Questõesde IF-TO sobre Português

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Foram encontradas 47 questões
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A prosa pós-moderna é marcada pela mudança da experimentação da linguagem e pela ruptura com as estruturas narrativas. Leia o trecho a seguir, e assinale a alternativa verdadeira.

“…Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi – na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro.”

Disponível em: LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro. Rocco, 1998, p 11. (fragmento)

A
Preocupa-se com uma narrativa estruturada, mantendo a tradição modernista.
B
A narrativa pressupõe que o personagem que dialoga com o leitor perceba o outro.
C
Traz a escrita para o primeiro plano, valorizando a elaboração do texto e o trabalho com a linguagem como espaço de construção de mundos específicos, como a descoberta do “eu”.
D
Tais obras retratam a coletividade, o afeto e as subjetividades humanas.
E
Aborda a reprodução das expectativas sociais, como a de gênero, ditando o papel da mulher.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Nas frases a seguir, estão sublinhadas algumas palavras que podem ser substituídas por pronomes. Selecione a alternativa que contém os pronomes adequados, respectivamente, quando feita a substituição desses nomes.


I – Marta esteve presente na festa do seu professor.
II – A menina de olhos azuis é filha do meu irmão.
III – Minha irmã emprestou a mim um casaco.
IV – Dei aos meus filhos presentes úteis.
V – O médico abraçou seu antigo paciente.

A
Dela, ele, me, lhe, ele.
B
Dele, ela, me, lhes, o.
C
Dele, ela, lhe, lhes, o.
D
Dele, ela, me, lhes, ele.
E
Dele, ela, me, lhes, a.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Vidas Secas”, romance de Graciliano Ramos, apresenta a pobreza como fruto da miséria humana. Leia o trecho a seguir, e identifique a alternativa falsa.


[…] Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como o Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos pra o serviço do campo, bois mansos. Os currais que se escoram uns aos outros, lá embaixo,tinham lâmpadas elétricas. E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam de cor os mandamentos da lei de Deus. […]


RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 81. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005, p 217 (fragmento)

A
Apresenta um realismo bruto da situação desumana.
B
Apresenta uma diferença de classes sociais.
C
A miséria é caracterizada pela metáfora de animais.
D
Retrata a condição de vida de animais silvestres em abandono.
E
É característica do autor, após 1930, abordar questões sociais.
dd302ff8-d8
IF-TO 2016 - Português - Ortografia, Parônimos e Homônimos

Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se constituem de significados diferentes. Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui grafia e significado corretos, de acordo com o contexto da frase.

A
A crise econômica no Brasil fez com que muitos brasileiros imigrassem para a Europa.
B
Participamos de uma festa beneficente no nosso bairro.
C
O fato passou completamente desapercebido.
D
As contas públicas foram dilapidadas.
E
O pescador emergiu no lago para pescar de arpão.
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IF-TO 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

As frases abaixo, retiradas do texto Uma campanha alegre, foram adaptadas para o uso da segunda pessoa do singular do tempo verbal. Aponte a alternativa que completa corretamente as frases, de tal modo que a flexão dos verbos indicados entre parênteses esteja de acordo com as normas gramaticais, no tempo presente do indicativo e na segunda pessoa do singular.

I – Tu ___________ a inteligência e a consciência moral. (perder)
II – Já não _____________ na honestidade dos homens públicos. (crer)
III – _____________________ progressivamente na imbecilidade e na inércia. (abater)
IV – _________ por única direção a conveniência. (ter)
V – Tu ___________ ao acaso. (viver)

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Uma campanha alegre

O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder, a burguesia proprietária de casas explora aluguel. A agiotagem explora o juro. (…) A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação. 

