
intrarredações
D
paralelismo semântico
E
gramaticalização textual
599b751f-bf
UFPR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Considerando a sentença “Mais vale uma naftalina na mão do que duas rolando”, no segundo quadrinho da tira, assinale a alternativa que traz um provérbio com sentido mais próximo ao sentido do provérbio suposto pela citação.

A tira a seguir, do rato Níquel Náusea, de Fernando Gonsales, é referência para a questão.


A
Quem não tem cão, caça com gato.
B
Quando um não quer, dois não brigam.
C
O seguro morreu de velho.
D
Um dia é da caça, outro é do caçador.
E
As aparências enganam.
8add69b0-f3
FGV 2012, FGV 2012 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere os seguintes elementos de composição textual:


I interação com o leitor;

II incorporação de uma fala em discurso indireto;

III procedimento intertextual;

IV mistura de gêneros discursivos.


É correto afirmar que, no texto, ocorre apenas o que foi indicado em

Texto para as questão.


BOCAGE NO FUTEBOL



A
I e IV.
B
II e IV.
C
I, III e IV.
D
II e III.
E
I, II e III.
cd930b4a-b8
UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A textualidade marca-se por diversos fatores que se integram, a fim de instituir sentido ao conjunto de enunciados, transformando-os em um texto. Assim, na letra da canção Diáspora, há

I. intertextualidade, porque podemos depreender a presença de outros textos, por exemplo, textos bíblicos (linhas 61-62; 65- 66) e o poema Vozes d’África, de Castro Alves (linhas 86-95).

II. coerência, porque há uma lógica interna no texto quando os autores relacionam a dispersão do povo judeu à saga dos imigrantes.

III. informatividade, porque as informações apresentam dados novos para a atualização da questão dada, a partir de um tema já apresentado inicialmente.

Estão corretas as complementações contidas em


ANTUNES, Arnaldo; BROWN, Carlinhos; MONTE, Marisa.

Diáspora. In: Tribalistas. Rio de Janeiro: Phonomotor

Records Universal Music, 2017. Disponível em: https://www.letras.mus.br/tribalistas/diaspora/.

Acesso em: 08 de set. de 2019.

A
I e II apenas.
B
I e III apenas.
C
II e III apenas.
D
I, II e III.
ac79a388-e5
FMO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Observe as imagens a seguir, considere as afirmativas e indique V para as verdadeiras e F para as falsas.






( ) A imagem I recorre ao recurso da intertextualidade para identificar uma questão social problemática enfrentada pela sociedade atual.

( ) Pode-se afirmar que entre as imagens I e II há uma relação intertextual, havendo uma referência em uma delas a elementos existentes na outra.

( ) As duas imagens apresentadas têm a intertextualidade estabelecida entre si por uma oposição de ideias representada pelos elementos que as diferenciam.


A sequência está correta em

A
F, V, F.
B
V, V, V.
C
F, V, V.
D
V, F, F.
b3ce8336-de
FMO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade

Observe as imagens a seguir, considere as afirmativas e indique V para as verdadeiras e F para as falsas.

Imagem I




Imagem II




( ) A imagem I recorre ao recurso da intertextualidade para identificar uma questão social problemática enfrentada pela sociedade atual.

( ) Pode-se afirmar que entre as imagens I e II há uma relação intertextual, havendo uma referência em uma delas a elementos existentes na outra.

( ) As duas imagens apresentadas têm a intertextualidade estabelecida entre si por uma oposição de ideias representada pelos elementos que as diferenciam.


A sequência está correta em

A
F, V, F.
B
V, V, V.
C
F, V, V.
D
V, F, F.