Disponível em: QUEIROZ, E. Obras de Eça de Queiroz. Vol. III. Porto: Lello & Irmão, [s.d.], p. 959-960. 
A
perdeste, credes, abates, tendes, vive.
B
perdes, crê, abate, tens, viveis.
C
perde, crês, abates, tem, vives.
D
perdes, credes, abates, tens, vives.
E
perdes, crês, abates, tens, vives.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No decorrer do texto, a autora revela sua opinião a respeito de assuntos como a realidade na favela, o desempenho do governo e o papel da sociedade civil. A partir do ponto de vista de Carolina de Jesus sobre esses assuntos, analise as afirmativas a seguir:

I – Apesar das dificuldades que a autora enfrenta, ela gosta de viver na favela.
II – Na opinião da autora, os governantes ignoram as necessidades dos pobres.
III – A mobilização da sociedade civil é vista, pela autora, como a solução para os problemas sociais.
IV – A autora considera amarga sua realidade na favela, e não acha que o lugar em que mora seja adequado para viver.
V – Na opinião da autora, os eleitores não devem votar em políticos que fazem falsas promessas (“políticos açambarcadores”).


Estão corretas as afirmativas:

Texto para as questão


21 de maio


Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto e criada. Eu ia festejar o aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu estava em condições de comprar. Sentei na mesa para comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não tenho açucar porque ontem eu saí e os meninos comeram o pouco que eu tinha.
[...] Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro. Quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos politicos açambarcadores.


Disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo, Ática, 2014. (fragmento). 

A
I e V.
B
I, II, III e V.
C
II, III e IV.
D
I e II.
E
I, II, III, IV e V.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A autora, embora tenha tido baixa escolaridade, revela ter certo grau de contato com as práticas da escrita, provavelmente por meio da leitura de livros e jornais. Apesar das várias inadequações ortográficas identificadas no texto, percebe-se um esforço de Carolina no sentido de adequar sua linguagem ao contexto da norma escrita padrão, sofisticando, assim, sua linguagem. Dos excertos abaixo extraídos do texto, todos servem como exemplo desse esforço da autora para adequar seu texto à norma-padrão da Língua Portuguesa, exceto:

Texto para as questão


21 de maio


Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto e criada. Eu ia festejar o aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu estava em condições de comprar. Sentei na mesa para comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não tenho açucar porque ontem eu saí e os meninos comeram o pouco que eu tinha.
[...] Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro. Quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos politicos açambarcadores.


Disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo, Ática, 2014. (fragmento). 

A
“Comprar-lhe umas panelinhas.”
B
“Sentei na mesa para comer.”
C
“Que há muito ela vive pedindo.”
D
“Se a maioria revoltar-se.”
E
“Politicos açambarcadores.”
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IF-TO 2016 - Português - Ortografia

O texto é um fragmento do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977). A autora registra em um diário o cotidiano cruel de que é testemunha. São histórias reais vividas por essa mulher negra, moradora da favela do Canindé, na cidade de São Paulo, de origem humilde, que estudou apenas até o segundo ano do Ensino Fundamental, mas fez da escrita um instrumento para refletir sobre a sua condição. Os editores do livro respeitaram fielmente a linguagem da autora, que, muitas vezes, contraria a gramática, mas que, por isso mesmo, traduz com realismo a forma do povo enxergar e expressar seu mundo. Das alternativas abaixo, marque aquela em que todas as palavras extraídas do texto contrariam as regras ortográficas:

Texto para as questão


21 de maio


Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto e criada. Eu ia festejar o aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu estava em condições de comprar. Sentei na mesa para comer. A toalha era alva ao lirio. Eu comia bife, pão com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não tenho açucar porque ontem eu saí e os meninos comeram o pouco que eu tinha.
[...] Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro. Quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos politicos açambarcadores.


Disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo, Ática, 2014. (fragmento). 

A
Amisade, politicos, açambarcadores, Tietê, cruzeiros.
B
Amisade, horrivel, residivel, paiz, açambarcadores.
C
Desnutrido, país, manteiga, panelinhas, açambarcadores.
D
Amisade, horrivel, residivel, paiz, lirio.
E
Amisade, politicos, açucar, horrivel, alva.
dd2649e2-d8
IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

O trecho Não é uma existência, é uma expiação, que compõe o último parágrafo do texto, poderia ser substituído, sem perda de sentido, pela seguinte alternativa:

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Uma campanha alegre

O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder, a burguesia proprietária de casas explora aluguel. A agiotagem explora o juro. (…) A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação. 

Disponível em: QUEIROZ, E. Obras de Eça de Queiroz. Vol. III. Porto: Lello & Irmão, [s.d.], p. 959-960. 
A
Isso não é vida, é um cumprimento de pena.
B
Não é a vida que pedi a Deus, mas é a que tenho.
C
Não quero me gabar, mas posso fazer melhor que isso.
D
A vida é dura para quem é mole.
E
Não é uma vida, é uma exceção.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto, do escritor português Eça de Queiroz, retrata a realidade de Portugal do século XIX, mas muitas das situações que o texto aborda ainda fazem parte da realidade brasileira atual. Com base nas informações textuais, aponte os itens verdadeiros (V) ou falsos (F), e marque a alternativa correspondente.


( ) Cidadãos de moral duvidosa debochavam das instituições públicas.
( ) A classe média, por dispor de melhores condições culturais e econômicas, era vista como a salvação.
( ) O Fisco Estadual, no ato de cobrança de impostos e tributos, é considerado como se fosse um fora da lei.
( ) Em momentos de crise, até a atividade da agiotagem fica comprometida.
( ) A intriga política se prolifera facilmente quando não encontra ação efetiva do cidadão cansado.

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Uma campanha alegre

O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína econômica cresce, cresce, cresce... O comércio definha. A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder, a burguesia proprietária de casas explora aluguel. A agiotagem explora o juro. (…) A intriga política alastra-se por sobre a sonolência enfastiada do País. Apenas a devoção perturba o silêncio da opinião, com padre-nossos maquinais.
Não é uma existência, é uma expiação. 

Disponível em: QUEIROZ, E. Obras de Eça de Queiroz. Vol. III. Porto: Lello & Irmão, [s.d.], p. 959-960. 
A
V F F V V.
B
V F V F V.
C
F F V F V.
D
V F V F F.
E
F V V F V.
34dbe0bd-b4
IF-TO 2017 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Há-a, Problemas da língua culta, Crase

Marque a alternativa cuja sequência preenche adequadamente as lacunas do trecho a seguir. Trata-se das formas corretas do verbo “haver”, do uso dos “porquês”, da crase e da preposição “a”.


____ que se ter paciência com ele. Não____ nada que se possa fazer ____ respeito. Saber o______, ______ vezes é até pior. ___________ você não tomou providências e se reportou _____secretária?

A
A, há, a, por quê, as, porque, a
B
Há, há, à, porquê, as, por quê, a
C
Há, a, a, porquê, às, por que, à
D
Há, há, a, porquê, às, por que, à
E
A, há, a, porque, as, porque, a
34cc2ab6-b4
IF-TO 2017 - Português - Adjetivos, Advérbios, Substantivos, Morfologia

Considere a fraseAgora, que os ventos uivantes soam nos bosques espessos, a vida é de pouca esperança”, quanto às classes gramaticais dos termos destacados. Assinale a alternativa CORRETA de aparição dessas classes, respectivamente:

A
Adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, advérbio.
B
Advérbio, advérbio, adjetivo, adjetivo, advérbio, adjetivo.
C
Adjetivo, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, advérbio.
D
Advérbio, substantivo, adjetivo, adjetivo, adverbio, adjetivo.
E
Advérbio, adjetivo, adjetivo, substantivo, advérbio, adjetivo.
34d4233f-b4
IF-TO 2017 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Problemas da língua culta, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi utilizada de modo INCORRETO.

A
No último dia desta semana, ele interveio para evitar o pior.
B
Semana passada, propomos um acordo para o fim da greve, mas o chefe não aceitou.
C
Quando vires o vizinho, avise-o que preciso vê-lo o mais rápido possível.
D
Nos últimos dias desta semana, eles repuseram o material que levaram.
E
Eu provejo a família deste pequeno.
34c36aff-b4
IF-TO 2017 - Português - Problemas da língua culta, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Uso da Vírgula

O romance O Tronco traz palavras como cidadona e calçadona, termos que fazem parte da cultura popular, típica do interior goiano que o romance aborda, comumente expressa na linguagem oral. A frase a seguir não faz parte do romance, foi adaptada. Assinale a alternativa CORRETA que a expressa em linguagem culta, inclusive observando a pontuação: Cidadonas quando ocês vim intermedia aí pra eu. Se vê o proprietário pede que me liga.

A
Cidadães, quando vocês virem, intermediam aí para mim. Se verem o proprietário, peça que me ligue.
B
Cidadãs, quando vocês vierem, intermedeiem aí para mim. Se virem o proprietário, peçam que me ligue.
C
Cidadãs, quando vocês vier, intermedia aí para mim. Se vir o proprietário, peçam que me ligue.
D
Cidadães, quando vocês vierem, intermediem aí para mim. Se vierem o proprietário, peçam que me ligue.
E
Cidadãs, quando vocês vierem, intermedeiem aí para eu. Se vir o proprietário, peçam que me ligue.
34b1b64d-b4
IF-TO 2017 - Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito do romance O Tronco, de Bernardo Élis, aponte as afirmações conforme sejam VERDADEIRAS ou FALSAS e assinale a alternativa CORRETA.


I- Romance regionalista introspectivo que explora as angústias do sertanejo a partir da sondagem psicológica dos personagens, fazendo parte da primeira geração modernista, por seu caráter nacionalista.

II – Romance regional com enfoque nos confrontos de forças das oligarquias políticas do interior do país, representada por coronéis, forças policiais públicas e jagunços. Situado, cronologicamente, na terceira fase modernista.

III – Romance realista de transição entre o nacionalismo verde-amarelo e a consciência política das narrativas urbanas, que ajudou a forjar a Semana de Arte Moderna.

IV – Romance pré-modernista, ainda sob forte influência do naturalismo oitocentista.

A
F V F V
B
F F F F
C
F V F F
D
V V V V
E
F V V F
3492a2d6-b4
IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A compreensão de um texto exige correta identificação da relação entre referentes e referências. O trecho “A operação é similar à que golpeou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições norte-americanas...” (1° parágrafo), refere-se

Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa.

É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global, uma espécie de reedição do choque do Brexit e Donald Trump. A publicação de e-mails roubados do Em Marcha!, o partido do candidato Emmanuel Macron, contamina a votação deste domingo na França, onde o centrista disputa a presidência com Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional. Macron é o favorito. A operação é similar à que golpeou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições norte-americanas de novembro e pode ter contribuído para a vitória do republicano Donald Trump. Como nos EUA, os franceses escolhem entre dois programas antagônicos, que conduzem a França e seus parceiros europeus por caminhos opostos. Se for necessário lembrar que as eleições francesas são globais, e que a que se disputa neste 7 de maio, na França, terá ecos além de suas fronteiras, aí está a “ação de pirataria maciça e coordenada” que o Em Marcha! denunciou na sexta-feira à noite. Pouco antes, tinham começado a ser divulgadas em fóruns da internet e nas redes sociais, informações internas do partido em forma de e-mails, contratos e documentos contábeis.
Durante todos os meses de longa campanha, a França temeu uma operação desse tipo. Como Clinton, Macron defende manter a política externa vigorosa diante da Rússia de Vladimir Putin. Como Trump – ou, pelo menos, o Trump da campanha –, Le Pen se declara próxima de Putin e defende uma guinada na política externa francesa para acomodar os interesses russos.
(…)
A eleição é feita como um referendo múltiplo. É um referendo sobre a Europa e o euro, e um segundo turno do referendo sobre a Constituição européia de 2005, que ganhou o não. Le Pen propõe em seu programa a saída da UE e do euro para voltar ao franco, posição que suavizou na reta final da campanha. Macron promove uma maior integração europeia, a partir de um relançamento da aliança franco-alemã, que foi o motor da construção da comunidade desde sua fundação depois da Segunda Guerra Mundial. Os franceses terão hoje duas opções muito contrastantes: UE e euro, sim ou não.
(...)
BASSETS, Marc. Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa. Disponível em:<http://www.caldeiraopolitico.com.br/materias/40076/17/Eleicao-naFrancca-neste-domingo determina-o-caminho-da-Europa>. Acesso em 09.05.2017.
A
ao choque do Brexit e Donald Trump.
B
ao combate à pirataria cibernética em ambos os países.
C
à publicação de e-mails roubados do Em Marcha!, o partido do candidato Emmanuel Macron, contamina a votação deste domingo na França.
D
à Frente Nacional, de Marine Le Pen.
E
ao partido do candidato Emanuel Macron.
3497abbd-b4
IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre as inferências contidas no texto, assinale a alternativa CORRETA.

Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa.

É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global, uma espécie de reedição do choque do Brexit e Donald Trump. A publicação de e-mails roubados do Em Marcha!, o partido do candidato Emmanuel Macron, contamina a votação deste domingo na França, onde o centrista disputa a presidência com Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional. Macron é o favorito. A operação é similar à que golpeou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições norte-americanas de novembro e pode ter contribuído para a vitória do republicano Donald Trump. Como nos EUA, os franceses escolhem entre dois programas antagônicos, que conduzem a França e seus parceiros europeus por caminhos opostos. Se for necessário lembrar que as eleições francesas são globais, e que a que se disputa neste 7 de maio, na França, terá ecos além de suas fronteiras, aí está a “ação de pirataria maciça e coordenada” que o Em Marcha! denunciou na sexta-feira à noite. Pouco antes, tinham começado a ser divulgadas em fóruns da internet e nas redes sociais, informações internas do partido em forma de e-mails, contratos e documentos contábeis.
Durante todos os meses de longa campanha, a França temeu uma operação desse tipo. Como Clinton, Macron defende manter a política externa vigorosa diante da Rússia de Vladimir Putin. Como Trump – ou, pelo menos, o Trump da campanha –, Le Pen se declara próxima de Putin e defende uma guinada na política externa francesa para acomodar os interesses russos.
(…)
A eleição é feita como um referendo múltiplo. É um referendo sobre a Europa e o euro, e um segundo turno do referendo sobre a Constituição européia de 2005, que ganhou o não. Le Pen propõe em seu programa a saída da UE e do euro para voltar ao franco, posição que suavizou na reta final da campanha. Macron promove uma maior integração europeia, a partir de um relançamento da aliança franco-alemã, que foi o motor da construção da comunidade desde sua fundação depois da Segunda Guerra Mundial. Os franceses terão hoje duas opções muito contrastantes: UE e euro, sim ou não.
(...)
BASSETS, Marc. Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa. Disponível em:<http://www.caldeiraopolitico.com.br/materias/40076/17/Eleicao-naFrancca-neste-domingo determina-o-caminho-da-Europa>. Acesso em 09.05.2017.
A
Ao referir-se ao Brexit (saída da Inglaterra da União Europeia), o texto aponta para o fato de que um dos candidatos defendia a mesma ideia para a França, que pressuporia um afastamento da política alemã.
B
Vazamentos de informações privadas de e-mails provocaram, na eleição francesa, o mesmo estrago que na eleição de Hillary Clinton.
C
Escândalos e guinadas inesperadas fazem parte da rotina em eleições presidenciais na França.
D
Em defesa do projeto europeu, houve uma convergência de programas entre Marine Le Pen e Emanuel Macron.
E
Em razão da soberania da França, o único ponto em comum entre os dois candidatos era a forma de relacionamento com a Rússia.
34a049a2-b4
IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

A frase: “É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global” pode ser reescrita, sem perda do seu sentido original, conforme se apresenta em apenas uma das alternativas:

Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa.

É o ponto culminante de uma campanha atípica, cheia de escândalos e guinadas inesperadas, uma eleição genuinamente francesa e ao mesmo tempo global, uma espécie de reedição do choque do Brexit e Donald Trump. A publicação de e-mails roubados do Em Marcha!, o partido do candidato Emmanuel Macron, contamina a votação deste domingo na França, onde o centrista disputa a presidência com Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional. Macron é o favorito. A operação é similar à que golpeou a candidata democrata Hillary Clinton nas eleições norte-americanas de novembro e pode ter contribuído para a vitória do republicano Donald Trump. Como nos EUA, os franceses escolhem entre dois programas antagônicos, que conduzem a França e seus parceiros europeus por caminhos opostos. Se for necessário lembrar que as eleições francesas são globais, e que a que se disputa neste 7 de maio, na França, terá ecos além de suas fronteiras, aí está a “ação de pirataria maciça e coordenada” que o Em Marcha! denunciou na sexta-feira à noite. Pouco antes, tinham começado a ser divulgadas em fóruns da internet e nas redes sociais, informações internas do partido em forma de e-mails, contratos e documentos contábeis.
Durante todos os meses de longa campanha, a França temeu uma operação desse tipo. Como Clinton, Macron defende manter a política externa vigorosa diante da Rússia de Vladimir Putin. Como Trump – ou, pelo menos, o Trump da campanha –, Le Pen se declara próxima de Putin e defende uma guinada na política externa francesa para acomodar os interesses russos.
(…)
A eleição é feita como um referendo múltiplo. É um referendo sobre a Europa e o euro, e um segundo turno do referendo sobre a Constituição européia de 2005, que ganhou o não. Le Pen propõe em seu programa a saída da UE e do euro para voltar ao franco, posição que suavizou na reta final da campanha. Macron promove uma maior integração europeia, a partir de um relançamento da aliança franco-alemã, que foi o motor da construção da comunidade desde sua fundação depois da Segunda Guerra Mundial. Os franceses terão hoje duas opções muito contrastantes: UE e euro, sim ou não.
(...)
BASSETS, Marc. Eleição na França neste domingo determina o caminho da Europa. Disponível em:<http://www.caldeiraopolitico.com.br/materias/40076/17/Eleicao-naFrancca-neste-domingo determina-o-caminho-da-Europa>. Acesso em 09.05.2017.
A
É o ponto cúmulo de um certame esdrúxulo, repleto de esparramo e viragens intrépidas, uma eleição nacionalmente francesa e ao mesmo tempo mundial.
B
É o ponto crucial de uma campanha atônita, repleta de balbúrdias e guirlandas surpreendentes, uma eleição originalmente francesa e ao mesmo tempo mundial.
C
É o ponto cúspide de uma campanha lídima, carregada de algaravias e mudanças bruscas, uma eleição legitimamente francesa e ao mesmo tempo globalizada.
D
É o ponto cruciante de uma campanha insólita, cheia de assoberbos e virtuosismos inesperados, uma eleição genericamente francesa e ao mesmo tempo geral.
E
É o ponto máximo de uma campanha anômala, plena de escarcéus e viragens abruptas, uma eleição legitimamente francesa e ao mesmo tempo universal.
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IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir das inferências texto-imagéticas da figura a seguir, aponte os itens conforme sejam VERDADEIROS ou FALSOS e assinale a alternativa CORRETA.



I – A forma de usar o megafone, pelo manifestante, denota que o mesmo não deve ser habituado em leitura de livros.

II – A utilização de uma expressão própria das condutas policiais (“mãos para cima”), denota que, para os não-leitores, pessoas instruídas pelo estudo podem ser perigosas.

III – A situação expressa na figura demonstra que há uma clara divergência político-partidária entre os manifestantes e o leitor de livros.

IV – Caso fosse intenção do “ignorante” utilizar-se de uma linguagem figurada, a expressão “saia desse livro com as mãos para cima!!” poderia ser uma referência a um ato de imersão, de viagem introspectiva, que a leitura proporciona.

A
F V F V
B
V V F F
C
V V F V
D
V F F V
E
V V V V
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IF-TO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com a opinião do autor do Texto 4, marque a única informação falsa:

Texto 4

Eu te amo
(Geraldo Carneiro)

Sempre me perguntei quando é que a expressão eu te amo começou a ser usada aqui no Brasil. Não me lembro de ter lido a frase nos clássicos portugueses, nem em Machado de Assis, nem nos modernistas paulistanos. Repeti a pergunta a minha querida Nélida Piñon, e ela, com sua autoridade literária, confirmou que o eu te amo é uma expressão recente entre nós.


Sem dúvida houve a influência do cinema americano. Noel Rosa já reclamava disso nos anos 30: “Amor lá no morro é amor pra chuchu / A gíria do samba não tem I love you.”


Na minha infância, nos anos 50, nunca ouvi meu pai dizendo eu te amo à minha mãe, nem minha mãe dizendo eu te amo a meu pai, nem a nós, seus filhos. Talvez naquele tempo o amor fosse mais recatado. Embora grande, o amor era sagrado, secreto, subjacente, não precisava que a gente se declarasse o tempo todo.

Me lembro, por exemplo, da música A Noite do meu bem, de Dolores Duran. Eu ainda não sabia o que era o amor, mas essa canção me deixava comovidocomo o diabo, como dizia o Drummond. Aliás, “meu bem” rolava muito lá em casa.


O principal responsável pela introdução do eu te amo no Brasil talvez tenha sido o poeta Vinicius de Moraes. Ele escreveu:


Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade


Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.


Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.


E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude. 


Eu sei que “amo-te” não é igual a “eu te amo”. A maneira de falar, a sintaxe ainda é meio lusitana. Mas na canção “Por toda a minha vida”, com música de Tom Jobim, Vinicius escreveu: “Eu te amo e te proclamo / o meu amor, o meu amor.”


Agora, para aclarar as minhas trevas, saiu pela Companhia das Letras uma coletânea de textos de Vinicius, “Todo amor”, organizada por Eucanaã Ferraz. Uma reunião de algumas das mais belas palavras de amor no Brasil do século XX. Porque foi Vinicius quem mais praticou e falou sobre a arte de amar por aqui.


Às folhas tantas deste livro me deparo com uma carta do poeta para Beatriz de Moraes, com quem ele havia acabado de se casar pelo correio, por procuração. A carta é de 1938, quando o poeta estava em Oxford, usufruindo de uma bolsa de estudos. E depois de declarar a sua amada que “tu és minha vida, meu tudo (...) Eu sou teu escravo, teu criado, tua cria e tu és a minha namorada ilícita e esposa amantíssima (...)”,Vinicius arremata: “E te amo tanto que às vezes fico com vontade de dar urros de amor.”


É o primeiro te amo por escrito que eu conheço.


Dirá você que, no século XXI, as palavras de amor perderam muito prestígio. Serei forçado a concordar. Hoje todo o mundo diz que ama todo o mundo. Mas as pessoas, felizmente, continuam se amando. E basta que se leia a poesia de Vinicius para que as palavras ganhem de novo seu frescor original. A poesia sempre renasce. Haverá sempre um novo Romeu da Ilha do Governador que dirá, como se fosse a primeira vez, ao pé da janela de sua Julieta pós-moderna: eu te amo.

Disponível em: <http://www.academia.org.br/artigos/eu-te-amo>. 
A
A expressão “eu te amo” reflete a sintaxe do português brasileiro.
B
As pessoas continuam se amando.
C
As pessoas estão se amando menos hoje em dia.
D
Vinícius de Morais foi pioneiro em escrever “eu te amo”.
E
Dizer “amo-te” soa lusitano.